terça-feira, 26 de fevereiro de 2008

Cinco motivos para a má fase da zaga são-paulina


Por mais simplista que possa parecer, sofrer poucos gols - se possível nenhum, foi uma das armas do São Paulo versão 2007. Em 73 incansáveis jogos da última temporada, o time de Muricy Ramalho só foi vazado em 51 oportunidades. Para ser mais específico, em 36 destas 73 partidas, basicamente a metade, os são-paulinos saíram ilesos, só precisando de um simples gol para somar três pontos.

Em 2008, dentre todos os problemas, é a baixa resistência defensiva do time tricolor que mais salta aos olhos. Em 11 jogos, Rogério Ceni foi batido 13 vezes, performance que, dentre os seis primeiros do Paulistão, só é inferior à da Ponte Preta. Hoje, a melhor média é do Corinthians de Mano Menezes, que só sofreu seis gols, sendo três na segunda rodada, diante do São Caetano. Hoje, os corintianos são quem mais sabem que, para vencer, quase sempre, basta um golzinho.

Veja os cinco principais motivos para a má fase da zaga tricolor:

1-) As ausências de Alex Silva e especialmente Breno. Sem eles, Muricy não tem uma opção defensiva segura para o lado direito de sua defesa, caso opte por uma linha com quatro defensores. Não bastasse a enorme qualidade da dupla, além disso, André Dias e Juninho não têm rapidez suficiente para permitir que a primeira linha jogue mais à frente, dando maior margem de segurança para a recuperação.

2-) Muricy tem mexido demais na equipe. A chegada de Fábio Santos faz com que Richarlyson jogue pela lateral, pela ala, na zaga, ou mesmo na meia. Ricky, como é chamado pelo técnico, teve seus melhores momentos na cabeça-de-área, ainda que sua versatilidade seja indiscutível e positiva.

3-) Juninho, como já era previsto, não é o nome ideal para substituir Breno no sistema defensivo. Ainda que seja um jogador inteligente e de eficácia nas bolas paradas, o ex-botafoguense, não bastasse a má fase técnica e física, é lento e risível no combate homem a homem. O gol de Kléber Pereira, no clássico com o Santos, é uma clara prova: Juninho corre atrás! Breno ou Alex Silva chegariam muito antes.

4-) Rogério Ceni vive um momento técnico fraco. Ainda que não tenha uma falha, de fato, para mostrar, o goleiro sempre propiciou grandes defesas quando acionado. Isso não tem ocorrido, e Ceni parece mais lento que o habitual.

5-) Um dos pontos expressivos do São Paulo no último ano era a marcação à frente, especialmente por parte de Leandro e até Dagoberto. Optando por jogadores pesados no ataque, até por falta de outras opções, Muricy ainda não tem seu time no ápice da forma física, o que dificulta essa prática. A compactação e redução dos espaços, também propiciada pela avançada linha defensiva, se torna inviável. O tricolor se torna vulnerável.

2 comentários:

Anônimo disse...

Tô achando que isso é cópia, hein, Dassler! Rs!

Tô brincando. É que fiz um post dizendo basicamente isso do seu São Paulo querido. Hehehe.

Anônimo disse...

Com certeza, a ausência de Leandro é um dos pontos-chave para a queda de rendimento da defesa do São Paulo. Ele ajudava muito a que a bola não chegasse com frequência na defesa tricolor. Daí, com a defesa mais acionada e sem Breno, dificulta.

Com Fábio Santos no meio, como você disse, Richarlyson é improvisado. Com isso, o SP perdeu um ótimo volante e ganhou um lateral abaixo da média.

Abraços!