sábado, 18 de abril de 2009

Joga pra você, Elias!


A primeira vez que vi Elias em ação foi um dia histórico. O palco era a Rua Javari e o hoje volante corintiano defendia o Juventus, contra o Linense, na decisão da Copa Federação Paulista de Futebol, em novembro de 2007. Naquele local de atmosfera tão particular, o meia juventino se destacava. O inesquecível Bindi ainda me apontou: "ele era da base do Palmeiras". E com um gol daquele Elias, o Juventus deixou o campo com a taça, conquistada com a derrota por 3 a 2, mas com contornos épicos.

Sérgio Guedes, um treinador com olho clínico para identificar talentos, levou Elias para a Ponte. Jogando mais uma vez como meia-atacante, ele foi um dos melhores jogadores do Paulista, em que foi vice-campeão. E logo partiu para o Corinthians, nessa vida de idas e vindas que só o futebol pode proporcionar.

Deslocado para a "volância" por Mano Menezes, Elias, aquele negro pequenino, discreto, se tornou o nome mais regular da equipe. Contra adversários fechados, é a arma surpresa, que vem de trás e abre espaços. Como contra o São Paulo, no último domingo, em que passou como uma flecha pelos beques e pôs nas redes de Rogério Ceni. De bico e de esquerda.

Curiosamente, esta semana conversei com Armando Raucci, presidente do Juventus, que acaba de cair para a Série A-3 do Paulista. Ele explicava que Elias sempre foi assim, discreto e eficiente. "Ele ganhava só R$ 2 mil por mês aqui. E eu dizia que ele era bom, que precisava parar de jogar para o time e jogar mais pra ele".

Elias não ouviu os conselhos de seu Armando, continua o mesmo. Mas hoje pode dizer que venceu na vida.

Um comentário:

Roberto Piantino disse...

Fataço. Estava lá também naquele dia na Javari e, desde então, acompanho a carreira do Elias. Crescimento a olhos vivos.

Espero não estar enganado, mas pode se tornar um jogador para a seleção brasileira no futuro.