domingo, 31 de maio de 2009

10 anos depois


Há exatamente 10 anos, Bordeaux e Olympique Marseille chegaram à rodada final da Ligue 1 na mesma situação (um ponto a mais para os girondinos), brigando pela taça: e, como em 1999, desta vez o título também ficou no Stade Chaaban Delmas.

Em 99, o grande nome do Bordeaux era Sylvain Wiltord, que carregou o time nas costas até o título francês e logo se juntaria à colônia gaulesa no Arsenal. Do outro lado, o Marseille, que também perdeu a taça na rodada final, tinha outro nome que se juntaria aos Gunners: Robert Pires, que tinha companheiros do quilate de Gallas, Dugarry, Maurice, Ravanelli e...Laurent Blanc!

O agora treinador do Bordeaux, campeão francês de 2008/09, conquista o título que perdeu há uma década. Blanc deu grande seqüência ao trabalho do brasileiro Ricardo Gomes, se revelando um treinador equilibrado e talentoso, a ponto de fazer com que Cavenaghi voltasse a fazer gols. E de tirar o melhor futebol de Yoann Gourcoff, estrela maior da conquista - e comprado junto ao Milan, em definitivo, por 15 milhões de euros.

O sexto título francês da história do Bordeaux encerra a dinastia de sete anos consecutivos do Lyon e frustra o Olympique Marseille, que não conquista um título expressivo desde o escândalo de compra de resultados de 1993 e esteve perto desta vez, mas bobeou no fim e ainda viu o competente Eric Gerets abandonar o cargo a poucas rodadas do fim. Equilibrados, os girondinos são os merecidos campeões.

Semanário curtinho

Além das matérias já citadas para a final da Liga dos Campeões...

NO OLHEIROS

15 revelações da Premier League
http://www.olheiros.net/artigo.aspx?id=1253

Corinthians de 1999: um time de estrelas na Copa SP
http://www.olheiros.net/artigo.aspx?id=1258

Garotada dos EUA ainda não conseguiu se firmar na Europa
http://www.olheiros.net/artigo.aspx?id=1252

sábado, 30 de maio de 2009

Galeria dos imortais - Fernando Redondo


IMAGEM: DIEGO BRITO - diegodbrito@gmail.com


A origem é o Argentino Juniors, coincidentemente a mesma de Diego Armando Maradona. A perna esquerda, aliás, é outra coincidência entre Fernando Redondo e El Diez. Aos 16 anos, o médio-volante mais talentoso da década de 90 já desfilava sua classe pelos gramados argentinos, e assim o fez até 1990, quando o Tenerife descobriu a receita ideal para dar classe a sua cabeça-de-área. Foi lá que Fernando Redondo encontrou uma das pessoas mais importantes para sua carreira.

Sob o comando de Jorge Valdano, então treinador, mostrou que era possível ter um volante argentino que não fosse destruidor. Não que Redondo não combatesse, afinal ninguém é portenho impunemente, mas a sua arma principal era a partir da bola retomada. Com a perna esquerda fabulosa e uma elegância de causar inveja a Carlos Gardel, além de um corpanzil de 1,86 m, fazia a bola rolar limpa, redonda como ele, e a levava ao ataque como se fosse um motor.

Em seu último ano no Tenerife, a dobradinha com Valdano foi tão perfeita que o modesto clube ganhou vaga na Copa da Uefa e ainda bateu o Real Madrid, o tirando da briga pelo título. Como não é tolo, o Real buscou justamente Valdano e Redondo para ir atrás novos objetivos.

Depois de realizar um grande papel na Copa de 94, o meio-campista rapidamente conquistou o exigente público merengue, dando a ele o título espanhol que havia tirado há uma temporada. Àquela altura, Fernando Redondo já era um dos três grandes nomes da posição no planeta, consagrando um estilo que virou modelo para novos argentinos da cabeça-de-área, como Cambiasso e Gago, constantemente - e em vão - comparados a ele.

Esse cartaz todo não foi suficiente para Daniel Passarela, treinador albiceleste, entrar em acordo para ter o grande volante argentino em sua seleção. Se Batistuta topou cortar seus longos cabelos para se aplicar à lógico do técnico, Redondo foi até o fim, e assim ficou de fora do selecionado por vários anos. Justamente nesse período é que, ano a ano, o meio-campista construía uma reputação indestrutível na Europa.

Em 2000, já tinha duas Ligas dos Campeões, sendo eleito o melhor jogador da competição no segundo desses títulos. Em Old Trafford, contra o então campeão Manchester United, teve a maior exibição de sua vida, com um drible fabuloso sobre o norueguês Henning Berg. "O que esse jogador tem nas chuteiras? Um imã?", questionou Sir Alex Ferguson.

Sentindo-se completo em Madri, Redondo topou o desafio de emprestar um pouco de seu brilho ao futebol italiano, tendo assinado com o Milan logo em seguida do título ganho sobre o Valencia. Uma multidão de torcedores merengues foi ao aeroporto da capital espanhola dar adeus para Fernando.

Infelizmente, aquela final europeia foi seu último grande capítulo. No terceiro minuto da partida de pré-temporada em que, pela primeira vez, vestiu rossonero, El Príncipe, como era chamado, lesionou o joelho, abrindo um caminho sem volta, marcado por várias e várias tentativas de retorno aos gramados. Em vão, aos 33 anos, Redondo largou o futebol, que nunca foi mais o mesmo sem ele.

sexta-feira, 29 de maio de 2009

Final sem emoções


Finais como Liverpool e Milan, em 2005, é que entram para a história. Gols no fim, jogadas impossíveis, suor até a última ponta do cabelo e imprevisibilidade. A vitória do Barcelona em nada teve isso e é mais um mérito da soberana equipe de Guardiola.

Durante todo o tempo, o Barça soube controlar o adversário, trocou passes e esfriou o jogo quando preciso. Nisso, não imagine que estejam incluído um repertório de faltas, como adoram treinadores como Geninho e Celso Roth. Foram só sete infrações cometidas pelos campeões em 90 minutos. Quem mais fez? dois atacantes, Eto’o e Henry, com duas cada.

O controle ao Manchester se deu com a manutenção da bola nos pés de Iniesta e Xavi, não por coincidência, os maestros do time e os assistentes para os gols de Messi e Eto’o. Se deu também pela marcação adiantada, pela diminuição dos espaços a Ronaldo e Rooney. Vencer sem emoção foi outro mérito do Barcelona, por mais que seja tocante ver um futebol não dominador.

Bom ou ruim?


Na medida em que os treinadores - como Adílson, Mano, Muricy e Dorival - passam a entender que jogo de ida em casa no mata-mata não é pra se atuar de forma tão ofensiva, partidas como Palmeiras x Nacional, Vasco x Corinthians e Cruzeiro x São Paulo ganham uma característica diferente. Resultados como o empate corintiano e a vitória cruzeirense passam a permitir interpretações diferentes, em que não se pode dizer exatamente se foi bom ou ruim.

Ruim, mesmo, é o empate do Palmeiras contra o Nacional, nesta quinta-feira, no Palestra Itália. Vanderlei Luxemburgo teve um dia super infeliz, escalando uma equipe defensiva, mexendo mal aos 25min da primeira etapa, caindo na tentação de lançar Obina antes da hora e, ainda, recuando o time quando poderia ampliar a vantagem. E pagou muito caro por isso.

O empate para os uruguaios tem sabor de derrota e atmosfera do Palestra no fim da partida mostrou isso. Em Montevidéu, será preciso uma vitória ou um improvável empate em 2-2 para a ida às semifinais. Lá, diante de um Nacional bem mais impetuoso, os palmeirenses precisarão produzir mais, abrir espaços na defesa adversária e não insistir tanto nos chutões.

Na quarta, o Corinthians fez uma partida interessante no Maracanã, mesmo sem Ronaldo e ainda Jorge Henrique em uma hora de jogo. O domínio do meio-campo corintiano foi notável, com Elias em ótima noite e uma marcação bem encaixada, inclusive para frear Ramon pela esquerda, arma principal de Dorival Júnior. O empate soa como positivo aos paulistas, mas o Pacaembu deve assistir à um jogo mais aberto, com alternativas.

