quarta-feira, 27 de fevereiro de 2008

Colunas da semana

No Olheiros, uma análise sobre o time sub-20 do Fluminense, campeão da Taça Guanabara.
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Na Trivela, o início do trabalho de Mano Menezes, mais atitudes desprezíveis de Botafogo e Galo.
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terça-feira, 26 de fevereiro de 2008

Cinco motivos para a má fase da zaga são-paulina


Por mais simplista que possa parecer, sofrer poucos gols - se possível nenhum, foi uma das armas do São Paulo versão 2007. Em 73 incansáveis jogos da última temporada, o time de Muricy Ramalho só foi vazado em 51 oportunidades. Para ser mais específico, em 36 destas 73 partidas, basicamente a metade, os são-paulinos saíram ilesos, só precisando de um simples gol para somar três pontos.

Em 2008, dentre todos os problemas, é a baixa resistência defensiva do time tricolor que mais salta aos olhos. Em 11 jogos, Rogério Ceni foi batido 13 vezes, performance que, dentre os seis primeiros do Paulistão, só é inferior à da Ponte Preta. Hoje, a melhor média é do Corinthians de Mano Menezes, que só sofreu seis gols, sendo três na segunda rodada, diante do São Caetano. Hoje, os corintianos são quem mais sabem que, para vencer, quase sempre, basta um golzinho.

Veja os cinco principais motivos para a má fase da zaga tricolor:

1-) As ausências de Alex Silva e especialmente Breno. Sem eles, Muricy não tem uma opção defensiva segura para o lado direito de sua defesa, caso opte por uma linha com quatro defensores. Não bastasse a enorme qualidade da dupla, além disso, André Dias e Juninho não têm rapidez suficiente para permitir que a primeira linha jogue mais à frente, dando maior margem de segurança para a recuperação.

2-) Muricy tem mexido demais na equipe. A chegada de Fábio Santos faz com que Richarlyson jogue pela lateral, pela ala, na zaga, ou mesmo na meia. Ricky, como é chamado pelo técnico, teve seus melhores momentos na cabeça-de-área, ainda que sua versatilidade seja indiscutível e positiva.

3-) Juninho, como já era previsto, não é o nome ideal para substituir Breno no sistema defensivo. Ainda que seja um jogador inteligente e de eficácia nas bolas paradas, o ex-botafoguense, não bastasse a má fase técnica e física, é lento e risível no combate homem a homem. O gol de Kléber Pereira, no clássico com o Santos, é uma clara prova: Juninho corre atrás! Breno ou Alex Silva chegariam muito antes.

4-) Rogério Ceni vive um momento técnico fraco. Ainda que não tenha uma falha, de fato, para mostrar, o goleiro sempre propiciou grandes defesas quando acionado. Isso não tem ocorrido, e Ceni parece mais lento que o habitual.

5-) Um dos pontos expressivos do São Paulo no último ano era a marcação à frente, especialmente por parte de Leandro e até Dagoberto. Optando por jogadores pesados no ataque, até por falta de outras opções, Muricy ainda não tem seu time no ápice da forma física, o que dificulta essa prática. A compactação e redução dos espaços, também propiciada pela avançada linha defensiva, se torna inviável. O tricolor se torna vulnerável.

segunda-feira, 25 de fevereiro de 2008

A incrível história de Noventa


O caderno de esportes da Folha de São Paulo, neste domingo, estava daqueles. Dos que "nos fazem queimar as torradas", como diria meu célebre professor Gérson Moreira Lima. Queimamos as torradas porque esquecemos do mundo, porque queremos a próxima linha, o próximo parágrafo. Porque prendemos a respiração por um largo espaço de tempo, ávidos pelo desenrolar dos fatos.

Na edição deste domingo, 24, A Folha brinda o leitor com a célebre história de Noventa. Trata-se de um jogador de média reputação no futebol mineiro dos anos 60 e que pretende acionar a gigante Nike na justiça. Após fazer sucesso com a camisa do Siderúrgica, ele teve uma apagada passagem pelo Atlético Mineiro e foi tentar a sorte em Boston, onde encerrou a carreira. Noventa vive em território norte-americano até os dias de hoje.

Orientado judicialmente, o ex-jogador alega que foi seu nome que batizou a linha de produtos esportivos batizada, pela empresa de material esportivo, como Nike 90. Ao ser questionada, a gigante norte-americana alegou que as reclamações não têm fundamento, que Noventa é praticamente um desconhecido, ao contrário de sua advogada, que o classificou como "lenda viva".

O argumento da Nike, de tão simplista, soa como caricato. Ela diz que Noventa não é citado na internet, e usa o site de busca Google como fonte para tal afirmação. A alegação da empresa, convenhamos, tem certa procedência. Não há como crer que foi o "nome" do atleta - ele se chama José Maria Carneiro - que inspirou a repercutida linha de produtos esportivos.

O mais incrível é que o meia Noventa, ao contrário do que se pode imaginar, tem uma história razoável. Tostão, em um texto naturalmente primoroso, descreve os feitos do jogador que, segundo ele mesmo, mais lhe inspirava na adolescência e no início de carreira. Os detalhes da narrativa são encantadores e exalam um romantismo e uma ingenuidade que faz falta ao futebol de hoje.

A matéria exposta na Folha é uma bela resposta aos que julgam o jornal impresso como fadado ao fim, especialmente em razão da ascensão do jornalismo on-line. Ter o papel em mãos, e nelas uma história assim para ler, é algo único, incomparável e que deve ser buscado de maneira interminável nas redações e reuniões de pauta. Noventa não é uma lenda viva, mas tem muito o que contar. E inspirou Tostão. É mesmo de queimar as torradas!

