domingo, 17 de agosto de 2008

Análise do primeiro turno: Figueirense, Atlético-MG, Goiás, Portuguesa e Náutico

Figueirense (11º) – 25 pontos

A fama do Figueirense ter campanhas estáveis e de meio de tabela segue em alta por Florianópolis. Passada a fase ruim com Guilherme Macuglia, PC Gusmão conseguiu alguns bons resultados, outros ruins, e deixou o Figueira sempre ali no meio, longe do rebaixamento, mais longe ainda dos primeiros. Quando Cleiton Xavier vai bem, é difícil parar a equipe, mas nem sempre isso acontece. O ataque sofre com a falta de talento e só se vale, mesmo, das trombadas de Tadeu ou de algum lampejo de Rafael Coelho, ainda imaturo. Uma turbulência parece incapaz de rondar o Orlando Scarpelli mais uma vez.

Melhor jogador: Cleiton Xavier
Quem também foi bem: Wilson, Anderson Luís, Marquinho e Tadeu
Quem foi mal: Wellington Amorim e Edu Sales
Mais utilizado: Wilson (19j)
Revelação: Rafael Coelho
Artilheiro: Cleiton Xavier (8 gols)
Líder em assistências: Marquinho (5 passes)

Técnicos: Gallo (2j), Guilherme Macuglia (5j) e PC Gusmão (12j)
Negociado com o exterior: Felipe Santana (Borussia Dortmund)
Melhor jogo: Figueirense 3 x 0 Santos
Pior jogo: Figueirense 1 x 7 Grêmio

Aproveitamento em casa: 55,5%
Aproveitamento fora: 33,3%
Mais vitórias consecutivas: 2 (Ipatinga e Santos)
Mais derrotas consecutivas: 2 (Fluminense e Grêmio)
Mais jogos sem vencer: 4 (Fluminense, Grêmio, Atlético-PR e São Paulo)
Mais jogos sem perder: 5 (Atlético-MG, Vasco, Palmeiras, Ipatinga e Santos)
Rodadas na liderança: nenhuma
Média de público: 16º (8.804)

Time base (4-2-2-2): Wilson, Anderson Luís, Bruno Aguiar, Asprilla e William Matheus (Leandro Soares); Diogo e Magal; Cleiton Xavier e Marquinho; Edu Sales e Tadeu

Atlético-MG (12º) – 24 pontos

De que adianta jogar bem e não ganhar? Em momentos importantes da competição, o Atlético pagou por finalizar mal e deixou de vencer adversários de respeito como Flamengo e Palmeiras, por exemplo. Mesmo vindo bem nesse sentido, o trabalho de Gallo mostrava poucos resultados, de fato, e foi interrompido na trágica derrota em São Januário. No ano de seu centenário, o Galo só conseguiu vencer fora de casa na 18ºrodada. Até ali, só batera os quatro clubes que vieram da Série B: Vitória, Coritiba, Ipatinga e Portuguesa. A 12ª posição não condiz com a triste realidade atleticana: ou emplaca outra reação como em 2007 ou briga para não cair, como em 2005. Difícil fazer previsões.

Melhor jogador: Petkovic
Quem também foi bem: Mariano, Serginho e Márcio Araújo
Quem foi mal: Edson, César Prates e Castillo
Mais utilizados: Vinícius (18j)
Revelação: Serginho
Artilheiros: Coelho, Eduardo, Petkovic, Marques e Gedeon (3 gols)
Líder em assistências: Petkovic (8 passes)

Técnicos: Geninho (1j), Gallo (14j) e Marcelo Oliveira (4j)
Negociados com o exterior: Coelho (Bologna) e Danilinho (Jaguares)
Melhor jogo: Santos 2 x 3 Atlético-MG
Pior jogo: Vasco 6 x 1 Atlético-MG

Aproveitamento em casa: 66,6%
Aproveitamento fora: 20%
Mais vitórias consecutivas: 2 (Sport e Santos)
Mais derrotas consecutivas: 2 (Cruzeiro e Internacional)
Mais jogos sem vencer: 6
Mais jogos sem perder: 3 (Fluminense, Goiás e Atlético-PR) e (Figueirense, Palmeiras e Flamengo)
Rodadas na liderança: nenhuma
Média de público: 10º (15.137)

Time base (4-3-1-2): Edson, Mariano, Leandro Almeida (Marcos), Vinícius e César Prates; Rafael Miranda, Serginho e Márcio Araújo; Petkovic; Marques e Jael (Eduardo).

Goiás (13º) – 23 pontos

Após bater na trave em 2007 e empurrar o Corinthians para a Série B, o Goiás começou a edição de 2008 do Brasileiro com pinta de que não se salvaria. Passou dez rodadas consecutivas dentro da zona do rebaixamento mas, aos poucos, foi progredindo desde a chegada do velho conhecido Hélio dos Anjos. Outras chegadas importantes, aliás, foram as de Romerito e Iarley. Experientes e motivados, os dois jogadores deram ares novos a um setor ofensivo que, enquanto teve também Alex Terra, deu trabalho para muita gente. Os esmeraldinos bateram Cruzeiro, Palmeiras e Flamengo, demonstrando força. Hoje, não parece possível que voltem às últimas posições, embora a diferença, matematicamente falando, seja pequena – só quatro pontos.

