Jogador emprestado pode ou não enfrentar o clube dono de seus direitos? Essa situação, bastante comum aos clubes brasileiros, foi novamente discutida antes do duelo entre Grêmio e Santos, na noite desta quarta-feira, no Olímpico. No fim das contas, Borges só jogou porque sua negociação com os santistas foi em definitivo, ainda que os gremistas tenham se comprometido a contribuir no pagamento de seus salários até o fim de 2011.
São sete prestações de R$ 50 mil para ajudar a bancar o artilheiro da Série A na Vila Belmiro. Grande negócio para o Santos e nem tão ruim para o Grêmio porque Marquinhos, envolvido na troca, é um dos destaques na grande campanha de reabilitação no returno do Brasileiro. O meia, que já é atleta gremista em definitivo, contribuiu para o êxito gremista com assistência para o único gol, marcado por Brandão.
Mas imaginemos que Marquinhos ainda fosse do Santos, estivesse só emprestado ao Grêmio e participasse de forma decisiva na partida. Que sentido teria os santistas pagarem o salário de um jogador que decidisse uma derrota deles próprios? Friamente, um clube só empresta jogador e contribui nas despesas para que ele possa roubar pontos dos concorrentes. Não faz sentido ser diferente.
Um caso muito curioso é do Corinthians, que tem vários jogadores emprestados em outros times da primeira divisão. Gols de Lulinha já fizeram o Bahia roubar pontos de Flamengo e Avaí, e gols de Souza tiveram o mesmo efeito para os baianos contra Atlético-MG, Flamengo e Fluminense. Bill, cedido ao Coritiba, já ajudou seu time a pontuar contra Fluminense, América-MG, Atlético-MG, Botafogo e Cruzeiro.
Os pontos perdidos sobretudo por Botafogo, Fluminense e Flamengo ajudam na campanha corintiana do Brasileiro e justificam o dinheiro gasto nos três jogadores. Só não faria sentido que eles jogassem contra o próprio Corinthians. Afinal, empréstimo não é presente.
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