No Morumbi, o São Paulo testará dois fantasmas recentes: o de cair diante de brasileiros, como foi em 2006, 2007 e 2008, e de fracassar em mata-matas, sina de Muricy. Adílson, por sua vez, precisará fazer seu Cruzeiro ser valente longe do Mineirão, onde foi sempre mais feliz que os são-paulinos nos 90 minutos de quarta. Alternando os avanços muito bons de Gérson Magrão e Jonathan, levando perigo com Kléber e Ramires, marcando muito com Fabrício, mais atrás, e Marquinhos Paraná e Henrique como vértices no 4-3-1-2 retomado pelos celestes.

Certeza, mesmo, é de que está tudo em aberto.

quinta-feira, 28 de maio de 2009

Muito mais que um clube


A dominante vitória do Barcelona em Roma confirma muitas verdades a respeito dos azuis-grenás. Mostra que Lionel Messi é, neste momento, o principal jogador do futebol mundial, com seus 38 gols na temporada - Cristiano Ronaldo havia marcado 42 em 2007/08. Confirma também a supremacia da Espanha nesse momento, com a base barcelonista na Fúria e vários jogadores em alta nos seus clubes. Em cima disso, consagrou o dueto Xavi-Iniesta, nomes absolutos contra o Manchester United.

A primeira Tríplice Coroa da história também mostrou que nem só de lindos dribles e gols se faz um grande jogador. Ridicularizado por muitos no Brasil, Carles Puyol fez uma final irretocável, como foi em toda sua temporada. É de fibra, coração e muita essência que se constrói um capitão como ele. Alguém que, com 1,78 m, salta como ninguém, como no gol barcelonista contra o Real Madrid no Camp Nou. Que na final em Roma anulou qualquer que caísse no seu setor e venceu, com sobras, o duelo com Ronaldo.

A derrota sobre o Manchester é ainda a prova de que pode se fazer um grande esquadrão sem milhões, viu Real Madrid? Como já bem dito na imprensa, são sete formados em casa, nas canteras mais poderosas da Europa, um feito que só foi igualado pelo Ajax de Van Gaal. Até o técnico, um senhor Barcelona, como é pep Guardiola, foi forjado em azul-grená. Cercado de desconfianças, deu crédito a um time que, convenhamos, já estava nos rascunhos de Frank Rijkaard.

Tudo isso torna a vitória mais especial, inesquecível. A vitória de um clube? Não, muito mais que um clube.

quarta-feira, 27 de maio de 2009

O argentino e o português


O entusiasmo por Manchester United e Barcelona e, especificamente, por Cristiano Ronaldo e Lionel Messi, pode levar a crer que a final desta quarta-feira, em Roma, é a maior da história da Liga dos Campeões. Ainda que seja o encontro mais esperado da década, pelo menos, o de barcelonistas e mancunianos, perde para outro duelo inesquecível da história da competição.

Em 1962, Real Madrid e Benfica se encontraram para definir qual era o maior da Europa. Um português, Eusébio, e um argentino, Di Stéfano, ditavam o tom das prévias. Ainda que você olhasse para os dois lados e visse Coluna e Puskas, por exemplo. Em campo, as expectativas se confirmaram para um jogão e os encarnados fizeram 5 a 3: um de Águas, um de Cavém, um de Coluna e dois de Eusébio, contra um hat-trick do húngaro Puskas.

Para o duelo no Olímpico, qualquer previsão parece impossível, mas há um leve favoritismo para os ingleses em razão dos desfalques de Daniel Alves e Abidal, mais significativos que o de Darren Fletcher.

Será o confronto do encantador tricampeão inglês, de 25 jogos invictos na Liga dos Campeões e que tentará, novamente, vencer o torneio sem derrotas, como fez em 99 e 2008. O Barcelona encanta ainda mais e tem um ataque centenário, com Messi tendo marcado 37 gols. Duas horas de futebol para o mundo de fãs se deliciarem.

Matérias legais no Terra:

segunda-feira, 25 de maio de 2009

Molina já!


É difícil para Vágner Mancini encontrar o espaço para Molina entre os titulares. Paulo Henrique não para de crescer e a adquirir a personalidade que falta em seu futebol virtuoso. Madson é o melhor jogador da equipe em 2009 e Neymar, bom, é Neymar.

Mas a julgar pelo que fez o colombiano, mais uma vez, Mancini precisará dar um jeito. Contra o Fluminense, no Maracanã, Molina foi o dono do jogo. Quando o Flu saiu na frente, chamou a responsabidade e cavou falta preciosa, convertida em seguida. No reacender das luzes após o intervalo, achou Madson livre para concretizar a virada.

Molina não é craque, mas é o meia habilidoso que falta a vários clubes do país. E que sabe fazer gols: em 2008, quando teve mais espaço, foi o vice-artilheiro do Santos na temporada, com 13 gols em 51 partidas. Mas dessa, só completou 90 minutos em 11. Já em 2009, são quatro gols marcados em 18 jogos - e ele só fez dois jogos inteiros.

Em assistências, ele também é fundamental: liderou o quesito em todo o elenco em 2008, com nove passes pra gol. Ontem, deu o segundo da temporada.

Dzeko e Grafite: melhores que Messi e Eto’o


Há diferenças técnicas entre o Espanhol e o Alemão, a Liga dos Campeões e a Copa da Uefa, mas em números frios, Edin Dzeko e Grafite, curiosamente, são superiores a Lionel Messi e Samuel Eto’o, os dois monstros do Barcelona. A eficiência de ambos diz muito sobre o título do Wolfsburg, pela primeira vez o número 1 da Bundesliga.

Na rigorosa eleição da Kicker, lidera Ibisevic, do Hoffenheim – e lesionado há alguns meses -, Grafite é o quarto melhor, Dzeko o sexto. Ainda vale ressaltar também o desempenho de Misimovic, outro bósnio do Wolfsburg: sete gols e inacreditáveis 20 assistências.

Sem qualquer um dos três, o trabalho de Armin Veh, próximo treinador dos Lobos, fica mais difícil. E certamente haverá muita gente grande querendo contar com atacantes tão poderosos.

A dupla do Wolfsburg

Dzeko - 42 jogos e 36 gols – 0,85 gol por jogo
Grafite 31 jogos e 35 gols – 1,12 gol por jogo

A dupla do Barcelona

Messi - 50 jogos e 37 gols – 0,74 gol por jogo
Eto’o - 48 jogos e 32 gols – 0,66 gol por jogo

Semanário recheado

Textos da última semana:

NO OLHEIROS
Campeã europeia sub-17 e sub-19, Alemanha se reconstrói a partir das categorias de base
http://www.olheiros.net/artigo.aspx?id=1238

NO TERRA

Na Europa, brasileiros que mudaram de posicionamento tático
http://esportes.terra.com.br/futebol/europeu/2008/interna/0,,OI3782538-EI11621,00-Saiba+por+que+os+brasileiros+mudam+de+posicao+na+Europa.html

Bruno, do Flamengo: "especialista" em levar gols de falta
http://esportes.terra.com.br/futebol/copadobrasil/interna/0,,OI3778357-EI1950,00-Bruno+leva+mais+gols+de+falta+que+principais+rivais.html

ESPECIAL CONVOCAÇÕES DA SELEÇÃO

72% de convocados surpresas são vendidos em até um ano
http://esportes.terra.com.br/interna/0,,OI3776252-EI1958,00.html

Convocação de quatro anos atrás rendeu grandes negócios
http://esportes.terra.com.br/interna/0,,OI3776276-EI1958,00-Ha+anos+convocacao+de+Parreira+rendeu+bons+negocios.html

Infográfico: para cruzeirenses, seleção foi ponte para o exterior
http://www.terra.com.br/esportes/cruzeirenses-selecao/index.htm

ESPECIAL 500 MILHAS DE INDIANÁPOLIS

Entrevista - Hélio Castroneves
http://esportes.terra.com.br/interna/0,,OI3776840-EI4677,00-Livre+da+prisao+HomemAranha+quer+escalar+grade+da+Indy.html

Entrevista - Toni Kanaan
http://esportes.terra.com.br/interna/0,,OI3776053-EI4677,00-Lider+do+campeonato+Kanaan+quer+vencer+o+classico+da+Indy.html

ESPECIAL ROLAND GARROS

Entrevista - Gustavo Kuerten
http://esportes.terra.com.br/tenis/interna/0,,OI3778263-EI2077,00-Exclusivo+Guga+ve+de+longe+Roland+Garros+e+aposta+em+Nadal.html

Masculino - Apresentação
http://esportes.terra.com.br/tenis/interna/0,,OI3780386-EI2077,00-Em+Roland+Garros+quem+pode+parar+Rafael+Nadal.html

Feminino - Apresentação
http://esportes.terra.com.br/tenis/interna/0,,OI3780792-EI2077,00-Em+baixa+Ivanovic+e+Sharapova+chegam+ofuscadas+por+favoritas.html

sábado, 23 de maio de 2009

Ramon, a grande nova do Vasco


De reserva pouco aproveitado no Inter há pelo menos duas temporadas, o garoto Ramon é uma das referências do Vasco, que fez um Estadual muito bom, está nas semifinais do Brasil e tem 100% na Série B. Ainda muito jovem, alia personalidade às suas boas características técnicas, o que é um alento para uma posição tão criticada nos últimos anos em São Januário.

