domingo, 31 de agosto de 2008

Fim de tradição na Premier League


O Campeonato Inglês era o único dos grandes campeonatos de futebol que resistia à idéia de ter sete jogadores como opção no banco de reservas. A nova temporada, porém, pôs fim à essa medida e faz a alegria dos treinadores que sempre precisavam se desdobrar e inevitavelmente recorrer para as improvisações.

A idéia de manter apenas cinco jogadores no banco, o que era utilizado na Premier League até a temporada passada, tem explicação. Imaginava-se que, assim, se diminuiriam as já profundas diferenças na força dos elencos entre grandes como o Manchester United e frágeis como o Derby County, lanterna da última edição da primeira divisão inglesa.

O fato de ter apenas quatro jogadores de linha à disposição faziam surgir algumas peculiaridades. Especialmente na defesa, clubes preferiam contratar e ter no banco jogadores capazes de atuar em mais de uma posição. Boulahrouz, por exemplo, chegou ao Chelsea há dois anos com um cartão de visitas onde se dizia poder jogar na zaga, nas duas laterais ou mesmo de volante.

De qualquer forma, a grande maioria dos clubes da Premier League estão, atualmente, entre os economicamente mais fortes da Europa. O sucesso da competição - hoje a mais forte do planeta bola - e a abertura escancarada para investidores, ainda que de lisura duvidosa, fazem de clubes historicamente médios, como Manchester City ou Portsmouth, verdadeiras potências no mercado de transferências.

sábado, 30 de agosto de 2008

A temporada de Denílson


Os mais desavisados se assustaram quando o Arsenal pagou cerca de 6 milhões de euros para levar o garoto Denílson para a Inglaterra. Afinal, o forte daquele São Paulo eram justamente os volantes: Josué e Mineiro. Os ingleses, mostrou o tempo, estavam com a razão.

Em sua terceira temporada no Arsenal, Denílson, presença constante em todas as seleções de base brasileiras, é o nome definido por Arsène Wenger para preencher o espaço deixado pelo francês Mathieu Flamini, transferido ao Milan. Titular absoluto dos Gunners, o garoto de agora 20 anos parece pronto para a missão.

Atuando mais preso que o outro meia-central, o espanhol Fàbregas, o menino formado na base são-paulino é discreto e eficiente na marcação. Com a bola no pé, tem os requisitos técnicos para compor uma linha de meio-campistas padrão do futebol inglês.

Prova disso é a atuação consistente neste sábado, contra o Newcastle. De quebra, Denílson fez o terceiro dos três gols do Arsenal. Essa é sua temporada de afirmação na Premier League.

quinta-feira, 28 de agosto de 2008

Tiro no pé

Que o Diário Marca e quase todos os jornais de esporte espanhóis não são confiáveis, provavelmente você já sabia. O periódico de Madrid, porém, não tem vergonha de suas próprias atitudes.

Após forçar rumores de uma transferência de Cristiano Ronaldo para o Santiago Bernabéu, que claramente não fazia nenhum sentido, o Marca prestou-se ao ridículo de lançar isso na capa desta quinta-feira. Isso é que é dar um tiro no pé né, Marca?

O gol de Souza no Panathinaikos

Souza chegou ao Flamengo com a artilharia do Brasileiro-06 pelo Goiás, mas se foi criticado pelos gols que não fazia.

Pois chegou ao Panathinaikos balançando as redes: aqui, na terça-feira, ratificou a classificação de sua equipe à fase de grupos da Liga dos Campeões, eliminando o Sparta Praga. Souza é treinado pelo holandês Henk ten Cate, ex-Ajax, Chelsea e Barcelona (auxiliar nos dois últimos).

Veja o gol de Souza:

quarta-feira, 27 de agosto de 2008

Sávio na Liga dos Campeões


"Voltar agora à Liga dos Campeões teria um sabor muito especial. Esse jogo de hoje será muito difícil, mas se passarmos será muito marcante para o Chipre. Será demais! Chegar aqui já foi um mérito muito grande e ficaríamos felizes até com a vaga na Copa da Uefa".

Com a palavra, Sávio, que conversou por telefone com este blogueiro e relatou a expectativa do Anorthosis Famagusta, clube do ex-flamenguista, que duela, nesta quarta, contra o Olympiacos da Grécia por uma vaga na fase de grupos da LC.

Sávio e Roberto Carlos são os únicos brasileiros três vezes campeões da principal competição de clubes da Europa. Agora, o capixaba, ídolo flamenguista nos anos 90, está no surpreendente Anarthosis Famagusta, do Chipre, após um retorno frustrado à Gávea no ano retrasado. E tem tudo para disputar a Liga dos Campeões novamente.

O clube cipriota é a maior surpresa na terceira e decisiva fase classificatória da Liga dos Campeões que se encerra nesta quarta-feira. Nas etapas anteriores, superou o FC Pyunik, da Armênia, e o Rapid Viena, da Áustria. A classificação foi encaminhada com uma vitória contundente de 3-0 sobre o rival grego Olympiacos, no jogo de ida.

Recém-chegado ao Chipre, Sávio ainda não deve atuar, mas é presença certa caso o time faça o lógico e se classifique entre os 32 melhores clubes do Velho Continente.

segunda-feira, 25 de agosto de 2008

Galo novo


O rebaixamento atleticano de 2005 teve uma marca: a péssima estratégia de apostar em veteranos como Rodrigo Fabri, Fábio Júnior e Fábio Baiano, entre muitos outros, derrubou o Galo. Por pouco, naquele ano, a molecada formada em casa não salvou o time. Era a geração onde pintavam Rafael Miranda, Bruno, Lima, Zé Antônio, Renato e Ramon. Era já o time de Lori Sandri, chamado de "Sandri e os juniores".

Desde então as categorias de base têm papel fundamental no cotidiano do clube. E são elas que vão salvando o Atlético de pensar em Série B. Neste domingo, na goleada sobre o Atlético-PR por 4 a 0, o Galo terminou a partida com sete jogadores formados em casa dentro de campo. No gol, Edson está longe de seguir a tradição de Bruno e Diego Alves, mas vai acima do que dele se espera. Leandro Almeida voltou a se firmar na zaga, enquanto Sheslon e Luís Gustavo já pedem passagem nas laterais.

O meio-campo briga e arma sempre com os meninos formados na Cidade do Galo: Rafael Miranda, Serginho e Renan, além da descoberta Márcio Araújo. Denílson, Yuri e Tchô são outros importantes nesse contexto. Se Eduardo e Éder Luís renderam dinheiro, o Galo ainda tem Raphael Aguiar, Renan Oliveira e o recém-promovido Pedro Paulo para o ataque. Até Marcelo Oliveira, de passagem fantástica pela base atleticana, foi efetivado.

Se foram também os meninos que subiram o Atlético, serão eles que vão mantê-lo mais um ano vivo.

Seleção da rodada - 22


SELEÇÃO DA RODADA

Victor (Grêmio)
Rodrigo Heffner (Coritiba)
Rodrigo (São Paulo)
Marcelo Batatais (Vitória)
Leandro (Palmeiras)
Jean (São Paulo)
Serginho (Atlético-MG)
Carlos Alberto (Botafogo)
Marlos (Coritiba)
Nilmar (Internacional)
Kléber Pereira (Santos)

sábado, 23 de agosto de 2008

Papo com Arturzinho


O Bahia é o segundo maior clube na atual Série B e isso não é pouca coisa. A pressão por resultados é enorme e prova disso é a lamentável e agressiva manifestação de torcedores no CT do clube nesta semana.

A equipe de Arturzinho, porém, não tem nada de diferente em relação às outras e, para piorar, os problemas da Fonte Nova e das reformas em Pituaçu, estádio menor de Salvador, prejudicam o tricolor, que só ganhou duas vezes em casa e tem mandado seus jogos em Feira de Santana, distante da capital baiana.

Este blogueiro conversou com o técnico Arturzinho e fez perguntas pertinentes com relação ao momento do Bahia. Recebendo os reforços de Caio (meia, ex-Paraná) e Marcelo Ramos, o tricolor espera romper a distância que possui em relação aos quatro primeiros colocados. Não parece ser fácil.

- Com a Fonte Nova ou o Pituaçu em condições, o Bahia estaria entre os primeiros?

Com certeza, uma das coisas que está prejudicando o Bahia é não jogar ao lado de sua torcida. Por mais que Feira seja perto, hospitaleira, tem ido um número pequeno de torcedores e isso não tem feito a diferença como no ano passado na Série C.

- Aos poucos, o Elias está vencendo as críticas? Qual a importância dele pra esse time?

Não só o Elias, mas existe uma desconfiança grande sobre todos os jogadores. Nossa torcida é exigente mesmo, quer sempre que resolvam. O Elias é um desses cobrados em demasia, e ele poderia ser o coadjuvante, por ser formado em casa e ter menos cobrança. Às vezes é injustiçado.

- O que falta para o time do Bahia ser mais agressivo em casa?

Não falta agressividade. Até temos tido a supremacia em alguns momentos, mas falta tranqüilidade, falta incentivo e um pouco de experiência em determinados momentos pra liquidar os jogos.

- Em Feira, o time se sente à vontade?

Não é que não se sente à vontade, não se sente protegido como ocorreria em Salvador. A torcida do Bahia é diferenciada, como a do Flamengo ou do Corinthians, que intimida o adversário.

- Hoje, o Bahia pensa em subir ou se contenta com uma campanha digna e a permanência?

Por não estar jogando em casa e por não ter feito grandes investimentos, até por causa das arrecadações, que foi talvez o fator primordial para que tivessemos um elenco melhor e até uma melhor condição, as coisas estão mais difíceis. Mas como o Bahia é grande, vamos trabalhar para vencer as dificuldades. A chance existe, mesmo sem a ausência de jogos em Salvador.

- Em 2007, o Bahia, com você, subiu sem perder em casa. É esse desempenho que tem faltado?

Com certeza! Em casa, foi acima de 70%. Esse ano é um dos piores aproveitamentos. Não adianta ter bons resultados fora, se dentro você não faz o seu dever.

sexta-feira, 22 de agosto de 2008

Sob medida


Bruno voltou a sofrer gols em cobranças de falta. Defensável, diga-se por sinal, a bola de Souza, aos 37 do segundo tempo, que quase tira a justa vitória do Flamengo diante do líder Grêmio no Maracanã. Neste ano, foi o quarto gol de falta que sofre Bruno - os outros foram contra o Botafogo na final do estadual, contra o Nacional, em Montevidéu, e contra o América do México, na fatídica despedida de Joel Santana - sempre em jogos importantes. Só no Brasileirão do ano passado, aliás, foram outras seis faltas que vazaram o goleiro rubro-negro.

