Não foi só Jorge Fossati, como observou Paulo Vinícius Coelho em seu blog, que tratou de ressaltar a qualidade na proposta de jogo de várias equipes sul-americanas subestimadas pelos brasileiros em geral. Mano Menezes, depois de vencer na nervosa estreia corintiana na Libertadores, fez questão de frisar que muitos desses times que atacam pouco e marcam muito também são perigosos. Mais que isso, foi correto em destacar que não se deve criticar essa estratégia e que o objetivo sempre é impor o estilo de jogo dos times brasileiros sobre os seus adversários.
E é aí que, nesta rodada de meio de semana, ficou evidente que os times brasileiros têm dificuldades. Se atentando a Internacional, Cruzeiro e Corinthians, todos tiveram grandes problemas em abrir as defesas adversárias, alargar o jogo de uma lateral até a outra e manter o adversário em sua trincheira até achar a vantagem no placar.
O Inter de Fossati, por mais que muitas vezes use os zagueiros das beiradas (Bolívar e Danilo Silva) para arrastar a bola até o meio e empurrar os alas (Nei e Kléber), não foi competente nessa proposta. Pareceu excessiva a manutenção do 3-4-2-1 como desenho tático em mais de dois terços da partida, período em que o Emelec, dobrando a marcação nos lados e vigiando bem Giuliano, controlou o Inter com facilidade. Só mesmo com Walter, Taison e Andrezinho em campo, passando a um 4-2-3-1, é que o Colorado foi competente e envolveu os disciplinados equatorianos. Trocou passes rápidos e inteligentes e, ainda que o gol da vitória tenha saído em uma jogada por dentro, deixou a lição de que o técnico uruguaio poderia ter alterado o panorama muito antes.
A vitória por 4 a 1 também não pode deixar o torcedor cruzeirense desenganado. O time de Adílson Batista, com Roger como elo de ligação no já costumeiro 4-3-1-2, foi totalmente controlado pela marcação chilena até o pênalti, a expulsão e o segundo gol. Espertos, os colocolinos exploraram as costas de Jonathan o tempo todo, exigindo a cobertura nada confiável de Leonardo Silva e principalmente Thiago Heleno. Roger não esteve bem em seu primeiro teste como titular, mas dá pinta de interessante uma formação com ele e Gilberto, à esquerda do meio-campo, juntos. Saída para um time mais criativo.
Mais um a ser vítima de uma atuação pouco criativa foi o Corinthians, que ao menos venceu, o que é fundamental quando se trata de Libertadores e a explosiva mistura do torneio com os corintianos. Foi correta a tentativa por Defederico entre os titulares, mas a bola pouco passou pelo meio na etapa inicial. Bem marcado, nervoso e errando muitos passes, os jogadores brasileiros entraram fácil no jogo uruguaio. Só mesmo a inversão no posicionamento de Ronaldo e Elias, ligados por um toque magistral de Tcheco, em um raro momento em que os visitantes avançaram sua linha defensiva, para abrir um buraco e conceder um gol para o Timão.
No segundo tempo, Mano apostou em Souza como o homem que brigaria com os zagueiros para os espaços sobrarem a Ronaldo. Foi justamente o camisa 9 que, retornando mais uma vez ao meio, iniciou a jogada para Elias, que entrou rápido por dentro da defesa e bateu. Mas, ainda assim, foi um Corinthians com dificuldade em encontrar os espaços pelos lados e lento demais na marcação lá na frente.
Em suma, os brasileiros venceram, mas um estilo de jogo não se sobressaiu exatamente sobre os rivais, como indicou Mano.
No segundo tempo, Mano apostou em Souza como o homem que brigaria com os zagueiros para os espaços sobrarem a Ronaldo. Foi justamente o camisa 9 que, retornando mais uma vez ao meio, iniciou a jogada para Elias, que entrou rápido por dentro da defesa e bateu. Mas, ainda assim, foi um Corinthians com dificuldade em encontrar os espaços pelos lados e lento demais na marcação lá na frente.
Em suma, os brasileiros venceram, mas um estilo de jogo não se sobressaiu exatamente sobre os rivais, como indicou Mano.
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