segunda-feira, 30 de março de 2009

Maquiando os números


Os números da Espn mostram que o Equador finalizou 39 vezes contra Júlio César, que fez defesas em 11 desses lances - segundo o Datafolha. Apesar disso, e do fato de o Equador ter tido 55% a 45% na posse de bola, Dunga preferiu olhar para o número que lhe convém, de que a seleção havia perdido em Quito nas suas últimas duas visitas pelas Eliminatórias.

Em campo, além do que os números já dizem, o que se viu foi uma equipe que não conhecia seu adversário. Colocar Marcelo na lateral-esquerda, marcando Guerrón, já seria um grande absurdo por si só. Mas deixar o ágil Miranda no banco, e começar com Luisão em sua cobertura, foi pior ainda. Não por acaso, foi sobre os dois que surgiu a jogada do já previsível gol do Equador.

Também foi por coincidência que o Brasil levou sufoco o jogo todo. Sem ter quem segurar a bola na frente, o ataque brasileiro se isolava do resto da equipe. E a defesa precisava se virar para conter o Equador, que teve três armadores e dois avantes em campo. Ao contrário dos brasileiros, que tiveram três volantes, um armador e dois atacantes. E que fizeram a pior exibição brasileira na Era Dunga.

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