Foi quando Marcelinho Paraíba recebeu a bola no meio-campo e a fez girar pelo setor defensivo do Grêmio. Passou, como sempre, pelos pés de Juan o lance que, após voltar para Marcelinho finalizar e chegar acidentalmente em Toró, brindou os mais de 30 mil pagantes com a vitória flamenguista.

Marcelinho Paraíba, de todos os reforços flamenguistas, parece ser o melhor e mais útil. Ainda não está fisicamente bem, mas agüentou 90 minutos na Vila Belmiro e novamente no Maracanã. Experiente, talentoso e bom finalizador, faz bem o papel que fazia Marcinho. Chega à área e sabe concluir, volta ao meio a ajuda a distribuir o jogo. Justamente suas duas participações no lance do gol de Toró.

Sambueza é talentoso e rende bem quando aberto pela esquerda, assim como Josiel parece ao menos uma aposta bastante válida e Éverton, ex-Paraná Clube, é alternativa para o lugar de Ibson, com diferente característica. Há ainda outros dois nomes pouco conhecidos, Fernando e Fernandão. Entre todos, Marcelinho Paraíba parece a melhor aquisição. Tardia, mas ainda em tempo de empurrar o Flamengo de volta às primeiras posições. O Grêmio, que chegou em sua terceira derrota na Série A, sempre no Rio de Janeiro, que o diga.

Foto: Ig Esportes

Seleção da rodada - 21


SELEÇÃO DA RODADA

Edson (Atlético-MG)
Carlinhos (Fluminense)
Índio (Internacional)
Fábio Luciano (Flamengo)
Juan (Flamengo)
Aírton (Flamengo)
Túlio (Botafogo)
João Henrique (Coritiba)
Alex (Internacional)
Washington (Fluminense)
Borges (São Paulo)

quinta-feira, 21 de agosto de 2008

Pinta de Série B


Tudo parece assombrar o Santos na batalha pela permanência na primeira divisão. A maior chance de vencer longe da Vila Belmiro, neste returno, foi desperdiçada contra o Ipatinga. Uma partida em que, ainda que não tenha conseguido se impor completamente, o Peixe se mostrou mais próximo da vitória o tempo todo, mas voltou a empatar com Márcio Fernandes (3 empates e 1 derrota em 4 jogos com o alvinegro). Achou um gol com Cuevas, em falha grotesca de Léo Oliveira, mas logo cedeu a igualdade.

Quando se diz que tudo parece assombrar o Santos, é tudo mesmo. Não bastasse o caos administrativo, jogadores importantes têm sido tirados de ação. Para enfrentar o Ipatinga, Márcio Fernandes não teve os fundamentais Fábio Costa, Adriano e ainda o colombiano Molina - todos lesionados, além do suspenso Rodrigo Souto. No momento em que o time acha soluções, elas se perdem.

Maicon Leite, o melhor santista na competição, teve gravíssima lesão no joelho contra o Flamengo. Neste jogo, aliás, Michael fez sua melhor apresentação com a camisa do Peixe, mas levou o terceiro amarelo e esteve suspenso. Kléber e Robson, este muito bem na primeira etapa, não jogaram após o intervalo, lesionados. Tá difícil, Santos!

quarta-feira, 20 de agosto de 2008

Mais uma bola fora do Dunga

Vem de Bruno Freitas, do Blog do Uol em Pequim. Após a derrota para a Argentina, Dunga, sabatinado por um repórter britânico, provou o despreparo emocional que lhe caracteriza nas entrevistas.

- "O Brasil sofreu três gols e teve dois expulsos. Onde está o jogo bonito?", perguntou o inglês.

- "Seria maravilhoso se sempre pudessemos fazer muitos gols, assim como seria se a Inglaterra pudesse ter ganho mais Copas do Mundo além daquela na década de 60, não é?"

Desnecessário hein, professor?

O que há com Ronaldinho

Ronaldinho brilhou contra a Nova Zelândia, mas sumiu nos jogos difíceis da Olimpíada. Além de não ser a referência para os mais jovens, pouco produziu. Risque uma linha que divida o campo em dois e você nunca verá o meia-atacante na metade da direita. Está sempre preso à mesma faixa do campo, pouco se mexe, não penetra e não tem arranque nenhum.

É verdade que o trabalho físico de Paulo Paixão conseguiu abaixar consideravalmente o alto peso do jogador. Ronaldinho, porém, ainda é lento, previsível e, principalmente, presa fácil para um marcador determinado como Gago e/ou Zabaleta, por exemplo.

Se não melhorar sensivelmente, Ronaldinho sumirá completamente nos confrontos duros do Campeonato Italiano. Ainda é um rascunho do craque que, em 2005, dominou a bola no meio-campo do Santiago Bernabéu e arrancou humilhando três marcadores até a grande área merengue.

Mais da Olimpíada, veja na cobertura do Olheiros

terça-feira, 19 de agosto de 2008

Seleção da rodada - 20


SELEÇÃO DA RODADA

Bruno (Flamengo)
Léo Moura (Flamengo)
Réver (Grêmio)
Renato Silva (Botafogo)
Júlio César (Goiás)
William Magrão (Grêmio)
Túlio (Botafogo)
Evandro (Palmeiras)
Edmundo (Vasco)
Kléber Pereira (Santos)
Pedro Oldoni (Atlético-PR)

domingo, 17 de agosto de 2008

Análise do primeiro turno: Atlético-PR, Vasco, Santos, Fluminense e Ipatinga

Atlético-PR (16º) – 20 pontos

O Atlético Paranaense da Série A em 2008 nem de longe lembra a equipe que chamava a atenção no início da temporada ou mesmo no fim de 2007. A saída de Ney Franco já na segunda rodada não foi bem digerida e Roberto Fernandes não conseguiu montar um time na Baixada. O constante entra e sai de jogadores prejudica bastante, mas o treinador também chegou mal à Curitiba. Sem cara e com um pífio desempenho longe de casa, o Furacão só ficou em seis rodadas entre os dez primeiros. Ou se ajeita com Mário Sérgio ou seguirá brigando apenas pela permanência. Pouco para quem tem tanta estrutura, mas que às vezes esquece que também é um clube de futebol.

Melhor jogador: Alan Bahia
Quem também foi bem: Galatto, Danilo e Nei
Quem foi mal: Valencia, Pedro Oldoni e Ferreira
Mais utilizado: Danilo (18j)
Revelação: Douglas Maia
Artilheiro: Alan Bahia (5 gols)
Líder em assistências: Nei (4 passes)

Técnicos: Ney Franco (2j), Roberto Fernandes (15j) e Cleocir Santos (interino - 2j)
Negociado com o exterior: Ninguém
Melhor jogo: Atlético-PR 5 x 0 Goiás
Pior jogo: Atlético-PR 0 x 3 Botafogo
Aproveitamento em casa: 56,6%
Aproveitamento fora: 11,1%

Mais vitórias consecutivas: nenhuma consecutiva
Mais derrotas consecutivas: 2 (Portuguesa e Grêmio) e (Vitória e Botafogo)
Mais jogos sem vencer: 4 (Sport, Figueirense, Vitória e Botafogo)
Mais jogos sem perder: 3 (Ipatinga, São Paulo e Atlético-MG)
Rodadas na liderança: nenhuma
Média de público: 8º (17.018)

Time base (3-4-1-2): Galatto, Rhodolfo, Antônio Carlos e Danilo; Nei, Alan Bahia, Valencia e Márcio Azevedo; Julio dos Santos; Ferreira e Joãozinho

Vasco (17º) – 19 pontos

O caos administrativo pode levar o Vasco para a segunda divisão. Um trabalho horrível de Antônio Lopes e a herança de Eurico Miranda têm feito a torcida cruzmaltina sofrer e o clube, com a chegada de Tita, terminou o turno dentro da zona de rebaixamento. Sem conseguir sequer duas vitórias consecutivas, o time ainda perdeu Morais e viu o ambiente azedar com declarações infelizes de Edmundo e um vestiário que também parece conturbado. Só mesmo uma reviravolta manterá o Vasco na elite por mais uma temporada.

Melhor jogador: Edmundo
Quem também foi bem: Wagner Diniz e Madson
Quem foi mal: Luizão, Beto, Morais e Alan Kardec
Mais utilizados: Tiago e Wagner Diniz (18j)
Revelação: Pablo
Artilheiro: Edmundo (7 gols)
Líderes em assistências: Edmundo e Wagner Diniz (4 passes)

Técnicos: Antônio Lopes (18j) e Tita (1j)
Negociados com o exterior: Pablo (Zaragoza) e Villanueva (Tashekent-Uzbequistão)
Melhor jogo: Vasco 6 x 1 Atlético-MG
Pior jogo: Santos 5 x 2 Vasco

Aproveitamento em casa: 62,9%
Aproveitamento fora: 6,6%
Mais vitórias consecutivas: nenhuma consecutiva
Mais derrotas consecutivas: 3 (São Paulo, Coritiba e Vitória)
Mais jogos sem vencer: 5 (Flamengo, Goiás, Atlético-PR, Fluminense e Santos)
Mais jogos sem perder: 3 (Portuguesa, Botafogo e Grêmio)
Rodadas na liderança: nenhuma
Média de público: 18º (6.342)

Time base (3-4-1-2): Tiago, Rodrigo Antônio, Eduardo Luiz e Luizão; Wagner Diniz, Jonílson, Pablo (Leandro Bomfim) e Madson; Morais; Edmundo e Leandro Amaral

Santos (18º) – 17 pontos

Na base da raça, o Santos chegou entre os oito melhores da Libertadores e quase às semifinais do Paulista. Poucos dias depois, Leão deixava a Vila Belmiro acusando corpo mole de alguns jogadores. Na seguida, mesmo contando com o empenho quase total do elenco, Cuca teve 14 jogos para ajeitar a equipe, mas não conseguiu. Contratando sem parar – quase nunca bem – e pagando alto por jogadores de qualidade duvidosa, o Peixe se tornou um caos e nem com a torcida mais presente graças a promoções para o público, conseguiu liquidar adversários na Vila. A efetivação de Márcio Fernandes para o returno é a típica solução de desespero e não parece nem um pouco provável que dê certo.

Melhor jogador: Kléber Pereira
Quem também foi bem: Adriano e Maikon Leite
Quem foi mal: Domingos, Fabão, Kléber e Rodrigo Tabata
Mais utilizado: Kléber Pereira (18j)
Revelação: Maikon Leite
Artilheiro: Kléber Pereira (11 gols)
Líderes em assistências: Maikon Leite, Michael e Molina (2)

Técnicos: Leão (3j), Márcio Fernandes (2j) e Cuca (14j)
Negociados com o exterior: Betão (Dínamo de Kiev), Alemão (Udinese), Vítor Jr (Kashima Antlers), Rodrigo Tabata (Gaziantespor) e Marcinho Guerreiro (Murcia)
Melhor jogo: Internacional 0 x 1 Santos
Pior jogo: Santos 0 x 4 Goiás

Aproveitamento em casa: 44,4%
Aproveitamento fora: 16,6%
Mais vitórias consecutivas: 2 (Vasco e Internacional)
Mais derrotas consecutivas: 3 (Coritiba, Atlético-MG e Náutico)
Mais jogos sem vencer: 9
Mais jogos sem perder: 2 (Grêmio e Botafogo) e (Vasco e Internacional)
Rodadas na liderança: nenhuma
Média de público: 17º (7.883)

Time base (3-4-1-2): Fábio Costa, Marcelo, Domingos e Fabiano Eller (Fabão), Apodi, Adriano, Kléber e Michael; Molina; Maikon Leite e Kléber Pereira.

