terça-feira, 29 de abril de 2008

Colunas da semana

Tem sido complicado arrumar tempo aqui pro blog. Mas vamos tentar dar uma corrida nesta terça-feira. Pra começar, as colunas da semana.

Na Trivela, um balanço das bizarrices do Campeonato Pernambucano e uma análise sobre a situação atleticana após o massacre no clássico contra o Cruzeiro.

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No Olheiros, um retrato sobre o atual momento de Júlio César, ex-goleiro do Botafogo, recuperando seu espaço no Belenenses.

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Mais tarde, uma análise sobre Barcelona e Manchester United, confronto que definirá o primeiro finalista da Liga dos Campeões.

quarta-feira, 23 de abril de 2008

Sem controle


A partida do Liverpool em Anfield Road era segura e politicamente correta. Sem loucuras, mas com a iniciativa que requer um jogo em casa de Liga dos Campeões. O placar de 1-0 parecia sob medida para buscar um empate em Stamford Bridge. Havia um azarado John Arne Riise no meio do caminho.

Riise, nos acréscimos, se atrapalhou de maneira bisonha e complicou sensivelmente a vida dos Reds. O placar de 1-1 obriga o time de Steven Gerrard a se portar de modo diferente atuando em Londres. Logo o norueguês Riise, um dos coadjuvantes mais importantes para a reputação continental ratificada pelo Liverpool nos últimos anos.

Em Anfield, o Chelsea esteve aquém do que dele poderia se esperar. Drogba e Lampard estiveram irreconhecíveis, enquanto Joe Cole, Malouda e Ballack foram opacos. Será preciso muito mais para buscar o título inédito, mas é difícil imaginar outra jornada tão vazia dos Blues, que mesmo assim trouxeram um empate valoroso.

O Liverpool fez um jogo seguro, atuando com iniciativa e vibração, especialmente no primeiro tempo. Gerrard fez outro partidaço e o 4-2-3-1 de Benítez novamente se aplicou com precisão, com Kuyt e Babel inspirados pelos flancos e um Torres ameaçador entre os zagueiros. Riise, porém, pôs tudo a perder.

Há de se aguardar a próxima quarta-feira.

segunda-feira, 21 de abril de 2008

Várias vitórias em uma


PALMEIRAS 2 x 0 SÃO PAULO

Receber o jogo decisivo no Parque Antártica foi a primeira vitória do Palmeiras na decisão contra o São Paulo. Não houve como não notar uma atmosfera favorável para os palmeirenses quando a bola rolou nesse domingo, exceção feita aos inexplicados e absurdos incidentes no vestiário tricolor. Porém, atuando dentro de sua própria casa, o time de Luxemburgo foi melhor, diante de um valente São Paulo liderado por Hernanes e Jorge Wagner.

Em 90 minutos de bola, ficou suficientemente claro que o Palmeiras mandou no jogo. Parte disso, porém, se deve a algumas características do próprio São Paulo e de Muricy. Na partida do Morumbi, foi Hernanes, atuando como meia, o ponto de maior lucidez do time. Precisando de volantes, porém, Muricy Ramalho recuou o pernambucano para a cabeça-da-área. E perdeu criação.

Perdeu pois, Jorge Wagner, o meia desse domingo, não arranca com a bola, não consegue prendê-la tanto e não dá, quase nunca, passes verticais. Seu forte, ao longo dos últimos anos, se tornou o cruzamento, tão mortal e eficiente. Atuando como meia destacado por dentro, Jorge se torna um jogador como outro qualquer.

O outro pecado de Muricy foi abdicar de Borges e escalar Dagoberto, que recuava até o meio e isolava Adriano entre os excelentes Gustavo e principalmente Henrique. A opção são-paulina facilitou o trabalho de Martinez e Léo Lima, pois se houvesse companhia para o Imperador, o sistema defensivo do Palmeiras certamente seria mais pressionado. E, com exceção das mortais bolas aéreas de Jorge Wagner, quase nunca Marcos foi pressionado.

