sábado, 28 de fevereiro de 2009

Isso é jornalismo?


As duas capas do Lance: acima, do dia 14, e abaixo, desta sexta, dia 27.

A capa do Diário Lance (ok, vamos como eles gostam: Lance!) do último dia 14 de fevereiro trazia Fred na capa. A reportagem, com caráter de exclusiva, afirmava que o jogador assinaria o contrato com o Fluminense no mesmo dia. Para atrair o leitor, ainda tinha a chamada: "Saiba quando ele se apresenta ao Flu".

Nesta sexta-feira, dia 27, parece que Fred foi, enfim, confirmado como jogador do Fluminense. "Vai assinar pré-contrato", dizem as notícias. A capa do próprio Lance (vamos lá, Lance!) desta sexta diz: "Livre para o Flu". Mas oras, ele já não estava contratado? Eu, leitor, não comprei o jornal para saber quando ele seria apresentado? Me sinto enganado.

A pressa por cometer grandes furos tem sido cada vez mais comum no jornalismo esportivo.

Durante um jogo na penúltima semana - não me lembro qual, mas foi à noite - o Sportv interrompeu a transmissão para confirmar (!) a venda de Alex, do Inter, ao futebol russo. Na manhã do dia seguinte, Marcelo Barreto e o pessoal do Redação Sportv ainda não sabia se o negócio fora fechado e estava visivelmente constrangido. Acabou sendo mesmo fechado, mas no dia seguinte. Dois dias após o tal jogo.

A Folha de São Paulo, por sua vez, garantiu que Bruno Senna estará na Fórmula 1 em 2009. Na manhã do mesmo dia, assessores do piloto desmentiam o acerto que, até aqui, duas ou três semanas depois, não se confirmou.

Está faltando responsabilidade...

sexta-feira, 27 de fevereiro de 2009

O incrível Cleiton


Cleiton Xavier jogou 10 partidas com o Palmeiras, nas quais o time anotou 29 gols. Cinco desses foram do camisa 10, que ainda entregou incríveis oito assistências perfeitas. Isso o faz participar, na prática, de 13 dos 29 gols - quase metade!

Tem se falado, claro e com justiça, sobre Keirrison. Mas o desempenho de Cleiton Xavier, que bate na bola com estilo e precisão, é soberbo nesse início de temporada palmeirense. Há de se aguardar grandes adversários ao longo da temporada, mas Cleiton tem sido incrível. Especialmente nas assistências.

ASSISTÊNCIAS DE CLEITON XAVIER

Libertadores - Qualif de ida - 5 x 1 Real Potosí - gol de Keirrison
Libertadores - Qualif de ida - 5 x 1Real Potosí - gol de Diego Souza
Libertadores - Qualif de ida - 5 x 1Real Potosí - gol de Edmílson
Paulista - 6ª rodada - 4 x 1 Santos - gol de Lenny
Libertadores - 1ª rodada - 2 x 3 LDU Quito - gol de Edmílson
Paulista - 9ª rodada - 2 x 2 Portuguesa - gol de Keirrison
Paulista -10ª rodada - 4 x 3 São Caetano - gol de Edmílson
Paulista -10ª rodada - 4 x 3 São Caetano - gol de Diego Souza

quinta-feira, 26 de fevereiro de 2009

Banho alvinegro


O Botafogo não jogou com três volantes nem no nefando 3-6-1 que algumas pessoas gostam de citar. Foram três zagueiros, com o garoto Wellington atuando como um veterano do lado esquerdo, e Alessandro e Thiaguinho, os alas, marcando lá na frente. Leandro Guerreiro grudou em Conca, Fahel em Thiago Neves. Léo Silva saía para o jogo e, em alta velocidade, Maicosuel e Reinaldo formaram uma dupla de atacantes. Com essa tática - 3-4-1-2 - o time de Ney Franco compactou o jogo no largo Maracanã. E venceu com enorme justiça a semifinal contra o Fluminense.

Para sair desse ferrolho, especialmente no segundo tempo, quando o Botafogo recuou para matar o jogo no contra-ataque, o Fluminense precisava de organização, disposição e variações. Não teve nada disso. Leandro Amaral é um rascunho do que foi em 2007, Conca sumiu em campo e Thiago Neves buscou resolver tudo sozinho. O desenho de meio-campo em quadrado, sem jogadas pelas faixas, facilitou a vida botafoguense.

Se Cuca e René Simões não reverterem o quadro na base do treinamento, é o Botafogo quem pode levar a melhor no tira-teima do Campeonato Carioca de 2009.

O Grêmio venceu


O placar de 0 a 0, na noite de quarta-feira no Olímpico, não indica um empate. Foi um massacre gremista sobre a Universidad do Chile que o futebol não mostrava há muito tempo - ao menos em que o placar terminasse inalterado. O Grêmio avançava, rodava a bola em frente da área chilena, fazia Jadílson e Ruy armarem e driblarem até a linha de fundo, insinuava com a grande atuação de Souza e parava tudo com os bloqueios de Adílson Warken.

Confundir o empate gremista com o do São Paulo na última semana, contra o Independiente de Medellín, é um erro, diga-se.

Não faltou imaginação, não faltaram jogadas tramadas, ensaiadas. Pelo chão, pelo alto. Pela direita ou pela esquerda. Ou por dentro. O Grêmio do 0 a 0 empolgou pela produção. Só faltou o gol, claro. Mas em um grupo tão fraco e com uma camisa tão pesada, os gremistas vão passar fácil. É só jogar como na vitória de ontem.

quarta-feira, 25 de fevereiro de 2009

Libertadores - Grêmio


A apresentação dos brasileiros para a Copa Libertadores

GRÊMIO

Grupo 7: Grêmio, Aurora (BOL), Boyacá Chicó (COL) e Universidad do Chile

Se em 2007 o Grêmio foi até a decisão com uma equipe tecnicamente limitada, como não prever outra grande campanha pelas boas contratações feitas no início de temporada? Os gremistas já têm uma capacidade de investimento bem maior em relação a dois anos, e agiram bem, principalmente, para dar opções ofensivas a Celso Roth. Maxi López e Herrera podem formar uma dupla 100% argentina, mas ainda há Alex Mineiro e Jonas, que retornou bem após empréstimo. A zaga segue firme e as opções para as duas alas são razoáveis.