Com dois gols e quatro assistências na temporada, Ramon é uma das grandes figuras do Vasco, que renasce também com Titi, Nílton, Élton e Rodrigo Pimpão, todos jovens formados em outros clubes. Com um time de boa margem de progressão, como é o caso do lateral-esquerdo revelado no Beira-Rio.

O Vasco faz grande trabalho e Ramon é uma de suas principais figuras.

sexta-feira, 22 de maio de 2009

Papo rápido com Carlos Eduardo


Campeão no primeiro turno, o Hoffenheim deve terminar o Campeonato Alemão, neste sábado, na sétima posição. Seria um bom resultado para um estreante, mas a queda tão brusca inspira uma decepção. Carlos Eduardo, um dos líderes da equipe, explica os motivos para isso.

Como explicar essa queda tão brusca no returno?

Acho que, no segundo turno, como não éramos mais surpresa, os clubes vieram com tudo contra nós e pensamos que as coisas aconteceriam ao natural. E a gente começou a pensar alto, às vezes você pensa o que não pode e isso atrapalha. Mas a grande coisa é que entramos pensando que ganharíamos naturalmente. E ficamos oito, nove jogos sem ganhar.


Qual o gostinho desse fim de temporada? Você se transfere?

A gente fica chateado, por ter ido muito bem e despencado. Mas também estamos tranquilos. Em um primeiro ano de Bundesliga, fomos muito bem, e para mim então foi melhor ainda. Tenho algumas sondagens, mas nada de concreto e vou para as férias. Mas a tendência é de ficar.

E como o clube já vai se preparando para a próxima temporada? Maicosuel é uma boa?

Sim, estão comentando bastante sobre o Maicosuel. Faltou plantel também, às vezes ficavam jogdores do júnior no banco e isso atrapalhava um pouco. Agora estão cientes de que precisam contratar e virão quatro ou cinco reforços.

quinta-feira, 21 de maio de 2009

A melhor convocação da Era Dunga


O time de Dunga quase nunca jogou bem. Teve uma ou outra vitória expressiva, mas sempre com base nos erros adversários e contra-ataques, salvo provavelmente as vitórias sobre Itália e Portugal. Mas a lista do treinador para a Copa das Confederações e os jogos com Uruguai e Paraguai parece ser a melhor entre as 22 realizadas em três anos no cargo mais importante do país.

É a melhor pela coragem em entender que não dá para a seleção ser laboratório para Ronaldinho Gaúcho, que não tem espaço, atualmente, nem no Milan. E não ceder ao lobby precoce, sobretudo da imprensa, por Ronaldo. Também pela coragem em dar chances a Ramires e Victor, duas unanimidades de futebol e não de marketing. E por apostar em André Santos na posição mais problemática da amarelinha - embora o mais interessante fosse Fábio Aurélio. Há 3 anos o Corinthians não tinha um selecionável.

A sensação também é de que se repetirá a tendência de 2005, quando 13 dos 23 nomes levados por Parreira para a Copa das Confederações também foram para a Copa do Mundo. A concentração deve ser em definir uma forma tática e encontrar o padrão de jogo, pois a base está pronta e sobram poucos nomes em aberto - dois deles para a reserva de Júlio César, que não tem uma sombra confiável.

Por fim, uma constatação: o grupo da Copa de 2006 era velho demais - só sete jogadores seguem na lista de Dunga. Que os erros não se repitam desta vez.

Veja os mais chamados nas 22 listas da Era Dunga:

ROBINHO - 22
ELANO - 20
MAICON E GILBERTO SILVA - 19
DANIEL ALVES - 18
JÚLIO CÉSAR - 17
JOSUÉ E JUAN - 16
LÚCIO, DIEGO E JÚLIO BAPTISTA - 15

Como o Corinthians eliminou o Flu


Que os laterais brasileiros não sabem marcar, não é novidade. Mas Carlos Alberto Parreira certamente sabe onde perdeu para o Corinthians: os três gols corintianos no duelo saíram por problemas de marcação de Mariano, no jogo de ida, e Eduardo Ratinho, no jogo de volta.

A bola enfiada por Cristian para o gol de Dentinho, no Pacaembu, passa justamente nas costas de Mariano, na frágil cobertura de Edcarlos.

No Maracanã, Eduardo Ratinho mostrou que ainda não sabe marcar: no combate a Jorge Henrique, faz a falta e dá a Chicão a oportunidade de ampliar a vantagem. No segundo lance, é nas costas do mesmo Ratinho que Jorge passa para encobrir Fernando Henrique e dobrar o marcador. Edcarlos, o homem da cobertura, estava longe da jogada.

Melhor nos dois jogos, o Corinthians, de fato, merecia as semifinais da Copa do Brasil. Mas que Mariano e Eduardo Ratinho facilitaram não há dúvida.

quarta-feira, 20 de maio de 2009

Europeia, mas também pode chamar de soviética


Werder Bremen e Shakhtar Donetsk decidem e encerram a Copa Uefa nesta quarta-feira. Cada vez com menos prestígio, o torneio também ganhou, nos últimos anos, a presença maciça dos clubes do Leste Europeu, antigos componentes da União Soviética. Se os ucranianos do Shakhtar disputam a final em Istambul, outros dois vizinhos russos já levantaram o título há pouco tempo: Zenit em 2008 e CSKA Moscou em 2005. A atual edição da Copa Uefa escancarou esse empenho dos soviéticos: nas oitavas de final, eram cinco clubes em 16 vindos de Rússia e Ucrânia.

Em baixa, a Copa Uefa deixou de ser prioridade para os clubes das principais ligas há muito tempo. Recentemente, por exemplo, o Aston Villa enfrentou o CSKA com os reservas para focar a disputa na Premier League, justamente, para jogar a próxima Liga dos Campeões.

Oferecendo pouca premiação, o torneio sentiu o peso da valorização dada para a LC e virou grande opção para os soviéticos: nesse mesmo período de cinco anos, nenhum russo ou ucraniano chegou entre os quatro da Champions, por exemplo.

Em campo, nesta quarta, leve vantagem para o Shakhtar, que joga completinho diante de um Werder Bremen sem Diego. Os alemães, porém, vivem uma temporada de superação e se sobressaíram em situações difíceis contra adversários como Milan e Hamburgo. No lugar do 10 brasileiro, deve atuar Özil, abrindo espaço para um meio-campo mais pegador.

terça-feira, 19 de maio de 2009

Vivendo do passado


Houve muita coisa errada no Botafogo até o início da gestão Bebeto de Freitas. Com ele, muito melhorou em General Severiano, e isso vem seguindo com Maurício Assumpção. Clube de passado glorioso, o alvinegro de Caio Martins dá aula e não cansa de louvar seus ídolos, como Nílton Santos e o jornalista e botafoguense Armando Nogueira.

Ambos foram lembrados em iniciativas nessa segunda-feira: Nílton completou 84 anos e recebeu botafoguenses ilustres em sua residência, mesmo já bastante debilitado. O mesmo acomete Armando Nogueira, que dá nome a nova sala de imprensa do clube.