Com Martinez e Léo Lima podendo sair para o jogo sem se preocupar em cobrir os zagueiros e laterais, o Palmeiras ganhou em qualidade e tomou, naturalmente, a iniciativa de uma partida que já jogava dentro de seus domínios. Isso tudo, somado às performances de Valdívia, Marcos e Henrique, fez com que a partida pendesse para os palmeirenses.

A outra vitória palmeirense e de Luxemburgo foi com Léo Lima, que marcou como volante, armou como meia e ainda fez o gol mais importante nos 180 minutos. Luxemburgo praticamente não alterou o time do domingo anterior e Léo, com liberdade para armar e finalizar, foi figura de proa no Parque Antártica. Palmas, indiscutivelmente, para Luxa, por suas apostas.

Quem também teve um êxito pessoal foi Valdívia. Provocador ou não, não teve a mesma marcação do último domingo e, com a vigilância frouxa de Fábio Santos, chamou o jogo como costumou fazer ao longo do Paulistão. Quando a bola pára em seu pé, seja em um lance eficiente ou não, cria-se uma instabilidade para o adversário. Foi o que fez o chileno no domingo.

Seja pelo desempenho de Valdívia e Léo Lima, pela marcação de Gustavo e Henrique sobre Adriano, pela força de Marcos nas bolas aéreas, pela formação do time que montou Luxemburgo ou até pela força da direção em trazer o jogo para o Parque Antártica. O Palmeiras é merecidamente finalista.

Na final por um detalhe

BOTAFOGO 1 x 0 FLUMINENSE
Botafogo e Fluminense fizeram um jogo basicamente igual no Maracanã. Chega a ser normal, pois as duas equipes estão em estágios similares. Mas é, o Botafogo de Cuca, que volta à final do Estadual do Rio pela terceira temporada consecutiva. Sinal de que se trabalha bem em Caio Martins.

Novamente, Thiago Neves era o maior perigo no time do Flu. Cícero e Arouca estavam presos na marcação e, Conca, foi bem vigiado. Cabia ao camisa dez tricolor chamar a responsabilidade. E ele o fez, lançando uma bola magistral para Washington sofrer pênalti tosco de Renato Silva. Contudo, no duelo entre Washington e Castillo, quem levou a melhor foi a trave.

Já o Botafogo veio com o mesmo time que vencera o Flamengo no domingo passado. A entrada de Leandro Guerreiro, especulada, não aconteceu de início. Era o mesmo 4-2-1-3 das semanas recentes, mas com Alessandro e Triguinho, respaldados por Diguinho e Túlio, cheios de liberdade para atacar. Foi com eles que o Fogão chegou com mais perigo. Contudo, era nas costas deles, especialmente atacando pela direita, que Thiago Neves trazia perigo.

Em um cômputo geral, o Flu parecia mais seguro nos 45 minutos iniciais. Cuca, entretanto, mudou o quadro ao trocar Túlio por Leandro Guerreiro, que foi jogar como zagueiro à esquerda e anestesiou as chances tricolores. Triguinho e Alessandro subiam mais e até a entrada de Fábio foi positiva para o Botafogo, que melhorou bastante após o intervalo.

Renato Silva, que entra para o rol de heróis improváveis em finais, estava dentro da pequena área para dar a vitória e o título da Taça Rio para o Botafogo. Logo ele que, há cerca de um ano, fora dispensado das Laranjeiras. E que, aliás, tantas vezes foi criticado em General Severiano.

Ao longo de 90 minutos, não foi possível, porém, detectar uma equipe muito acima da outra. O equilíbrio foi a maior marca no duelo entre alvinegros e tricolores, deixando claro que o Rio de Janeiro, hoje, tem três forças de ótimo nível. Pior para o Flu, sempre obcecado pelo Estadual e que pode ver o Flamengo empatando em títulos. Melhor para o Botafogo, que ganha mais uma chance de vingança contra o Fla.