Foto Folha de SP: Noventa, com chuteira da Nike em mãos.

quinta-feira, 21 de fevereiro de 2008

Previews Liga dos Campeões - Trivela

O calendário apertado, infelizmente, não permitiu que este blogueiro pudesse, como imaginava, dar apresentações detalhadas sobre os confrontos da Liga dos Campeões, tal qual fez, nas últimas temporadas, no extinto Fotolog Super Craques. Para não desperdiçar as primorosas imagens feitas pelo amigo DIEGO BRITO, fica como consolo os links para os competentes feitos pelos amigos da Trivela.

O blog pede desculpas mais uma vez.

terça-feira, 19 de fevereiro de 2008

LC

O blogueiro pede desculpas aos amigos leitores, mas por motivos de força maior, os previews sobre Inter-Liverpool e Real Madrid-Roma só poderão ir ao ar na próxima semana.
Nesta quarta, serão apresentados os outros quatro jogos, com todos os detalhes.

domingo, 17 de fevereiro de 2008

Previews Liga dos Campeões

De hoje até quarta-feira, o Papo de Craque só fala de Liga dos Campeões. A maior competição de clubes em todo o planeta retorna, com sua fase de mata-mata, e põe os outros torneios em seu devido lugar. Em ação, praticamente todos os craques do futebol europeu e uma série de duelos que promete trepidar o Velho Continente. Sobre eles, você começa a ler a partir desse domingo.

SCHALKE 04 x FC PORTO – Uma zebra nas quartas



Normalmente, a fase de oitavas é o limite para equipes de nível médio se fazerem presente na Liga dos Campeões. Porém, por vezes, o sorteio coloca, frente a frente, dois times com esse perfil. É o caso de Schalke 04 e FC Porto, que aparecem com a real possibilidade de se colocar entre os oito melhores da Europa. Contudo, no duelo entre alemães e portugueses, são estes os que detêm o favoritismo.

Com uma temporada acima de qualquer suspeita no Campeonato Português, o FC Porto tem um time perigoso, ainda que enfrente algum gigante como o Manchester United. Na visão de jogo de Jesualdo Ferreira, o foco está no sistema ofensivo no qual os Dragões costumam atuar. Nomes como Ricardo Quaresma, Lucho González e Lisandro López são bastante talentosos, eficientes e sistematicamente recebem flertes de outros clubes. A defesa, porém, é frágil e muitas vezes desprotegida, oferecendo uma condição a ser explorada pelos adversários.

Para avançar de fase, o FC Porto atuará em um ambiente que, embora pareça hostil, lhe traz grandes lembranças. Foi na Veltins Arena, estádio do Schalke, que o clube luso atropelou o Monaco e levantou o troféu da Liga dos Campeões. Ainda que essa imagem pareça difícil de ser revista nesta temporada, os Dragões têm um time respeitável e que, na fase de grupos, terminou à frente dos tradicionais Liverpool e Olympique Marseille.

Com uma temporada abaixo do que normalmente costuma fazer na Bundesliga, os Azuis Reais de Gelsenkirchen só passaram de fase, a bem da verdade, pela temporada horrorosa que faz o Valencia e pela fragilidade natural do Rosenborg, contra quem o Schalke 04 fez todos os seus únicos cinco gols e atingiu suas únicas duas vitórias.

Contudo, o time de Mirko Slomka é o único alemão ainda vivo na disputa e, quem sabe, pode crescer na hora do mata-mata. O onze dos Azuis Reais se caracteriza pela grande dedicação em campo e a mecanização excessiva de suas ações ofensivas, quase sempre dependentes do inconstante faro de gol de Kevin Kuranyi e de uma mobilidade que inexiste no jogo de atacantes como Asamoah e Lovenkrands. Se ver o Schalke 04 nas oitavas já é uma surpresa, vê-los batendo o FC Porto seria um repeteco.

Dados importantes:

Pontos na fase de grupos: FC Porto com 11 x Schalke 04 com 8
Posição no torneio nacional: FC Porto é 1º x Schalke 04 é 5º
Artilheiros: Lucho González com 3 x Kevin Kuranyi com 2
Assistentes: Rakitic e Rafinha com 1 x Kaźmierczak, Quaresma e Lucho González com 1

Mudanças:

No Porto, entraram Hélder Barbosa e Rabiola; saíram Edgar, Postiga e Rui Pedro
No Schalke, entraram Streit, Zé Roberto e Vicente Sánchez; saíram Özil, Dario Rodríguez e Azaouagh

Times prováveis:

FC Porto: Hélton, Bosingwa (Cech), Bruno Alves, Stepanov e Fucile; Paulo Assunção e Raul Meirelles; Lucho González; Sektioui (Mariano González), Lisandro López e Quaresma

Schalke 04: Neuer, Rafinha, Bordón, Krstajic e Westermann; Ernst e Jones; Rakitic (Grossmüller); Altintop (Zé Roberto), Kuranyi e Asamoah (Vicente Sánchez)


OLYMPIACOS X CHELSEA – Sem previsões


Ao se olhar para um Chelsea e Olympiacos, naturalmente o favoritismo será atribuído aos Blues, que após uma turbulenta trajetória no início de temporada, pôs panos quentes, voltou a jogar bem e se classificou com tranqüilidade. Entretanto, os gregos fizeram grandes jogos na fase de grupos, agiram bem na janela de contratações do inverno e são o tipo de adversário a quem se deve sempre respeitar.