Fluminense (19º) – 16 pontos

Renato Gaúcho ganhou desafetos ao avisar que o Fluminense ia poupar seus titulares, pois já estava muito próximo da Libertadores de 2009. O título de 2008 não veio e até agora o Flu não consegue ser o mesmo que eliminou São Paulo e Boca Juniors. Prejudicado ainda pelas saídas de Cícero e Gabriel, além das convocações de Thiago Neves e Thiago Silva para as Olimpíadas, não conseguiu sair do rebaixamento desde a 2ªrodada e só chegou à primeira vitória na 10ª. Tem jogadores e soluções para provocar uma reviravolta com Cuca no returno, mas parece cada dia mais complicado.

Melhor jogador: Conca
Quem também foi bem: Júnior César e Washington
Quem foi mal: Rafael, Arouca, Ygor e Dodô
Mais utilizados: Tartá e Fernando Henrique (15j)
Revelação: Tartá
Artilheiro: Washington (8 gols)
Líder em assistências: Tartá (2)

Técnico: Renato Gaúcho (19j)
Negociados com o exterior: Gabriel (Panathinaikos) e Cícero (Hertha Berlim)
Melhor jogo: Fluminense 3 x 1 São Paulo
Pior jogo: Fluminense 1 x 3 Cruzeiro

Aproveitamento em casa: 46,6%
Aproveitamento fora: 7,4%
Mais vitórias consecutivas: 2 (Atlético-PR e Vitória)
Mais derrotas consecutivas: 4 (Náutico, Sport, Flamengo e Grêmio)
Mais jogos sem vencer: 9
Mais jogos sem perder: 2 (Atlético-PR e Vitória)
Rodadas na liderança: nenhuma
Média de público: 13º (11.236)

Time base (4-2-2-2): Fernando Henrique, Rafael, Roger (Thiago Silva), Luiz Alberto e Júnior Cesar; Fabinho e Arouca; Conca e Tartá (Thiago Neves); Dodô e Washington

Ipatinga (20º) –16 pontos

Cotado para uma campanha tão ruim quanto o América de Natal, o Ipatinga até que não faz tão feio. Pelo péssimo início de temporada, caindo no estadual, não era de se esperar algo além da lanterna, até pela infeliz contratação de Giba – três derrotas e dois empates em seis jogos. Ricardo Drubscky é bom técnico e tem feito o que pode com um elenco limitado que, com brio, tem dado calor em alguns jogos e fechou o turno ao lado do Fluminense. Mas pensar em permanência na Série A é um sonho distante para o Tigre do Aço.

Melhor jogador: Adeílson
Quem também foi bem: Rodriguinho e Paulinho Dias
Quem foi mal: Edimar, Léo Silva e Neto Baiano
Mais utilizado: Adeílson (18j)
Revelação: Adeílson
Artilheiro: Adeílson (6 gols)
Líder em assistências: Rodriguinho (3)

Técnicos: Giba (6j) e Ricardo Drubscky (13j)
Negociado com o exterior: Ninguém
Melhor jogo: Ipatinga 4 x 1 Portuguesa
Pior jogo: Botafogo 4 x 0 Ipatinga

Aproveitamento em casa: 46,6%
Aproveitamento fora: 7,4%
Mais vitórias consecutivas: nenhuma
Mais derrotas consecutivas: 3 (Atlético-MG, Flamengo e Vasco) e (Sport, Palmeiras e Grêmio)
Mais jogos sem vencer: 7
Mais jogos sem perder: 3 (Goiás, Vitória e Náutico)
Rodadas na liderança: nenhuma
Média de público: 20º (4.166)

Time base (4-3-1-2): Fred, Leandro Salino, Gian, Tiago Vieira e Rodriguinho; Xaves, Augusto Recife e Paulinho Dias; Léo Silva; Marinho e Adeílson.

Análise do primeiro turno: Figueirense, Atlético-MG, Goiás, Portuguesa e Náutico

Figueirense (11º) – 25 pontos

A fama do Figueirense ter campanhas estáveis e de meio de tabela segue em alta por Florianópolis. Passada a fase ruim com Guilherme Macuglia, PC Gusmão conseguiu alguns bons resultados, outros ruins, e deixou o Figueira sempre ali no meio, longe do rebaixamento, mais longe ainda dos primeiros. Quando Cleiton Xavier vai bem, é difícil parar a equipe, mas nem sempre isso acontece. O ataque sofre com a falta de talento e só se vale, mesmo, das trombadas de Tadeu ou de algum lampejo de Rafael Coelho, ainda imaturo. Uma turbulência parece incapaz de rondar o Orlando Scarpelli mais uma vez.

Melhor jogador: Cleiton Xavier
Quem também foi bem: Wilson, Anderson Luís, Marquinho e Tadeu
Quem foi mal: Wellington Amorim e Edu Sales
Mais utilizado: Wilson (19j)
Revelação: Rafael Coelho
Artilheiro: Cleiton Xavier (8 gols)
Líder em assistências: Marquinho (5 passes)

Técnicos: Gallo (2j), Guilherme Macuglia (5j) e PC Gusmão (12j)
Negociado com o exterior: Felipe Santana (Borussia Dortmund)
Melhor jogo: Figueirense 3 x 0 Santos
Pior jogo: Figueirense 1 x 7 Grêmio

Aproveitamento em casa: 55,5%
Aproveitamento fora: 33,3%
Mais vitórias consecutivas: 2 (Ipatinga e Santos)
Mais derrotas consecutivas: 2 (Fluminense e Grêmio)
Mais jogos sem vencer: 4 (Fluminense, Grêmio, Atlético-PR e São Paulo)
Mais jogos sem perder: 5 (Atlético-MG, Vasco, Palmeiras, Ipatinga e Santos)
Rodadas na liderança: nenhuma
Média de público: 16º (8.804)

Time base (4-2-2-2): Wilson, Anderson Luís, Bruno Aguiar, Asprilla e William Matheus (Leandro Soares); Diogo e Magal; Cleiton Xavier e Marquinho; Edu Sales e Tadeu

Atlético-MG (12º) – 24 pontos

De que adianta jogar bem e não ganhar? Em momentos importantes da competição, o Atlético pagou por finalizar mal e deixou de vencer adversários de respeito como Flamengo e Palmeiras, por exemplo. Mesmo vindo bem nesse sentido, o trabalho de Gallo mostrava poucos resultados, de fato, e foi interrompido na trágica derrota em São Januário. No ano de seu centenário, o Galo só conseguiu vencer fora de casa na 18ºrodada. Até ali, só batera os quatro clubes que vieram da Série B: Vitória, Coritiba, Ipatinga e Portuguesa. A 12ª posição não condiz com a triste realidade atleticana: ou emplaca outra reação como em 2007 ou briga para não cair, como em 2005. Difícil fazer previsões.

Melhor jogador: Petkovic
Quem também foi bem: Mariano, Serginho e Márcio Araújo
Quem foi mal: Edson, César Prates e Castillo
Mais utilizados: Vinícius (18j)
Revelação: Serginho
Artilheiros: Coelho, Eduardo, Petkovic, Marques e Gedeon (3 gols)
Líder em assistências: Petkovic (8 passes)

Técnicos: Geninho (1j), Gallo (14j) e Marcelo Oliveira (4j)
Negociados com o exterior: Coelho (Bologna) e Danilinho (Jaguares)
Melhor jogo: Santos 2 x 3 Atlético-MG
Pior jogo: Vasco 6 x 1 Atlético-MG

Aproveitamento em casa: 66,6%
Aproveitamento fora: 20%
Mais vitórias consecutivas: 2 (Sport e Santos)
Mais derrotas consecutivas: 2 (Cruzeiro e Internacional)
Mais jogos sem vencer: 6
Mais jogos sem perder: 3 (Fluminense, Goiás e Atlético-PR) e (Figueirense, Palmeiras e Flamengo)
Rodadas na liderança: nenhuma
Média de público: 10º (15.137)

Time base (4-3-1-2): Edson, Mariano, Leandro Almeida (Marcos), Vinícius e César Prates; Rafael Miranda, Serginho e Márcio Araújo; Petkovic; Marques e Jael (Eduardo).

Goiás (13º) – 23 pontos

Após bater na trave em 2007 e empurrar o Corinthians para a Série B, o Goiás começou a edição de 2008 do Brasileiro com pinta de que não se salvaria. Passou dez rodadas consecutivas dentro da zona do rebaixamento mas, aos poucos, foi progredindo desde a chegada do velho conhecido Hélio dos Anjos. Outras chegadas importantes, aliás, foram as de Romerito e Iarley. Experientes e motivados, os dois jogadores deram ares novos a um setor ofensivo que, enquanto teve também Alex Terra, deu trabalho para muita gente. Os esmeraldinos bateram Cruzeiro, Palmeiras e Flamengo, demonstrando força. Hoje, não parece possível que voltem às últimas posições, embora a diferença, matematicamente falando, seja pequena – só quatro pontos.

Melhor jogador: Iarley
Quem também foi bem: Henrique, Júlio César e Romerito
Quem foi mal: Paulo Baier, Adriano Gabiru e Schwenck
Mais utilizado: Harlei (19j)
Revelação: Ninguém
Artilheiro: Iarley (8 gols)
Líder em assistências: Júlio César (5)

Técnicos: Vadão (6j) e Hélio dos Anjos (13j)
Negociado com o exterior: Ninguém
Melhor jogo: Goiás 3 x 2 Palmeiras
Pior jogo: Atlético-PR 5 x 0 Goiás

Aproveitamento em casa: 59%
Aproveitamento fora: 26,6%
Mais vitórias consecutivas: 2 (Palmeiras e Cruzeiro) e (Portuguesa e Flamengo)
Mais derrotas consecutivas: 2 (Atlético-PR e Grêmio) e (Sport e Botafogo)
Mais jogos sem vencer: 6
Mais jogos sem perder: 4 (Coritiba, Goiás, Palmeiras e Cruzeiro)
Rodadas na liderança: nenhuma
Média de público: 15º (9.483)

Time base (3-4-2-1): Harlei, Paulo Henrique, Henrique e Ernando; Vítor, Ramalho, Fernando e Júlio César; Paulo Baier (Alex Terra) e Romerito; Iarley.