Aranha com a Macaca!


GUARATINGUETÁ 1 X 2 PONTE PRETA

Ataque contra defesa, pressão total ou o quer que seja. No Dário Rodrigues Leite, foi o Guaratinguetá - equipe de melhor campanha na fase anterior - que mandou no jogo. Quando a arbitragem selou o fim do jogo, porém, foi a Ponte Preta que pôde comemorar.

Infelizmente, este blogueiro não pôde ver a partida na íntegra. Apenas alguns lances e comentários, porém, foram suficientes para destacar alguns heróis:

Luís Ricardo, que pode ser utilizado como meia, na final, pois Renato, suspenso no primeiro jogo, e Elias, lesionado, não jogam contra o Palmeiras. O atacante de origem fez um gol, construiu outro e é mais um nome a ser seguido de perto. Tem só 24 anos.

Wanderley, que mesmo perseguido pela torcida ponte-pretana, voltou a jogar bem. Centroavante de área, finalizou com beleza para marcar o fundamental segundo gol da Ponte. É muito jovem e pode render dinheiro ao clube. Também por isso, precisa ser mais poupado.

Aranha, porém, o maior herói da noite. Melhor goleiro do Campeonato Paulista, esse mineiro de Pouso Alegre pegou pênalti e parou simplesmente tudo que viu pela frente. Já havia sido assim, aliás, no Moisés Lucarelli, no jogo de ida.

Para enfrentar o Palmeiras na finalíssima, a Ponte Preta precisará se desdobrar. Para o jogo de ida, não terá Eduardo Arroz, César, Renato e Elias - pilares da equipe campineira. Contudo, se desdobrar não vem sendo algo complicado para a cativante Macaca de Sérgio Guedes.

quinta-feira, 17 de abril de 2008

Michael Essien


Chelsea e Everton se enfrentam no Goodison Park pela primeira das últimas quatro rodadas da Premier League. O jogo ainda nem terminou (acaba de começar o segundo tempo), mas vale fazer uma menção para o ganês Michael Essien e o que tem jogado nos jogos mais recentes.

Essien chegou em Stamford Bridge por mais de 30 milhões de euros e como um dos pilares do melhor dos seis times que formou o Lyon no hexacampeonato da Ligue 1. Não há quem possa questionar sua utilidade para os Blues.

Na temporada passada, até de zagueiro, em situações difíceis, Essien atuou. Pela Liga dos Campeões, foi agora para a lateral-direita, abrindo espaço para Ballack no meio-campo, que é onde se dá melhor.

Além de ter uma imposição física devastadora, o melhor jogador ganês da atualidade tem qualidade técnica, personalidade e sabe fazer gols. Fez contra o Wigan na segunda-feira, fez também nesta quarta, contra o competitivo Everton.

segunda-feira, 14 de abril de 2008

Clássicos do Rio de Janeiro

BOTAFOGO 3 x 0 FLAMENGO

É até curioso. Se na quarta-feira o Flamengo se sobressaiu na altitude de Cuzco, nesse domingo, o time de Joel Santana pregou no calor e no cansaço do Maracanã. Por sua vez, o Botafogo esbanjou disposição, muita pegada e um preparo físico invejável. Com mais ambição dentro do jogo, inclusive, a equipe de Cuca não ofereceu hipóteses ao Fla. De forma justa, os três principais clubes do Rio de Janeiro são os que ainda podem pensar em título.

Atuando mais uma vez com uma linha de quatro jogadores na defesa, o Botafogo tinha cobertura para Triguinho e principalmente Alessandro irem ao ataque. Diguinho e Túlio se desdobraram, enquanto Zé Carlos e Wellington Paulista, incendiados, faziam a parte do apagado Jorge Henrique.

O Botafogo cresceu quando o sol deu trégua no Maracanã. Sufocou o Flamengo, pálido e pouco disposto a eliminar a chance de final no Estadual no Rio. O melancólico primeiro tempo do adoentado Souza foi sintomático.