O trio que efetivamente compõe o meio-campo, porém, é que demanda ajustes. Os motores de 2008, Rafael Carioca e Willian Magrão, não fazem parte do rol de opções de Roth, que tende a efetivar Adílson Warken na primeira função e aproveitar a boa fase de Souza mais à frente para recuar Tcheco. Em um setor tão vital, deve demorar um pouco para as coisas se encaixarem, mas o grupo bastante acessível é o principal trunfo dos gremistas para ir se ajustando.

Com bons valores à disposição, a grande tarefa de Roth - que tenta uma boa campanha na Libertadores desde 2001, com o Palmeiras - é manter o espírito de conjunto e de grande desempenho em copas que tem a camisa gremista. Embora não possa ser colocado no mesmo grau de favoritismo de equipes como São Paulo e Boca, quem pode duvidar do Grêmio?

Craque: Tcheco
Treinador: Celso Roth

Esquema tático: 3-4-1-2
Time base: Victor; Léo, Réver e Rafael Marques; Ruy, Adílson Warken, Tcheco e Fábio Santos; Souza; Alex Mineiro (Maxi López) e Jonas (Herrera).

Objetivo: semifinal

terça-feira, 24 de fevereiro de 2009

Mourinho x Ferguson


Internazionale e Manchester United lideram os dois campeonatos, hoje, mais fortes da Europa. E lideram com uma folga que lhes permite brigar com afinco por outro grande objetivo: o título europeu. Não bastasse tudo isso, o principal confronto de logo mais pela Liga dos Campeões coloca frente a frente Alex Ferguson e José Mourinho, dois dos treinadores de mais alta reputação no futebol.

A reedição da rivalidade Mourinho e Ferguson remete aos tempos do português em Stamford Bridge, mas há uma vitória ainda mais marcante: a eliminação mancuniana, em pleno Old Trafford, que iniciou a caminhada do Porto ao título da LC 03/04. Depois, no Chelsea, Mourinho ampliou seu baile sobre o veterano e vitorioso escocês. Pode se dizer que o momento dos Blues era bem superior aos dos Red Devils, mas o trabalho dos treinadores está intimamente ligado à forma das equipes.

Hoje, Ferguson tem um time ligeiramente superior ao de Mourinho. O atual campeão europeu conseguiu ficar ainda mais forte com Berbatov no ataque e Rafael na lateral-direita, embora o jovem brasileiro possa ser preservado por um confronto de proporções tão grandes. A Inter abandonou o 4-3-3 e com ele o jogo mais envolvente, retomando o esquema de força que era característica do time de Roberto Mancini. A expectativa de algo diferente reside nos pés de Ibrahimovic, que tem nova oportunidade de convencer nos gramados continentais.

Mas, no confronto entre Inter e Manchester, as atenções estarão divididas entre o que acontece dentro de campo e na beira do gramado.

Veja os confrontos Mourinho x Ferguson:
(em azul, as vitórias do português; em vermelho, do escocês)

Champions 03/04: Porto 2 x 1 Manchester United
Champions 03/04: Manchester United 1 x 1 Porto
P.League 04/05: Chelsea 1 x 0 Manchester United
P.League 04/05: Manchester United 1 x 3 Chelsea
Copa da Liga 04/05: Chelsea 0 x 0 Manchester United
Copa da Liga 04/05: Manchester United 1 x 2 Chelsea
P.League 05/06: Manchester United 1 x 0 Chelsea
P.League 05/06: Chelsea 3 x 0 Manchester United
P.League 06/07: Manchester United 1 x 1 Chelsea
P.League 06/07: Chelsea 0 x 0 Manchester United
FA Cup 06/07: Chelsea 1 x 0 Manchester United
Community Shield 07: Chelsea 1 x 1 Manchester United (nos pênaltis, 3 a 1 para o United)

segunda-feira, 23 de fevereiro de 2009

Os sobreviventes


A inexplicável venda de Alex por míseros 5 milhões de euros ao mediano Spartak de Moscou tornou ainda mais distante o título mundial conquistado em 2006. Agora, apenas o jurássico Clemer e o zagueirão Índio permanecem no Beira-Rio. Além deles, Léo - revelado pelo Guarani -, ainda tem contrato vigente com o Colorado e aguarda propostas. Veja para onde foram os campeões mundiais:

1-) Clemer - segue no Inter
2-) Ceará - Paris Saint Germain-FRA
3-) Índio - segue no Inter
4-) Fabiano Eller - Santos
5-) Wellington Monteiro - Fluminense
6-) Hidalgo - Deportivo Táchira-VEN
7-) Alex - Spartak de Moscou
8-) Edinho - Lecce
9-) Fernandão - Al Gharafa-CAT
10-) Iarley - Goiás
11-) Alexandre Pato - Milan-ITA
12-) Renan - Valencia-ESP
13-) Ediglê - Portuguesa
14-) Fabinho - Fluminense
15-) Rubens Cardoso - Bahia
16-) Adriano Gabiru - sem clube
17-) Vargas - Boca Juniors
18-) Luiz Adriano - Shakhtar-UCR
19-) Léo - time B do Inter
20-) Perdigão - Joinville
21-) Élder Granja - sem clube
22-) Marcelo Boeck - Marítimo-POR
23-) Michel - Criciúma

domingo, 22 de fevereiro de 2009

Semanário e Brasil de Pelotas

Os textos na semana pré-Carnaval:

No Olheiros - Investidores como Traffic e modernização do futebol mudam perfil do Olheiro - http://www.olheiros.net/artigo.aspx?id=1036

Na Trivela - Kléber Leite volta à frente do Flamengo em momento ruim, como nos anos 90 -
http://www.trivela.com/Futebol.aspx?secao=17

Especial no Terra:

sábado, 21 de fevereiro de 2009

E o Manchester United sofreu gol


Uma bola perdida por Nani no meio-campo abriu o caminho para o contra-ataque do Blackburn e, com o drible de Santa Cruz em Kuszczak e a conclusão perfeita, enfim o Manchester United sofreu gols.