Com iniciativas assim, o Botafogo lembra de um passado cheio de glórias, que serve de inspiração para grandes e novos objetivos.

segunda-feira, 18 de maio de 2009

Não é só o Brasil que perde seus talentos cada vez antes


Terminou, com grande título da Alemanha - que venceu todos seus jogos -, o Europeu Sub-17. Do outro lado, estava a Holanda, derrotada por 2 a 1. Em campo, dois protagonistas da decisão: Oguzhan Ozyakup, pelo lado laranja, Christopher Buchtmann, entre os alemães.

Se a gente diz que o Brasil tem perdido seus talentos cada vez mais cedo, por exemplo, ao identificar Dodô e Coutinho, de Corinthians e Vasco, respectivamente já vendidos para Manchester United e Internazionale, não podemos dizer que somos os únicos.

Buchtmann, como mostra a foto do post, é jogador do Liverpool e sequer estreou entre os profissionais do Borussia Dortmund. Já Ozyakup é candidato a próximo pupilo de Wenger no Arsenal, embora seja proveniente das categorias de base do AZ Alkmaar. E ele nasceu na Turquia!

Definitivamente, vivemos a globalização. Salve-se quem puder.

Semanário curtinho

Textos legais da última semana:

COLUNA OLHEIROS
Evolução dos sub-15 se mostra indispensável para o Brasil campeão sub-17
http://www.olheiros.net/artigo.aspx?id=1208

domingo, 17 de maio de 2009

Galeria dos imortais - Eric Cantona


IMAGEM: DIEGO BRITO - diegodbrito@gmail.com

Quem disse que os gênios devem ser perfeitos, não conheceu Eric Cantona. Seguidor do estilo George Best de ser, este parisiense marcou tanto com a bola nos pés quanto com a nitroglicerina em suas atitudes. Exímio finalizador, Cantona foi estrela do Manchester United, por exemplo, na primeira Premier League da história mancuniana, em 93. Desde então, ocorreram outras dez.

Revelação das categorias de base do Auxerre, Cantona jamais se firmou como jogador confiável no futebol francês. Não que lhe faltasse qualidade, mas os atos destemperados, como agressões e insultos a companheiros de clube, adversários e até mesmo árbitros, fizeram com que o cerco se fechasse, obrigando Eric a atravessar o Canal da Mancha para tentar um recomeço aos 25 anos.

No caminho de Cantona também se destacaram algumas personalidades do futebol. Emprestado ao Montpellier, o atacante chutou o rosco de Jean-Claude Lemoult e foi dispensado. Na volta ao Bordeaux, Blanc e Valderrama convenceram a direção a ofertar uma nova chance para Eric, que criaria problemas na sequência. Por uma confusão com autoridades esportivas, o jogador chegou a definir por seu fim no futebol, mas foi demovido por Michel Platini.

Na Inglaterra, em que se tornaria um dos maiores nomes da história do Manchester United, Cantona quase acertou com o Liverpool, mas o treinador Graeme Souness recusou o francês pela harmonia do vestiário. Após uma rápida passagem pelo Leeds, Eric foi contratado por Alex Ferguson depois de o escocês fracassar em tentativas por David Hirst, Brian Deane e Matt Le Tissier. Santas recusas!

Em Old Trafford, Cantona conseguiu encontrar um equilíbrio maior - ainda que imperfeito - e se tornou uma lenda. Habilidoso, goleador, cativante, ganhou o rótulo de craque, mesmo que nunca tenha emprestado seus gols para os Bleus. Capitão do clube em 97, foi importante para a integração da turma que ampliaria o legado vitorioso, com Beckham, Scholes, Butt e os irmãos Neville. Venceu quatro Premier Leagues e mais duas FA Cups.

Em maio de 97, Cantona, aos 30 anos, definitivamente disse adeus para o futebol. Cedo demais para quem tinha, além de técnica e explosão, muita inteligência, um gênio. Mas quem disse que eles precisam ser perfeitos?

sábado, 16 de maio de 2009

United tricampeão! Qual dos três foi melhor?


Foi uma atuação com freio de mão puxado, contra o Arsenal, neste sábado. Um raro momento em uma temporada sóbria, segura de ponta a ponta, e bem acima de quase todos os demais - menos do Liverpool, que arrastou a decisão até a penúltima rodada. Líder a partir do início do segundo turno, o Manchester United comandou a Premier League em toda a segunda metade, ainda que na primeira, com jogos a menos, já transmitisse a sensação de que passaria os Reds.

A rivalidade entre United e Liverpool para a próxima temporada também se acirra ainda mais. Ambos agora têm 18 títulos ingleses. Desses, 11 do Manchester foram conquistados no período de jejum dos Reds, que já completa 19 anos. Os últimos três dessa galeria mancuniana vêm em sequencia, então vale comparar essa trilogia vencedora.

2008/09
Melhor jogador: Wayne Rooney
Artilheiro: Cristiano Ronaldo - 18 gols
Pontuação: 87 pontos (um jogo ainda a ser realizado, fora de casa, contra o Hull)
Aproveitamento: 78,3%
Derrotas: 4
Rodada do título: 37
Principal perseguidor: Liverpool, 80 pontos e dois jogos por fazer

2007/08
Melhor jogador: Cristiano Ronaldo
Artilheiro: Cristiano Ronaldo - 31 gols
Pontuação: 87 pontos nos 38 jogos
Aproveitamento: 76,3%
Derrotas: 5
Rodada do título: 38
Principal perseguidor: Chelsea, 85 pontos

2006/07
Melhor jogador: Ryan Giggs
Artilheiro: Cristiano Ronaldo - 17 gols
Pontuação: 89 pontos nos 38 jogos
Aproveitamento: 783%
Derrotas: 5
Rodada do título: 37
Principal perseguidor: Chelsea, 83 pontos


Foto: Getty Images

Uma experiência fenomenal


Estive in loco nesta sexta-feira, no Teatro Folha, no Shopping Higienópolis em São Paulo, na sabatina com Ronaldo Nazário de Lima, também conhecido como Fenômeno, Ronaldinho e, mais recentemente, como Fofão. Foram duas horas respondendo perguntas do público e dos entrevistadores Clóvis Rossi, Xico Sá, Monica Bergamo e Juca Kfouri. Presenciar Ronaldo falando de tantos assuntos, descontraído e sem receios, foi especialíssimo.

Ronaldo não evitou qualquer questão, a não ser as que tocavam em sua vida pessoal. Nada mais justo. Soltou o verbo em cima de Ricardo Teixeira, contou qual seu peso ideal e qual era em 2006 - ainda que se possa duvidar dos números -, se declarou fã de Zidane, Luc Nilis, Romário e Nelson Mandela.

Ronaldo também foi honesto e corajoso em dizer que prefere ver Ronald crescer em Madrid e ter uma "educação europeia", segundo ele mesmo. Foi o único momento em que se viu a plateia ousar repreender o maior artilheiro da história das Copas. No mais, o jogador cativou a todos e se mostrou, aos 32 anos, um cara maduro. Nas entrelinhas, até deu a entender que há uma pequena possibilidade de largar a bola em dezembro. Não faça isso, Fenômeno.

Minhas matérias sobre o evento:

http://esportes.terra.com.br/futebol/brasileiro/2009/interna/0,,OI3768046-EI13759,00-Brincalhao+Ronaldo+evita+vida+pessoal+e+avalia+ser+ministro.html

Imagem: Folha de SP

quinta-feira, 14 de maio de 2009

Planejamento, um mito nas Laranjeiras


O time do Fluminense que se salvou do rebaixamento em 2008 era muito bom. Com exceções feitas a Thiago Neves, Cícero e Gabriel, nenhum desfalque em relação ao time vice-campeão da América. O comando de dois neurônios, liderado pelo presidente Roberto Horcades e pelo diretor de futebol Alexandre Faria (ambos na foto), perdeu, de graça, quatro jogadores de primeira linha: Thiago Silva, Júnior César, Arouca e Washington. Se você pensou que era só, se enganou.

Com a saída confirmada de Jaílton para o Coritiba nesta quinta-feira, o Fluminense chegou a cinco dispensas de jogadores contratados em...janeiro! Roger e Leandro Domingues foram para o Vitória, Xandão - que nem estreou - para o Barueri e Leandro, lateral-esquerdo, dispensado, está sem clube. Incrível.