Ao Flamengo, resta se preparar bastante ao longo dos próximos dias. Para o Botafogo, ficou a lição de que, futebol, o time de Cuca tem. Basta ter os nervos do lugar. Os botafoguenses mereciam uma segunda chance, mas os de Joel podiam e deviam ter feito mais força.

FLUMINENSE 1 x 1 VASCO


Como tem sido freqüente, especialmente nos clássicos, o Vasco fez muito mais do que podia. O time de Antônio Lopes foi brioso e determinado. Teve, inclusive, a iniciativa do jogo em boa parte dos 90 minutos, embora não tenha criado tanto perigo quanto essa situação tende a insinuar.

Fechado e saindo muito bem nos contra-ataques com Conca e Thiago Neves, o Flu foi quem teve as melhores oportunidades. Naturalmente, pois tem mais qualidade e até entrosamento. Diante disso, o empate ao longo dos 90 minutos trouxe alguma surpresa.

No segundo tempo, o Vasco contou com atuações intensas de Morais e até do limitado Leandro Bomfim. Jean, como de praxe, se movimentou bastante e criou dificuldades. A zaga tricolor, porém, se valeu de mais um grande jogo de Thiago Silva, ainda em altíssimo nível.

Foi bastante dispensável a escolha de Antônio Lopes. Se o treinador mandou bem ao tirar Edmundo dos pênaltis, deixar o jovem Pablo como o quinto cobrador, evidentemente, foi uma péssima alternativa. O ala improvisado pela esquerda jogou bem durante os 90 minutos e cobrou bem a penalidade. Poderá, porém, carregar um peso desnecessário por muitos e muitos tempos.

No fim das contas, foi justa a classificação do Fluminense. Era o lógico.

Decisões em São Paulo

SÃO PAULO 2 x 1 PALMEIRAS

Um gol com 11 minutos normalmente interfere em todo o andamento do jogo. Foi o que houve no Morumbi. Acostumado a se dar melhor quando tem a defesa como trunfo e o contra-ataque como desafogo, o São Paulo tomou as rédeas, no Morumbi, quando deu campo ao Palmeiras e pôde dominar as ações palmeirenses com muita marcação.

Muricy Ramalho colocava nove homens atrás da linha de bola, com inclusive Dagoberto pressionando os volantes palmeirenses. Zé Luís e Richarlyson foram impecáveis na marcação de Valdívia e Diego Souza, respectivamente. Atuando no 4-2-2-2, o Palmeiras encontrava dificuldades em abrir o jogo e insistia em um meio-campo congestionado.

Por sua vez, o São Paulo tinha um Adriano mais uma vez sedento em decidir. Já na volta do intervalo, Gustavo falhou feio e Jorge Wagner, agora pelo chão, colocou o Imperador em condições de balançar, novamente, as redes de Marcos. O placar de 0-2, àquele momento, era trágico e abalava o favoritismo palmeirense. O São Paulo, atuando como em 2007, era seguro.

Luxemburgo, então, mexeu bem no time. Passou para um 4-2-3-1 e foi abrindo, com Lenny e Denílson, espaços na defesa do São Paulo. Faltou maior poder de fogo e velocidade para o time de Muricy colocar perigo para o Palmeiras. O pênalti definido por Alex Mineiro, então, deixou o aberto o cenário para o jogo de volta.

Muricy, porém, deverá insistir na volta de Fábio Santos. Sem Richarlyson e Zé Luís, suspensos, certamente precisará recuar Hernanes para a cabeça-de-área. Atuando na meia, contra o Palmeiras, o pernambucano foi um dos melhores em campo e mostrou que pode ser criativo e combativo. Luxemburgo precisará abrir a defesa tricolor. Eis um grande jogo para o próximo domingo.

