sexta-feira, 9 de abril de 2010

Ele está imune


A improvável derrota do Grêmio diante do Pelotas não pode encobrir a grande reviravolta que Silas deu em seu irregular início de trabalho na Azenha. O treinador revisou alguns conceitos na montagem do time, superou várias enfermidades, bateu o pé em convicções como a ida de Mário Fernandes para a zaga e encontrou algumas soluções que não esperava. A principal delas atende pelo nome de Maylson.

Sempre visto com pouca atenção no ambiente gremista, Maylson foi lançado ainda por Mano Menezes, na reta final do Campeonato Brasileiro de 2007. Passou dois anos praticamente no anonimato, sempre com poucas chances. No caso dele, a seleção brasileira júnior foi fundamental: no Sul-Americano e no Mundial Sub-20, respectivamente como campeão e vice, o volante sempre mostrou qualidades. Em especial a marcação firme e a vocação para se deslocar à frente.

Em cima dessas características é que Maylson virou essencial ao Grêmio, no Campeonato Gaúcho e na Copa do Brasil. Ferdinando e Adílson protegem a defesa, Douglas organiza mais avançado à esquerda e ele cobre os dois setores: marca como volante, ajuda a armar como meia e finaliza como atacante. São impressionantes nove gols em 2010, sendo oito nos últimos dez jogos.

Azar de jogadores com grife, como Fábio Rochemback, Hugo, Leandro e Souza, lesionado. Hoje, se o Grêmio funciona, e venceu 18 dos 21 jogos no ano, muito se deve ao garoto Maylson, imune à eliminação na Taça Fábio Koff.

Um comentário:

Stefano Bozza disse...

O futebol é ingrato...
Silas começou mal, vencendo sofrido, sempre de virada. mas o título do turno traqnuilizou as coisas. Agora, caso perca o estadual, pode acreditar que virá muita pressão.