Com uma equipe surpreendentemente técnica, arrojada e com muita vontade de triunfar, o Olympiacos superou adversários da Itália (Lazio) e da Alemanha (Werder Bremen), fazendo, ainda, frente ao Real Madrid. Se há quatro anos a Europa viu os gregos em alto nível, a força desse time também não pode ser desprezada.

Reforços significativos para a continuidade da temporada, o brasileiro Leonardo, ex-Portuguesa, e o argentino Belluschi, ex-River Plate, podem somar bastante qualidade ao meio-campo dos Reds. Caso consiga saltar à frente do duelo com um bom resultado dentro da Grécia, o Olympiacos pode impor muita resistência no Stamford Bridge. O Real Madrid, que passou apuros para vencê-los no Bernabeu, é uma testemunha ocular.

Ainda que diante desses argumentos, não há razões para tirar, do Chelsea, o favoritismo para o confronto. Vivendo novamente um bom momento com Avram Grant, os Blues têm um elenco qualitativo e com várias e várias peças de altíssimo nível. São poucos, na Europa, que têm tantos jogadores como Ballack, Lampard ou Drogba. Isso, em jogos dessa natureza, se faz decisivo.

Sabe-se, também, que a maior ambição dos Blues desde a chegada de Roman Abramovich é o troféu da Liga dos Campeões. Sem fôlego para se aproximar do Arsenal de Adebayor na Premier League, o Chelsea não parece mais, ao contrário do que se pensava quando com Mourinho, um time capaz de conquistar a Europa. Mas, bola para bater o Olympiacos e se colocar entre os oito melhores, a turma de Didier Drogba tem de sobra.

Dados importantes:

Pontos na fase de grupos: Chelsea com 12 x Olympiacos com 11
Posição no torneio nacional: Olympiacos é 1º x Chelsea é 3º
Artilheiros: Galletti, Stoltidis e Kovacevic com 3 x Drogba com 4
Assistentes: Djordjevic com 4 x Joe Cole, Malouda, Essien, Drogba e P.Ferreira com 1

Mudanças:

No Olympiacos, entraram Belluschi, Leonardo e Sisic; saíram Archubi, Marco Né, Papadopoulos e Kyriakos
No Chelsea, entraram Ballack e Anelka; saíram Pizarro e Sidwell

Times prováveis:

Olympiacos: Nikopolidis, Torosidis, Antzas, Zewlakow e Pantos; Ledesma, Stoltidis e Patsatzoglou; Galletti, LuaLua e Djordjevic

Chelsea: Cech, Belletti, Alex, Ricardo Carvalho e A.Cole; Mikel (Makelele); Essien (W.Phillips), Ballack, Lampard e Joe Cole; Drogba

TODAS AS IMAGENS: DIEGO BRITO

sábado, 16 de fevereiro de 2008

Um Valdívia eficaz


Neste sábado, contra o Juventus, o Palmeiras fez sua nona partida na temporada. A vitória, construída através de um sonoro 4-0, contou com importante participação de Valdívia. Contudo, foi apenas o primeiro jogo em que o chileno contribuiu diretamente para os gols anotados pelo time de Vanderlei Luxemburgo na temporada.

Que Valdívia é um grande jogador, habilidoso, cheio de talento e irreverência, ninguém pretende discutir. Mas, vale questionar qual sua real importância para o que constrói o Palmeiras desde 2007, quando tinha Caio Júnior no banco de reservas. No último ano, o Mago anotou oito assistências - quatro no Paulista, quatro no Brasileiro. Às redes, ele foi em dez oportunidades, sendo sete no torneio nacional. Os números, somados, significam que o chileno participou de 19% dos gols palmeirenses na última temporada. Não é tanto assim.

Uma das grandes missões de Vanderlei Luxemburgo é fazer Valdívia contribuir mais para os gols da equipe. Dribles, provocações e arrancadas desenfreadas, são importantes, mas não vencem partidas por si só. Luxa já falou em deixar o chileno mais próximo do gol adversário e, contra o Juventus, o camisa dez, atuando ao lado de Diego Souza em um 3-4-2-1, brilhou com um gol e duas assistências. Quem sabe o jogo em Ribeirão Preto, além de três pontos, não tenha deixado algumas lições.

sexta-feira, 15 de fevereiro de 2008

Um tango com Valeri


Leia no post abaixo um preview completo sobre a Copa Libertadores

Ele é argentino e conduz seu time, com lentidão, maestria e muita técnica. Pensou em Riquelme? Não, falamos de Diego Valeri, a jóia que vai pintando com enorme estilo com a camisa oito do Lanús. Na abertura da fase de grupos da Libertadores, o Granate atropelou, em casa, o forte time do Danubio. A estrela do jogo? Valeri.

Toques rápidos, enfiadas de bola em profundidade e com perspicácia, agilidade para se livrar dos marcadores - apenas algumas das características do precioso playmaker argentino, que tem, atrás de si, um meio-campo em losango trabalhando com qualidade.

A demonstração de força do jovem time argentino foi, na primeira semana da rodada de abertura, o fato mais impactante. Vale olhar nomes como Acosta, Blanco, Faccioli e Quintana, além do experiente centroavante Sand. Vale olhar para todo o Lanús, o legítimo atual campeão argentino, debutando na Libertadores. E em grande estilo.

quinta-feira, 14 de fevereiro de 2008

Já rolou a bola na Libertadores...