PONTE PRETA 1 x 0 GUARATINGUETÁ

No Moisés Lucarelli lotado, era obrigatório que a Ponte Preta fosse ao ataque e deixasse o gramado com a vitória. O time de Sérgio Guedes fez sua parte e jogou a bomba nas mãos do Guaratinguetá, que precisará vencer em seus domínios para jogar a final do Campeonato Paulista em sua segunda temporada na elite estadual.

O duelo do interior, antes de tudo, foi um confronto de estilos. A Ponte Preta respira aliviada quando a bola pára nos pés de Renato e Elias. Um habilidoso, cerebral. Outro, lépido e sempre ágil nos deslocamentos. Os volantes da Macaca são meramente marcadores, mas oferecem serenidade e muita pegada. Eduardo Arroz e Vicente são bons e ajudam na armação, mas é de Renato e Elias que depende a agradável equipe de Sérgio Guedes.

Guilherme Macuglia, como fiel seguidor da escola Muricy, propõe um futebol de maior imposição física e muita competição. Seu time é todo cercado no futebol do meia-atacante Michael. Franzino e omisso em alguns momentos, é quem pensa a partida e sabe o que fazer com a bola. Tem, à sua frente, dois atacantes velozes e muito objetivos: Alessandro e Dinei. No mais, um time de muita velocidade e intensidade, duríssimo de ser batido.

O confronto no Moisés Lucarelli só veio confirmar o que se esperava. Uma Ponte Preta naturalmente pressionada pela necessidade da vitória, conviveu bem com as expectativas e cumpriu seu papel. Resta, ao Guaratinguetá, fazer o que não fez na fase anterior, quando foi batido por 3-0 pela Macaca.

sábado, 12 de abril de 2008

Comentários limitados

Notícia velha não deixa de ser notícia. Então vamos lá: há alguns dias, nosso espaço para comentários, infelizmente, se tornou restrito.

Como temos pessoas covardes que não gostam de se identificar, infelizmente, só os que são do mundo google poderão comentar. Uma pena, pois uns pagam por outros. Mas, vida que segue.

sexta-feira, 11 de abril de 2008

Os gols da semana - Luca Toni

Partida histórica no Coliseum Alfonso Pérez. A valente e arrojada equipe do Getafe ia impondo uma classificação histórica frente ao Bayern de Munique. Até que, após o gol de Ribéry, veio a prorrogação. Os espanhóis, ainda assim, fizeram dois em seqüência e ficaram em uma condição favorável e quase irreversível.

Até que apareceu Luca Toni. O centroavante italiano, de passagens expressivas por Palermo e Fiorentina, é o tipo de jogador que garante gols em quase todas partidas em que atua. Dessa vez, não foi diferente. E foi em dobro. Toni, nos minutos finais, colocou os bávaros na semifinal. Estupendo!

Gauchão não é parâmetro


O Grêmio - e seus torcedores - acreditou mesmo que tinha um bom time. Acreditou que poderia fazer sucesso com Marcelo Gröhe no gol, Pereira na zaga, William Magrão no meio e Perea no ataque. Estava claro, há muito tempo, que o Tricolor Gaúcho era limitado.

Em 16 jogos no fraquíssimo Campeonato Gaúcho, só venceu quatro com mais que um gol de diferença. O torneio estadual, como quase todos, aliás, não é parâmetro nenhum.

Nesta quinta-feira, este blogueiro falou com o excelente Cláudio Cabral, comentarista da Rádio Bandeirantes Gaúcha. Veja o que ele disse:

"Se valorizou demais a invencibilidade do Grêmio, mas algumas pessoas da imprensa, inclusive eu, alertamos sobre a ilusão disso. Até que, quando se confrontou diante de dois times organizados, deu no que deu"

"Tem duas equipes boas aqui e que podem ser classificados como bons times: o Caxias e o Inter de Santa Maria. São os melhores do interior, times relativamente bons. O resto é muito ruim mesmo"

Sábias palavras, Cláudio.

segunda-feira, 7 de abril de 2008

Cinco rodadas para o fim da Premier League

Distribuição: 4 vagas para a Liga dos Campeões e 1 vaga para a Copa da Uefa. Os três últimos são rebaixados.