A seqüência que ficou marcada na história registra 14 jogos sem ser vazado pelo Campeonato Inglês. Ainda assim, os Red Devils venceram e caminham para o tricampeonato. Van der Sar, porém, não jogou, o que preserva a sua marca pessoal.

O desafio agora passa por se aproximar do que o Chelsea, campeão com Mourinho e Cech em 2004/05, que sofreu 15 gols em 38 jogos. Hoje, em 26, o United sofreu só 11.

sexta-feira, 20 de fevereiro de 2009

Kléber e as tentações


Há algumas tentações na história da última quinta-feira no Mineirão e dos minutos em que Kléber esteve em campo. A maior delas é descer a lenha no debutante, que fez uma dobradinha e depois levou o cartão vermelho. Houve momentos de 2008 em que o atacante perdeu a cabeça, o caráter, e merecia críticas - como na cotovelada em André Dias ou na agressão a Alceu em Palmeiras e Náutico.

Não é o caso do jogo contra os Estudiantes: Kléber foi ingênuo em sua comemoração, se deixou levar pela contagiante atmosfera do confronto, e tomou um amarelo que, convenhamos, foi ridículo. Na chegada em Verón, foi mais ríspido - ou impulsivo, como sempre é - que desleal. Kléber também caiu na tentação que se apresentou e foi de novo para o chuveiro - em 2008, foram 3 vermelhos e mais 17 amarelos em 46 jogos. Dar cartão a ele, que ficou marcado por seu próprio comportamento, é mais uma tentação da arbitragem.

No último ano, Kléber provou ser o atacante dos grandes jogos, normalmente ao contrário de Alex Mineiro, que fez 37 gols, contra 12 do Gladiador. Mas foi, na final contra a Ponte Preta, no jogo marcante contra o São Paulo em Ribeirão Preto, e na reta final do último Brasileiro, que Kléber desencantou. Contra o Estudiantes, sua estréia, provou de novo ser o jogador dos confrontos importantes. Esquecer disso e criticá-lo é uma tentação.

Não devem ser esquecidas as grandes atuações de Fernandinho - como joga desde o fim do último ano! -, e de Fabrício, que tanta falta fez ao Cruzeiro no returno. Lideranças discretas, donos de duas pernas canhotas acima da média, os dois foram, ao lado de Kléber, os nomes da vitória cruzeirense. Convincente, acima de tudo.

quinta-feira, 19 de fevereiro de 2009

Libertadores - Cruzeiro


A apresentação dos brasileiros para a Copa Libertadores

CRUZEIRO

Grupo 5: Cruzeiro, Estudiantes, Deportivo Quito e Universitario de Sucre

Em 2008, um time jovem, envolvente e que entusiasmava. Para a atual edição, uma equipe que parece pronta para brigar pelo título. Esse é o Cruzeiro, que mantém boa parte de seus titulares, Adílson Batista, e fez contratações pontuais para dar mais peso ao elenco. Favorito a vencer o grupo 5, apesar do Estudiantes, vem crescendo e ainda não perdeu pontos na temporada pelo Campeonato Mineiro.

Liderados por Ramires, que marcou quatro gols em quatro jogos na temporada, e atua como meia ao lado de Wagner, os cruzeirenses ainda têm soluções como o experimentado goleiro Fábio e o dominador Fabrício à frente da zaga. Anderson, para apoiar a juventude de Thiago Heleno no miolo de defesa, e Kléber, que tem a cara da Libertadores, foram negócios certeiros na Toca da Raposa.

Bons resultados na primeira fase serão fundamentais para a equipe que, no último Campeonato Brasileiro, perdeu espaço na tabela em razão da falta de força nos confrontos diretos. Vencer dois jogos na altitude será fundamental para o Cruzeiro, que terá sua grande prova de força quando encontrar grandes pela frente. Talento a equipe tem, só falta uma constância que parece crescer na Toca da Raposa.

Craque: Ramires
Treinador: Adílson Batista

Esquema tático: 4-2-2-2
Time base: Fábio; Jonathan, Anderson (Léo Fortunato), Thiago Heleno e Fernandinho; Fabrício e Marquinhos Paraná; Wagner e Ramires; Thiago Ribeiro (Wellington Paulista) e Kléber.

Objetivo: título
Última Libertadores: caiu nas oitavas

Link: Entrevista com Ramires e apresentação no Terra Esportes

quarta-feira, 18 de fevereiro de 2009

Libertadores - São Paulo


A apresentação dos brasileiros para a Copa Libertadores

SÃO PAULO

Grupo 4: São Paulo, Independiente de Medellín, América de Cali e Defensor Sporting

Não bastasse ter o melhor técnico do país e o tricampeonato brasileiro, o São Paulo mostrou que não está satisfeito. Quer voltar a vencer a Copa Libertadores, torneio que produz sensações diferentes em cada torcedor são-paulino. A atmosfera vista no Morumbi para as disputas continentais raramente se fazem presente em outras competições e nenhum clube brasileiro tem essa cancha tricolor.

Para enfrentar a segunda chave mais dura do torneio, a direção são-paulina intensificou os esforços por jogadores experientes. Do Fluminense, vieram três vice-campeões de 2008: Washington, Arouca e Júnior César, todos com potencial para vestir a camisa titular. Muricy Ramalho, que perdeu a decisão de 2006 e desde então não passou das oitavas, também não esconde que a disputa da Libertadores é seu maior objetivo, destacadamente.

Ao contrário do último ano, quando buscou jogadores de nome e fez contratos curtos, o São Paulo agrupou valores que, embora tenham seu brilho, se somarão a um elenco homogêneo e sem estrelas. Mas com craque: Hernanes, que veste a dez, parece pronto para assumir a condição de levar o São Paulo até as fases mais agudas da Libertadores de 2009.

