quinta-feira, 30 de agosto de 2007

Sete impressões do clássico


#1
A imagem não mente. Valdívia, principal referência técnica do Palmeiras, foi caçado em campo pelos são-paulinos, especialmente Alex Silva, que fez duas faltas muito bruscas e ainda acertou uma cotovelada nas costas do chileno. Leandro, useiro e veseiro em confusões em clássico - desde os tempos do Corinthians, acertou o joelho do palmeirense em outra jogada não coibida. Ainda há, além destas todas, o lance ilustrado na foto.


#2
Este blogueiro discorda da formação pouco corajosa de Caio Júnior no clássico. Não haveria motivos para mudar o time, sobretudo jogando em casa e precisando se impor sobre o adversário. A performance palmeirense no segundo tempo claramente comprova a tese.


#3
Atuação exuberante do volante Hernanes, um sujeito muito discreto, mas de enorme eficiência e em franca evolução. Breno é outro cada vez melhor.


#4
Mais uma vez ficou claro que Edmundo não rende jogando à frente, enfiado entre os zagueiros. Como comprovam os jogos fora de casa, o camisa 7 do Palmeiras cresce com a bola dominada, fora da área, onde tem visão de jogo acima da média. Já faz tempo que seu forte foi a finalização e o número de gols marcados.


#5
Partida taticamente bem interessante do São Paulo, que mais uma vez se fez valer de suas intermináveis variações. Mérito do treinador e também dos jogadores, que, conforme ficou claro após entrevista de Richarlyson nesta quinta, também têm concepção tática para enxergar o jogo.


#6
Lamentável o teatro de Bosco, com uma pedra, no intervalo de jogo. As imagens apresentadas nesta quinta-feira, por parte do Palmeiras, são passíveis de uma punição severa. As agressões que sofreu o goleiro reserva do São Paulo, por isso, acabam sendo automaticamente questionadas, o que pode ser um erro grande, mas é natural e compreensível.


#7
Soberbo o desempenho do São Paulo como visitante no Brasileiro. São apenas dois gols sofridos longe do Morumbi (Náutico e Cruzeiro). Em 45 minutos, na quarta-feira, o Corinthians levou três do Atlético Mineiro, apenas como base comparativa.

Imagem: Gazeta Press

2 comentários:

Anônimo disse...

Dassler, o Richarlyson está no segundo ano de Educação ´Física. Por isso sua visão tática e suas entrevistas são diferenciadas.

É raro e louvável um jogador de futebol preparar-se cedo para enfrentar a vida quando encerrar a carreira como jogador.

Anônimo disse...

O São Paulo é um time assustadoramente regular.

Assisti a esse jogo com dois amigos, um corintiano e um santista. Os dois, por razões óbvias, torcendo para o Palmeiras. Saiu o 1x0 e eu disse "acabou o jogo, não sai mais gol". E era o mais provável, mesmo. Tanto que foi o que aconteceu.

Méritos para o Muricy, que consegue fazer o time variar. Há momentos em que Richarlyson e Hernanes estão nas alas e Jorge Wagner e Souza juntos pelo meio. Impressiona a movimentação da equipe.