A Four Four Two brasileira vivia um dilema: usar só o conteúdo internacional da revista seria garantia de qualidade e conteúdo exclusivo por aqui. Por outro lado, difícil uma publicação resistir sem conteúdo nacional. Então, fez um grande negócio: entregou perfis e entrevistas nas mãos do experiente Odir Cunha. O resultado é muito interessante.
Já há algumas edições, Odir escreve perfis deliciosos, faz entrevistas contundentes e curiosas. Na edição de dezembro da 442, ele por exemplo assina matéria bem interessante com Hernanes. Odir esteve no CT Barra Funda e bateu longo papo com o são-paulino, em quem a revista provavelmente apostasse ser o campeão brasileiro. Há trechos muito bons, como em que o camisa 10 e o repórter conversam sobre religião, sem preconceitos nem exageros. Odir aborda o tema com personalidade e isenção.
A Revista Espn apostou em fórmulas similares nas suas duas matérias de capa nas edições iniciais. Primeiro com Pelé e Walterson Sardenberg, depois com Cielo e Thiago Medaglia. As páginas com o herói nacional da natação também são interessantes, agradáveis e trazem situações desconhecidas do grande público.
Apostar em bons textos e longos perfis é uma grande sacada da dupla 442 e Espn. A FutLance! por exemplo segue editorialmente confusa. Não traz entrevistados bons, não encontra pautas interessantes - até tenta, mas tem feito escolhas infelizes -, e aposta na superficialidade. Até abaixou o preço para concorrer com as rivais, mas só se salva pela bela parte gráfica.
Já há algumas edições, Odir escreve perfis deliciosos, faz entrevistas contundentes e curiosas. Na edição de dezembro da 442, ele por exemplo assina matéria bem interessante com Hernanes. Odir esteve no CT Barra Funda e bateu longo papo com o são-paulino, em quem a revista provavelmente apostasse ser o campeão brasileiro. Há trechos muito bons, como em que o camisa 10 e o repórter conversam sobre religião, sem preconceitos nem exageros. Odir aborda o tema com personalidade e isenção.
A Revista Espn apostou em fórmulas similares nas suas duas matérias de capa nas edições iniciais. Primeiro com Pelé e Walterson Sardenberg, depois com Cielo e Thiago Medaglia. As páginas com o herói nacional da natação também são interessantes, agradáveis e trazem situações desconhecidas do grande público.
Apostar em bons textos e longos perfis é uma grande sacada da dupla 442 e Espn. A FutLance! por exemplo segue editorialmente confusa. Não traz entrevistados bons, não encontra pautas interessantes - até tenta, mas tem feito escolhas infelizes -, e aposta na superficialidade. Até abaixou o preço para concorrer com as rivais, mas só se salva pela bela parte gráfica.
2 comentários:
Li algumas vezes a revista da ESPN e é muito interessante. Boas matérias, bom gráficos e feita por excelentes profissionais.
Deve ser incrível trabalhar numa revista dessas!
Grande Abraço!
Li esta entrevista com o Hernanes. Muito interessante mesmo. Percebe-se que o jornalista Odir Cunha enxerga além do tradicional. É o mesmo que trabalhou no Jornal da Tarde e fez alguns livros sobre esporte, não é?
Também li a primeia edição da ESPN. COncordo que esta opção por grandes matérias, com iornalistas que têm um texto refinado, pode revigorar o mercado de revistas esportivas no Brasil.
Abraço
Maito Alencar, Brasília
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