BRIGA PELO TÍTULO

Manchester United - 77 pontos

Forma na Premier League - últimos 5 jogos: 4 vitórias e 1 empate

O que falta:
(Arsenal CASA, Blackburn FORA, Chelsea FORA, West Ham CASA, Wigan FORA)


Chelsea - 74 pontos

Forma na Premier League - últimos 5 jogos: 4 vitórias e 1 empate

O que falta:
(Wigan CASA, Everton FORA, Man Utd CASA, Newcastle FORA, Bolton CASA)


Arsenal - 71 pontos

Forma na Premier League - últimos 5 jogos: 1 vitória, 3 empates e 1 derrota

O que falta:
(Man Utd FORA, Reading CASA, Derby FORA, Everton CASA, Sunderland FORA)


BRIGA PELA CHAMPIONS LEAGUE

Liverpool - 63 pontos

Forma na Premier League - últimos 5 jogos: 3 vitórias, 1 empate e 1 derrota

O que falta:
(Blackburn CASA, Fulham FORA, Birmingham FORA, Man City CASA, Tottenham FORA)


Everton - 60 pontos


Forma na Premier League - últimos 5 jogos: 2 vitórias, 1 empate e 2 derrotas

O que falta:
(Birmingham FORA, Chelsea CASA, Aston Villa CASA, Arsenal FORA, Middlesbrough CASA)


BRIGA PELA COPA DA UEFA

Tottenham (campeão da Carling Cup) e Portsmouth (finalista da FA CUP já estão classificados. Como apenas o quinto colocado da Premier League disputa a Copa da Uefa, é provável que Liverpool ou Everton fiquem com essa vaga.

Para reverter o quadro, o Aston Villa precisaria reduzir uma distância de oito pontos, algo improvável.

BRIGA CONTRA O REBAIXAMENTO

O Derby County já foi rebaixado matematicamente.

Fulham - 24 pontos

Forma na Premier League - últimos 5 jogos: 1 vitória, 2 empates e 2 derrotas

O que falta:
(Reading FORA, Liverpool CASA, Man City FORA, Birmingham CASA, Portsmouth FORA)


Bolton - 26 pontos

Forma na Premier League - últimos 5 jogos: 4 derrotas e 1 empate
O que falta:
(West Ham CASA, Middlesbrough FORA, Tottenham FORA, Sunderland CASA, Chelsea FORA)


Birmingham - 30 pontos

Forma na Premier League - últimos 5 jogos: 1 vitória, 1 empate e 3 derrotas

O que falta:
(Everton CASA, Aston Villa FORA, Liverpool CASA, Fulham FORA, Blackburn CASA)


Reading - 32 pontos


Forma na Premier League - últimos 5 jogos: 2 vitórias, 1 empate e 2 derrotas

O que falta:
(Fulham CASA, Arsenal FORA, Wigan FORA, Tottenham CASA, Derby FORA )

domingo, 6 de abril de 2008

A timidez de Lucas Leiva


Nos tempos de Grêmio, o meio-campista Lucas era daqueles jogadores com muita personalidade. Com apenas 19 anos, foi eleito o Bola de Ouro do Campeonato Brasileiro de 2006, basicamente pela forma intensa com que atuava em campo, seja nas ações ofensivas ou defensivas. O Lucas Leiva do Liverpool, porém, tem sido muito diferente.

A questão - bem observada pelo leitor gaúcho Rafael Soares, é pertinente. Em sua primeira temporada européia, Lucas vem atuando de forma muito tímida. Raramente vai ao ataque e não se impõe da mesma forma com a qual fazia no Olímpico. Embora seja uma situação até compreensível, não podemos deixar de notá-la.

Lucas tem jogado até mais que o esperado. A delicada lesão que teve Xabi Alonso e a transferência de Sissoko para a Juventus abriram espaço para o camisa 21 dos Reds. Ele atuou em 13 das 33 partidas do Liverpool na Premier League e também na Liga dos Campeões, por exemplo.