Craque: Hernanes
Treinador: Muricy Ramalho

Esquema tático: 3-1-4-2
Time base: Rogério Ceni; Rodrigo, André Dias e Miranda; Jean; Zé Luís, Hernanes, Hugo (Arouca) e Jorge Wagner; Borges e Washington

Objetivo: título
Última Libertadores: caiu nas oitavas

Libertadores - Sport


A apresentação dos brasileiros para a Copa Libertadores

SPORT

Grupo 1: Palmeiras, LDU Quito, Sport e Colo-Colo

Se passaram 21 anos desde a participação do Sport na Libertadores e o clube fez uma preparação na medida para 2009. Sem loucuras, com aproveitando uma boa base do ano passado, repondo boas perdas e fazendo contratações boas, dentro das possibilidades. Não fosse o grupo difícil, dava para cravar que o experiente elenco rubro-negro tem chances razoáveis de avançar.

Ter que deixar para trás duas das equipes mais tradicionais da competição, além do atual campeão, passa pelo desempenho na Ilha do Retiro. Se repetir o efeito que os jogos em casa trouxeram na Copa do Brasil, o Sport pode brigar por classificação. Hoje, não está entre os favoritos de sua chave.

No papel, pode ajudar a força e a experiência do elenco, que tem uma consistência defensiva acima da média e um time copeiro. Para fazer gols, Nelsinho tem boas opções e pode até propor um revezamento entre seus homens de frente, para achar as opções ideais. Prova disso é a campanha segura e invicta no Campeonato Pernambucano, um bom início de temporada.

Craque: Paulo Baier
Treinador: Nelsinho Baptista

Esquema tático: 3-4-1-2
Time base: Magrão; Igor, César e Durval; Moacir, Hamilton, Sandro Goiano (Andrade) e Dutra; Paulo Baier; Weldon (Vandinho) e Ciro (Guto).

Objetivo: quartas
Última Libertadores: não jogou

terça-feira, 17 de fevereiro de 2009

Libertadores - Palmeiras


A apresentação dos brasileiros para a Copa Libertadores

PALMEIRAS

Grupo 1: Palmeiras, Colo-Colo, Sport e LDU Quito

As suspeitas sobre o Palmeiras-09 eram lícitas, mas o aproveitamento de 100% na temporada, ainda que sem contra tantos bons adversários, é uma atenuante para Luxemburgo. Aspirações maiores já sobrevoam o Parque Antártica, e provavelmente o treinador palmeirense já pensa diferente do início do ano, quando disse que a equipe não estava entre os mais fortes do continente.

As chegadas instantâneas de Keirrison e Edmílson causaram um impacto positivamente acima da média e rapidamente Luxemburgo agrupou todos os seus jogadores de uma forma taticamente ideal, com proteção à defesa e criatividade do meio para a frente. O símbolo desse equilíbrio é Cleiton Xavier, que auxilia Pierre como volante e pensa o time.

Se não faltar maturidade - como faltou ao Cruzeiro em 2008 -, e a chave ajudar, o Palmeiras pode ir longe e quem sabe, pensar efetivamente em título. Por ora, ainda é justo aguardar mais em jogos competitivos, como contra São Paulo, Boca Juniors e Chivas, três concorrentes sempre muito fortes. Ainda assim, as desconfianças do início do ano se diluíram. E com justiça.

Craque: Keirrison
Treinador: Vanderlei Luxemburgo

Esquema tático: 3-4-2-1
Time base: Marcos; Maurício Ramos, Edmílson e Danilo; Fabinho Capixaba, Pierre, Cleiton Xavier e Armero; Willians e Diego Souza; Keirrison.

Objetivo: título
Última Libertadores: não jogou

Carro sem motor


William Magrão e Rafael Carioca foram considerados, ao lado do goleiro Victor, os principais responsáveis pela consistente campanha do Grêmio no primeiro turno do último Brasileiro. A excelente pontuação obtida no período proporcionou o vice-campeonato nacional, e os dois jovens volantes mantiveram a forma ao longo da temporada.

Hoje, Celso Roth já não conta mais com eles, e pode ter dificuldades em encontrar bons substitutos. Rafael Carioca foi negociado com o Spartak de Moscou, mas acreditava-se que a manutenção de William Magrão fosse suficiente para, com uma ou outra opção, preservar a qualidade na cabeça da área, mas o esguio meio-campista teve seu joelho afetado por uma lesão. Vai parar por seis meses.

Para piorar a situação de Roth, o único volante contratado é Diogo, ex-Figueirense. Embora tenha provado ser um bom valor no Orlando Scarpelli, o reforço ainda não se encontrou no Estádio Olímpico e não é a solução. Os rodados Orteman e Makelele poderiam oferecer outra característica, mas também não convencem completamente.

A princípio, Celso Roth deve apostar no recuo de Tcheco, o que parece mais lógico. Jogaria ao lado de Adílson Warken, que vai reconquistando o espaço que um dia já se imaginou poder ter, e quem sabe pode justificar as comparações com Lucas Leiva. Ou do apenas voluntarioso, Maylson voltou valorizado do Sul-Americano Sub-20 e deve ser testado.

Ainda assim, hoje, o Grêmio é um bom carro. Mas não tem motores.

Indicação

O amigo e jornalista baiano Marcus Alves, colunista de África da Trivela, editor do Olheiros, e colaborador de diversas outras publicações, voltou a blogar. Vale muito a pena ficar de olho!

Clique AQUI e visite o blog do Marcus

segunda-feira, 16 de fevereiro de 2009

Sem preparo


Túlio, mais uma vez em sua carreira, foi expulso em um momento de tensão. Como no Brasileiro de 2007, contra o São Paulo, quando chutou Leandro. Como no jogo em La Plata, contra o Estudiantes, pela Sul-Americana do ano passado. Bom jogador tecnicamente, Túlio confunde raça com ignorância, burrice. Também mostrou seu despreparo no "jogo do chororô".

Mais lamentável que seu destempero, apenas a hipocrisia nos comentários pós-jogo. Mário Gobbi preferiu atribuir a culpa à André Dias, que provocou Túlio, mas não agrediu. Mano Menezes ressaltou uma eventual interferência externa na decisão da arbitragem, que agiu com correção e mandou o agressor para o chuveiro.

No futebol, ainda, infelizmente, vale qualquer coisa pela vitória. Só não vale é apontar os próprios erros.

São Paulo e Corinthians x Inter e Milan


Dois grandes clássicos marcaram o domingo. Os duelos que dão título ao post foram simultâneos, mas graças ao videocassete foi possível vê-los. O estereótipo de jogo truncado não foi visto em Milão, enquanto o Morumbi, curiosamente, assistiu ao inverso.