O Fluminense, que já demitiu René Simões após uma vitória por 3 a 0, remonta seu elenco em maio, com Parreira. Além de gastar cerca de R$ 1,5 milhão em salários para ter Thiago Neves por seis meses, o Flu acertou com Kieza, do Americano, e Fábio Santos, do Lyon. Procura nomes para as duas laterais e ainda para o meio-campo.

Assim, não há Fred que dê jeito.

Fred, Arnaldo e o corporativismo


A entrevista coletiva de Fred após o jogo com o Corinthians transcorria normalmente, até que o atacante foi questionado sobre seu julgamento no STJD. Ao vivo no Sportv, o 9 tricolor não deixou de fazer críticas destinadas para Arnaldo Cezar Coelho.

Segundo Fred, em um Bem Amigos recente, o comentarista de arbitragem reclamou de xingamentos que o atacante teria feito ao bandeirinha no jogo com o Goiás.

Fred disse que ligou para a produção do programa, transmitido ao vivo, mas não foi dado a ele o direito de esclarecer o fato no ar.

Arnaldo, que trabalha basicamente para falar aquilo que as imagens já mostram, é mais um dos ex-árbitros corporativistas e foi acobertado pelo Sportv. Nas idas e vindas da vida, o Canal Campeão foi pego de surpresa com o desabafo de Fred, ao vivo. E engoliu a seco.

Muito mais do que vida ou morte


São ocasiões como o duelo entre Barcelona e Athletic Bilbao, nesta quarta-feira, em final da Copa do Rey, que revelam que o futebol, como diz a célebre frase, não é questão de vida ou morte, mas muito mais que isso. Bascos e catalães mediram forças no Mestalla e atmosfera propiciada por blaugranas e rojiblancos foi bastante peculiar: misturados e abarrotados na casa do...Valencia.

Alguns fatos davam a sensação do que o Athletic esperava para a partida: mais de 30 mil bascos viajaram até o Mestalla, outros tantos se amontoaram por Bilbao para acompanhar o jogo em telões. No fim de semana, só os reservas entraram em campo e 18 mil fanáticos prestigiaram o treino dos titulares no San Mamés.

Quando a bola rolou, a intensidade dos bascos e o gol inicial dava o tom de que o jogo poderia ser complicado para o Barça, novamente com a zaga remendada. Mas havia Daniel Alves, Messi e, especialmente Xavi em campo. Regidos pelo maestro da camisa 6, os catalães mostraram todo seu repertório ofensivo, movimentação, marcação adiantada e a magia de uma equipe que já está na história com a virtual dobradinha caseira.

O confronto com o Manchester United, em Roma, será o jogo da temporada. Mas culés e bilbaínos deram um show no Mestalla. Que noite!

quarta-feira, 13 de maio de 2009

Boa nova

Um trabalho dedicado dos amigos Maurício Vargas e Pedro Venancio faz com que, pela primeira vez em sua história, o futebol brasileiro de base tenha seu próprio ranking. Há constatações bastante interessantes a partir dos números levantados: Palmeiras e Botafogo em baixa, dupla Gre-Nal com tudo, por exemplo.

Visite o ranking:

Como se formam os grandes campeões


A classificação do Palmeiras na Ilha do Retiro é o tipo de façanha que dá gás para qualquer equipe ir longe. Não que o time de Vanderlei Luxemburgo seja um qualquer, mas foi mais ou menos o que houve com o Santos diante da Ponte Preta na fase final do Paulista e também do próprio Palmeiras, em Santiago, contra o Colo-Colo.

É difícil imaginar os palmeirenses em outro desfecho que não seja a semifinal contra o Boca Juniors, já que um clube uruguaio não se posiciona entre os quatro da América do Sul desde 1989 e o Nacional não parece pronto para tanto.

No mata-mata contra o Sport, o Palmeiras venceu por detalhes muito pequenos. Foram dois embates de extrema competição, boas sacadas táticas de Nelsinho Baptista, como ao modificar a estrutura do time para o jogo na Ilha do Retiro. Luxemburgo também fez o mesmo no Palestra em dois momentos da partida, o que mostra a competência dos dois.

Os detalhes pequenos passam pelo que fez Marcos, na Ilha. Defesas fundamentais, como na cabeçada e na finalização cara a cara de Paulo Baier, ambas no primeiro tempo. No fim, uma defesa heróica e a estrela de ver a pancada de Ciro parar na trave. E claro, três pênaltis defendidos.

São Marcos, uma década após surgir, está cada vez mais santo. Sorte do Palmeiras, que pode ser campeão da Libertadores, ainda que não seja o principal favorito.

terça-feira, 12 de maio de 2009

Falta pouco...


...para o Wolfsburg ser campeão alemão. Restam dois jogos e um par de vitórias fará da equipe de Felix Magath, pela primeira vez um sua história, a maior do país. Ainda que Magath tenha anunciado que irá se transferir para o Schalke 04, clube mais popular da Alemanha, o trabalho mantém a mesma consistência que apresenta em dois anos.

Do clube que fez ousadias como contratar um D'Alessandro no auge da carreira, o Wolfsburg passou a enxergar o mercado com mais inteligência e buscou os jogadores certos para as posições certas. É inegável o talento de Magath, responsável direto por todo esse processo. Em Gelsenkirchen, o treinador que fez bom trabalho também no Stuttgart e ganhou a Bundesliga duas vezes no Bayern, seguirá como treinador e algo como diretor de futebol.

O título do Wolfsburg depende de vitórias contra Hannover, fora de casa, e Werder Bremen, em casa, na rodada final. Os Lobos enfrentarão o time de Diego possivelmente mais atento à final da Uefa. Não será fácil, pois o Bayern tem o mesmo número de pontos e o Hertha está logo atrás, com um só a menos.

Willians joga?


Ao marcar o gol de empate contra o Coritiba, no sábado, no Palestra Itália, Willians parecia uma criança ao comemorar. Jogou a camisa para o alto, correu para o alambrado, vibrou de maneira sincera. Revelação do Vitória, o sergipano de Aracaju sabe que tem uma carência nítida: na frente do gol, botar a bola nas redes é sempre um desafio. Algo natural se fosse um perna de pau, mas Willians é rápido, voluntarioso e bom jogador.

Na Ilha do Retiro, sua presença em campo ainda é dúvida. É possível que Luxemburgo recheie o meio-campo com dois volantes, soltando Cleiton Xavier na armação e empurrando Diego Souza no ataque com Keirrison. Mas se Willians atuar, a proposta de contra-ataque ganha um componente interessante, vital para esse tipo de situação.

Se Willians tivesse o gol como uma de suas virtudes, certamente seria titular na Ilha. Em 2008, foram só três em 49 jogos com o Vitória. No Palmeiras, são dois até agora - um contra a LDU, em Quito, com o gol aberto, sem goleiro, cenário que se repetiu no sábado.

Em conversa com o blogueiro na última quarta, em participação no programa Magazine, do Bandsports, Willians admitia a dificuldade em finalizar. Disse que precisava se valorizar mais e fazer gols é a melhor maneira de atingir esse objetivo, então vinha aperfeiçoando a finalização. Bom para ele é estar ciente onde pode melhorar.

segunda-feira, 11 de maio de 2009

Ligados pelo DNA


Celso Roth estreou com o Atlético Mineiro e o Grêmio já tem Marcelo Rospide em seu comando, ainda que interinamente. Em pouco tempo, o Galo já vai tentando jogar ao estilo de seu novo treinador, enquanto os gremistas mantêm o jeitão de Roth. Isso foi possível de se identificar na primeira rodada do Brasileiro.

No Olímpico, o Grêmio jogou o mesmo futebol de força, intensidade e imposição física que o caracterizou no Brasileiro de 2008. A maneira de a equipe gremista ler o jogo taticamente também é interessante: se Réver não tem a quem marcar por Kléber Pereira ser o único centroavante de ofício, pode sair para o jogo. Em pelo menos três ocasiões, o zagueiro apareceu na frente – em uma delas, pintou o gol contra o Santos.

Como são muitos bons times brasileiros na atualidade e apontar mais que três ou quatro favoritos significa ficar em cima do muro, é natural que o Grêmio não conste na primeira linha de candidatos. Mas o time, com Rospide, e possivelmente com qualquer treinador que apareça, irá manter a sua característica. E pode, sim, brigar para ser campeão brasileiro.

