quinta-feira, 30 de julho de 2009

Diego Souza, a fera em seu território


No centésimo jogo com a camisa do Palmeiras, contra o Fluminense, Diego Souza mais uma vez decidiu, fazendo a oitava grande exibição seguida, desde a chegada de Jorginho ao comando. Após 15 rodadas, o 7 palmeirense pode ser apontado como o melhor jogador da Série A, agora liderada pelo próprio time do Palestra Itália.

O posicionamento de Diego Souza também explica sua grande fase, que finalmente chegou após 1 ano e meio de Palmeiras. Do começo no Fluminense, recuado para perto de Arouca quase como um segundo volante, longe do gol, à nova fase palmeirense, como atacante ao lado de Obina, o território ideal para ele sempre foi motivo de dúvidas. Sendo agora sanadas por esse ótimo momento.

Diego Souza tem características muito próprias como jogador. Tem boa técnica, mas seu grande atributo é a força física para se deslocar e muita potência. Pelo porte, há quem pense que ele pode ser volante. Mas não é. Foi assim no Grêmio, em que Mano o indicou para fazer o papel de Lucas, mas logo o treinador percebeu onde era melhor escalá-lo. Mesma percepção de Jorginho, ratificada por Muricy.

Para a seleção brasileira, ele pode ser o reserva de Kaká, uma posição em aberto e, hoje, ocupada por Júlio Baptista. Logo, ela pode ser de Diego Souza.

No Fluminense de 2005, campeão carioca, vice da Copa do Brasil e quinto no Brasileiro, Diego Souza jogava longe do gol, muito próximo de Arouca. Marcão recuava para liberar Gabriel e Juan para o ataque e Diego pouco avançava.


No Grêmio de 2007, o mesmo 4-2-3-1 de hoje no Corinthians, e Diego Souza era o meia que mais penetrava na área e se aproximava de Tuta. Forte, quase sempre levava a vantagem sobre os volantes marcadores.

No Palmeiras, campeão paulista em 2008, excessivamente longe do gol, compondo o meio-campo e liberando Valdívia para rodar por todo o campo e grudar nos dois atacantes. Na intermediária, Diego Souza não rende e uma má fase rondou seu futebol.


No Palmeiras, líder do Brasileiro, Diego Souza tem o esquema montado para si. Quando o time só tem dois volantes, é Cleiton Xavier que recua até os volantes e ele na prática vira mais um atacante. No 4-3-1-2 dos últimos dois jogos, é homem de frente mesmo, definitivamente. E brilha intensamente.

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