O Campeonato Espanhol teve um protagonista absoluto no primeiro turno: o Barcelona quebrou recordes, fez um caminhão de gols, sofreu quase nenhum e catapultou os problemas do Real Madrid, que não encontrou paz em nenhum momento. A classe média tradicionalmente composta por Valencia, Sevilla, Villarreal e Atlético de Madrid também marcou presença, ocupando as seis primeiras posições que dão vagas nas competições européias. Sem mais, vamos ao melhor do turno.
Para ler o resumo do primeiro turno da Ligue 1:
http://dassler.blogspot.com/2009/01/fins-de-turno-0205-ligue-1.html
Para ler o resumo do primeiro turno da Premier League:
http://dassler.blogspot.com/2008/12/fins-de-turno-0105-premier-league.html
Números do primeiro turno
Média de gols: 2,95
Melhor ataque: Barcelona, 59 gols
Melhor defesa: Barcelona, 13 gols
Pior ataque: Espanyol, 17 gols
Pior defesa: Sporting Gijón, 39 gols
Artilheiro: Samuel Eto’o, 18 gols
Seleção do primeiro turno
Valdés; Daniel Alves, Puyol, Albiol e Capdevilla; Gago e Xavi; Maxi Rodríguez e Messi; Eto’o e David Villa.
CLUBE A CLUBE
1-) Barcelona – 50 pontos em 19 jogos

Guardiola manteve a espinha dorsal deixada por Rijkaard e agrupou Daniel Alves e Keita, os dois principais novos reforços, de maneira competente. Xavi assumiu, de fato, a condição de grande líder, enquanto Messi segue brilhando intensamente. Eto’o, com 18 gols, tem média de um por jogo.
Assim, o incrível Barcelona enfiou seis no Atlético de Madrid, quatro no Valencia, três no Sevilla e ainda passou de maneira marcante contra o Villarreal, de virada no El Madrigal, e dominou o clássico contra o Real Madrid, completando a vitória no fim. Na Espanha, a questão é: quando o Barça levanta a taça?
Time-base (4-3-3): Valdés; Daniel Alves, Puyol, Márquez e Abidal; Touré; Xavi e Keita; Messi, Eto’o e Henry. Téc: Pep Guardiola
Colocação na última temporada: 3º
Objetivo: título
Mais utilizados: Valdés (19j)
Melhor jogador: Messi
Artilheiro: Eto’o – 18 gols
Melhor partida: Barcelona 6 x 1 Atlético de Madrid (6ª rodada)
Pior partida: Numancia 1 x 0 Barcelona (1ª rodada)
Jogo-chave no returno: 34ª rodada contra o Real Madrid, fora de casa
2-) Real Madrid – 38 pontos em 19 jogos

Juande Ramos, que assumiu o clube às vésperas do clássico com o Barcelona, perdeu na estréia, mas depois somou quatro vitórias seguidas, com Robben jogando seu melhor futebol desde 2004, e experimentou um clima um pouco mais ameno. As contratações de Huntelaar e Lassana Diarra ainda deram a sensação de poder que o Real tanto precisa para se sentir grande.
O título espanhol é completamente improvável, mas Juande Ramos ganha fôlego para trabalhar a equipe para enfrentar o Liverpool pela Liga dos Campeões, grande objetivo da temporada.
Time-base (4-4-2): Casillas; Sergio Ramos, Cannavaro, Pepe e Marcelo (Heinze); Van der Vaart, Gago, Guti e Robben; Raul e Higuaín. Técnicos: Bernd Schuter / Juande Ramos
Colocação na última temporada: 1º
Objetivo: título
Mais utilizados: Casillas (19j) e Van der Vaart e Raul (18j)
Melhor jogador: Higuaín
Artilheiro: Higuaín – 12 gols
Melhor partida: Mallorca 0 x 3 Real Madrid (18ª rodada)
Pior partida: Getafe 3 x 1 Real Madrid (1ª rodada)
Jogo-chave no returno: 34ª rodada contra o Barcelona, em casa
3-) Sevilla – 38 pontos em 19 jogos

Ao contrário dos últimos anos, a dupla Luís Fabiano-Kanouté não tem sido exatamente letal e Manolo Jiménez até adotou o 4-2-3-1, priorizando a presença de Renato como meia e fazendo dele o nome mais regular no primeiro turno. O vice-campeonato parece ser um resultado palpável ao Sevilla, mas o equilíbrio da classe-média na tabela fará com que a vaga na próxima Liga dos Campeões seja um sucesso.
Time-base (4-4-2): Palop; Fazio (Konko), Squillaci, Escudé e Navarro; Jesús Navas, Romaric, Renato e Capel (Adriano); Kanouté e Luís Fabiano. Téc: Manolo Jiménez
Colocação na última temporada: 5º
Objetivo: vaga na Liga dos Campeões
Mais utilizados: Romaric (19j) e Palop e Jesús Navas (18j)
Melhor jogador: Renato
Artilheiro: Renato – 6 gols
Melhor partida: Real Madrid 3 x 4 Sevilla (14ª rodada)
Pior partida: Sevilla 0 x 1 Málaga (8ª rodada)
Jogo-chave no returno: 32ª rodada contra o Barcelona, fora de casa
4-) Valencia – 34 pontos em 19 jogos