Na Cidade do Galo, Roth encontrou características parecidas do elenco gremista em 2008: muitos jovens jogadores, poucos grandes talentos. Já tenta jogar da mesma maneira, utilizando três beques, alas mais adiantados e dois volantes pegadores. A proposta não é fácil de ser executada e não se muda a característica de um time do dia pra noite.

Com o Grêmio, Roth teve longo tempo para treinar até o Brasileiro. Repetir a fórmula no Atlético é seu desafio.

domingo, 10 de maio de 2009

Semanário!

O bom e velho semanário

COLUNA DO OLHEIROS

Com Souza, Luxemburgo
http://www.olheiros.net/artigo.aspx?id=1193

COLUNA NA TRIVELA

Preview da Série A - parte 1
http://www.trivela.com/Futebol.aspx?secao=17

sábado, 9 de maio de 2009

Quem é que sooooobe?


Já rolou a bola nos gramados nem sempre regulares da temida - e cada vez mais rentável - Série B. Desta vez, a segunda divisão não terá a gestão da FBA Associados, que viu a CBF tomar para si o controle da competição.

Mas aqui o negócio é a bola, então rapidamente dividimos os 20 clubes em quatro escalas, com comentários bastante rápidos. Agora, se você quiser saber tudo mesmo do torneio, não deixe de acompanhar as análises e reportagens feitas pelo amigo Maurício Vargas em sua coluna da Série B na Trivela. Clique AQUI e AQUI para ler os textos.

- Top 5: VASCO, PORTUGUESA, PONTE PRETA, BAHIA E FIGUEIRENSE

Dorival Júnior definitivamente acertou os vascaínos, a despeito da decepcionante eliminação nas semifinais da Taça Rio. A expectativa é por uma campanha segura, já que o Vasco de 2009 chega na Série B ainda mais forte que o Corinthians em 2008.

A Portuguesa, ainda que com trocas de treinadores, se acertou com Bonamigo, que tem ótimo aproveitamento no Canindé e uma ótima dupla de ataque: Christian e Edno - que pode sair. A Ponte Preta é outra que cresce, reside entre os oito da Copa do Brasil e ganhou o Torneio do Interior a partir da chegada do experiente Marco Aurélio Moreira.

Bahia e Figueirense não são apostas tão seguras assim, mas levam vantagem ligeira sobre os demais. O Tricolor entrou em crise no fim do Baiano, vencido pelo Vitória, mas volta a jogar para os seus torcedores, tem um bom elenco para a Série B e uma camisa pesadíssima para a Série B.

Já o Figueira digeriu bem a eliminação prematura no Estadual, tem um bom Roberto Fernandes e alternativas de jogo interessantes.

- Comendo pelas beiradas: JUVENTUDE, FORTALEZA, ATLÉTICO-GO, PARANÁ E SÃO CAETANO

O Juventude demonstrou crescimento com Gilmar Iser na reta final do Gaúcho e sempre tem, no Alfredo Jaconi, um cenário desconfortável para os adversários, que precisarão encarar os jovens e rápidos Zezinho e Ivo dando suporte para o matador Mendes. Quem também mistura bem juventude e experiência é o Fortaleza, sensação da última Copa São Paulo, tricampeão cearense e mais organizado em relação ao último ano.

O Atlético se abalou com a perda do Goiano, mas para isso foi buscar Mauro Fernandes, o homem do acesso, que subiu o Fortaleza em 2004 e tem um elenco bom para os padrões da segundona. Paraná, com o comando de Zetti e uma ou outra boa aquisição, como Malaquias, pode dar certo trabalho. O principal trunfo do São Caetano é Sérgio Soares, que subiu o Santo André em 2008 e conhece o ABC Paulista como poucos.

- Entre a cruz e a espada: BRAGANTINO, VILA NOVA, GUARANI, IPATINGA E CEARÁ

O Bragantino poderia até ser candidato ao acesso, mas Marcelo Veiga está nas cordas por ter perdido jogadores fundamentais como Pará, Nunes e Malaquias - para concorrentes da Série B. Com isso, a campanha irregular do Paulista deve se aprofundar nos próximos meses.

O Vila Nova, que esteve com a mão no acesso ao longo de quase todo o ano de 2008, ainda vive o drama de ter deixado escapar a classificação e fez um péssimo Goiano. Tenta se reorganizar, também, sem Túlio Maravilha. O cenário do Guarani também é de tudo novo: Vadão chegou e reformulou todo o elenco, sem nomes animadores. Precisará dar liga rapidamente.

O Ipatinga, que poucos viram no Módulo II do Mineiro, tem o bom comando de Marcelo de Oliveira e uma estrutura que pode fazer valer - além de vários jogadores que subiram em 2007. O Ceará, com moradia segura na Série B há anos, tem elenco experiente, sobretudo na frente: Geraldo, ex-Náutico, Wellington Amorim, André Neles e Sérgio Alves representam o poder de fogo.

- Perigo total: BRASILIENSE, ABC, AMÉRICA-RN, DUQUE DE CAXIAS E CAMPINENSE

Os investimentos de Luiz Estevão são cada vez menores e o Jacaré fez pálida campanha em 2008, o que não deve melhorar para este ano, ainda que com o hexa no Candango. Iranildo e Adrianinho ainda são as referências.

O futebol potiguar tem dois times muito fracos para este ano, e viu pequenos ameaçarem a hegemonia da dupla ABC e América no Estadual, o que não deve mudar de figura para a Série B.

Duque e Campinense fizeram um primeiro estágio nefando na temporada, reforçando a sensação de que não têm bola para a competitiva segundona. São dois candidatíssimos ao rebaixamento em outubro, inclusive.

sexta-feira, 8 de maio de 2009

Atlético-GO e seus Luxemburguinhos


Saiu Mauro Fernandes, entrou PC Gusmão e, agora, voltou Mauro Fernandes. O Atlético Goianiense foi buscar o treinador que o colocou na Série B com o título expressivo na terceira divisão da temporada passada. Não há como não associar a dupla de protótipos com Vanderlei Luxemburgo.

O fato é que o Atlético sentiu o golpe de perder o título goiano. Vencia o jogo de ida da decisão contra o Goiás por 2 a 0, permitiu aos esmeraldinos diminuírem a vantagem e sucumbiram na finalíssima. A direção disse reduzir os gastos com a comissão técnica e certamente poder resgatar Mauro Fernandes, que esteve com o Vitória por dez jogos, foi uma saída pensada.

O treinador conhece o elenco do Dragão, na média entre os que aspiram o acesso para a primeira divisão. Elias, ex-Bahia, Anaílson - aquele mesmo -, Robston, além do zagueiro Gil e do centroavante Marcão, estes dois últimos heróis em 2008, são os principais nomes do Atlético-GO, que tem seu Luxemburguinho de volta. E o outro no olho da rua.



Foto: Goiásnet

quinta-feira, 7 de maio de 2009

O que esperar de ADRIANO no FLAMENGO


Foi tudo muito rápido para Adriano encontrar a paz que precisava. Contrato rescindido com a Internazionale, o Imperador sequer retornou para a Itália para fazer as malas. Desde que veio enfrentar Equador e Peru na América do Sul, não quis mais saber de Mourinho, Moratti e companhia. O sorriso brilhante no rosto da maior contratação do Flamengo nesta década mostra bem que a tranquilidade também poderia ter outro nome: Gávea.

Os 17 gols marcados em um semestre com o São Paulo mostraram que Adriano pode fazer muito no Brasil. Na Itália, ele novamente não foi o mesmo. Foram só sete visitas às redes no retorno para Milão. Mourinho tentou diversas formas de psicologia, posicionamentos táticos, mas o Imperador da Itália precisava de um reinado em outro lugar. Como um papel assinado vale pouco no futebol...

Adriano tem tudo para arrebentar no Flamengo. Obina, Josiel e companhia precisam ralar bastante para chegar aos seus calcanhares. No crescente time de Cuca, com jogadores como Kléberson assumindo papéis importantes e acreditando nas idéias nem sempre convencionais do treinador, faltava um craque.

Ele ainda não tem número na camisa, o que demonstra uma salutar preocupação com o marketing em torno de um jogador tão representativo. E, pode se dizer agora, feliz. Amém, rezamos aos deuses do futebol.

