segunda-feira, 11 de maio de 2009

Ligados pelo DNA


Celso Roth estreou com o Atlético Mineiro e o Grêmio já tem Marcelo Rospide em seu comando, ainda que interinamente. Em pouco tempo, o Galo já vai tentando jogar ao estilo de seu novo treinador, enquanto os gremistas mantêm o jeitão de Roth. Isso foi possível de se identificar na primeira rodada do Brasileiro.

No Olímpico, o Grêmio jogou o mesmo futebol de força, intensidade e imposição física que o caracterizou no Brasileiro de 2008. A maneira de a equipe gremista ler o jogo taticamente também é interessante: se Réver não tem a quem marcar por Kléber Pereira ser o único centroavante de ofício, pode sair para o jogo. Em pelo menos três ocasiões, o zagueiro apareceu na frente – em uma delas, pintou o gol contra o Santos.

Como são muitos bons times brasileiros na atualidade e apontar mais que três ou quatro favoritos significa ficar em cima do muro, é natural que o Grêmio não conste na primeira linha de candidatos. Mas o time, com Rospide, e possivelmente com qualquer treinador que apareça, irá manter a sua característica. E pode, sim, brigar para ser campeão brasileiro.

Na Cidade do Galo, Roth encontrou características parecidas do elenco gremista em 2008: muitos jovens jogadores, poucos grandes talentos. Já tenta jogar da mesma maneira, utilizando três beques, alas mais adiantados e dois volantes pegadores. A proposta não é fácil de ser executada e não se muda a característica de um time do dia pra noite.

Com o Grêmio, Roth teve longo tempo para treinar até o Brasileiro. Repetir a fórmula no Atlético é seu desafio.

Um comentário:

André Augusto disse...

Observação interessante. O Gr~emio de Rospide é, na essência, o Grêmio de Roth. Que só foi demitido por conta do fracasso nos Grenais.

Resta saber se ele terá o respaldo necessário da diretoria atleticana, um verdadeiro barril de pólvora aos treinadores.