Pelo Paulista, a infeliz opção de Mano Menezes, admitida por ele próprio, deu ao São Paulo – sem Miranda, Zé Luís, Hernanes, Borges e Washington - , o controle da partida. A bola não parava no ataque corintiano, graças à opção por Morais e Jorge Henrique como homens mais avançados. Sem Túlio, expulso, o domínio são-paulino se ampliou, com Arouca e principalmente Richarlyson tendo espaço para jogar. Júnior César, pelo corredor esquerdo, exigiu o melhor de Elias, preso à cobertura. Mas era o clássico – de novo – sem coragem.

O segundo tempo teve mais equilíbrio, com Mano Menezes reposicionando melhor a equipe, mas com o São Paulo, com Hernanes e Dagoberto, mais forte, criativo e ofensivo. Deu mais jogo, e o empate soou como justo. Até por que para vencer é preciso ousadia, o que não se viu tanto no Morumbi – sobretudo nas opções iniciais dos dois treinadores.

Já no futebol italiano, os oito pontos a mais da Internazionale não indicaram uma superioridade no San Siro. A bem da verdade, o Milan de Ancelotti foi quem teve mais domínio, posse de bola, e chances de perigo. A Inter, ao estilo cínico, se fechava e oferecia contragolpes para Adriano e Ibrahimovic, sempre superiores a Maldini e Kaladze, e respaldados por Muntari e Maicon como válvulas de escape. Dessa forma, os nerazzurri impuseram sua proposta com mais competência.

Cabe destacar ainda o que defendeu Júlio César, o homem do jogo. Pressionado e exigido em vários momentos, o goleiro da seleção brasileira foi soberbo, contendo investidas perigosas de Pato, o melhor que vestiu rossonero. Em duelo individual contra Pippo Inzaghi, que pôs fogo no jogo, Júlio fez a defesa que valeu três pontos, e uma passada a mais na frente pela corrida do scudetto.

domingo, 15 de fevereiro de 2009

Semanário

Textos indicados da semana:

No Olheiros - O talentoso Ciro exige do Sport uma dedicação diferente, mas que vem dando resultados - http://www.olheiros.net/artigo.aspx?id=1024

Na Trivela - A boa vitória sobre a Itália novamente abafou a pressão sobre Dunga, que cresce nos momentos difíceis - http://www.trivela.com/Futebol.aspx?secao=17

Especiais no Terra:

Fundos de investimento, como a Traffic, alteram o perfil do olheiro no futebol

Chefe de olheiros, Darío Pereyra não quer voltar a treinar

Olheiros preferem investidores a um grande clube

Meio-campista, Adriano Correia tenta brilhar na seleção como lateral

Entrevista exclusiva com José Henrique Coelho, ex-vice de marketing do Vasco

AACD


Já se passaram 45 dias do ano e o Corinthians não tem um patrocinador de camisa, o que deve ocorrer nos próximos dias, com a reeleição de Andrés Sanchez, consolidada neste sábado. Enquanto isso, a idéia de estampar a AACD - Associação de Assistência à Criança e ao Adolescente é - na camisa para o clássico deste domingo é mais que louvável. A iniciativa, aliás, partiu de Ronaldo.

A imagem acima é publicidade da AACD veiculada neste sábado, para São Paulo, no diário Lance!

Por sinal, a tal "sacada publicitária" foi genial.

sábado, 14 de fevereiro de 2009

Mano nos clássicos


Um clássico importante sugere uma semana de trabalhos específicos, jogadas ensaiadas, fundamentos repetidos e a organização tática para impedir qualquer vacilo e eliminar toda possível chance de derrota. Mano Menezes sabe disso e, provavelmente, terá um Corinthians diferente para enfrentar o São Paulo, no domingo, no Morumbi.

Contra o Mogi Mirim, na quarta, Mano voltou a armar uma defesa com três zagueiros após 10 meses - a última vez havia sido contra o Noroeste, na última rodada do Paulista. Postou Chicão, William e Escudero, soltando os alas Diogo e André Santos, prendendo Fabinho como o único meio-campista marcador. Na prática, um 3-1-4-2 igual ao de Muricy Ramalho, sugerindo um embate tático espelhado para o domingo contra os são-paulinos.

Mano, assim, mostra que clássico merece atenção a mais, um detalhe diferente. Em sua trajetória - razoavelmente curta em clubes grandes - em grandes embates, o retrospecto não é lá muito positivo, mas ele só perdeu um Gre-Nal, por exemplo. Inclusive, é importante frisar que o atual técnico corintiano, na maioria das vezes, esteve do lado mais frágil, com elencos modestos.
Agora, se não tem um time mais forte que o tricampeão brasileiro, ao menos pode medir forças de igual pra igual.

MANO MENEZES NOS CLÁSSICOS - 2v / 4e / 3d


2006 - Campeonato Gaúcho - Grêmio 0 x 0 Internacional
2006 - Campeonato Gaúcho - Internacional 1 x 1 Grêmio (foi campeão Gaúcho)
2006 - Campeonato Brasileiro - Internacional 0 x 0 Grêmio
2006 - Campeonato Brasileiro - Grêmio 0 x 1 Internacional

2007 - Campeonato Brasileiro - Internacional 0 x 2 Grêmio
2007 - Campeonato Brasileiro - Grêmio 1 x 0 Internacional

2008 - Campeonato Paulista - São Paulo 0 x 0 Corinthians
2008 - Campeonato Paulista - Corinthians 0 x 1 Palmeiras
2008 - Campeonato Paulista - Santos 2 x 1 Corinthians

quinta-feira, 12 de fevereiro de 2009

Feliz aniversário


Márcio Fernandes completou seis meses como treinador do Santos nesta quinta-feira. Mas não fez seis meses e um dia. Após a melancólica derrota para o Marília, lanterna do Paulista, Márcio entregou o cargo. Foram 27 jogos à frente do clube no período: 10 vitórias, oito empates, nove derrotas. O aproveitamento, de 46,9%, definitivamente não é bom. E o que aconteceu neste início de 2009, serve como lição para o Santos e principalmente ao próprio Márcio.