Portuguesa (14º) – 22 pontos

O objetivo da Portuguesa, antes de mais nada, há de ser o da permanência na Série A para 2009. Por isso, é incompreensível que tenha sido interrompido o trabalho de Vágner Benazzi no Canindé, quando era 15º. A Lusa teve bons momentos ao longo do turno e apenas em três das 19 rodadas esteve entre os quatro últimos – o que é positivo. Se esperava pouco de Espinosa, mas ele até vem mantendo o nível, dentro do possível e das limitações rubro-verdes. Restam duas semanas da janela de transferências e Diogo ainda não foi negociado. Se o garoto ficar, a Portuguesa tem a senha para a permanência.

Melhor jogador: Edno
Quem também foi bem: Patrício, Diogo e Jonas
Quem foi mal: Erick e Marco Aurélio
Mais utilizados: Bruno Rodrigo e Preto (18j)
Revelação: Ninguém
Artilheiro: Diogo (6 gols)
Líder em assistências: Patrício (6)

Técnicos: Vágner Benazzi (13j) e Valdir Espinosa (6j)
Negociados com o exterior: Júlio Santos (França) e Christian (Pachuca)
Melhor jogo: Portuguesa 3 x 1 Internacional
Pior jogo: Ipatinga 4 x 1 Portuguesa

Aproveitamento em casa: 63,3%
Aproveitamento fora: 11,1%
Mais vitórias consecutivas: 3 (Internacional, Atlético-PR e Botafogo)
Mais derrotas consecutivas: 3 (Vitória, Coritiba e Grêmio)
Mais jogos sem vencer: 4 (Figueirense, Vasco, Palmeiras e Atlético-MG) e (Santos, Vitória, Coritiba e Grêmio)
Mais jogos sem perder: 4 (Internacional, Atlético-PR, Botafogo e Santos)
Rodadas na liderança: nenhuma
Média de público: 19º (4.620)

Time base (4-2-2-2): André Luís (Sérgio), Patrício, Bruno Rodrigo, Hallison e Bruno Recife; Gavillán e Dias; Preto e Edno; Diogo e Washington (Jonas).

Náutico (15º) – 21 pontos

O Náutico trocou de técnico – Leandro Machado por Pintado – quando era o sexto colocado no Campeonato Brasileiro e perdeu, consecutivamente, para Palmeiras e Flamengo (ambos fora de casa) e para o Sport nos Aflitos. Leandro era tido como defensivo demais, mas a campanha alvirrubra era muito acima das possibilidades do elenco. Após uma incrível seqüência de oito jogos sem vencer, Roberto Fernandes voltou para tentar ajeitar a casa. É a única chance de salvação para uma equipe em queda livre e que, para piorar, perdeu um de seus principais jogadores – o centroavante Wellington, autor de 19 gols em 2008.

Melhor jogador: Wellington
Quem também foi bem: Ruy e Everaldo
Quem foi mal: Paulo Almeida, Warley e Felipe
Mais utilizados: Eduardo (19j)
Revelação: Helton
Artilheiro: Wellington (5 gols)
Líderes em assistências: Ruy e Felipe (2)

Técnicos: Roberto Fernandes (3j), Sangaletti (1j), Levi Gomes (1j), Leandro Machado (8j) e Pintado (6j)
Negociado com o exterior: Wellington (Hoffenhein)
Melhor jogo: Náutico 3 x 0 Botafogo
Pior jogo: Flamengo 3 x 0 Náutico

Aproveitamento em casa: 56,6%
Aproveitamento fora: 14,8%
Mais vitórias consecutivas: 2 (Goiás e Fluminense)
Mais derrotas consecutivas: 5 (Vitória, Coritiba, Cruzeiro, Figueirense e Atlético-PR)
Mais jogos sem vencer: 8
Mais jogos sem perder: 4 (Botafogo, Ipatinga, Vasco e Atlético-MG)
Rodadas na liderança: 1
Média de público: 9º (15.385)

Time base (4-3-1-2): Eduardo, Ruy, Negretti, Vágner e Everaldo; Alceu, Radamés e Ticão; Paulo Santos; Felipe (Gilmar) e Wellington.

sexta-feira, 15 de agosto de 2008

Análise do primeiro turno: Coritiba, Flamengo, Botafogo, Sport e Internacional

Coritiba (6º) – 32 pontos

O Coritiba jogava bem desde o início do campeonato, quando venceu o Palmeiras e mostrou qualidades contra Cruzeiro e São Paulo, por exemplo, mas não ganhou. E ainda foi prejudicado pelas arbitragens. O ótimo Dorival Júnior também tem razão quando reclama da sorte, já que vários de seus melhores jogadores tiveram lesões. Pedro Ken, por exemplo, só volta em 2009. Na reta final do turno, porém, o Coxa se acertou, venceu bem até fora de casa e contou com Keirrison em grande estilo. Assim, chegou à sexta posição e se mantém correndo por fora na briga pela próxima Libertadores.

Melhor jogador: Carlinhos Paraíba
Quem também foi bem: Maurício, Leandro Donizete, Hugo e Keirrison
Quem foi mal: Ninguém
Mais utilizado: Ricardinho e Maurício (17j)
Revelação: Marlos
Artilheiro: Keirrison (7 gols)
Líder em assistências: Michael (3 passes)

Técnico: só Dorival Júnior
Negociados com o exterior: Michael (futebol japonês)
Melhor jogo: Santos 1 x 3 Coritiba
Pior jogo: Internacional 3 x 0 Coritiba

Aproveitamento em casa: 74%
Aproveitamento fora: 40%
Mais vitórias consecutivas: 3 (Santos, Vasco e Sport)
Mais derrotas consecutivas: Nenhuma consecutiva
Mais jogos sem vencer: 5 (Figueirense, São Paulo, Cruzeiro, Botafogo e Vitória)
Mais jogos sem perder: 3 (Vitória, Fluminense e Atlético-PR), (Portuguesa, Goiás e Flamengo) e
(Santos, Vasco e Sport)
Rodadas na liderança: nenhuma
Média de público: 5º (21.190)

Time base (4-2-3-1): Edson Bastos, Rodrigo Heffner (Alex Silva), Maurício, Nenê e Ricardinho; Alê (Leandro Donizete) e Rodrigo Mancha; João Henrique, Carlinhos Paraíba e Guaru (Marlos); Keirrison.

Flamengo (7º) - 31 pontos

Ninguém foi tanto do céu ao inferno neste primeiro turno quanto o Flamengo. Líder e quebrando recordes até a 11ª rodada, quando esmagou o Vasco, entrou em parafusos e chegou à incrível marca de sete jogos seguidos sem ganhar. As saídas de Marcinho, Souza e Renato Augusto colaboraram para isso, mas o Fla também se perdeu, teve outros problemas – como a lesões de Kléberson, Vandinho e Diego Tardelli - e poderia ter se mantido ao menos entre os quatro primeiros. Agora, precisará de um grande segundo turno para voltar a pensar grande na competição. Ibson voltar a jogar em alto nível é um requisito primordial para isso.

Melhor jogador: Juan
Quem também foi bem: Bruno, Léo Moura e Fábio Luciano
Quem foi mal: Dininho e Éder
Mais utilizados: Bruno e Léo Moura (18j)
Revelação: Airton
Artilheiro: Marcinho (7 gols)
Líder em assistências: Juan (6 passes)

Técnico: só Caio Júnior
Negociados com o exterior: Marcinho (Al Jazira), Souza (Panathinaikos), Renato Augusto (Bayer Leverkusen), Vinícius Pacheco e Rodrigo Arroz (Belenenses)
Melhor jogo: Flamengo 3 x 1 Vasco
Pior jogo: Flamengo 0 x 1 Vitória

Aproveitamento em casa: 63%
Aproveitamento fora: 44 %
Mais vitórias consecutivas: 3 (Internacional, Fluminense e Figueirense) e (Ipatinga, Sport e Náutico)
Mais derrotas consecutivas: 3 (Palmeiras, Cruzeiro e Goiás)
Mais jogos sem vencer: 7
Mais jogos sem perder: 5 (duas vezes)
Rodadas na liderança: 10
Média de público: 1º (37.946)

Time base (3-4-1-2): Bruno, Jaílton, Fábio Luciano e Ronaldo Angelim; Léo Moura, Cristian, Jônatas e Juan; Ibson; Obina e Vandinho (Diego Tardelli).

Botafogo (8º) – 31 pontos

Uma escalada fulminante na segunda parte do turno levou o Botafogo da 15ª para a 8ª colocação em nove rodadas, com um aproveitamento de 74%. É justamente o período em que Ney franco assumiu o clube e, com uma melhora tática, física e até mesmo mental, voltou a fazer do Fogão a equipe que, nos últimos tempos, pratica um dos jogos mais agradáveis de se ver no país. Jorge Henrique e Lúcio Flávio cresceram de produção, enquanto Túlio e Diguinho, no meio-campo, se desdobram para armar o jogo alvinegro e desarmar os adversários. Tem dado certo e os botafoguenses esperam alçar vôos maiores já no início do returno.

Melhor jogador: Túlio
Quem também foi bem: Thiaguinho, Diguinho, Lúcio Flávio e Jorge Henrique
Quem foi mal: Ferrero e Fábio
Mais utilizados: Renato Silva, Diguinho e Lúcio Flávio (18j)
Revelação: Thiaguinho
Artilheiros: Lúcio Flávio e Túlio (5 gols)
Líder em assistências: Jorge Henrique (4)

Técnicos: Cuca (3j), Luizinho Rangel (interino – 1j), Geninho (6j) e Ney Franco (9j)
Negociado com o exterior: Vanderlei (União de Leiria)
Melhor jogo: Botafogo 1 x 0 Palmeiras
Pior jogo: Vitória 5 x 2 Botafogo

Aproveitamento em casa: 81%
Aproveitamento fora: 30 %
Mais vitórias consecutivas: 4 (Goiás, Atlético-PR, Figueirense e Palmeiras)
Mais derrotas consecutivas: 2 (Internacional e Portuguesa)
Mais jogos sem vencer: 3 (Cruzeiro, Vasco e Náutico) e (Internacional, Portuguesa e Fluminense)
Mais jogos sem perder: 6 (em curso)
Rodadas na liderança: nenhuma
Média de público: 14º (11.196)

Time base (4-3-1-2): Castillo, Thiaguinho, Renato Silva, André Luís e Triguinho; Diguinho, Túlio e Zé Carlos (Carlos Alberto); Lúcio Flávio; Jorge Henrique e Wellington Paulista.

