sexta-feira, 7 de setembro de 2007

Pitacos da rodada + seleção #21



Com um pouco mais de tempo disponível, volto a dar pitacos sobre a rodada que se encerrou, a 24ª do Campeonato Brasileiro de 2007.

- Botafogo 1 x 1 Palmeiras

O resultado de quinta no Maracanã fecha o insucesso do Palmeiras nas três últimas rodadas: um ponto em três jogos - contra São Paulo, Cruzeiro e Botafogo – derrubaram o time de Caio Júnior do quarto para o sétimo lugar. Já o Fogão, não pode dizer que foi um bom resultado. No jogo, melhor desempenho dos de Cuca, embora, nos contra-ataques, os paulistam pudessem ter ampliado o placar e garantido os três pontos.

Melhor em campo: Edmundo

- Paraná 2 x 4 Náutico

Deu certo a formação ofensiva de Beto Fernandes. Com quatro homens de frente, o Náutico levou perigo a todo instante e fez valer a preocupação em vencer o Paraná Clube, adversário direto pela permanência. Geraldo, Acosta e Júlio César foram muito bem. Lori Sandri, após um início de otimismo, já coleciona resultados ruins e preocupantes para a seqüência dos paranistas na Série A.

Melhor em campo: Acosta

- Sport 0 x 2 Fluminense

Alterações bem pensadas e decisivas de Renato Gaúcho. Cícero, passado o período de lesão, vai mostrando que neste time do Fluminense ele precisa jogar. Seja como meia-ofensivo, seja como vértice de um losango com Arouca. Partida instável de Thiago Silva, assim como do Sport, que não costuma perder pontos assim. O time, aliás, perdeu dois nomes importantes para a Europa: Weldon e Washington, além de Vítor Hugo. Agora, só tem Da Silva.

Melhor em campo: Cícero

- São Paulo 0 x 0 Atlético-Mg

Jogo bastante equiparado, onde o São Paulo poderia ter tido até mais ambição e sair com três pontos na bagagem. As substituições de Muricy Ramalho são quase sempre previsíveis e não mudam o panorama do jogo. O Galo, por sua vez, é outro sem Marcinho e não tem alas ofensivamente soberbos para atuar no 3-5-2. O time de Leão é o mais opaco dentre os grandes do país, neste Brasileiro.

Melhor em campo: Rogério Ceni

- Santos 2 x 1 Internacional

A derrota frente ao Corinthians não serve de argumento para o público desta quarta-feira na Vila Belmiro. Seis dias antes, menos pessoas ainda iam ao estádio para acompanhar a vitória sobre o Atlético Paranaense. O êxito sobre o Inter, que leva o time de Luxemburgo pela primeira vez ao G-4, foi construído pelo talento de Kléber e um ótimo jogo de Renatinho, que completou 90 minutos em campo só agora nesta temporada. Embora o garoto mereça espaço, Marcos Aurélio, que vez ou outra recebe puxão de orelha de Luxa, precisa ser titular.

Melhor em campo: Kléber

- Flamengo 4 x 1 Figueirense

Joel Santana mais uma vez não teve Roger, suspenso. Renato Augusto, jogando mais atrás, também não foi bem e saiu vaiado, mas merece mais carinho na Gávea. Em campo, bem mais volume de jogo para os catarinenses, que esbarraram em bom jogo de Bruno e sofreram, nos contra-ataques, uma derrota por goleada. Mário Sérgio cai com algumas rodadas de atraso, embora as saídas de Henrique e Vítor Simões não tenham sido repostas no Orlando Scarpelli. Menção positiva para o menino Egídio, de bom desempenho.

Melhor em campo: Bruno

- Grêmio 3 x 1 Vasco

Partida violenta no Olímpico, envolvendo duas equipes que notoriamente são adeptas do jogo brusco. O Grêmio, que jogou no sempre eficiente 4-2-3-1 da Libertadores, parece cada dia mais maduro – assim como o Santos - para entrar de vez na briga pelos quatro primeiros lugares. Eduardo Costa foi uma ótima contratação, assim como o peruano Hidalgo. Léo, que vem da base, é um zagueiraço. Olho nos gaúchos e em Mano Menezes, remontando bem o plantel gremista. A derrota vascaína está no script traçado.

Melhor em campo: Eduardo Costa

- Juventude 1 x 0 Cruzeiro

Terceira vitória consecutiva do Juventude, em quatro jogos com Beto Almeida, e assim como o Náutico, não parece totalmente entregue ao rebaixamento. Há coisas boas no time, como o efetivo retorno após grave lesão de Tadeu, oriundo da base são-paulina e emprestado ao clube gaúcho. O garoto fez bem pros dois, São Paulo e Juventude, selando os três pontos com um gol de fora da área. O Cruzeiro acumula assim um resultado trágico para suas pretensões, embora já tenha a volta de Roni e Guilherme seja outro à disposição de Dorival Júnior.

Melhor em campo: Tadeu

- Corinthians 1 x 0 América-Rn

Os três pontos e o ânimo do grupo são ótimos, mas o volume de jogo corintiano, diante de quase 20 mil fiéis, é preocupante. O jogo foi terrível e, não fosse a inspiração de Nílton para armar o jogo lá de trás, nada teria acontecido. Prova de que o time, do jeito que está, pode ter problemas quando ter a responsabilidade. Com Gustavo Nery voltando na próxima rodada, a vocação do onze titular muda bastante. O América, novamente, foi triste. Pior ainda foi o árbitro pernambucano Cláudio Luciano Mercante Júnior, que parece seguir a escola do conterrâneo Wilson Souza de Mendonça.
Melhor em campo: Nílton

- Goiás 2 x 3 Atlético-PR

O time de Paulo Bonamigo, definitivamente, perdeu o encanto de semanas atrás. Se abriu em demasia e deu a vitória, nos contra-ataques, para o Atlético Paranaense. Ao contrário dos tempos de Lopes, os paranaenses já começam a mostrar algum sentido tático. Muito pela presença de Antônio Carlos e Claiton, ambos jogando bem, e amparados por Ney Franco. Seis pontos seguidos levantam qualquer ambiente.

Melhor em campo: Ferreira
Seleção da rodada:
Rogério Ceni
Bustos - Nen - Nílton - Kléber
Eduardo Costa - Leandro Guerreiro
Acosta - Geraldo
Renatinho - Edmundo

3 comentários:

Felipe Maciel disse...

Ainda tou de cabeça inchada com a doerrota do Sport na Ilha!

O time tava apático, irreconhecível! :/

abraços, dassler

Anônimo disse...

Em um jogo violento, ninguém melhor para ser o melhor em campo que o Eduardo Costa! :P

Como escrevi no blog do Maurício, nesse campeonato de perde-ganha, dois times têm campanhas diferenciadas: o São Paulo ganha-ganha e o América perde-perde.

Abraços.

Ergos [Gustavo Vargas] disse...

Eduardo Costa nunca foi um jogador violento, esse estereótipo é uma falácia. Ele tem essa imagem unica e exclusivamente pelo fato de ter sido formado no RS e possuir uma aparência tosca.

É o melhor primeiro volante em atividade no Brasil, destoa tanto pela qualidade técnica (que existe, embora muitos não saibam - ou não queiram - reconhecer) quanto pelo senso de marcação.

Abraço!