Espaço e a confiança de Rafa Benítez, claramente, Lucas Leiva tem. Só precisa voltar a ser o mesmo dos tempos de Grêmio. Pode ser otimismo, mas creio ser questão de tempo.

Colunas da semana

Com algum atraso, as colunas publicidadas ao longo da última semana...

No Olheiros, os motivos pelos quais Kaká dificilmente jogará as Olimpíadas de Pequim.
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Na Trivela, um retrato da perigosa situação de Ipatinga, Vitória, Coritiba e Portuguesa.
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Ainda na Trivela, uma análise das perspectivas do Schalke 04 para a reta final da Bundesliga
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sexta-feira, 4 de abril de 2008

Poucas zebras na Copa do Brasil


O quadro de disputa na Copa do Brasil vem sendo relativamente previsível. Ao menos, por enquanto. Com exceção feita à eliminação do Atlético Paranaense, em casa, frente ao Corinthians de Alagoas, as equipes tidas como favoritas ao título seguem em ritmo confiável.

À esquerda da chave, Corinthians e Goiás já estão definidos no primeiro confronto das oitavas. Mais abaixo, Coritiba/São Caetano contra Atlético-GO/Grêmio. A derrota dos gremistas em Goiânia, aliás, soa como um prenúncio. Não fosse o gol de Roger a poucos minutos do fim, a diferença de gols seria um problemão para o time de Celso Roth.

Ainda do lado esquerdo, mais abaixo, a Portuguesa aguarda uma possível virada do Botafogo frente ao Ríver, do Piauí. O Atlético Mineiro também não deve ter problemas para deixar o Nacional de Amazonas para trás. O Náutico já se garantiu entre os melhores 16.

CORINTHIANS x GOIÁS
ATLÉTICO-GO/GRÊMIO x SÃO CAETANO/CORITIBA
BOTAFOGO/RÍVER x PORTUGUESA
ATLÉTICO-MG/NACIONAL-AM x NÁUTICO

Brigando pelo outro lado da chave, o Palmeiras deve enfrentar o Sport nas oitavas. Fora de casa, os pernambucanos bateram o Brasiliense, aumentando as chances de avançar. O segundo confronto já definido é entre Internacional e Paraná Clube. Não é difícil imaginar um confronto do Verdão contra o Colorado nas quartas.

Também definido é o duelo entre Vasco e Criciúma, que foi até o Ceará e fez 6-1 sobre o Icasa, campeão do primeiro turno local. Juventude é outro garantido entre os 16 melhores e aguarda o vencedor de Paranavaí e Corinthians de Alagoas. Por ora, o favoritismo é dos corintianos, que venceram fora e, curiosamente, já tinham eliminado o Atlético Paranaense na fase anterior.

PALMEIRAS X SPORT/BRASILIENSE
INTERNACIONAL X PARANÁ CLUBE
VASCO X CRICIÚMA
JUVENTUDE X CORINTHIANS-AL/PARANAVAÍ

O gol da semana - Deivid

O gol da semana no Papo de Craque volta em alto nível. Jogo de classe internacional, quartas-de-final da Liga dos Campeões.

Deivid, que tem tido funcões táticas bastante relevantes para o sucesso do Fenerbahçe, define mais um jogo. Herói contra o Sevilla, o Hulk acerta um tirambaço de 30 metros e estufa as redes do Chelsea.

A narração turca, aliás, é tão sensacional quanto o próprio gol.

terça-feira, 1 de abril de 2008

Ronaldinho é do Timão!

Longos quatro anos se passaram com Ronaldinho Gaúcho no Camp Nou e o que vinha se especulando, enfim, é realidade. Ao final da temporada européia, Ronaldinho assinará contrato de cinco anos e jogará a Série B pelo Corinthians.