...desde esta última terça-feira. Atento ao futebol sul-americano, o Papo de Craque apresenta, nas linhas abaixo, um rápido preview sobre as oito chaves da competição. Pelo caminho, na fase classificatória, ficaram Cerro Porteño (Paraguai), Boyacá Chicó (Colômbia), Olmedo (Equador), Mineros (Venezuela), La Paz (Bolívia) e Montevideo Wanderers (Uruguai).

Nas próximas semanas, os interessados podem ir às bancas de revistas e garimpar o precioso Guia Libertadores 2008 da Trivela, produzido com singela colaboração deste blogueiro.

GRUPO 1 (Cruzeiro, Caracas, San Lorenzo e Real Potosí)

Em teoria, brasileiros e argentinos teriam enorme vantagem por aqui. Em teoria. A despeito do preconceito que existe com o futebol venezuelano, o Caracas provou em 2007 – e já em 2008, vencendo o San Lorenzo na estréia - que pode dar muito trabalho para a dupla favorita. Os Rojos Del Ávila são claramente a terceira força.

Cheio de confiança após a contundente classificação na fase preliminar, o Cruzeiro parece capaz de impor alguma superioridade aos demais concorrentes. Adílson Batista conhece bem os caminhos da Libertadores e tem, em mãos, um grupo jovem, talentoso e muito afim de brilhar em 2008.

Para tentar o título sul-americano no ano de seu centenário, o San Lorenzo de Almagro trouxe dois nomes de classe continental: Diego Placente e a estrela Andrés D’Alessandro, ex-River Plate. Ramón Diaz, campeão do Clausura 2007 com o clube, mas tem em mãos, hoje, um grupo bastante modificado e que recomeça o ano do zero.
Da Bolívia, vem o Real Potosí, que embora tenha vencido o Apertura boliviano da última temporada, não oferece argumentos temíveis, além da famosa e perigosa altitude de Potosí – a maior da Libertadores.

GRUPO 2 (Deportivo Cuenca, Danubio, Lanús e Estudiantes)

Outro grupo que já teve suas atividades iniciadas nesta última terça-feira, o segundo da Copa Libertadores vem com boas credenciais para o jovem time do Lanús, aparentemente o mais forte dos que estão na briga. Além de sexto colocado na temporada passada, El Granate iniciou 2007/08 com o título argentino, despachou o Olmedo com autoridade e conta, em seu elenco, com o futebol inteligente do meia Valeri.

Ao estrear com derrota, o Estudiantes pôs à mostra suas fragilidades, responsáveis por lhe colocar como o mais inferior dos aspirantes argentinos ao título. Respaldados por Verón, que segue no comando do meio-campo, os Pincharratas devem mirar o Danubio, que vem apresentando boas equipes nos últimos anos. Contudo, ao ser batido pelo Deportivo Cuenca, o time – agora comandado pelo ex-zagueiro Nestor Sensini - deixou ainda mais dúvidas. Pablo Piatti, bom atacante, é uma esperança para a torcida de La Plata.

Campeão da última temporada uruguaia, o Danubio enfim atinge a fase de grupos da Libertadores, após cair na preliminar de 2007 frente ao Velez. Com um time já bastante diferente, as esperanças se reduzem para os cisplatinos. Correndo por fora, o Deportivo Cuenca não tem sido nem mesmo capaz de barrar a hegemonia doméstica da LDU, e embora tenha estreado com vitória sobre o Estudiantes, não possui grandes jogadores e mesmo ambições.

GRUPO 3 (Boca Juniors, Colo-Colo, Atlas e Unión Maracaibo)

Atual campeão, o Boca Juniors, naturalmente, monopoliza as atenções quando o assunto é Copa Libertadores. Para corresponder em 2008, além de garantir integralmente os direitos de Juan Román Riquelme, os Xeneizes – que venderam Banega para o Valencia – buscaram dois jogadores preciosos: Lucas Castromán e Julio César Cáceres. Considerado o sucessor de Bianchi, o novo técnico Carlos Ischia tem, nas mãos, um time para brigar novamente pelo título.

À espreita pela classificação certamente estará o Colo-Colo. Dominando com sobras o futebol chileno nas últimas duas temporadas, o time de Claudio Borghi se reforçou bem e tem condições de fazer, em 2008, um papel melhor que na última edição, quando caiu nas oitavas diante do América. Entre os destaques dos Albos, olho em Gonzalo Fierro e Eduardo Rubio, dois jogadores preciosos na ofensiva, perigosa e vistosa equipe colocolina.

Vice-campeão da Interliga mexicana (que leva dois times para a Libertadores), o Atlas de Guadalajara teve um 2007 terrível, ficou na lanterna do Apertura e, em pouco tempo, reverteu a situação. Com um time taticamente forte, rápido no contra-ataque e mais uma dose de sorte, os Rojinegros foram bem, se classificaram, mas não podem ser tão temidos assim. A base da equipe é a defesa e Jorge Achucarro (ex-Cerro) e Bruno Marioni compõem uma dupla ofensiva perigosa.

Correndo bem por fora, o Unión Maracaibo possui jogadores modestos e, a julgar pela trajetória nas participações recentes, não deve ter chances de classificação. O experiente volante Miguel Mea Vitali é o atleta de maior reputação internacional.