Para o Santos, serve pois livrar uma equipe do rebaixamento é bem diferente de construir uma temporada vencedora. Márcio Fernandes, ao vencer só um dos sete jogos finais de 2008, provou que talvez tivesse dificuldades para atingir objetivos maiores. E sem qualquer respaldo forte da direção, foi mantido no clube, sem muita convicção, para este ano. Bastou o primeiro jogo sem vitória em 2009 - o empate com o Mirassol, com falha de Fábio Costa -, para as cornetas soarem.

Para Márcio, fica a lição de que os passos devem ser um de cada vez. De bom treinador do time sub-20 a vencedor de títulos com o profissional - e é isso que a exigente torcida santista quer -, há uma diferença gigantesca. Márcio Fernandes teria feito bem em retomar seu papel de iniciante e trabalhar, com paciência, em um clube em que tivesse respaldo. E um elenco em que pudesse se impor.

A cena de Roni, deixando o campo para ser substituído no jogo desta quinta, mostra bem a falta de espírito. Mesmo perdendo, o veterano se mostrava preocupado em transparecer sua insatisfação pela troca, como se fosse Romário ou Ronaldo, e não Roni. O mesmo que deixou Flamengo, Atlético Mineiro e Cruzeiro com um histórico problemático. Em um grupo de "cobras criadas", Márcio Fernandes foi apenas mais um.

Joga com o nome



O Everton, de Liverpool, provavelmente não sabe, mas poderia montar um time só com jogadores brasileiros que são seu xará. Ou, ainda, o Everton do Uruguai, do Chile, ou os três da Argentina.

Um dos nomes em voga no Brasil, prova ainda a criatividade inesgotável do brasileiro, que o escreve das mais diferentes maneiras.

O escudo que ilustra o post, aliás, vem do http://www.distintivos.com.br/, do inesquecível amigo Luiz Fernando Bindi.

Veja o "time do Everton"

1-) Weverton - (Oeste, ex-Corinthians)
2-) Éverton Silva (Flamengo)
3-) Héverton (Grêmio)
4-) Éverton (Goiás, ex-Sport)
6-) Éverton Ribeiro (São Caetano)
5-) Éverton Giovanella (ex-Celta de Vigo)
8-) Héverton (Portuguesa)
10-) Éverton (Flamengo)
7-) Éverton (ex-Grêmio)
9-) Ewerthon (Zaragoza)
11-) Éverton Santos (Fluminense)

quarta-feira, 11 de fevereiro de 2009

Verdades e mentiras


Vanderlei Luxemburgo diz ver semelhanças entre o Palmeiras atual e o de 1996, mas é bom não insistir muito na comparação: o time comandado por Keirrison e Cleiton Xavier parece mesmo ter um futuro pródigo pela frente e brigará pelo título paulista, mas sua margem de progressão em relação à equipe dos 102 gols é limitada.

O time de 96, que jogava no 4-2-2-2, tinha nomes de enorme potencial, como Djalminha, Rivaldo, Müller, Luizão e Cafu. Atuava com a mesma velocidade e imposição física e técnica da atual equipe, com passagens dos dois laterais e uma busca obstinada pelo gol. Assim, construiu a marca de 102 no Campeonato Paulista, em que só perdeu um jogo, para o Guarani, com show de Dinei - ex-Corinthians.

O Palmeiras de 2009 joga com três zagueiros, quatro no meio, dois meias-atacantes e um centroavante, Keirrison. Tem feito bonito, como contra o Santos no domingo, mas não pode chegar ao nível de 1996. Luxa diz que os jogadores atuais, como os de doze anos atrás, são jovens e pouco conhecidos. O que é meia verdade.

Luizão e Djalminha vinham de uma campanha muito convincente no Guarani e eram, ao lado do lateral Júnior, as caras novas do time, mas já era possível cravar a afirmação deles no Parque Antártica. Amaral e Flávio Conceição já estavam no Palmeiras e iam bem, Rivaldo se solidificara como jogador selecionável três anos antes. Cléber e Velloso eram a certeza na defesa, enquanto Müller, no ataque, tinha três Copas do Mundo nas costas. Era um timaço!

A semelhança real entre as duas equipes é o que pode não animar muito os palmeirenses: a equipe de 1996 teve prazo curto e Rivaldo foi vendido para o exterior logo após o Paulista, enquanto Müller voltou para o São Paulo e Amaral partiu para o Benfica. No Brasileiro, acabou eliminado pelo Grêmio de Felipão - que levantaria a taça - nas quartas.

O INÍCIO DO PALMEIRAS DE 96
Palmeiras 6 x 1 Ferroviária
Novorizontino 1 x 7 Palmeiras
Palmeiras 3 x 0 Mogi Mirim
União São João 0 x 0 Palmeiras
Palmeiras 4 x 1 Juventus
São Paulo 0 x 2 Palmeiras

O INÍCIO DO PALMEIRAS DE 2007
Santo André 0 x 1 Palmeiras
Palmeiras 3 x 0 Mogi Mirim
Palmeiras 3 x 0 Marília
Ponte Preta 2 x 3 Palmeiras
Palmeiras 4 x 1 Santos

O PALMEIRAS DE 96
(4-2-2-2) Velloso; Cafú, Sandro Blum, Cléber e Júnior; Amaral e Flávio Conceição; Rivaldo e Djalminha; Müller e Luizão.

O PALMEIRAS DE 2009
(3-4-2-1) Marcos; Maurício Ramos, Edmílson e Danilo; Fabinho Capixaba, Cleiton Xavier, Pierre e Armero; Diego Souza e Willians; Keirrison.

Felipão e Luxa: mal na Europa


Os dois principais treinadores do futebol brasileiro na década passada chegaram à Europa no século XXI, mas não foram capazes de um bom desempenho, mesmo tendo em mãos dois dos clubes mais fortes do continente. Por ora, o grande expoente verde-amarelo nos últimos anos é Zico, que pôs o médio Fenerbahçe entre os oito melhores na Liga dos Campeões. Pouco para os treinadores daqui.

