quarta-feira, 31 de outubro de 2007

Futebol brasileiro

Hoje, publico a coluna originalmente publicada na Trivela, às segundas-feiras.

Para ler o texto na íntegra, com direito a sete parágrafos sobre a crise do Remo, clique aqui:

"Mundo alternativo"

Você já imaginou Aloísio negociando um novo patrocínio para o São Paulo? Ou, ainda, Vitório Pífero e Fernandão escolhendo treinador no Internacional? Tcheco, ao invés de Mano Menezes, dando treinamento coletivo no Grêmio? Situações como essas, no futebol do século XXI, cada vez mais profissional, soam como surreais. Todas elas, porém, aconteceram no Vasco da Gama, um clube totalmente à parte na cena nacional.

Jogava-se o Campeonato Carioca e, às voltas com a iminência de seu gol mil, Romário fechou, com o conturbado Banco BMG, um patrocínio para o Vasco. A logomarca na camisa vascaína, sem estampas desde 2000, rendeu bons dividendos ao atacante. Segundo se comentou, ele ficou com pelo menos 60% dos valores.

Credor do clube e amigo pessoal de Eurico Miranda, o baixinho Romário faz o que quer em São Januário. Não é possível esquecer o constrangimento de Dário Lourenço, em 2005, vendo o atacante comandar um treinamento coletivo. Tais cenas, porém, se repetiram na última semana, em que o jogador foi treinador interino.

Após isso, ele ainda teve participação decisiva na escolha de Valdir Espinosa. Segundo foi apurado, Antônio Lopes chegou a ter cotada sua quarta passagem por São Januário. Foi o camisa 11, porém, quem vetou a contratação.

É complicado saber se o Vasco dá moral a Romário, justamente, por ter que lhe pagar uma fortuna. Estátua em São Januário e camisa 11 imortalizada, ao que parece, são requintes que o Baixinho não merecia mais que outros ídolos maiores e mais importantes, como Roberto Dinamite. Mas, seu prestígio com Eurico Miranda, é enorme. Vale lembrar das metáforas de Edmundo: “Agora, a corte está completa. O rei, o príncipe e o bobo”.

Prova disso é a contratação surpreendente de Valdir Espinosa. Suas últimas passagens pelo futebol carioca, por Fluminense em 2004, e Flamengo em 2005, foram tão esquecíveis quanto breves. Neste ano, também ficou menos de seis meses no Cerro Porteño e fez um trabalho abaixo da crítica no Santa Cruz, tendo passado ainda por São Januário como auxiliar de Renato Gaúcho. Jogador seu, em 1983, nos últimos e únicos títulos significativos de sua carreira. Esta, aliás, sempre em alta por clubes como o Vasco.

Parecem claros, porém, os motivos pela predileção ao rodado treinador. Ainda mais pela demissão de Celso Roth ter ocorrido apenas três dias após a não escalação de Romário no clássico contra o Flamengo. Experiente e com enorme jogo de cintura, Espinosa dará alguma motivação aos jogadores e não se acanhará em ceder aos caprichos do Baixinho e de Eurico Miranda.

A saída de Celso Roth, seis jogos antes do fim do Campeonato Brasileiro, não se justifica. Por mais que houvesse uma queda absurda de produção e resultados, os números e a campanha do treinador gaúcho ainda estavam acima do esperado para um elenco tão frágil como do Vasco da Gama. Sem perspectivas reais de rebaixamento, ao menos o treinador cumpriria seu contrato e, ao fim do ano, ficaria mais oportuno definir se haveria, ou não, uma mudança de planos para 2008. Mas, pensar o óbvio, nem sempre, é uma prática comum em São Januário.

6 comentários:

Juliana Loreto disse...

nhoiiiiiiiiiiii


:D


(L)³³³

Gerson Sicca disse...

em quatro anos o paysandu foi do céu a inferno. E os quatro meses de salários atrasados do remo já viraram cinco.

Unknown disse...

Dassler, preciso falar com você. Por favor, entre em contato pelo meu email: brupsilva@gmail.com

Abraços!
http://pandegosepatuscos.blogspot.com

Anônimo disse...

Discordo da parte do texto em que fala que não era hora de Celso Roth ser demitido. O Vasco vinha jogando muito mal, e o Celso Roth não abria mão daquele estilo defensivo dele. Jogar com 3 zagueiros contra o Flamengo, que só tinha 1 atacante, foi o cúmulo.

Quando o Roth saiu, estavamos a apenas 3 pontos de rebaixamento, e do jeito que o time vinha jogando, o descenso era mais que iminente.

Falar que a campanha, no atual estágio, estava acima do esperado, é uma brincadeira de extremo mau gosto. O tal "elenco frágil" posui a melhor dupla ofensiva do país (Leandro Amaral e Conca) e alguns bons valores como Wagner Diniz, Vilson, Perdigão e Andrade. Um elenco, que na minha concepção, é melhor que o do Gremio e do Palmeiras, por exemplo.

Como Valdir Espinosa será um treinador "tampão", a escolha se justifica, já que em janeiro teremos um novo treinador.

do Vasco pode-se falar tudo, menos que não dá tempo para o treinador trabalhar. nenhum outro clube brasileiro, teria a paciência que o Vasco teve com o Celso Roth, de depencar do 3o. para o 12o. lugar, e sua demissão sequer ser cogitada.

de resto, concordo com o texto, quando diz que o Romario, com o aval do Eurico, faz o que quer com o Vasco. só acho que tem que separar o Vasco "time", do Vasco "bastidor". do Botafogo, que tem um presidente "bonzinho", ninguem fala...

Anônimo disse...

Você já imaginou Aloísio marcando 1000 gols na carreira? Ou, ainda, Vitório Pífero e Fernandão sendo decisivos para a conquista de uma Copa do Mundo? Tcheco tornando-se artilheiro do Campeonato Brasileiro aos 39 anos? Cada uma...

Romário é Romário e o Vasco é o Vasco.

"Vasco da Gama, um clube totalmente à parte na cena nacional." Desde 1898.

Unknown disse...

quem o botafogo ainda vai contratar e em quem esta tentando?