terça-feira, 28 de abril de 2009

Auf Wiedersehen*


Com a justificativa de que os objetivos mínimos para a temporada – leia vaga na Liga dos Campeões – corriam riscos, o Bayern de Munique disse adeus para Jürgen Klinsmann. As argumentações dos dirigentes bávaros são bastante plausíveis, já que o clube vê Hertha e Wolfsburg à sua frente e ainda um linear Hamburgo e um ascendente Stuttgart com os mesmos números de pontos.

Klinsmann diz ter deixado um time para o futuro, mas não é verdade. Seu modo de lidar com jogadores jovens, como Toni Kroos e Breno, esteve longe do ideal, e a sucessão de Oliver Kahn foi um fracasso com Rensing. Ainda jovem, Schweinsteiger segue instável e seu contemporâneo Podolksi é outro que só brilha quando veste as cores do Nationalmannschaft.

O técnico também fracassou em extrair o melhor de dois dos atacantes mais goleadores do continente. Klose ampliou sua má fase sob o comando de Klinsmann e Luca Toni não é o mesmo desde que disputou a Eurocopa. Dependente de Ribery, que tem chances razoáveis de trocar Munique por Barcelona, o Bayern se mostrou um time completamente maluco.

Irregular, capaz de vencer o Sporting por sete gols e, poucos dias depois, sofrer quatro do Barcelona em 45 minutos e mais cinco do Wolfsburg, o Bayern foi demais mesmo para Klinsli. Cada vez mais, fica a sensação de que os méritos por alguns bons jogos na Copa do Mundo devem ser divididos com Löw, que mostrou virtudes táticas e estratégicas na Eurocopa.

Um clube médio pode ser uma boa para Klinsmann crescer como treinador e poder, realmente, assumir um grande trabalho. Pois o Bayern, ficou provado, não era para ele.
* Auf Wiedersehen é algo como bye bye em bom alemão