Melhor jogador: Iarley
Quem também foi bem: Henrique, Júlio César e Romerito
Quem foi mal: Paulo Baier, Adriano Gabiru e Schwenck
Mais utilizado: Harlei (19j)
Revelação: Ninguém
Artilheiro: Iarley (8 gols)
Líder em assistências: Júlio César (5)

Técnicos: Vadão (6j) e Hélio dos Anjos (13j)
Negociado com o exterior: Ninguém
Melhor jogo: Goiás 3 x 2 Palmeiras
Pior jogo: Atlético-PR 5 x 0 Goiás

Aproveitamento em casa: 59%
Aproveitamento fora: 26,6%
Mais vitórias consecutivas: 2 (Palmeiras e Cruzeiro) e (Portuguesa e Flamengo)
Mais derrotas consecutivas: 2 (Atlético-PR e Grêmio) e (Sport e Botafogo)
Mais jogos sem vencer: 6
Mais jogos sem perder: 4 (Coritiba, Goiás, Palmeiras e Cruzeiro)
Rodadas na liderança: nenhuma
Média de público: 15º (9.483)

Time base (3-4-2-1): Harlei, Paulo Henrique, Henrique e Ernando; Vítor, Ramalho, Fernando e Júlio César; Paulo Baier (Alex Terra) e Romerito; Iarley.

Portuguesa (14º) – 22 pontos

O objetivo da Portuguesa, antes de mais nada, há de ser o da permanência na Série A para 2009. Por isso, é incompreensível que tenha sido interrompido o trabalho de Vágner Benazzi no Canindé, quando era 15º. A Lusa teve bons momentos ao longo do turno e apenas em três das 19 rodadas esteve entre os quatro últimos – o que é positivo. Se esperava pouco de Espinosa, mas ele até vem mantendo o nível, dentro do possível e das limitações rubro-verdes. Restam duas semanas da janela de transferências e Diogo ainda não foi negociado. Se o garoto ficar, a Portuguesa tem a senha para a permanência.

Melhor jogador: Edno
Quem também foi bem: Patrício, Diogo e Jonas
Quem foi mal: Erick e Marco Aurélio
Mais utilizados: Bruno Rodrigo e Preto (18j)
Revelação: Ninguém
Artilheiro: Diogo (6 gols)
Líder em assistências: Patrício (6)

Técnicos: Vágner Benazzi (13j) e Valdir Espinosa (6j)
Negociados com o exterior: Júlio Santos (França) e Christian (Pachuca)
Melhor jogo: Portuguesa 3 x 1 Internacional
Pior jogo: Ipatinga 4 x 1 Portuguesa

Aproveitamento em casa: 63,3%
Aproveitamento fora: 11,1%
Mais vitórias consecutivas: 3 (Internacional, Atlético-PR e Botafogo)
Mais derrotas consecutivas: 3 (Vitória, Coritiba e Grêmio)
Mais jogos sem vencer: 4 (Figueirense, Vasco, Palmeiras e Atlético-MG) e (Santos, Vitória, Coritiba e Grêmio)
Mais jogos sem perder: 4 (Internacional, Atlético-PR, Botafogo e Santos)
Rodadas na liderança: nenhuma
Média de público: 19º (4.620)

Time base (4-2-2-2): André Luís (Sérgio), Patrício, Bruno Rodrigo, Hallison e Bruno Recife; Gavillán e Dias; Preto e Edno; Diogo e Washington (Jonas).

Náutico (15º) – 21 pontos

O Náutico trocou de técnico – Leandro Machado por Pintado – quando era o sexto colocado no Campeonato Brasileiro e perdeu, consecutivamente, para Palmeiras e Flamengo (ambos fora de casa) e para o Sport nos Aflitos. Leandro era tido como defensivo demais, mas a campanha alvirrubra era muito acima das possibilidades do elenco. Após uma incrível seqüência de oito jogos sem vencer, Roberto Fernandes voltou para tentar ajeitar a casa. É a única chance de salvação para uma equipe em queda livre e que, para piorar, perdeu um de seus principais jogadores – o centroavante Wellington, autor de 19 gols em 2008.

Melhor jogador: Wellington
Quem também foi bem: Ruy e Everaldo
Quem foi mal: Paulo Almeida, Warley e Felipe
Mais utilizados: Eduardo (19j)
Revelação: Helton
Artilheiro: Wellington (5 gols)
Líderes em assistências: Ruy e Felipe (2)

Técnicos: Roberto Fernandes (3j), Sangaletti (1j), Levi Gomes (1j), Leandro Machado (8j) e Pintado (6j)
Negociado com o exterior: Wellington (Hoffenhein)
Melhor jogo: Náutico 3 x 0 Botafogo
Pior jogo: Flamengo 3 x 0 Náutico

Aproveitamento em casa: 56,6%
Aproveitamento fora: 14,8%
Mais vitórias consecutivas: 2 (Goiás e Fluminense)
Mais derrotas consecutivas: 5 (Vitória, Coritiba, Cruzeiro, Figueirense e Atlético-PR)
Mais jogos sem vencer: 8
Mais jogos sem perder: 4 (Botafogo, Ipatinga, Vasco e Atlético-MG)
Rodadas na liderança: 1
Média de público: 9º (15.385)

Time base (4-3-1-2): Eduardo, Ruy, Negretti, Vágner e Everaldo; Alceu, Radamés e Ticão; Paulo Santos; Felipe (Gilmar) e Wellington.

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