Felipão no Chelsea
Período: 07 meses
Jogos: 36 jogos
Retrospecto: 20 vitórias, 11 empates e 5 derrotas
Aproveitamento: 65,7%

Luxemburgo no Real Madrid
Período: 11 meses
Jogos: 47 jogos
Retrospecto: 30 vitórias, 6 empates e 11 derrotas
Aproveitamento: 68%

domingo, 8 de fevereiro de 2009

Vergonha


Espaço aberto ao amigo Diego Garcia, estudante de jornalismo da Metodista. Ele fala sobre a vergonha que houve no Pacaembu e da frustração de pagar ingresso para ser tratado como ninguém.

Fala Diego...

"Sou corintiano e freqüento jogos do meu time desde os quatro anos de idade, quando vi o Timão vencer o XV de Jaú por 1x0 no Paulistão de 91. Mesmo morando a vida toda em Santos, no litoral de São Paulo, nunca deixei a distância tornar-se um empecilho à minha vontade de acompanhar de perto aos jogos de meu clube de coração. E ontem, não poderia ser diferente: Corinthians líder, encarando a Lusa no Pacaembu

Saí de minha residência à uma hora da tarde. Chegando lá, conclui que mais 26 mil fiéis planejaram a mesma coisa que eu para a tarde de seus sábados. Pois bem: aos 4min do segundo tempo, quando a caixa d´água do céu desabava em São Paulo e os auto-falantes do estádio anunciavam o cancelamento do evento, vi que a grande maioria dessa gente deve ter se arrependido profundamente de ter saído de casa. Afinal, o que faríamos parados na arquibancada de um estádio, diante do dilúvio do juízo final e sem a partida de futebol que havíamos pagado pra ver?

Totalmente molhado, segui ao meu carro visando me proteger da chuva e voltar logo pra casa. E qual não foi minha surpresa quando, um tempo depois, ao ligar o rádio, ouvi que a partida seria reiniciada? E eu, que saí de Santos, gastei tempo e dinheiro indo para outra cidade para ver jogar o time que eu amo, acabaria tendo que ouvi-lo pelo rádio. Em meio às enchentes da capital e de uma tentativa quase frustrada de sair de lá em segurança. Cheguei em meu apartamento já eram 10 horas da noite.

Pois é. É assim que a FPF trata nós, contribuintes e espectadores do espetáculo: com desdém, desprezo, falta de respeito e de consideração com o nosso dinheiro e a nossa vontade. E um país assim ainda tem coragem de querer organizar uma Copa do Mundo..."

Gre-Nal + semanário


Os 100 anos do clássico de maior rivalidade no Brasil, o Gre-Nal, tiveram uma cobertura intensa realizada por este blogueiro ao longo da semana.

Leia os materiais sobre o Gre-Nal

Felipão, Falcão, Figueroa, Renato Gaúcho, Danrlei e Christian falam sobre o clássico
http://esportes.terra.com.br/futebol/estaduais/2009/interna/0,,OI3501101-EI12400,00-Felipao+Figueroa+Falcao+e+protagonistas+falam+do+GreNal.html
Léo Lima e Carlos Alberto: exemplos de como ser muito bom, tão cedo, pode ser ruim

Na Trivela - http://www.trivela.com/Futebol.aspx?secao=17
A volta de Thiago Neves ao Flu mostra como o jogador brasileiro é produto de risco para a Europa

Especiais no Terra:

Entrevista e matéria com Pedro Ken, do Coritiba
http://esportes.terra.com.br/futebol/estaduais/2009/interna/0,,OI3499853-EI12407,00-Recuperado+Pedro+Ken+tenta+ocupar+espaco+de+Keirrison.html

sábado, 7 de fevereiro de 2009

Grana preta


Kaká recusou o Manchester City, mas ainda tem, ao lado de Ibrahimovic, o maior salário do planeta bola. Ao lado de Ibrahimovic, recebe cerca de 750 mil euros por mês. Isso, segundo o levantamento da Futebol Finance, divulgado neste sábado.

Entre os dez jogadores mais bem pagos, quatro estão em Milão, e só três na Inglaterra. Segundo o estudo, isso é explicado em razão da libra estar desvalorizada em relação ao euro. E o Real Madrid, que um dia já teve os Galácticos, só tem três jogadores no top 50.

1-) Ibrahimovic e Kaká - 750 mil euros mensais
2-) Messi - 700 mil euros
3-) Terry e Lampard - 632 mil euros
4-) Henry e Eto'o - 625 mil euros
5-) Cristiano Ronaldo - 564 mil euros
6-) Ronaldinho Gaúcho, Rio Ferdinand, Ballack, Shevchenko e Gerrard - 542 mil euros
7-) Raul e Van Nistelrooy - 533 mil euros
8-) Casillas, Rooney, Owen e Kanouté - 500 mil euros
9-) Cannavaro - 483 mil euros
10-) Robinho - 473 mil euros

A lista completa:

sexta-feira, 6 de fevereiro de 2009

Craque de estadual


Se um jogador em quem você não apostava muito, faz sucesso nesse início de ano, pode desconfiar. Por conveniência, boa parte da imprensa não faz questão de alertar o público sobre a fragilidade dos torneios estaduais. E neles, alguns jogadores sobre os quais pairam muitas dúvidas, têm brilhado.

O caso mais alarmante é o de Lenny, que passou os últimos anos tentando reencontrar o futebol de seu início de carreira. Entre os paródias de Luxemburgo - "é criado pela avó" e "virou menino de rua" -, o atacante passou a fazer gols, mesmo sem convencer completamente, mesmo sem ter adversários de nível pela frente.

Otacílio Neto do Corinthians, Maicosuel do Botafogo, Nílton do Vasco, Taison do Inter, Souza do Grêmio, Guto do Sport, Gilmar do Náutico, Apodi do Vitória, entre outros, são casos gritantes dessa natureza. Se você achou que um deles estava com tudo, ao menos espere mais um pouco. Não custa nada mesmo.

Como diz Michael Jordan, os play-offs separam os homens dos meninos.

quinta-feira, 5 de fevereiro de 2009

Valeu a pena?