Sport (9º) – 27 pontos

Especula-se em Recife que a direção do Sport esteja oferecendo um prêmio bastante pomposo caso o Leão leve o título do Campeonato Brasileiro para a Ilha do Retiro. Animados com as cinco vitórias em julho, os dirigentes pensam no prêmio. Não parece o caso. O Sport deverá realizar uma campanha média e, nono colocado ao fim do turno, está bem melhor que quando ganhou a Copa do Brasil, se dispersou na competição e flertou com o rebaixamento. É hora, principalmente, de arrumar a casa para a Libertadores de 2009. Há todo um returno disponível para isso.

Melhor jogador: Durval
Quem também foi bem: Magrão, Daniel Paulista e Luciano Henrique
Quem foi mal: Diogo e Enílton
Mais utilizados: Luciano Henrique e Magrão (18j)
Revelação: Ciro
Artilheiros: Durval e Luciano Henrique (4 gols)
Líderes em assistências: Francisco Alex e Fumagalli (2)

Técnico: só Nelsinho Baptista
Negociado com o exterior: Ninguém
Melhor jogo: Náutico 0 x 2 Sport
Pior jogo: Vasco 4 x 0 Sport

Aproveitamento em casa: 74%
Aproveitamento fora: 23%
Mais vitórias consecutivas: 3 (Atlético-PR, Goiás e Ipatinga)
Mais derrotas consecutivas: 3 (Figueirense, São Paulo e Flamengo)
Mais jogos sem vencer: 3 (Figueirense, São Paulo e Flamengo)
Mais jogos sem perder: 4 (Vitória, Fluminense, Internacional e Palmeiras)
Rodadas na liderança: nenhuma
Média de público: 4º (21.722)

Time base (4-2-2-2): Magrão, Luisinho Netto, Igor (Gabriel Santos), Durval e Dutra; Daniel Paulista e Moacir; Luciano Henrique e Fumagalli; Carlinhos Bala e Roger

Internacional (10º) – 26 pontos

A direção do Internacional não aprendeu com 2007. Mudou bastante no meio da temporada e vai pagando seu preço por isso. As saídas de Fernandão, Iarley e Abel Braga determinaram o fim de um ciclo no Beira Rio, assim como não se sabe se as chegadas de Daniel Carvalho, D'Alessandro, Bolivar, Rosinei e Gustavo Nery provocarão um efeito devastador que vá empurrar o Inter acima da tabela. Cheio de altos e baixos, por ora, o Colorado oscila muito e o trabalho de Tite merece alguns questionamentos, como o péssimo desempenho longe de casa e as substituições conservadoras. Ajeitar o time com os novos reforços é o próximo desafio e não parece exatamente muito fácil.

Melhor jogador: Nilmar
Quem também foi bem: Índio, Guiñazu e Alex
Quem foi mal: Marcão e Magrão
Mais utilizados: Índio e Marcão (17j)
Revelação: Taison
Artilheiro: Nilmar (10 gols)
Líder em assistências: Alex (4)

Técnicos: Abel Braga (4j), Guto Ferreira (interino – 1j) e Tite (14 jogos)
Negociados com o exterior: Sidnei (Benfica) e Fernandão (Al-Gharafa)
Melhor jogo: Internacional 2 x 0 São Paulo
Pior jogo: Ipatinga 1 x 0 Internacional

Aproveitamento em casa: 77%
Aproveitamento fora: 20%
Mais vitórias consecutivas: 2 (Coritiba e Goiás)
Mais derrotas consecutivas: 2 (Palmeiras e Flamengo) e (Ipatinga e Santos)
Mais jogos sem vencer: 4 (Palmeiras, Flamengo, Sport e Portuguesa)
Mais jogos sem perder: 7
Rodadas na liderança: nenhuma
Média de público: 3º (22.959)

Time base (4-3-2-1): Renan, Wellington Monteiro, Índio, Sorondo e Marcão; Edinho, Magrão e Guiñazu; Taison e Alex; Nilmar.

quinta-feira, 14 de agosto de 2008

Análise do primeiro turno: Grêmio, Cruzeiro, Palmeiras, São Paulo e Vitória

Para ler a entrevista exclusiva com Marcelo Teixeira, vá ao post abaixo


Grêmio (1º) – 41 pontos

Ninguém poderia imaginar, mas o Grêmio é líder após o fim do turno. Cotado no máximo para uma vaga na Copa Sul-Americana , o tricolor gaúcho mostrou-se batalhador, se organizou taticamente, revelou jogadores e tem tido uma consistência que, em pontos, só o Corinthians de 1999 atingiu ao fim de um turno. Há dez jogos sem perder, os gremistas estão na ponta há seis rodadas e não parecem capazes de largá-la tão cedo.

Melhor jogador: Victor
Quem também foi bem: Todos os titulares
Quem foi mal: Soares e Rudnei
Mais utilizado: Victor e Rafael Carioca (19j)
Revelação: Rafael Carioca
Artilheiros: Perea e Reinaldo (7 gols)
Líder em assistências: Paulo Sérgio (5 passes)

Técnico: só Celso Roth
Negociados com o exterior: Roger (FC Qatar) e Rodrigo Mendes (Al Sarja)
Melhor jogo: Grêmio 7 x 1 Figueirense
Pior jogo: Botafogo 2 x 0 Vasco

Aproveitamento em casa: 80%
Aproveitamento fora: 62%
Mais vitórias consecutivas: 4 (Coritiba, Vitória, Ipatinga e Atlético-MG)
Mais derrotas consecutivas: Nenhuma consecutiva
Mais jogos sem vencer: 3 (Internacional, Botafogo e Santos)
Mais jogos sem perder: 10, ainda em curso
Rodadas na liderança: 6
Média de público: 2º (29.114)

Time base (3-4-1-2): Victor, Léo, Pereira e Rever; Paulo Sérgio, William Magrão, Rafael Carioca e Anderson Pico (Helder); Tcheco; Perea e Marcel.

Cruzeiro (2º) - 36 pontos

Regularidade é a marca do Cruzeiro de Adílson Batista. Se muitos times costumam dizer que o bom é estar sempre próximo dos líderes, os cruzeirenses estão bem: em 19 rodadas, ficaram 18 delas dentro do grupo dos quatro primeiros. Mesmo com problemas – perdeu Marcelo Moreno, Wagner teve duas lesões e Ramires foi às Olimpíadas, Adílson mostra que o forte de sua equipe é o conjunto. E, também, o jogo agradável de se ver. Falta, agora, o assalto à ponta da tabela.

Melhor jogador: Wagner
Quem também foi bem: Fábio, T.Heleno, Fabrício e Guilherme
Quem foi mal: Bruno e Jonathas
Mais utilizado: Fábio e Wagner (19j)
Revelação: Jajá
Artilheiro: Guilherme (10 gols)
Líder em assistências: Wagner (4 passes)

Técnico: só Adílson Batista
Negociados com o exterior: Marcelo Moreno (Shakhtar) e Marcinho (Kashima Antlers)
Melhor jogo: Flamengo 1 x 2 Cruzeiro
Pior jogo: Cruzeiro 0 x 1 Goiás

Aproveitamento em casa: 83%
Aproveitamento fora: 40 %
Mais vitórias consecutivas: 4 (Fluminense, Náutico, Flamengo e Internacional)
Mais derrotas consecutivas: 2 (Grêmio e Goiás)
Mais jogos sem vencer: 2 (Grêmio e Goiás)
Mais jogos sem perder: 5
Rodadas na liderança: 2
Média de público: 6º (20.113)

Time base (4-3-1-2): Fábio, Marquinhos Paraná, Espinoza, Thiago Heleno e Jadílson; Fabrício, Charles e Ramires; Wagner; Guilherme e Rômulo (Weldon).

Palmeiras (3º) – 34 pontos

Embalado pelo título paulista, o Palmeiras demorou a entrar, de fato, com a cabeça no Campeonato Brasileiro. A falta de concentração em alguns momentos e a readaptação da equipe à realidade nacional fizeram com que, só nas últimas rodadas, o Verdão conseguisse se firmar entre os quatro primeiros colocados. Com Sandro Silva e Jumar na marcação, Valdívia e Leandro cresceram muito e puderam ajudar ainda mais à Alex Mineiro, o artilheiro da Série A. Agora, é hora de se firmar na briga pelo título e para isso é fundamental jogar melhor longe de casa, onde a equipe tem aproveitamento acima de 90%.

Melhor jogador: Alex Mineiro
Quem também foi bem: Marcos, Elder Granja, Leandro e Sandro Silva
Quem foi mal: Jéci, Jefferson, Diego Souza e Lenny
Mais utilizado: Marcos (19j)
Revelação: Sandro Silva
Artilheiro: Alex Mineiro (11 gols)
Líder em assistências: Leandro (5)

Técnico: só Vanderlei Luxemburgo
Negociados com o exterior: Diego Cavalieri (Liverpool) e Henrique (Barcelona)
Melhor jogo: Palmeiras 3 x 0 Vitória
Pior jogo: São Paulo 2 x 1 Palmeiras

Aproveitamento em casa: 92,5%
Aproveitamento fora: 30 %
Mais vitórias consecutivas: 3 (Cruzeiro, Vasco e Náutico) e (Flamengo, Ipatinga e Vitória)
Mais derrotas consecutivas: Nenhuma consecutiva
Mais jogos sem vencer: 3 (Atlético-MG, Figueirense e São Paulo)
Mais jogos sem perder: 5 (duas vezes)
Rodadas na liderança: nenhuma
Média de público: 11º (14.974)

Time base (4-2-2-2): Marcos, Elder Granja, Jéci (Gustavo), Gladstone e Leandro; Sandro Silva e Jumar; Diego Souza e Valdívia; Kléber e Alex Mineiro.

São Paulo (4º) – 33 pontos

A eliminação na Libertadores fez o São Paulo demorar a acordar para o Brasileiro, começando a vencer apenas na quinta rodada. Ainda que decolando na competição com uma longa série invicta, o atual bicampeão não conseguiu chegar próximo da liderança. O declínio de sua defesa é a maior explicação para o fato, ainda que o ataque não se apresente um mar de tranqüilidades. Muricy Ramalho precisará reencontrar o equilíbrio em um elenco que não é tão bom quanto o dos últimos dois anos. Ao menos por enquanto.

Melhor jogador: André Dias
Quem também foi bem: Jorge Wagner, Hugo, Hernanes e Dagoberto
Quem foi mal: Aloísio, Jancarlos e Juninho
Mais utilizado: Rogério Ceni (18j)
Revelação: Cazumba
Artilheiro: Hugo (7 gols)
Líder em assistências: Jorge Wagner (5)
Técnico: só Muricy Ramalho
Negociado com o exterior: Reasco (LDU Quito)
Melhor jogo: Flamengo 2 x 4 São Paulo
Pior jogo: Fluminense 3 x 1 São Paulo

Aproveitamento em casa: 83,3%
Aproveitamento fora: 37 %
Mais vitórias consecutivas: 3 (Atlético-MG, Flamengo e Sport) e (Palmeiras, Vitória e Botafogo)
Mais derrotas consecutivas: Nenhuma consecutiva
Mais jogos sem vencer: 4 (Grêmio, Atlético-PR, Coritiba e Santos)
Mais jogos sem perder: 8
Rodadas na liderança: nenhuma
Média de público: 12º (12.490)
Time base (4-4-2): Rogério Ceni, Zé Luís, André Dias, Rodrigo (Alex Silva ou Miranda) e Richarlyson; Joílson, Hernanes, Jorge Wagner e Hugo; Dagoberto e André Lima (Borges).

