sexta-feira, 13 de novembro de 2009

O talento e a irresponsabilidade do jogador brasileiro


O último clássico de Madri, no sábado, teve quatro jogadores brasileiros em campo: além de Kaká e Pepe, jogaram Marcelo, do Real, e Cléber Santana, do Atlético. Os últimos dois são o assunto do post - o jogo teve vitória merengue, como de praxe, por 3 a 2.

Marcelo e Cléber são os retratos da má formação do jogador brasileiro, que naturalmente tem um talento que não se compara a praticamente nenhuma outra escola, mas uma irresponsabilidade tática que muitas vezes também vem de berço.

Cléber Santana, escalado como volante ao lado do bastante móvel Raul Garcia, tinha a missão de iniciar o jogo colchonero. No Santos, ele havia deixado claro que rende melhor quando escalado mais à frente, dada a potência de seu chute. Responsável pela saída de bola, mostrou suas armas aos 4 minutos de jogo. Quis sair driblando na frente da área e perdeu a bola para Lass Diarra. Caído, viu Kaká finalizar e marcar o gol. Ao longo de toda a partida, a irresponsabilidade de Cléber Santana para um jogo seguro foi gritante, errando passes fáceis e passando bolas na fogueira.

Marcelo é um capítulo a parte. Escalado no meio-campo, deu show no primeiro tempo e fez até gol de pé direito. Após a expulsão de Sergio Ramos, outro jogador taticamente irresponsável e indolente, Manuel Pellegrini reorganizou a defesa com Arbeloa na direita e Marcelo na esquerda. O técnico ainda reforçou a marcação com Gago à frente da área, mas pouco adiantou.

Mais uma vez, o brasileiro mostrou que não serve para uma formação defensiva com quatro jogadores e cansou de levar bolas nas costas - uma delas deu origem a gol do Atlético. Cabe lembrar que o brasileiro foi responsável direto pela derrota para o Sevilla, a única do Real no Espanhol, falhando nos dois gols sevillistas.

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