O desespero do Sonda


A solidão de Bolaños no Santos se reflete nos treinamentos. Quem acompanha as atividades, diz que o equatoriano, engrenagem fundamental para o título da LDU na última Libertadores, treina mal. Vágner Mancini, que era só elogios ao reforço, já não lhe relaciona mais para as partidas. Maikon Leite ganhou espaço ao se recuperar de lesão gravíssima e seu prestígio na Vila Belmiro é enorme.

A bola de Bolaños, porém, está murchinha. Para desespero do Sonda, que pagou R$ 6 milhões para trazê-lo ao Brasil. Para tentar recuperar o investimento do parceiro santista, Mancini deverá ser forçado a reintegrar o jogador à equipe. No time, tem tudo para encaixar bem como meia externo no 4231. Mas falta Bolaños acreditar, querer. E o Sonda está doidinho por isso.

quarta-feira, 6 de maio de 2009

A precisão de Iniesta


O domínio da partida entre Chelsea e Barcelona foi todo dos espanhóis. Mas adivinhe quem chutou mais em gol? Se você respondeu Blues, se enganou. Apenas o chutaço de Iniesta, nos acréscimos, exigiu uma defesa de Petr Cech. Mas a muralha tcheca não alcançou.

Em Stamford Bridge, a posse de bola esteve com o Barcelona em 68% do tempo, mas era o Chelsea que chegava com espaços, nos contra-ataques da retalhada defesa catalã. Faltou seriedade para Anelka e Drogba. Sobrou brilho para Valdés. Faltaram oportunidades para o Barça, que aproveitou a melhor delas. Mérito para o pé direito de Iniesta. Preciso.

terça-feira, 5 de maio de 2009

Ortigoza dá a vantagem para Luxemburgo


Vanderlei Luxemburgo sabia que precisava da vitória. Mais que isso, de uma surpresa tática para prejudicar a sempre rochosa formação defensiva do Sport. Por isso, pela primeira vez desde que está no Palmeiras, armou um 4-2-3-1 abrindo Willians e Marquinhos pelos lados, como ambos faziam no Vitória. A intenção era usar as costas dos dois alas e tentar matar a sobra dos pernambucanos, que jogam com três beques.

O gol, porém, veio graças à boa participação de Ortigoza na última parte do jogo. O sistema de Luxemburgo até fez com que surgissem boas oportunidades, mas o time se mostrou inadaptado à forma de jogar proposta pelo treinador. Coube à bola aérea e mais uma assistência de Cleiton Xavier para o atacante paraguaio, que se movimentou e cavou o vermelho de Hamilton.

Dava para tentar mais um gol sobre o Sport, mas o 1 a 0, especialmente por não sofrer gols em casa, é um resultado interessante para o Palmeiras. Com a vitória, Luxemburgo retoma a vantagem histórica nos confrontos contra Nelsinho Baptista. Agora, são 12 vitórias contra 11 do adversário, além de 15 empates.

Para ler a lista completa, vá ao blog do PVC e veja o levantamento completo realizado por este blogueiro e pelo próprio Paulo Vinícius.

Pedigree europeu


Já são 25 jogos sem perder na Liga dos Campeões e o atual campeão, Manchester United, já pode comprar as passagens para Roma, onde irá pegar Chelsea ou Barcelona na decisão. É difícil imaginar que a atual equipe dos Blues consiga vencer o United em uma reeedição da final passada. Cabe lembrar que, nesta temporada, o encontro mais recente entre os dois clubes teve vitória dos Red Devils por 3 a 0, em dia esquecível para Felipão.

Contra o Arsenal, Alex Ferguson manteve o 4-3-3 de Old Trafford, mas reforçou a recomposição defensiva com o "taticamente perfeito" Park. Graças à persistência do sul-coreano, saiu o gol que tornou um tormento a tarde dos Gunners. Cristiano Ronaldo, por sua vez, foi decisivo em mais um mata-mata e põe o United na decisão.

O time de Ronaldo pode se tornar o primeiro bicampeão invicto da Liga dos Campeões em todos os tempos. A Internazionale de 64, o Ajax de 72, o Nottingham Forest de 79 e o Milan de 89 foram os únicos, além do próprio United na última temporada, a vencer o torneio sem derrotas.

O último revés, aliás, foi contra o Milan, em 2007, em Milão. Foi o dia em que Kaká brilhou, os italianos fizeram 3 a 0, e o brasileiro se consagrou como o melhor da temporada. Em Roma, na decisão desta temporada, Cristiano Ronaldo pode ter um novo tira-teima pela indicação. Agora, contra Messi.

De mão em mão


Foi uma surpresa grande ver Luís Ricardo, um dos destaques da Ponte Preta na temporada 2008, sobretudo no vice-campeonato paulista, acertar com o Mirassol para o Paulista desse ano. Representava uma queda muito brusca para quem chegou a ser cotado pelo Flamengo. À época, a opção acabou sendo por Vandinho, ex-Avaí e da LA Sports. Hoje já repassado ao Sport Recife.

Rapidamente, Luís Ricardo agora é jogador do Avaí para a disputa do Campeonato Brasileiro. Acontece que, tanto o Mirassol quanto os avaianos, são tocados por grupos de empresários amigos. Os paulistas, pela Energy Sports, os catarinenses, pela LA Sports. E aí o jogador fica pulando de galho em galho.

Luís Ricardo é atacante para oferecer suporte a um centroavante, tem 25 anos, e é bom reforço para o Avaí. Só não é bom para ele ficar refém a interesses de terceiros.

segunda-feira, 4 de maio de 2009

Campeão em crise


Uma final definida nos pênaltis indica equilíbrio e realmente Flamengo e Botafogo, finalistas do Carioca pelo terceiro ano seguido, mais uma vez estiveram muito parelhos. Não há como não separar o título, de novo dos rubro-negros, pela experiência dos dois goleiros. Bruno foi o herói de uma conquista alcançada em meio a um clube em crise e isso dá ainda mais respaldo para Cuca comemorar sua primeira taça expressiva.

Prestes a ser demitido quando perdeu de maneira vexatória para o Resende nas semifinais da Taça Guanabara, ele conseguiu fazer a equipe evoluir, entender suas idéias, inventar um pouco menos e, principalmente, não deixar problemas como salários cotidianamente atrasados interferirem no dia-a-dia do clube.

Ainda assim, não é Cuca o grande técnico do campeonato. Esse título fica com Ney Franco, campeão com o Fla em 2007, quase campeão em 2009 com o Botafogo. Orçamento barato, jogadores jovens, várias perdas significativas em relação ao último ano. Mesmo assim, o barco alvinegro sempre navegou bem. A personalidade para buscar o empate na finalíssima foi prova da competência do trabalho.

Depois de um primeiro tempo com ligeiro domínio do Flamengo, criando mais com Kléberson que Ibson e dando pouco espaços, o Botafogo se postou com Eduardo como zagueiro que dava fluência pela esquerda, com Túlio Souza se movimentando bem e com a equipe criando, abrindo espaços e que, não fosse o pênalti perdido por Victor Simões, poderia virar de maneira histórica, embora o empate tenha sido o mais justo. Até mesmo para mostrar o equilíbrio gritante entre os finalistas.

domingo, 3 de maio de 2009

Campeão, invicto e sem crise

Retornar da Série B e conquistar um título como o Paulista significa reforçar o quão bem feito é o trabalho de transição corintiano desde que caiu de divisão. É essa a grande vitória que fica pelo troféu levantado por William neste domingo, no Pacaembu. Se as dúvidas existiam sobre o poder da equipe que esmagava os rivais na Segundona, elas se diluem quando o time de Mano Menezes sai vitorioso de uma decisão contra os outros três grandes.

Mano, que já havia coroado essa transição SérieB-Estadual com o Grêmio em 2006, repete o filme no Parque São Jorge e sem derrotas em 23 partidas. Sem qualquer revés e principalmente sem qualquer crise. Em um clube tão acostumado a terremotos, o treinador é um remédio, como no episódio com Ronaldo em Presidente Prudente. Mano Menezes é completamente anti-crise.

