domingo, 19 de abril de 2009

Como não reconhecer as próprias limitações



Em seu íntimo, Vanderlei Luxemburgo deve ter ficado feliz pela confusão com Diego Souza e Domingos. Estava ali a tônica para a entrevista coletiva, em que não precisaria justificar a atuação patética do Palmeiras no Palestra Itália. O treinador, que se orgulhava do desempenho que tinha em casa nas outras passagens, rapidamente foi engolido pela maré de incompetência dos palmeirenses em seu estádio. Não venceu na Libertadores e caiu no Paulista.

Seria mais correto Luxemburgo, ao invés de dizer que Vágner Mancini mandou Domingos cavar a expulsão de Diego Souza, reconhecer que enfrentou um Santos gigante por 180 minutos e não conseguiu definir a marcação em cima de Madson e Neymar, capazes de enlouquecer qualquer par de laterais ou volantes.

Se o Santos joga pelos lados, reconhecidamente, não seriam os ofensivos Fabinho Capixaba e Armero que iriam contê-los no Palestra. Sem tanto o que fazer pelo meio, por sua vez, Pierre e Jumar rifavam a bola que nunca chegava a Keirrison. Evandro também errava os passes e Diego Souza só conseguia algo na base da trombada. Era o Palmeiras que dava desespero por suas limitações e desperdiçou 37 bolas e ainda foi desarmado em 21 lances.

A disposição e a organização defensivas, aliás, são duas marcas do Santos que não deixou o Palmeiras quadrado de Luxemburgo respirar com a bola. A vitória é de Mancini, como já havia previsto o Papo de Craque há duas semanas, que transformou o time que era dirigido por Márcio Fernandes em pouco tempo. E Vanderlei deveria reconhecer que não é mais um treinador de primeira linha.



Foto: Terra Esportes

Um comentário:

Roberto Piantino disse...

Excelente análise.

Só o Luxa pra discordar.

Abração!