Vitória (5º) – 32 pontos

Ofensivo, corajoso e surpreendente. O Vitória, que raramente empatou – só duas vezes em 19 jogos – é a maior surpresa do turno. Quinto colocado, ainda revelou o ótimo Marquinhos, um dos melhores e talvez o melhor até agora – e a revelação, sem dúvida. Jogando muito pelos flancos e com a defesa alta, é velocidade pura e tem feito do Barradão uma arma mortal para seus adversários. Mesmo após perder jogos que esperava ganhar – como de São Paulo, Palmeiras e Grêmio – manteve o nível de resultados e de colocação.
Melhor jogador: Marquinhos
Quem também foi bem: Viáfara, Marcelo Cordeiro, Willians, Ramon e Dinei
Quem foi mal: Thiago Gomes e Rodrigão
Mais utilizado: Marquinhos (18j)
Revelação: Marquinhos
Artilheiro: Dinei (8 gols)
Líder em assistências: Marquinhos (6)

Técnico: só Vágner Mancini
Negociados com o exterior: Ninguém
Melhor jogo: Vitória 5 x 2 Botafogo
Pior jogo: Ipatinga 2 x 0 Vitória

Aproveitamento em casa: 80%
Aproveitamento fora: 29,6 %
Mais vitórias consecutivas: 4 (Internacional, Goiás, Portuguesa e Botafogo)
Mais derrotas consecutivas: 2 (Fluminense e São Paulo) e (Grêmio e Palmeiras)
Mais jogos sem vencer: 2 (Fluminense e São Paulo) e (Grêmio e Palmeiras)
Mais jogos sem perder: 6
Rodadas na liderança: nenhuma
Média de público: 7º (18.396)

Time base (4-2-3-1): Viáfara, Marco Aurélio, Leonardo Silva, Anderson Martins e Marcelo Cordeiro; Renan e Vanderson; Willians, Ramon e Marquinhos; Dinei.

Entrevista com Marcelo Teixeira


Presente na zona de rebaixamento do Campeonato Brasileiro desde a quinta rodada, o Santos Futebol Clube é todo desespero. Após tentativas frustradas com Cuca e Emerson Leão, a efetivação de Márcio Fernandes e o chamado à Serginho Chulapa para auxiliar técnico é o típico recurso de quem está com a corda no pescoço.

Não é só dentro de campo que o Santos vive essa situação. Após faturar valores na casa de 150 milhões de reais com a venda de uma geração premiada, o clube tem dívidas que não param de crescer e que são, na maioria dos casos, fruto de uma administração que não condiz com a era do profissionalismo no futebol.

O último balanço financeiro, referente ao ano passado, registra um déficit na casa dos R$ 33 milhões de reais, ainda superior aos números de 2006. Só neste ano, obrigatoriamente, o clube precisa pagar R$ 48 milhões referentes à empréstimos bancários. Em crise no futebol, é difícil tirar recursos de negociações, e jogadores como Kléber e Rodrigo Souto, supostamente os mais valorizados, não têm penetração no mercado europeu.

Em entrevista exclusiva para a edição de agosto da Revista Trivela, o presidente Marcelo Teixeira explica como o Santos chegou ao atual momento delicado, embora demonstre naturalidade e um suposto equilíbrio com relação à situação santista. O segundo turno no Campeonato Brasileiro pode agravar ainda mais a vida alvinegra.

Há três anos, o Santos via entrar em caixa valores na casa dos 150 milhões de reais em razão da venda de alguns jogadores como Robinho e Elano. Como, em tão pouco tempo, a situação santista atingiu o patamar atual?

Há um grande engano nestes períodos e nos números, pois não entraram em nosso caixa 150 milhões de reais há três anos atrás. Desde 2003, portanto há seis anos, temos tido o privilégio de utilizar bem a Lei Esportiva em vigência na hora de negociar atletas para garantirmos o retorno financeiro ao clube. Neste período, foram feitos muitos investimentos para mantermos a vanguarda e os projetos do clube.

O principal é verificarmos que destes investimentos alcançamos glórias, títulos e aumento patrimonial, o que prova a nossa capacidade e competência em aplicarmos corretamente estes recursos. Venha conhecer o moderno e sofisticado Centro de Treinamento Rei Pelé e seu Complexo Modesto Roma, o Hotel cinco estrelas Recanto Alvinegro, o eficiente Centro de Treinamento Meninos da Vila, a reformada e maravilhosa Vila Belmiro e todos os seus modernos departamentos, o Memorial das Conquistas, um dos principais pontos turísticos da cidade, do estado e do país.

Seria questionável ou reprovável se todos os investimentos destes anos fossem desperdiçados ou mal aplicados, mas provamos pelos excelentes atletas que defenderam nossas cores, pelos títulos e pelas obras e avanços de nossa estrutura que acertamos nas decisões. Caso contrário, não seríamos citados como modelo de gestão e vitoriosos nas urnas em eleições com nossos associados, com uma margem impressionante de 70% de preferência do quadro associativo.

Em relação ao último balanço (2006), as dívidas santistas aumentaram bastante, os resultados em campo não vêm sendo bons e o patrimônio social, também, é cada dia mais baixo. Como a direção vê esse quadro, bastante preocupante?

É muito interessante este assunto. Só analisam um período, quando planejamos investimentos nas mais diversas áreas que nitidamente alcançaram sucessos - quer no setor patrimonial, com obras e aquisições em equipamentos, aperfeiçoamento de nossos profissionais e conquistas de títulos com as equipes de futebol profissional e de base.

Os resultados em campo foram ótimos, com o bicampeonato paulista, que não conquistávamos desde 1984, o vice-campeonato brasileiro e semifinalista da Libertadores de América. A direção está consciente e organizada em suas ações pretendendo manter a política de novos investimentos para mantermos equipes fortes e competitivas para bem representar o clube nas competições para orgulho e honra de nosso torcedor.

Se quisermos recuperar os valores financeiros temos ativos suficientes em nosso elenco que a qualquer instante podem ser transacionados para obtermos novos recursos equacionando as dívidas do clube. O importante é que estamos seguindo rigorosamente os nossos planos, temos nossas contas em dia, todos os impostos e dívidas passadas quitadas ou em fase de liquidação com a Timemania com planos ambiciosos que estão sendo concretizados para os próximos anos.

Segundo também o balanço de 2007, o Santos tem empréstimos a serem pagos com valores na casa dos 41 milhões de reais. Como a direção pretende resolver esse problema?

São empréstimos naturais de um planejamento financeiro, uma vez que não são dívidas de curto prazo. Podem ser amortizadas com uma simples venda de um atleta ou encerrada com as próprias receitas em médio prazo. Neste ano, resolvemos programar ações que estão resultando em economias sem a perda da qualidade do trabalho.

Qual avaliação a direção santista faz especificamente do legado deixado pelo Vanderlei Luxemburgo após dois anos à frente do comando técnico do clube?

Um excelente trabalho, com dois títulos paulistas, duas classificações à Taça Libertadores, um vice-campeonato brasileiro e ainda por um gol não fomos à final do principal torneio continental no ano passado. Apenas não negociamos atletas para melhorar nosso balanço financeiro.

Dia a dia, a média de público santista vem caindo bastante. No último Campeonato Brasileiro, o Santos ficou atrás de praticamente todas as equipes da Série A. Como a direção enxerga essa situação?

Isso é fruto da situação econômica do país. Quando jogamos fora de casa os estádios lotam, sempre foi uma característica de nossa torcida, mesmo nos tempos de ouro da década de 60 e da nova geração de Meninos da Vila neste novo milênio. Temos relatórios e pesquisas que atestam que somos líderes em pacotes de jogos por pay-per-view e televisão fechada, que comprovam o perfil de nosso torcedor. Manteremos as ações para atrair a torcida para a presença no estádio.

A aproximação da Traffic neste momento, em que a situação financeira é bastante delicada, é a única saída para manter uma equipe de alto nível vestindo a camisa do Santos?

Não, porque já temos uma equipe competitiva. Nossos investimentos são feitos internamente no clube e, em breve, teremos novas safras de jogadores oriundos das nossas equipes de base, que melhorarão e qualificarão nosso elenco. A aproximação com a Traffic é muito salutar, porque o J. Havilla é um homem sério, vitorioso e capaz de desenvolver um trabalho de apoio para os clubes, como tem feito com várias entidades no país. Pretendemos manter novas conversações para, quando surgir oportunidades de negócios de interesse entre as partes, concluirmos favoravelmente para o engrandecimento do futebol brasileiro.

- Leia mais sobre o assunto na edição de agosto da Revista Trivela

quarta-feira, 13 de agosto de 2008

O ONZE IDEAL DO PRIMEIRO TURNO

O baiano Marquinhos: o mais decisivo e a revelação do primeiro turno


Victor (Grêmio): Presença indiscutível, o discreto goleiro comandou o desempenho excelente da defesa gremista. Atuou em todos os 19 jogos e só sofreu gol em nove deles, mantendo a média de 0,63 gol sofrido por partida. Uma grata surpresa.

Paulo Sérgio (Grêmio): Não é exatamente a posição onde há bons nomes em abundância. Elder Granja, Léo Moura e Patrício fazem um bom torneio, mas melhor premiar o regular Paulo Sérgio, do líder Grêmio. Além de atuar em 17 jogos, Paulo fez um importante gol contra o Cruzeiro e ainda entregou cinco assistências precisas para gol.

André Dias (São Paulo): Conhecido como o patinho feio entre os sempre bons zagueiros tricolores, André assumiu o protagonismo neste primeiro turno. Foi muito bem, especialmente em jogos-chave, como contra Palmeiras e Flamengo. Fez valer a indicação e atuou em 15 jogos.

Thiago Heleno (Cruzeiro): Notável o amadurecimento deste ainda jovem defensor do Cruzeiro. Em uma posição concorrida, Thiago recebe também a indicação por jogar, quase sempre, por ele e pelo atabalhoado companheiro Espinoza. É o líder da retaguarda celeste e esteve em 17 jogos do turno.

Juan (Flamengo): A disputa com Leandro é dura, mas o flamenguista leva vantagem pelo brilho individual em vários momentos do turno. No início arrebatador do Fla ou nos momentos difíceis, manteve o nível dentro do possível. Esteve em 18 jogos, fez dois gols e ainda deu seis assistências de bandeja.