GRUPO 4 (Flamengo, Nacional, Coronel Bolognesi e Cienciano)

Responsável por uma boa campanha na edição 2007 da Libertadores, o Nacional de Montevidéu já não possui uma equipe tão temível, o que permite, ao Flamengo, almejar uma campanha próxima da perfeição na fase de grupos. Após vender nomes expressivos de sua jovem base da temporada passada, os uruguaios tiveram um segundo semestre decepcionante e uma posterior performance de mercado que não produz muita ambição para 2008.

Evoluído em relação ao último ano, quando fez boa campanha mas acabou prematuramente caindo nas oitavas, o Flamengo parece forte o suficiente para ir às fases decisivas. Com contratações inteligentes como Kléberson e Jônatas, o rubro-negro reforçou um plantel que terminou o último ano nacionalmente em alta. O torneio, aliás, é a grande chance na carreira do experiente Joel Santana.

Correndo por fora no grupo quatro, dois dos três representantes peruanos pretenderão dar, ao seu país, ao menos uma vaga na próxima fase. A julgar pelos plantéis e pelo que vêm fazendo Cienciano e Coronel Bolognesi, a missão parece ser das mais difíceis. Por contar com a altitude de Cusco e ter melhores desempenhos fora do país, os primeiros devem oferecer mais dificuldades.

GRUPO 5 (River Plate, América, Universidad Católica, Universidad San Martin)

Um dos grupos mais duros dessa Libertadores. Assim pode ser descrito o de número cinco, em que o River Plate e o América despontam com favoritismo. Com Diego Simeone à frente após uma ruim passagem de Daniel Passarella, os Milionários chegam mais leves e com objetivos definidos. Alexis Sánchez se recuperou de lesão e, ao lado de nomes talentosos como Ariel Ortega, Rodrigo Archubi, Mauro Rosales e Diego Buonanotte, promete servir dois centroavantes de respeito: Loco Abreu e principalmente Falcao Garcia. Há, ainda, qualidade em todos os setores do elenco.

Mais uma vez fortíssimo, o América – vice-campeão da Copa Sul-Americana de 2007, vem com as mesmas expectativas que costuma produzir. Ou seja, brigar pelo título. Salvador Cabañas ainda é o maior astro do time em que vale citar o uruguaio Rodrigo López e os meio-campistas Juan Carlos Mosqueda e Federico Insúa, apenas parte do timaço que ainda tem, no gol, o seguro Guillermo Ochoa. Caso leve o torneio a sério e não abra mão dele em nenhum momento, as Águias prometem ir longe.

Embora seja tradicional, não há como dizer que a Universidad Católica tenha grandes condições para seguir até a fase eliminatória. Fazendo figuração no Chile nas últimas temporadas, a UC possui uma equipe média e que só irá adiante caso atue em seu limite e consiga roubar pontos do América e do River. Vale olhar Gary Medel e Jorge Ormeño, mas nomes como Aílton (ex-Corinthians) e Héctor Tapia não são muito animadores.

Fundada em 2004, a Universidad San Martín de Porres conseguiu, em quatro anos, atingir o êxito máximo no Peru e se classificou para esta Libertadores. O feito já parece incrível e, a julgar pela força dos demais concorrentes, deve limitar a alegria dos Albos, sem tantas chances de avançar. Vale lembrar que, em Lima, não há altitude para prejudicar as ambições dos adversários.

GRUPO 6 (Santos, San José, Cúcuta e Chivas Guadalajara)

Três semifinalistas das últimas duas edições compõem o grupo seis, sugerindo uma disputa acirrada pela classificação. Não é bem assim. Completamente modificado em relação ao último ano, o Santos tem um time jovem e que, no começo deste ano, não tem colhido grandes resultados e põe em dúvida as condições santistas de ir muito longe. Jogadores experientes como Rodrigo Souto, Fabão, Fábio Costa e Kléber Pereira, precisarão dar o melhor de si e contar com o apoio da garotada.

Ao contrário do que se imagina, o Deportivo Cúcuta já não é o forte e empolgante time de 2007. O clube, como toda a cidade, vive um momento terrível e está envolvido em diversos problemas com a justiça colombiana. Jogadores como Bustos, Zapata e Blas Pérez, deixaram o semifinalista da edição passada, restando apenas o já negociado Macnelly Torres como jogador de bom nível. No início de temporada, o Doblemente Glorioso tem ido muito mal.

Diferente dos dois acima, as Chivas seguem em bom nível e podem pensar em protagonismo para essa Libertadores. Atletas de qualidade como Omar Bravo, Gonzalo Pineda, Alberto Medina e Ramón Morales – todos selecionáveis – seguem em Guadalajara. A boa produção de novos jogadores, impulsionada pelo fato de não se aceitar estrangeiros, permite o surgimento de nomes promissores como Edgar Mejía. É o time a ser batido na chave. Ainda que campeão do Clausura boliviano de 2007, o San José tem tudo para seguir a fase ruim do futebol de seu país.

GRUPO 7 (São Paulo, Audax Italiano, Atlético Nacional e Sportivo Luqueño)

Um dos maiores vencedores quando o assunto é Copa Libertadores, o São Paulo delimitou o torneio continental como seu claro objetivo para a temporada. Em negócios de seis meses, trouxe Fábio Santos, Adriano e Carlos Alberto, dando mais brilho para um elenco coeso, versátil e com espírito vencedor, sob o respaldo do competente Muricy Ramalho. Parece o suficiente para dominar o grupo sete.