Na decisão do Pacaembu, o Corinthians voltou a oferecer espaços, desta vez principalmente a Paulo Henrique, e em algum momento passou a sensação de que poderia dar ao Santos a chance de chegar perto da façanha que precisava. Felipe novamente apareceu bem e o gol de André Santos foi um tiro na reação que os santistas esboçavam a partir do duvidoso pênalti em Kléber Pereira. Depois do empate, o jogo foi todo controlado, como no 2 a 0 contra o São Paulo.

O título que tem ainda a marca de Ronaldo, claro, também passa a idéia de que o Santos caminha no rumo certo, com um time jovem, competente e que disputou um Paulista honroso, desde a forma como se classificou às semifinais, aos dois triunfos sobre o Palmeiras e até mesmo como se portou nas decisões.

Ainda existe poesia no futebol


Seis gols no estádio de um rival que não perdia há um turno pelo Espanhol. Com um time de seis jogadores formados em casa, sem investimentos estratosféricos, e atuando de modo ofensivo, arrojado, lindo. Que faz gols ocupando o campo adversário, trocando passes e abrindo a defesa. Ou que rouba a bola na intermediária e liga os contra-ataques. Que tem sua identidade própria e representa o orgulho de seu povo.

O Barcelona, dos mais de 100 gols na temporada, aniquilou o Real Madrid dentro do Bernabéu, e mostrou que tudo isso ainda pode existir no futebol. Com Xavi dominando o meio-campo, distribuindo os passes com a maestria peculiar de seu futebol, Messi e Henry em tarde inspirada e, aliás, um Abidal praticamente perfeito no controle a Robben, o Barça venceu. Brilhou intensamente. E tem chances absolutas de levar o título nacional depois de dois anos com domínio madridista.

Semanário parrudo

Depois de uma semana em branco, volta o semanário tradicional com os textos do blogueiro nesta semana e também alguns da anterior

NO OLHEIROS

No Santos, uma nova chance para o menino Nikão, o Maradona Negro
http://www.olheiros.net/artigo.aspx?id=1181

O último suspiro do Novodizontino
http://www.olheiros.net/artigo.aspx?id=1169

NO TERRA

Reportagem: Pacaembu chega perto do superávit em 2009
http://esportes.terra.com.br/futebol/estaduais/2009/interna/0,,OI3736559-EI12403,00-Ronaldo+Santos+e+rixa+com+Morumbi+tornam+Pacaembu+viavel.html

11 façanhas que motivam o Santos para tentar o milagre no Paulista
http://esportes.terra.com.br/futebol/estaduais/2009/interna/0,,OI3734404-EI12403,00-Onze+facanhas+motivam+Santos+para+milagre+na+final.html

Por coleção, torcedor santista apela até para mendigo
http://esportes.terra.com.br/futebol/estaduais/2009/interna/0,,OI3734776-EI12403,00-Por+colecao+de+camisa+santista+apela+ate+para+mendigo.html

Colecionador explica que não era contra uniforme azul
http://esportes.terra.com.br/futebol/estaduais/2009/interna/0,,OI3734745-EI12403,00-Colecionador+diz+que+nao+era+contra+uniforme+azul.html

Corinthians tem grande retrospecto contra Atlético-PR na Copa do Brasil
http://esportes.terra.com.br/futebol/copadobrasil/interna/0,,OI3733486-EI1950,00-Corinthians+luta+para+manter+fama+de+carrasco+do+AtleticoPR.html

Rubinho, do Genoa, em interessante entrevista sobre grande fase e dia do goleiro
http://esportes.terra.com.br/futebol/europeu/2008/interna/0,,OI3721633-EI11632,00-Em+Dia+do+Goleiro+Terra+fala+com+excorintiano+Rubinho.html

Botafogo e Flamengo, cantos ao invés de gritos nas arquibancadas
http://esportes.terra.com.br/futebol/estaduais/2009/interna/0,,OI3721755-EI12405,00-Torcidas+cantantes+prometem+duelo+em+Fla+x+Botafogo.html

Remanascente de 2002, Léo diz que time campeão era especial
http://esportes.terra.com.br/futebol/estaduais/2009/interna/0,,OI3724399-EI12403,00-Remanescente+de+Leo+diz+que+time+campeao+era+especial.html

sábado, 2 de maio de 2009

Os 11 do Paulistão

Seleção em véspera de final é um perigo, mas vamos lá. Dê seus pitacos também.

FÁBIO COSTA
Não foi a partida dos sonhos na primeira perna da decisão, mas o santista foi soberbo nas semifinais contra o Palmeiras e contou com os demais concorrentes em momentos irregulares na competição.

ALESSANDRO
O melhor defensor do campeonato. Firme, constante, muito bem na defesa e no ataque. Ganhou renovação de contrato até o fim de 2010. Justíssimo.

CHICÃO
Não só os gols que fazem desse o zagueiro titular da seleção. O corintiano é sempre um leão na cobertura e na antecipação. Partidaças contra o São Paulo.

FABÃO
Enfim, esqueceram o quanto ele ganha e falam de seu futebol. Longe de grandes brilhos, mas atuações seguras e bastante lineares.

ATHIRSON
A carreira do rubro-verde, agora já no Cruzeiro, parecia acabada. No Canindé, ele renasceu e seguiu no Paulista a boa forma do último Brasileiro. Sempre poderoso na frente, uma grata surpresa.

ELIAS
O melhor jogador do Paulista. Muito bem na marcação, é o jogador que nunca se escondeu e sempre joga em direção à área adversária. Seu gol no Pacaembu contra o São Paulo foi fundamental.

CRISTIAN
O leão do meio-campo corintiano marca como ninguém no Paulista. Mostrou a mesma disposição em todos os jogos do Estadual, protegendo as costas de André Santos e aparecendo ocasionalmente no ataque. Fez o gol do campeonato contra o São Paulo.

DIEGO SOUZA
Há muitos meias que se equivaleram, como Cleiton Xavier e Neymar, mas o mais regular e presente em vários momentos importantes é o 7 do Palmeiras. Ganha dos demais por um pescoço de vantagem.

MADSON
Se havia desconfianças de torno do pequenino meia do Santos, elas foram se esvaindo a cada rodada. Sempre ligado na tomada, ele se entrega na marcação e gruda a bola em sua perna esquerda quando vai ao ataque. Presença inquestionável na equipe, o melhor santista.

KEIRRISON
O desempenho contra o Santos foi fraco, mas a primeira fase foi um cartão de visitas de primeira linha. Gols, inteligência, velocidade: o Brasil viu a afirmação de um craque no Palestra Itália.

RONALDO
Decisivo em todos os jogos das finais, o Fenômeno debutou em grande estilo, com gol contra o Palmeiras. Matou o São Paulo no Morumbi em dois minutos e fez dois gols de classe na Vila Belmiro. Difícil deixá-lo de fora.


MAIS
Relembre a seleção do último ano
http://dassler.blogspot.com/2008/05/selees.html

sexta-feira, 1 de maio de 2009

Justo


Justiça ao Grêmio. É isso, basicamente, que ficou definido a partir do fim da fase de grupos da Copa Libertadores. O chaveamento para a equipe de melhor campanha da competição é bastante acessível, com San Martín para as oitavas e, caso faça o dever de casa e prossiga, Caracas e Deportivo Cuenca. Uma visão mais ácida pode apontar que os gremistas podem chegar às semifinais sem enfrentar um time de respeito sequer.

A definição também põe Sport e Palmeiras mais uma vez frente a frente. Serão oito jogos entre as duas equipes em um período de um ano e nova edição do enfrentamento entre Luxemburgo e Nelsinho Baptista. Os pernambucanos merecem o favoritismo, também, por fechar o confronto na Ilha do Retiro. Mas a disposição palmeirense em Santiago na última quarta foi bastante considerável.

No mais, é possível vislumbrar uma parada dura para o Boca Juniors chegar até a semifinal, com Defensor nas oitavas e o vencedor de Libertad e Estudiantes em eventuais quartas. Dá pra prever também que São Paulo e Cruzeiro, respectivamente adversários de Chivas e Universidad do Chile, se trombem na próxima fase.

Trocando em miúdos: começou a Libertadores de verdade.

Para ver a chave completa:
http://esporte.uol.com.br/futebol/campeonatos/libertadores/2009/chave.jhtm