Fabrício (Cruzeiro): Técnico e regular, o ex-corintiano está cada vez mais maduro na Toca. Até capitão da equipe em alguns momentos, cresceu com Adílson Batista e supriu bem as ausências de companheiros como Ramires e Wagner no meio-campo. Jogou em 16 jogos e ainda colaborou com um par de gols e assistências.

Rafael Carioca (Grêmio): Ladrão de bolas, técnico, discreto e inteligente, Rafael é titular absoluto na equipe de Celso Roth desde o início da competição – e até por isso leva vantagem sobre William Magrão. Revelação do trabalho de base gremista, vai pouco à frente, mas tem uma qualidade que poucos especialistas ousam discutir. Regular, esteve nos 19 jogos.

Carlinhos Paraíba (Coritiba): Intenso, criativo e ótimo finalizador, o meia ex-Santa Cruz foi bem do início ao fim do turno, em que o Coxa disparou e terminou bem. Seja aberto pela esquerda, seja ao centro ou encostando em um único atacante, é referência com Dorival Júnior e uma grata surpresa – atuou em 16 jogos.

Wagner (Cruzeiro): O dono da camisa dez cruzeirense costuma fazer bons inícios e depois cair nas competições. Precisará, então, ter regularidade no returno. Na primeira metade do Brasileiro, porém, foi brilhante e chamou a bola em jogos difíceis, como a importante vitória longe de casa contra o Fluminense. Participou de 14 jogos, com três gols e quatro assistências.

Marquinhos (Vitória): Revelação e também o melhor jogador do turno. Assim define-se o ótimo meia-externo do Vitória, sempre levando ao terror os laterais adversários com verticalidade, irreverência e objetividade. Esteve em 18 jogos e com cinco gols e seis assistências, deu colaboração mais que direta para a grande campanha do rubro-negro.

Alex Mineiro (Palmeiras): Goleador do Brasileiro ao lado de Kléber Pereira, o palmeirense virou referência da equipe, prendendo a marcação e finalizando sempre de maneira precisa as chances que lhe oferecem. Só não disputou um jogo na competição, e definiu com seus gols as seguintes partidas: Internacional, Atlético-PR, Cruzeiro, Vasco, Náutico e Vitória, entre outros.

Celso Roth (Grêmio): O líder do Brasileiro tem o dedo de seu técnico, que já vinha bem no primeiro turno de 2007, com o Vasco. O objetivo agora é repetir o mesmo sucesso no returno, mas a montagem da equipe é mérito do gaúcho que tem companheiros de função em alta, como Dorival Júnior, Adílson Batista, Ney Franco e Vágner Mancini.

terça-feira, 12 de agosto de 2008

Inacreditável

Grêmio fecha o primeiro turno com aproveitamento recorde e vence seus fantasmas em uma temporada que tinha tudo para ser trágica


O mês de abril foi o mais turbulento no Olímpico desde que o Grêmio, em 2004, foi à segunda divisão nacional. Eliminado na Copa do Brasil e no Campeonato Gaúcho, na mesma semana, os gremistas que haviam se acostumado com grandes façanhas – como o vice da Libertadores de 2007 ou a terceira posição na Série A de 2006 – não admitiram ver seu tricolor naquela situação.

É inacreditável, como o grito épico do narrador gaúcho na Batalha dos Aflitos, mas o Grêmio terminou o primeiro turno na ponta. E com o melhor índice da história dos pontos corridos. A caminhada tricolor na competição já se iniciou com uma façanha. Em pleno Morumbi, com uma atuação rígida e compenetrada, o Grêmio bateu o São Paulo – mais atento à Libertadores - pelo placar mínimo. Desde então, esteve sempre na espreita da liderança, tomada do Flamengo na 14ªrodada após uma estrondosa goleada de 7 a 1 sobre o então entusiasmado Figueirense.

O futebol da equipe de Celso Roth não é impune às tradições do que exige a camisa preta, azul e branca do Grêmio. Muita marcação, dedicação defensiva e força física caracterizam o jogo da equipe de Roth, sempre armada com três zagueiros (Léo, Pereira e Réver), dois volantes (William Magrão e Rafael Carioca), dois alas (Paulo Sérgio e Anderson Pico ou Helder), um meia (antes Roger, hoje Tcheco) e dois atacantes (Marcel e Perea).

Assim, ainda que tenham o time mais faltoso da competição, os gremistas possuem a melhor defesa e o melhor ataque. A prova da lealdade, porém, vem com outro dado: só o tricolor, além do Santos, levou apenas um cartão vermelho – melhor marca do Brasileiro. Por falar em marcas, o Grêmio tem a segunda melhor média de público, só atrás do Flamengo, e continua fazendo suas vítimas no Olímpico.

O grande pilar desse Grêmio, entretanto, é o goleiro Victor. Contratado discretamente junto ao Paulista de Jundiaí no começo do ano, o sereno arqueiro se firmou e jamais perdeu a titularidade. Hoje, além de ser o melhor jogador da posição no Campeonato Brasileiro, é também o que tem a menor média de gols sofridos: apenas 0,63 por jogo. Presença constante nos 19 jogos do turno, Victor só sofreu gols na metade deles, índice que nenhum rival possui na competição.

Hoje, é justo se perguntar se esse Grêmio vai seguir nessa toada incrível. A última derrota foi em 9 de julho, contra o Botafogo, e são sete vitórias e três empates nos últimos dez jogos. É muito de quem se esperava tão pouco, dada a fase complicada, a pressão política, o ambiente interno conturbado e o elenco sem brilhos individuais. Famosos por suas façanhas, os gremistas caminham a passos largos para mais uma delas. Hoje, são cinco pontos de vantagem para o vice-líder. Domingo que vem, contra o São Paulo, o Olímpico estará fervendo.

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segunda-feira, 11 de agosto de 2008

Seleção da rodada - 19


SELEÇÃO DA RODADA

Victor (Grêmio)
Thiaguinho (Botafogo)
Jaílton (Flamengo)
André Dias (São Paulo)
Marcelo Cordeiro (Vitória)
William Magrão (Grêmio)
Túlio (Botafogo)
Ramon (Vitória)
Marlos (Coritiba)
Keirrison (Coritiba)
Jorge Henrique (Botafogo)

Tudo sobre o primeiro turno da Série A

Ao longo desta semana, o leitor deste blog acompanhará um resumo completo do que rolou no Campeonato Brasileiro. Além da seleção da 19ª rodada, logo mais, você confere:

- Um grande balanço com os desempenhos de cada um dos 20 clubes

- A somatória das seleções das rodadas

- Táticas impulsionam o crescimento de Coritiba e Botafogo

- Um especial sobre o Grêmio de Celso Roth

- As revelações que já surgiram

- Entrevistas especiais

sexta-feira, 8 de agosto de 2008

Jogo a jogo e seleção da rodada - 18


SELEÇÃO DA RODADA

Fábio (Cruzeiro)
Thiaguinho (Botafogo)
Gladstone (Palmeiras)
Leandro Almeida (Atlético-MG)
Juan (Flamengo)
Sandro Silva (Palmeiras)
Túlio (Botafogo)
Petkovic (Atlético-MG)
Valdívia (Palmeiras)
Washington (Fluminense)
Iarley (Goiás)

PALMEIRAS 3 x 0 VITÓRIA

Luxemburgo fez aquelas de suas boas mexidas. Deixou Valdívia solto, como segundo atacante, e recuou Evandro para ditar o jogo. O Vitória fez um grande jogo, mais uma vez, mas o Palmeiras deixou claro que mandava dentro do Parque Antártica. Lá, venceu oito de nove partidas feitas. Dessa vez, com Sandro Silva novamente jogando muito e a defesa mostrando melhoras em relação ao que havia feito, por exemplo, no clássico contra o São Paulo. Definitivamente, Vanderlei Luxemburgo e o Palmeiras entram na briga por título.

FIGUEIRENSE 1 x 2 BOTAFOGO

Fora de casa, Ney Franco não foi medroso e soltou o Botafogo para pressionar o inconstante Figueirense. E foi com Túlio, mais uma vez, que a vitória se construiu, em jogada de Jorge Henrique. No segundo tempo, já sem um jogador, foi a vez de Diguinho dar belo passe a Thiaguinho, que também ratificou sua grande fase. A diferença para o G-4, hoje, é de apenas dois pontos. E Ney já vê seu time seis posições acima em relação ao que assumiu.

CRUZEIRO 2 x 0 INTERNACIONAL

O Internacional é a equipe vaga-lume do Campeonato Brasileiro. Era natural perder no Mineirão, mas desperdiçar tantas chances de gol não é aceitável, ainda que se dê, claro, méritos para Fábio. Com seus desfalques, o Cruzeiro não cai de produção, voltou a vencer um adversário forte e somou o quarto êxito consecutivo. Hoje, só a Raposa pode tirar do Grêmio o mérito de campeão do primeiro turno. Jadílson e Guilherme foram outros pontos positivos dos cruzeirenses.

FLUMINENSE 3 x 1 SÃO PAULO

Faz algumas rodadas que Renato Gaúcho não conseguia montar bem uma equipe no Brasileiro. Com Tartá e Conca nas meias, Washington e Somália no ataque, e mais uma defesa quase completa, o Flu também foi determinado a vencer o São Paulo mais uma vez na temporada. Muricy Ramalho prendeu muito os meias, soltou pouco o time, e os são-paulinos fizeram um jogo crítico no Maracanã. Daqueles que nos faz pensar que não poderá brigar pelo tricampeonato. Éder foi um tormento para os visitantes, e por ali o Fluminense fez a festa, com três gols de Washington.

SANTOS 2 x 3 ATLÉTICO-MG

O primeiro tempo do Santos na Vila Belmiro foi fulminante. Maikon Leite fazia a festa em cima de César Prates pela ponta-direita e criou, pelo menos, cinco ocasiões nítidas de gol. A pontaria dos anfitriões, porém, estava péssima, e o Galo não se intimidou. Marcelo Oliveira reorganizou a marcação, prendeu Serginho como auxiliar no setor esquerdo da defesa e deu a bola a Petkovic.

Líder absoluto em assistências na Série A, o sérvio acrescentou dois números em sua galeria, chegando em oito passes perfeitos para gol. O garoto Raphael Aguiar saiu do banco e, no lugar do veterano Marques, pôs terror em mais uma noite da Vila Belmiro. Foi a segunda vitória de virada seguida do Atlético, que também determinou a demissão de Cuca - que, com o Botafogo, fez Geninho tomar a mesma atitude na Cidade do Galo.

Cuca sai do Peixe com só três vitórias em 14 jogos e deixa a equipe na mesma posição que recebeu - 18º. Na gangorra constante da competição, o Atlético está sete posições acima, um ponto atrás do Inter, e recebe o Grêmio no jogo que encerra o turno.