Com um time jovem, talentoso e de jogo vistoso, o Audax Italiano, que quase despachou o São Paulo em 2007, promete colocar fogo na competição. Carlos Villanueva é um dos principais jogadores da América do Sul e ganhou o providencial reforço do promissor Mathías Vidangossy, meia-atacante bastante técnico. Mesmo normalmente jogando com seu estádio vazio, os itálicos devem dar trabalho.

Considerado a segunda força da chave, o Atlético Nacional de Medellín foi o melhor clube colombiano do último ano e chega com essa credencial para a Libertadores. Dono de razoável tradição no continente, conta com uma equipe bem mesclada pela experiência do selecionável Amaya e do jovem goleiro Ospina, tido como uma das maiores promessas cafeteras.

Força alternativa da chave, o Sportivo Luqueño provocou relativo furor com a campanha do título do Apertura paraguaio em 2007. Entretanto, com uma base muito modificada e a ausência de parte dos principais jogadores daquela equipe – como Maxi do Flamengo, a equipe de Luque tem menores possibilidades, especialmente pela força de chilenos e colombianos.

GRUPO 8 (Fluminense, Libertad, LDU e Arsenal)

Considerado o mais duro do emparceiramento, o grupo oito prevê partidas interessantes para definir os dois classificados para a próxima fase. Sem muita experiência no torneio, mas com um bom time e muita agilidade na contratação de reforços, o Fluminense chega pensando em atingir seu melhor momento na história da Libertadores. Ao grupo que já tinha Thiago Neves, Thiago Silva e Arouca, foram adicionados nomes de peso como Washington, Conca, Dodô e Leandro Amaral. Se o maduro Renato Gaúcho souber controlar o ambiente, o Flu promete dar suco.

Com um histórico recente impressionante na competição, o Libertad chegará, novamente, com uma base razoavelmente modificada em relação à última temporada. Principal contratação para 2008, o experiente Nelson Cuevas se incorpora ao clube que fechou 2007 com o título paraguaio e, mesmo sem Guiñazu, Martínez, Riveros e Rodrigo López, ainda tem uma equipe capaz de avançar em um grupo tão delicado. Olho no volante Víctor Cáceres, um dos pilares de Rubén Israel.

Conhecido por pregar peças nos últimos anos, o vigoroso time da LDU manteve a hegemonia local em 2007 e tem condições de aprontar para seus três concorrentes, visivelmente mais fortes. Experientes, Urrutia, Kaviedes, Agustín Delgado e Ambrossi, são apenas parte de uma base bastante rodada, mas de um clube enjoado, sobretudo em Quito. Enrico Vera, titular absoluto da seleção paraguaia, é mais um jogador importante.

Surpreendendo a todos, o Arsenal foi campeão da Copa Sul-Americana no último ano e chegou, também, à Libertadores. Sem muitas modificações nesse time, os argentinos passaram com dificuldades pelos venezuelanos do Mineros. Com uma equipe coesa, de poucos brilhos individuais, mas ciente de suas limitações, El Viaducto é um importante aspirante às oitavas. Entre os nomes mais conhecidos, cabe lembrar do defensor Aníbal Matellan e do veteraníssimo José Luis Calderón, ainda decidindo jogos aos 37 anos de idade.

segunda-feira, 11 de fevereiro de 2008

Coelho frito


Quatro jogos. Esse provavelmente será o tempo do retorno de Coelho ao Parque São Jorge. Cria da base corintiana, o lateral-direito teve um bom início, veio credenciado pelo pedido de Mano Menezes, mas não parece mesmo viver bons momentos quando veste Corinthians. Pelo Galo, no Brasileiro 2007, ofereceu cinco assistências precisas e fez outros quatro gols, recebendo muitos elogios.

Alheio ao fato de o próprio Coelho não parecer disposto a permanecer no clube, cabe ressaltar a enorme pressão realizada por algumas pessoas da imprensa após o desentendimento com Chicão, em seu último jogo, contra o Sertãozinho. Coincidência ou não, mesmo após o caso ser abafado, o lateral não atuou mais com a camisa do clube.

Na provável saída de Coelho, vale citar, também, o descaso da torcida, que vaiou o jogador e demonstrou muita má vontade desde seu retorno. Caso se concretize, o Corinthians perde a chance de ter um dos principais laterais-direitos do país, carente na posição.

Ainda que o início de Alessandro seja animador, o "canterano" - que deve ir para o Atlético Mineiro e pode ser envolvido em um negócio com Éder Luís - tem futebol a oferecer. Bastaria todas as partes se esforçarem para isso. Imprensa, torcida, comissão técnica e o próprio jogador não parecem muito afim.

Campeão com honras


Nada de jogadores europeus badalados, treinador estrangeiro e muito menos jogo firulento. Com um futebol solidário, de enorme apego tático e uma obstinação incomum pela vitória, o Egito deixou três favoritos para trás e conquistou, mais uma vez, a Copa Africana de Nações. A conquista dos Faraós, além de consagrar Hassan Shehata como treinador bicampeão, projeta uma série de bons jogadores, em especial os meias Hosny e Aboutreika.

O mais incrível é que o Egito não possui, praticamente, nenhum nome em voga na Europa. Como bem explicado por Paulo Vinícius Coelho, o futebol egípcio consegue segurar boa parte de seus jogadores. Além de não produzir grandes badalados, os clubes locais são financeiramente auto-suficientes para não precisar ceder qualquer jogador por preço de banana. Além de Zidan, do Hamburgo, Mido e Ghaly, da Premier League, são os representantes mais famosos no Velho Continente.

