quinta-feira, 19 de março de 2009

Confortável na guerra


A forma com que o Sport tem vencido seus adversários na Ilha do Retiro, com imposição física, técnica, territorial e psicológica, vai reforçando uma postura desnecessária e que promete se triplicar para o confronto com o Palmeiras. Não se fala de outra coisa em Recife, não se fala de outra coisa em São Paulo, a não ser o confronto entre os dois clubes na Libertadores.

Guilherme Beltrão, dirigente do Sport, inflamou o espírito de rivalidade que tem sido característico de uma parcela de pernambucanos com clubes do eixo Rio-SP. A idéia de que a Libertadores se vence na raça só ajuda a reforçar o clima de guerra que o clube rubro-negra insinua criar para o duelo com o Palmeiras que, a bem da verdade, sequer se manifestou com relação à atmosfera que a partida terá.

O experiente e competitivo time do Sport tem condições totais de bater o Palmeiras na bola. Sem arbitragem, sem briga, sem clima de guerra. Basta a apaixonada nação do Leão lotar a Ilha e a equipe de Nelsinho jogar o que sabe.

Mas a direção - é possível falar no geral, pois nenhum dirigente rebateu o que disse Guilherme Beltrão - parece se sentir mais confortável no cenário de guerra.

3 comentários:

Blog do Carlão - Futebol disse...

Vale lembrar do retrospecto recente do confronto: nos últimos 6 jogos, três em cada estádio, foram 5 vitórias do Leão e um empate.

Tiago Azevedo de Aguiar disse...

Caro Dassler.

Eu acredito que cada um puxa a sardinha para o seu lado, e discordo um pouco de sua vista sobre o caso.

Em primeiro lugar, este clima de guerra se iniciou na Copa do Brasil, quando Luxemburgo afirmou à imprensa que a comida do Hotel 5 estrelas havia sido sabotada.

Quando da final da Copa do Brasil, Luxemburgo repetiu a afirmação. Posteriormente, quando o Palmeiras perdeu para os reservas do Sport na Ilha do Retiro por 2x0, houveram mais declarações infelizes de Luxemburgo.

Não devemos nos esquecer, por exemplo, do fatídico jogo entre Sport e Flamengo, quando em lance resultante em gol, se marcou um tiro de meta (a bola não chegou a 2m da linha de fundo). Ou quando do Brasileiro, nos anos 90, quando o time envolvido em brigas deveria perder os pontos das partidas - o Palmeiras brigou, não perdeu os pontos, e passou de fase no brasileirão no mata mata em lugar do Sport.

Ou mesmo 87.

Então, em espelho de aspectos históricos, é plausivel requerer juizes estrangeiros (tal como o Gremio fez em 2007 contra o Santos de Luxemburgo).

Outrossim, esta história de "clima de guerra" começou quando o Sport requisitou juizes estrangeiros.

A resposta de GB à WL é pautada por diversos fatos, e esta história de clima de guerra interessa a quem? A quem está estável, com 6 pontos, ou na lanterna, com 0?

O caso para mim é obvio, e o seu post me parece muito simpático ao lado errado da história.

Filipe Lima disse...

O que me parece é que o Sport está tentando, muito mais do que inflamar o clima do jogo, pressionar psicologicamente o Palmeiras.

Como se fosse necessário! O Palmeiras já tem pressão suficiente para esse jogo, pela situação na qual se encontra no jogo.

Agora, com todo respeito ao Tiago, trazer o tema do Brasileirão de 1987 para justificar o que fez o dirigente do Sport é tentar explicar tema A com assunto B, C, D...

Nesse tipo de discussão, não há "lado errado", nem "lado certo", porque há argumentos para os dois lados.

Abraços!