O irmão Assis, procurador do jogador, já acertou o pagamento da multa rescisória. Segundo se comenta, o valor giraria em torno de 16 milhões e, como parte do acordo, o Barcelona contará imediatamente com os serviços do centroavante Finazzi, artilheiro do Corinthians no Campeonato Brasileiro de 2007. Rijkaard se disse feliz com o negócio, mas prevê problemas para montar o ataque catalão, já que conta com Henry e Eto'o.

Ronaldinho chega ao Parque São Jorge como a volta das grandes contratações no Corinthians. Por meio de sua assessoria, o craque demonstrou alegria em vestir as cores do Timão. "Quero logo trocar o azul-grená pelo roxo. Essa camisa nova é maravilhosa", comentou com entusiasmo o dentuço.

O treinador Mano Menezes, porém, se mostrou resignado com a saída de Finazzi. "Contávamos com ele para a Série B. É nossa maior referência e não vejo tanto lucro com essa negociação", comentou irritado o técnico gaúcho, que exige a contratação de Tuta e Clodoaldo para repor a lacuna aberta.

Tratado como maior contratação da história do Corinthians, Ronaldinho Gaúcho, porém, não é o mais caro. Em 2004, a direção corintiana pagou cerca de 20 milhões de euros pelo futebol de Carlos Tevez. Ronaldinho não foi nada amistoso em outra declaração. "Sou muito melhor que Carlitos. Ele não engraxa minhas chuteiras e, inclusive, sou muito mais bonito".

Animada, a direção corintiana prometeu que não pára por aí. Antônio Carlos, diretor do clube, disse já ter tudo certo para trazer mais reforços. Fábio Costa, Kléber, Kléber Pereira e Rodrigo Souto são dados como certo no Parque São Jorge. Irritado, o dirigente negou que as transações tenham sido costuradas no ano passado, quando vestia a camisa do Santos, coincidentemente o clube dos quatro jogadores citados.

Sampaio e Lopes


Alfredo Sampaio chegou ao Vasco sendo classificado como auxiliar técnico de Romário. Desde o início, porém, ficava claro que o time era seu, não do Baixinho. Sampaio, que tinha no currículo um bom trabalho pelo Madureira, encarou São Januário como a grande oportunidade de sua carreira, engoliu alguns sapos e montou um time ofensivo em boa parte de seus momentos, mas cujos resultados foram discretos.

Não poderia ser diferente, aliás. O elenco vascaíno é fraco, o ambiente é horroroso e o clube, de modo geral, parou no tempo. A interferência de Romário sempre foi evidente e prejudicial. E quando o Baixinho sai de cena, é sempre a hora de Edmundo, na ciranda de São Januário. Se 2007 foi o ano da volta de Espinoza, esta é a vez de Antônio Lopes.

Será a sexta passagem do delegado pelo Gigante da Colina. Todas, somadas, dão aproximadamente 10 ou 11 anos em São Januário. Entre os títulos, a Libertadores de 1998, o Brasileiro de 1997 e o Estadual do Rio de 2003. Antônio Lopes, porém, não faz bons trabalhos há muito tempo. O último, talvez, tenha sido o Atlético Paranaense, vice da Copa Libertadores em 2005.

Campeão brasileiro com o Corinthians, o treinador não merece muitos créditos pela conquista, construída por seu antecessor, Márcio Bittencourt. Voltou ao futebol paranaense, por Coritiba e Atlético Paranaense, mas não foi bem. Deixou o CAP às portas do rebaixamento. Em 2006, foi um dos seis treinadores do Fluminense que quase caiu para a Série B. Mas recebe outra chance no Vasco. Não há como ser otimista.

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Desde 2004, os vascaínos tiveram: Alcir Portela, Joel Santana, Evaristo de Macedo, Hélio dos Anjos, Mauro Galvão, PC Gusmão, Dário Lourenço, Geninho, Renato Gaúcho, Celso Roth, Valdir Espinosa, Romário e Alfredo Sampaio.