Outro ponto a se tocar é a incrível disposição dos egípcios durante os noventa minutos. Na finalíssima diante de Camarões, embora o gol de Aboutreika tenha sido um pouco atípico, várias grandes chances foram desperdiçadas, quase sempre pela boa performance de Kameni, único camisa 1 confiável em todo o continente.

O título egípcio, pela forma com que veio, foi inconstável. Na estréia, já uma bela vitória sobre Camarões. Nas fases seguintes, um resultado contundente sobre a badalada Costa do Marfim, logo após a eliminação de Angola, seleção de Copa do Mundo. E, na decisão, um jogaço frente aos Leões, mais uma vez. Os Faraós deram um banho de tradição, com um futebol apaixonante e uma conquista acima de qualquer ponderação.

quinta-feira, 7 de fevereiro de 2008

O atalho pro gol

Quando pintou no Santos em 2002, mas sobretudo em uma curta má fase no ano seguinte, Robinho era taxado pelos mais críticos como um jogador de potencial, mas sem cheiro de gol. O tempo passou e o ídolo santista, vivendo sua melhor temporada na Europa, aprendeu que para balançar as redes não é preciso muito.

Vem sendo comum, como contra a Irlanda, na última quarta-feira, lhe ver fazendo gols com toques sutis e milimétricos. Robinho, como se vê, vai aprendendo os atalhos para o gol e pegando o gosto pelo balançar das redes adversárias. Foi assim, também, na dobradinha frente ao Villarreal, há poucas semanas.

O novo bom jogo de Robinho foi uma das poucas coisas positivas em mais um modorrento amistoso internacional da seleção brasileira. Além do pouco caso com o projeto olímpico e de não aproveitar boa parte dos garotos convocados, Dunga pouco quis ousar para não arriscar os pontos (?) do jogo contra a Irlanda. De bom, ainda, ficam as boas performances de Léo Moura e Richarlyson. E, claro, o faro de gol crescente do camisa 10 madridista.

Robinho contra a Irlanda


Robinho (2x) contra o Villarreal


quarta-feira, 6 de fevereiro de 2008

Quem vai levar?


Os prognósticos, de certa forma, se confirmaram. Gana, Costa do Marfim, Camarões e Egito chegaram às semifinais da Copa Africana de Nações, ratificando o favoritismo que neles se depositava. Nigéria e Tunísia, em tese, corriam por fora nessa briga, um pouco à frente ainda de Angola e Guiné, que também caíram nas quartas.

Nos próximos dias, quando se encerra a CAN, será traçado o destino das quatro maiores seleções do continente. Gana, com um time equilibrado e atuando em casa, tem uma certa dose de favoritismo e boas possibilidades de fazer a final, no domingo, diante da forte Costa do Marfim.

Logo abaixo, um rápido resumo sobre cada uma das quatro seleções semifinalistas do torneio, que vê, nesta quinta, o atual vencedor Egito e Costa do Marfim reeditando a final da edição passada. Camarões e Gana, por sua vez, estão do outro lado da chave. Emoção certamente não irá faltar.


Gana

- Palavra-chave: Consistência ; Craque: Michael Essien ; Técnico: Claude Le Roy
- Campanha: 4 vitórias em 4 jogos , 7 gols pró, 2 gols contra

Equilíbrio e qualidade em quase todos os setores. Assim, brevemente, pode ser definida a anfitriã Gana, que ainda não encontrou oponentes à altura nos quatro primeiros jogos dessa CAN. Única africana que superou a primeira fase da última Copa do Mundo, a seleção ganesa chega às semifinais conduzida pelos excepcionais meio-campistas Michael Essien e Sulley Muntari.

Além deles, Claude Le Roy pode extrair futebol do interessante Asamoah Gyan, principal referência ofensiva dos Estrelas Negras, uma equipe super jovem e com uma consciência tática acima da média no continente africano.

O francês Le Roy, um daqueles treinadores europeus que se instalam na África, foi responsável pelo início da forte equipe camaronesa que assombrou o mundo na Copa de 90 e já havia, dois anos antes, levado o título da CAN. Desde então, o técnico não tinha tanto potencial em mãos.

Camarões

- Palavra-chave: Ataque ; Craque: Samuel Eto’o ; Técnico: Otto Pfister
- Campanha: 3 vitórias e 1 derrota em 4 jogos , 13 gols pró e 7 gols contra

A reputação que Camarões construiu na década de 90, de certa forma, só se mantém porque Samuel Eto’o é um dos principais atacantes do planeta. O atual time, chefiado pelo alemão Otto Pfister, já não tem tanta qualidade assim, embora venha mostrando grande poderio ofensivoe força física.

Além de Eto’o, com quem quase sempre pode se contar, Pfister tem à disposição o melhor e talvez único bom goleiro africano dos últimos anos: Kameni. O zagueiro Song, veteraníssimo, segue em ação, assim como o importante carregador de piano Geremi e os interessantes Mbia e Emana, ambos representantes da Ligue 1.

Em tese, no duelo contra Gana, os Leões Indomáveis pintam como franco-atiradores. Além da diferença técnica entre as duas equipes, os ganeses atuaram um dia antes, terão o apoio da torcida e ainda não tiveram uma prorrogação pela frente nas quartas. Eis um grande desafio para Samuel Eto’o e sua turma.