VASCO 0 x 2 CORITIBA

Outro jogo fora de casa, outro adversário em crise - e outra vitória por dois gols de diferença. O Coritiba levará seis pontos para o Couto Pereira após dois jogos longe de seus domínios. A mudança tática, a ser esclarecida em um post que vai ao ar amanhã, fez o Coxa ainda mais forte. E o time que só vencia em casa, agora, é perigo longe do Paraná. Keirrison segue em alta, se aproxima dos principais artilheiros e conta, ainda, com uma série de bons companheiros na interessante equipe do Coxa. O Vasco, novamente bagunçado e pouco afim de jogo, deposita suas chances de salvação em Tita, há tanto tempo longe da prancheta. Está a um ponto da degola.

GRÊMIO 1 x 0 IPATINGA

O Ipatinga fez um jogo razoável no Olímpico, mas não tem sido fácil superar Victor, que escapou ileso de nove dos 18 jogos já realizados no Brasileirão. O goleiro foi bem quando acionado, e Perea, na frente, mostrou que também é confiável. O Grêmio só melhora e Roth não pára de ganhar opções. Thiego e Felipe Mattioni são ótimas alternativas vindas da base, assim como Reinaldo, Souza e Orteman podem acrescentar vindo do banco. Já se cogita poupar titulares, no Mineirão, contra o Galo. E o sempre patético Wilson Souza de Mendonça, mais uma vez acionado, mais uma vez falhou.

GOIÁS 2 x 1 FLAMENGO

A onda de azar não pára de rondar a Gávea. Vandinho, esperança do ataque, deixou o gramado aos 7min do primeiro tempo. Veio Maxi, com quem o Flamengo conseguiu realizar boa partida no Serra Dourada, também em parte pela atuação inspirada de Juan. O Goiás de Hélio dos Anjos, porém, está cada vez mais arrumado, com Iarley e Romerito chamando a responsabilidade e tirando o clube de longe do rebaixamento - hoje, já são cinco pontos de distância. O Fla não pára de despencar e já é sétimo.

ATLÉTICO-PR 2 x 0 NÁUTICO

Foi apenas a segunda vitória do Furacão em nove jogos, mas já é um alento. Importante, ainda, em se tratar de um concorrente contra o rebaixamento. Anderson Aquino e Ferreira precisam jogar juntos e o interino Cleocir Santos, mesmo sem mexer tanto no time, conseguiu vencer. Também em queda livre vem o Náutico, que não vence desde o dia 9 de julho. Fora de casa, a situação é ainda pior: desde 18 de maio sem somar três pontos. Jogadores importantes como Felipe e Geraldo sumiram, enquanto Wellington está indo embora. Pintado deixou os Aflitos com cinco derrotas e um empate em seis jogos. Para piorar, Galatto esteve novamente inspirado na Arena da Baixada.

SPORT 2 x 0 PORTUGUESA

Julho havia sido o mês do Sport, que continua firme em agosto. São seis vitórias em dez jogos no período e, aos poucos, Nelsinho Baptista vai modificando a equipe que venceu a Copa do Brasil. Moacir conquistou espaço entre os volantes e Roger, antes apenas opção, virou titular absoluto no ataque e voltou a marcar. Francisco Alex, como meia-esquerda, também foi bem e deu assistência. A Lusa, na volta à Ilha do Retiro após 2006, foi mais cautelosa, mas voltou a perder longe do Canindé. Somar os pontos apenas dentro de casa não deve ser suficiente para a equipe de Espinosa.

quinta-feira, 7 de agosto de 2008

Aprende, Dunga


Tente imaginar Josué - ou Mineiro ou Gilberto Silva - fazendo o gol que Hernanes fez contra a Bélgica nesta quinta pela manhã. Impossível! O volante são-paulino começa a jogada na entrada da área e aparece, lá dentro, para finalizar. Ambidestro, ameaça chutar de direita, corta, e faz um golaço de canhota. Resolve o jogo para o Brasil.

O time olímpico, como já se imaginava, trará soluções para Dunga no principal. Hernanes, bastante maduro no São Paulo, tem tudo para fazer história com a verde-amarela. Com o gol desta manhã, deu uma força para Dunga. Que Anderson, Lucas, Ramires, Pato, Rafinha e Marcelo façam o mesmo.

Mais um passo ao rebaixamento


Leandro Machado deixou o Náutico na sexta posição, após a 11ªrodada. A direção alvirrubra estava insatisfeita pelas derrotas para o Palmeiras e o Flamengo, ambas fora de casa, e pilhou de vez com o insucesso no clássico com o Sport, nos Aflitos. Sete jogos já se passaram, seis deles com Pintado, e o Timbu, que não venceu desde então, já é íntimo do rebaixamento. O que era ruim, porém, ficou pior.

A saída do garoto Wellington, negociado com o Hoffenhein - onde já atua o ex-gremista Carlos Eduardo, deve trazer sérios problemas à linha de frente do Náutico. Um dos poucos a se salvar na campanha ruim do Campeonato Pernambucano, o centroavante de apenas 20 anos, no Brasileirão, manteve a ótima forma e fez cinco gols. Em toda a temporada, o ex-parceiro de Alexandre Pato no juvenil do Internacional, foi às redes em 19 oportunidades.

Segundo o confiável Blog do Torcedor, o Internacional - dono de Wellington - receberá R$ 5 milhões por 32% de seus direitos, dos quais o Náutico terá direito a 20%. Pode ser bom para os cofres, mas em campo, o prejuízo é indiscutível. O Timbu, que está demitindo Pintado, caminha para o rebaixamento em 2008.

quarta-feira, 6 de agosto de 2008

Bahia desencanta


Duas vitórias consecutivas e, enfim, três pontos conquistados no Jóia da Princesa. Assim, o Bahia ganhou fôlego ao bater a Ponte Preta, em casa por 2 a 1 - e de virada, chegou à sexta posição e mostrou melhoras na Série B. O resultado é ainda mais animador ao se analisar o momento da Macaca na competição - então invicta há seis partidas.

O time de Arturzinho, até aqui, vivia de quebrar invencibilidades expressivas na Série B - Corinthians e Avaí. Contra a Ponte, especialmente no segundo tempo, o panorama melhorou bastante. Bruno Lopes e Jones vieram bem do banco de reservas e mostraram ao treinador que, especialmente dentro de casa, é possível ousar mais, sair de trás, e peitar os oponentes.

As chegadas dos experientes Marcelo Ramos e Caio (ex-Coritiba, Flamengo, Paraná) deve dar mais "cancha" de Série B ao Bahia. É verdade que há equipes mais fortes, como Juventude, Ponte Preta e Avaí, mas o Tricolor de Aço pode, sim, avançar rumo ao acesso. Basta Arturzinho acreditar mais, como nesta terça-feira.


Foto: Futebolbaiano.net

terça-feira, 5 de agosto de 2008

O Botafogo não pára de subir


Oitava posição: o Botafogo, na 17ª rodada, chegou em sua melhor colocação desde a primeira jornada do atual Campeonato Brasileiro. Em sete jogos no clube, Ney Franco venceu quatro, empatou dois e só perdeu um, para o São Paulo no Morumbi, onde jogou melhor que os donos da casa. Antes ameaçado pelo rebaixamento, o Fogão fala em terminar o turno a três pontos do G-4 - hoje a distância é de cinco pontos.

A recuperação do moral e da confiança são os pontos principais do trabalho do treinador mineiro. O time desmotivado de Geninho deu lugar a um Botafogo corajoso, intenso e com objetivos sempre definidos em cada partida. Maduro após passagens boas por Flamengo e Atlético Paranaense, Ney parece pronto para um grande trabalho em Caio Martins.

Em pouco tempo em General Severiano, Ney tem variado entre dois sistemas táticos: o 4-3-1-2, o mais habitual, e o 4-2-3-1, utilizado em momentos esporádicos. Na arrumação da equipe, o treinador tem sabido aproveitar bem o legado de Cuca, que tinha jogadores versáteis. Casos de Zé Carlos, Leandro Guerreiro, Jorge Henrique e Túlio, por exemplo. A chegada de Gil e Carlos Alberto oferece ainda mais argumentos na hora de montar o time.

Com alta velocidade, o Botafogo se impõe mesmo contra adversários fortes, como Flamengo e São Paulo, por exemplo. Pensar em G-4, a julgar pela força de outros concorrentes, ainda parece cedo para 2008. O atual oitavo lugar é digno e bastante positivo, mas o Fogão quer subir ainda mais.

segunda-feira, 4 de agosto de 2008

Seleções da rodada - 16 e 17


SELEÇÃO DA RODADA #17

Rogério Ceni (São Paulo)
Elder Granja (Palmeiras)
Thiago Heleno (Cruzeiro)
Sorondo (Internacional)
Júlio César (Goiás)
William Magrão (Grêmio)
Túlio (Botafogo)
Valdívia (Palmeiras)
Romerito (Goiás)
Nilmar (Internacional)
Keirrison (Coritiba)

SELEÇÃO DA RODADA #16

Wilson (Figueirense)
Wagner Diniz (Vasco)
Marcelo (Santos)
Fabiano Eller (Santos)
Leandro (Palmeiras)
Túlio (Botafogo)
Sandro Silva (Palmeiras)
Marquinhos (Vitória)
Wagner (Cruzeiro)
Guilherme (Cruzeiro)
Jonas (Portuguesa)

sábado, 2 de agosto de 2008

Comerciais antigos

Se você gosta de propagandas antigas e que precisam ser sempre resgatadas, visite o "Porque somos animais". Lá, minha queridíssima Juliana Loreto traz comerciais que você podia não lembrar, mas que provavelmente nunca esqueceu.

Ficou na dúvida? Entra lá, ué :)

Os quatro gols de Túlio Maravilha na sexta-feira


As cenas de Túlio prometendo gols às vésperas grandes jogos, nos anos 90, estão na memória do futebol como algumas das situações mais saborosas do esporte que, é quase unânime, ficou mais chato, mais profissional. Túlio tem 40 anos e, hoje, é o grande artilheiro da Série B e do futebol brasileiro.

Nesta sexta-feira, em sua casa, o Serra Dourada, foi às redes quatro vezes pelo Vila Nova contra o Marília. Com a marca expressiva, disparou na artilharia isolada da Série B e tomou a frente dos concorrentes pelo posto de maior goleador do ano.

Números:

- Segundo as contas de Túlio, são agora 842 gols na carreira
- Artilheiro da Série C em 2002 e 2007
- Artilheiro do Campeonato Estadual do Rio em 1994, 1995 e 2005
- Artilheiro do Campeonato Goiano em 1991, 2001 e 2008
- Pela Seleção Brasileira, tem 16 gols em 15 jogos
- Artilheiro do Campeonato Brasileiro em 1989, 1994 e 1995
- Gols em 2008: 29
- Gols na Série B: 15

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