segunda-feira, 14 de abril de 2008

Decisões em São Paulo

SÃO PAULO 2 x 1 PALMEIRAS

Um gol com 11 minutos normalmente interfere em todo o andamento do jogo. Foi o que houve no Morumbi. Acostumado a se dar melhor quando tem a defesa como trunfo e o contra-ataque como desafogo, o São Paulo tomou as rédeas, no Morumbi, quando deu campo ao Palmeiras e pôde dominar as ações palmeirenses com muita marcação.

Muricy Ramalho colocava nove homens atrás da linha de bola, com inclusive Dagoberto pressionando os volantes palmeirenses. Zé Luís e Richarlyson foram impecáveis na marcação de Valdívia e Diego Souza, respectivamente. Atuando no 4-2-2-2, o Palmeiras encontrava dificuldades em abrir o jogo e insistia em um meio-campo congestionado.

Por sua vez, o São Paulo tinha um Adriano mais uma vez sedento em decidir. Já na volta do intervalo, Gustavo falhou feio e Jorge Wagner, agora pelo chão, colocou o Imperador em condições de balançar, novamente, as redes de Marcos. O placar de 0-2, àquele momento, era trágico e abalava o favoritismo palmeirense. O São Paulo, atuando como em 2007, era seguro.

Luxemburgo, então, mexeu bem no time. Passou para um 4-2-3-1 e foi abrindo, com Lenny e Denílson, espaços na defesa do São Paulo. Faltou maior poder de fogo e velocidade para o time de Muricy colocar perigo para o Palmeiras. O pênalti definido por Alex Mineiro, então, deixou o aberto o cenário para o jogo de volta.

Muricy, porém, deverá insistir na volta de Fábio Santos. Sem Richarlyson e Zé Luís, suspensos, certamente precisará recuar Hernanes para a cabeça-de-área. Atuando na meia, contra o Palmeiras, o pernambucano foi um dos melhores em campo e mostrou que pode ser criativo e combativo. Luxemburgo precisará abrir a defesa tricolor. Eis um grande jogo para o próximo domingo.

PONTE PRETA 1 x 0 GUARATINGUETÁ

No Moisés Lucarelli lotado, era obrigatório que a Ponte Preta fosse ao ataque e deixasse o gramado com a vitória. O time de Sérgio Guedes fez sua parte e jogou a bomba nas mãos do Guaratinguetá, que precisará vencer em seus domínios para jogar a final do Campeonato Paulista em sua segunda temporada na elite estadual.

O duelo do interior, antes de tudo, foi um confronto de estilos. A Ponte Preta respira aliviada quando a bola pára nos pés de Renato e Elias. Um habilidoso, cerebral. Outro, lépido e sempre ágil nos deslocamentos. Os volantes da Macaca são meramente marcadores, mas oferecem serenidade e muita pegada. Eduardo Arroz e Vicente são bons e ajudam na armação, mas é de Renato e Elias que depende a agradável equipe de Sérgio Guedes.

Guilherme Macuglia, como fiel seguidor da escola Muricy, propõe um futebol de maior imposição física e muita competição. Seu time é todo cercado no futebol do meia-atacante Michael. Franzino e omisso em alguns momentos, é quem pensa a partida e sabe o que fazer com a bola. Tem, à sua frente, dois atacantes velozes e muito objetivos: Alessandro e Dinei. No mais, um time de muita velocidade e intensidade, duríssimo de ser batido.

O confronto no Moisés Lucarelli só veio confirmar o que se esperava. Uma Ponte Preta naturalmente pressionada pela necessidade da vitória, conviveu bem com as expectativas e cumpriu seu papel. Resta, ao Guaratinguetá, fazer o que não fez na fase anterior, quando foi batido por 3-0 pela Macaca.

2 comentários:

Maurício disse...

Vejo Elias ser ainda mais importante do que Renato, nos detalhes. Dois jogadores que casaram, e terão que provar, em breve, se continuarão produzindo tanto quando não estiverem mais juntos.

E sobre o Choque-Rei, já deixei minhas impressões no blog :)

abs

Thiago disse...

Concordo com o Maurício. Também vejo o Elias mais importante que o Renato na Ponte. Uma pena que agora o camisa 8 da macaca nao jogará mais o Paulista.

Abraços,
Thiago Dacal
http://futebloguiando.blogspot.com/