Costa do Marfim

- Palavra-chave: Qualidade ; Craque: Didier Drogba ; Técnico: Gérard Gili
- Campanha: 4 vitórias em 4 jogos , 13 gols pró e 1 gol contra

Ex-auxiliar técnico do alemão Uli Stielike, o francês Gérard Gili tem em mãos o maior potencial técnico do continente africano. Não bastasse a presença de Didier Drogba, os marfinenses contam com jogadores importantíssimos em todos os setores: Kolo Touré e Emmanuel Eboué na zaga; Didier Zokora, Yaya Touré e Kader Keita no meio; Arouna e Bakari Koné, Boubacar Sanogo, Gervinho, Salomon Kalou e Aruna Dindane – todos para o ataque.

Tal força pôde ser comprovada nas quatro vitórias dos Elefantes nos jogos realizados até aqui. Após passar pela Nigéria, na estréia, pelo placar mínimo, a Costa do Marfim atropelou Guiné, Mali e Namíbia através de goleadas contundentes, ratificando assim a oposição direta ao favoritismo de Gana.

Para ir à final, porém, os Elefantes precisarão levar a melhor sobre o fortíssimo time do Egito, na reedição daquela que foi a decisão da última CAN, em 2006, quando os Faraós levaram o título nas penalidades. Se esse carma for superado, Didier Drogba e seus companheiros terão a chance de fazer justiça, dois anos depois do vice-campeonato em solo egípcio.


Egito

- Palavra-chave: Tradição ; Craque: Mohamed Zidan ; Técnico: Hassan Shehata
- Campanha: 3 vitórias e 1 empate em 4 jogos , 10 gols pró e 4 gols contra

Única seleção semifinalista sem um treinador estrangeiro, o tradicional Egito vem com o também egípcio Hassan Shehata. Se não é comum ver os Faraós em ação em Copas do Mundo, quando o assunto é Copa Africana de Nações, quase sempre, a coisa muda de figura. São cinco títulos e a hegemonia continental, ratificada na edição passada, em 2006, com o título vencido nos pênaltis sobre a Costa do Marfim.

Com uma equipe menos badalada que as demais semifinalistas, o Egito aposta na força do conjunto que, por exemplo, atropelou Camarões já na estréia da competição. O famoso atacante Mido, do Middlesbrough, não está na CAN, deixando para Mohamed Zidan a missão de ser a referência técnica do time. Zidan vem tendo o apoio importante de Hosny, vice-artilheiro do campeonato.
O duelo frente Costa do Marfim promete ser bem interessante. Egito apostará na força de um conjunto homogêneo e que respira Copa Africana de Nações com muita naturalidade. Do outro lado, os Elefantes vêm com um time recheado de estrelas européias, o que se mostrou insuficiente em 2006.


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terça-feira, 5 de fevereiro de 2008

Gol da semana - Cristiano Ronaldo



E que golaço! Diante do Portsmouth, o português Cristiano Ronaldo desafiou a lógica e colocou na gaveta de David James com precisão absurda.

Ronaldo, que costuma cobrar faltas dessa maneira, desmistifica a tese de que falta próxima do gol deve ser cobrada com jeito. O atacante luso enfia o pé direito na bola com uma colocação precisa e encantadora.

domingo, 3 de fevereiro de 2008

O que esperar de HENRIQUE no PALMEIRAS


Segunda contratação mais cara da Traffic para o Palmeiras, o zagueiro Henrique, ex-Coritiba, enfim deixou o Couto Pereira para se juntar a um time de ponta, nacionalmente falando. Há tempos, vários foram os clubes a tentarem seus serviços - São Paulo e Internacional, por exempl0 - mas só com algum dinheiro o Coxa aceitaria fazer o negócio.

Principal zagueiro da última Série B, o garoto Henrique já não pode ser encarado como promessa. Trata-se de um excelente negócio para o Palmeiras, que tem, agora, um zagueiro rápido, técnico e com muita personalidade para se impor em campo.

Além disso, é o tipo de negócio que tem boas probabilidades de oferecer lucros futuros. Henrique tem tudo para brilhar no Parque Antártica e, futuramente, fazer multiplicar o alto investimento feito em seu futebol.

Tranca porteira


Quatro "clean sheets" consecutivos, uma exibição de gala diante do Real Madrid e a liderança do returno. Diego Alves, ex-Atlético, vive um momento especial em seu debute europeu e virou ídolo da torcida andaluz.

Recomendo a leitura da coluna sobre ele, no Olheiros, neste domingo.

sexta-feira, 1 de fevereiro de 2008

Olho gordo em RENAN

Renan Henrique Oliveira Vieira - Atlético Mineiro
Atacante - 29/12/1989, Itabira (MG)

Ao longo do último ano, o grande problema atleticano era encontrar o parceiro para Éder Luís na linha de frente. Passada a temporada de contratações, surpreendentemente, o Galo não foi capaz de oferecer uma opção confiável para Geninho, ainda que possa se falar sobre o retorno do veterano ídolo Marques. Contudo, quem acompanha o futebol de base mineiro pode afirmar com segurança: Renan, que deve virar Renan Vieira, é um nome de enorme futuro.

Ciente disso, Geninho já deu como quase certa a promoção do atacante de 18 anos, que mesmo com a precoce eliminação atleticana na primeira fase da última Copa São Paulo, mostrou argumentos suficientes para subir de categoria.

Alto e magro, Renan é um centroavante de muita habilidade, técnica, raciocínio rápido e, claro, bastante letal. Se for mesmo ao time de cima, ele terá a possibilidade de atuar ao lado de Eduardo, outro jogador de boa qualidade que já fez das suas no último ano.