A recuperação imposta por Unai Emery passa, primeiramente, por retomar a forma ofensiva de atuar e a boa utilização dos flancos do campo, com Mata se afirmando como um jogador de muito bom nível pela esquerda e Joaquin apresentando seu melhor futebol em três ou quatro temporadas. À frente, o Valencia contou, mais uma vez, com a média de gols implacável de David Villa, autor de 15 em 19 partidas.
Para uma temporada em que o objetivo era voltar a ocupar o primeiro terço da tabela, o Valencia pode se dar por satisfeito onde está. Brigar pelo título é uma utopia, mas jogar a próxima Liga dos Campeões seria excelente.
Time-base (4-2-3-1): Renan; Miguel, Albiol, Alexis e Moretti; Albelda e Baraja; Joaquin, Manuel Fernandes e Mata; David Villa.
Colocação na última temporada: 10º
Objetivo: vaga ma Copa da Uefa
Mais utilizados: Manuel Fernandes, Mata e Villa (19j)
Melhor jogador: David Villa
Artilheiro: David Villa – 15 gols
Melhor partida: Valencia 3 x 1 Atlético de Madrid (17ª rodada)
Pior partida: Barcelona 4 x 0 Valencia (14ª rodada)
Jogo-chave no returno: 37ª rodada contra o Villarreal, fora de casa
5-) Villarreal – 33 pontos em 19 jogos

Com um elenco amplo, Manuel Pellegrini até conseguiu conciliar a Liga com as outras competições, especialmente a Liga dos Campeões, mas faltou um pouco mais de vibração à sua equipe, principalmente em jogos decisivos. Em um campeonato disputadíssimo do segundo ao sexto colocado, o desempenho em confrontos diretos é essencial.
Outro defeito do Villarreal é sentir a falta de jogadores de primeira classe. Embora seja um conjunto regular e muito bom, a ausência de um craque prejudica. Rossi, com só oito gols, foi o artilheiro do time nos primeiros 19 jogos. Contudo, não se engane: o Submarino Amarelo deve brigar por vaga à Liga dos Campeões.
Time-base (4-2-2-2 espanhol): Diego López; Angel, Gonzalo Rodríguez, Godín e Capdevilla; Eguren e Marcos Senna; Pires e Cazorla; Rossi e Llorente. Téc: Manuel Pellegrini
Colocação na última temporada: 2º
Objetivo: vaga na Liga dos Campeões
Mais utilizados: Cazorla e Diego López (19j)
Melhor jogador: Joan Capdevilla
Artilheiro: Giuseppe Rossi – 8 gols
Melhor partida: Athletic Bilbao 1 x 4 Villarreal (9ª rodada)
Pior partida: Villarreal 0 x 3 Valladolid (12ª rodada)
Jogo-chave no returno: 37ª rodada contra o Valencia, em casa
6-) Atlético de Madrid – 31 pontos em 19 jogos

Muito disse se deve às boas fases dos quatro jogadores mais ofensivos: juntos, Maxi, Simão, Agüero e Forlán fizeram 31 dos 42 gols rojiblancos no Espanhol. Essa, ao contrário do Villarreal, é uma característica do Atlético, que possui em Agüero um atacante que já merece a alcunha de classe mundial.
Uma dose melhor de organização e tranqüilidade é essencial para o Atlético entrar novamente nas quatro primeiras posições. Potencial técnico, para isso, não falta.
Time-base (4-2-2-2 espanhol): Leo Franco; Heitinga, Perea, Ujfalusi e Pernía; Paulo Assunção e Maniche; Maxi Rodríguez e Simão; Forlán e Agüero. Téc: Javier Aguirre
Colocação na última temporada: 4º
Objetivo: vaga na Liga dos Campeões
Mais utilizados: Raul Garcia e Agüero (18j)
Melhor jogador: Agüero
Artilheiro: Forlán – 12 gols
Melhor partida: Villarreal 4 x 4 Atlético de Madrid (8ª rodada)
Pior partida: Barcelona 6 x 1 Atlético de Madrid (8ª rodada)
Jogo-chave no returno: 26ª rodada contra o Real Madrid, fora de casa
3 comentários:
Barcelona sobra na Espanha. É o título ganho da Europa, até aqui. Além do mais, a folga na Liga Espanhola pode ajudar na preparação pra Champions, onde a equipe é uma das favoritas, na minha concepção.
Só uma pergunta:
Afinal, o Llorente joga no Bilbao ou no Villareal?
Vi que vc o colocou no time-base do Submarino, mas fazem umas duas semanas que li na coluna de Espanha da Trivela que ele tem sido um dos destaques da campanha do Bilbao...
Por acaso tem dois Llorentes em La Liga?
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