Se o Cruzeiro precisava fazer dinheiro com Guilherme - e por isso já havia trazido Wellington Paulista, Alessandro, Jael e Soares - para manter Fábio, Ramires e Wagner por 2009, a sensação é de que a ponte que trouxe Kléber para a Toca da Raposa não atingiu seus objetivos. Com os R$ 6,3 milhões arrecadados, o que é 42% dos direitos do centroavante vendido ao Dínamo de Kiev, o Cruzeiro provavelmente não se garante financeira pela temporada.

Nada contra Kléber. No campo, o Cruzeiro praticamente não perde. O novo reforço certamente não entregará tantos gols quanto Guilherme, que foi às redes em 24 vezes no ano passado. No Palmeiras, fez exatamente a metade - 12 - na mesma temporada. Mas acrescenta demais: é mais experiente, tem carisma para atrair a torcida e ainda é jovem para render um dinheiro que os Perrellas tanto gostam no futuro.

Mas, para garantir a manutenção da espinha dorsal e não repetir o erro de outras temporadas - como em 2008, em que perdeu os gols de Marcelo Moreno e a habilidade de Charles - a venda de Guilherme não é aparentemente suficiente.

quarta-feira, 4 de fevereiro de 2009

Imunes à crise


Famosa pelos altos investimentos que seus clubes normalmente fazem, a Premier League viu uma busca bastante modesta por reforços na janela de inverno. Empréstimos e contratações pontuais caracterizaram a ação das equipes, que normalmente gastam aos tubos. Tottenham e Manchester City, porém, mostraram estar ainda com os cofres cheios.

Na Premier League, foram apenas oito negócios que superaram a casa dos 10 milhões de euros. Arshavin, no Arsenal, e o desconhecido Nsereko, que trocou o Brescia pelo West Ham, foram os únicos não realizados por City e Tottenham.

MANCHESTER CITY
Nigel De Jong - 19,5 milhões de euros
Craig Bellamy - 15,5 milhões de euros
Wayne Bridge - 13 milhões de euros

TOTTENHAM
Robbie Keane - 16,7 milhões de euros
Jermain Defoe - 16,3 milhões de euros
Wilson Palacios - 15 milhões de euros

segunda-feira, 2 de fevereiro de 2009

Sem bombas


Casillas, Buffon, Kaká e outros nomes de relevo mundial foram cogitados ou tentados no City of Manchester para tentar causar impacto dentro e fora de campo. Mas, como a realidade é bem diferente do mundo de ficções e especulações, o mercado de inverno dos Citizens foi bem mais modesto que a propaganda. E, acredite, pode ter sido bem melhor para o trabalho do treinador Mark Hughes.

Chegaram Craig Bellamy, Nigel de Jong, Wayne Bridge e Shay Given. Com exceção do segundo nome da lista, todos são nomes de boa reputação na Premier League, adaptados ao estilo de jogo britânico e com condições de ajudar imediatamente a formar uma equipe mais equilibrada e, principalmente, com conjunto - o que mais falta hoje ao City, de Robinho. De Jong, titular da Holanda na Eurocopa, é outros desses bons nomes com pouca mídia, se comparado a Kaká.

A atual 10º posição na Premier League indica uma melhora do Manchester City, mas a distância de 15 pontos para o quinto colocado Arsenal restringe uma margem de progressão que leve a equipe de Mark Hughes aos seus objetivos - entenda brigar por Liga dos Campeões.

Ainda assim, o mercado inteligente e preciso pode dar início à construção de uma equipe sólida e que faça jus aos anseios de seus proprietários. Exatamente o suficiente para atrair jogadores de classe mundial. Como Kaká, por exemplo.

Vamos convocar

Não sou grande fã de fazer essas coisas, mas vou copiar o Blog do Ergos e listar, no embalo de Dunga, quais seriam hoje os meus 23 favoritos para a seleção brasileira - no esquema 4-2-3-1 como primeira opção tática. Vale a brincadeira...

GOLEIROS
Júlio César, Renan e Victor

LATERAIS
Daniel Alves e Maicon / Fábio Aurélio e Júnior César

ZAGUEIROS
Thiago Silva, Juan, Lúcio e Miranda

VOLANTES
Lucas, Hernanes, Ramires e Rafael Carioca

MEIAS-ATACANTES
Robinho, Kaká, Ronaldinho, Elano e Alex

CENTROAVANTES
Luís Fabiano, Alexandre Pato e Amauri

domingo, 1 de fevereiro de 2009

O peso de Ronaldo


Mesmo não largando as baladas circunstaciais, Ronaldo tem ganhado terreno na pré-temporada - e agora início de temporada - no Corinthians.

O médico Joaquim Grava confirmou à reportagem do Uol Esportes que o Fenômeno tem evoluído fisicamente em um nível bastante razoável. Sua estréia, diz-se, deve ser no fim deste mês de fevereiro ou, no máximo, em início de março.

Números do Fenômeno:

Peso na apresentação: 98 kg
Peso atual: 93 kg
Peso ideal: 89 a 90 kg

Percentual de gordura na apresentação: 15 %
Percentual de gordura atual: 11,4 %


Foto: Uol Esportes

Fins de turno 05/05 + semanário

Como já havia sido com a Ligue 1, o amigo Gustavo Vargas entrega o que houve de melhor no primeiro turno da Bundesliga, que retornou na última sexta-feira.

Para se abastecer de informações sobre o Campeonato Alemão, vá ao blog do Ergos:

A seleção do primeiro turno, montada por ele, tem:
Adler; Beck, Subotic, Simunic e Lahm; Rolfes; Renato Augusto, Misimovic e Ribéry; Obasi e Ibisevic
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E ainda no semanário:

No Olheiros - Corinthians venceu a Copa São Paulo, mas as novidades boas no profissional, já foi provado em 2004 e 2005, podem não ser tão boas assim -

Na Trivela - Os desafios para Belluzzo, novo presidente do Palmeiras - http://www.trivela.com/Futebol.aspx?secao=17

Aliás, sobre Copa São Paulo, há três especiais finais imperdíveis no Olheiros:

Review completo desenvolvido pelo Ergos e pelo Pedro Venancio

Os 11 melhores do torneio, por toda a equipe

Episódios bizarros da Copinha, por Lincoln Chaves
http://www.olheiros.net/artigo.aspx?id=1001