sexta-feira, 27 de novembro de 2009

Milan e Inter, quem confia?



O Milan de Leonardo não deixou de ser um time brilhante, capaz de chegar a três finais de Liga dos Campeões em um intervalo de quatro anos, como fez com Carlo Ancelotti. Deixou é de ser regular: ao mesmo tempo que bate o Real Madrid no Santiago Bernabéu, sofre dentro de casa contra um esforçado Olympique ou mesmo um também esforçado Cagliari.

Não é correto exigir mais do novo Milan, que perdeu demais e não repôs em nada. Depender dos gols de Borriello ou da genialidade de Ronaldinho Gaúcho não significa ser constante e a equipe ainda sente o amargo do mercado, quando não investiu para trazer Luís Fabiano ou Dzeko, e ficou com Huntelaar.

Em Appiano Gentile, o tão competente José Mourinho não é capaz de fazer a Internazionale se sentir confiante para os jogos internacionais. A equipe que empilha vitórias na Serie A há pelo menos três temporadas não tem personalidade nenhuma para enfrentar os rivais: o jogo final contra o Rubin Kazan é vencer ou vencer, como em Kiev há duas rodadas. É verdade que o problema parece psicológico, mas há tempo para mudar tudo tão rapidamente e brigar pelo título? Difícil.

Nesse cenário, melhor para a Fiorentina, o grande italiano desta LC, com 12 pontos em cinco jogos no grupo do Liverpool e do Lyon. Um palpite? Mais uma temporada sem um clube da Bota entre os quatro da Europa.

Um comentário:

Filipe Nunes disse...

Dassler, desculpa, mas discordo que o problema da Inter seja psicológico. Essa pode ser também uma explicação.

Porém, a proposta de se impor com muito combate, poucos espaços pro adversário, abrindo mão de posse de bola e até criatividade (levando em conta a ausência do Sneyder) já me confirmou uma tendência do comando de Mourinho. Já até comentei isso por aqui.

Se a proposta era marcar, o exemplo a ser seguido deveria ser o Rubin Kazan. Mourinho só esqueceu de contra-atacar.

O engraçado é que na equipe dele estão sempre "os melhores do mundo", mas contra um Barça, mesmo sem Messi e Ibrahimovic, ele assumiu a inferioridade técnica do seus jogadores.