Os fracassos dentro de campo das equipes de Dunga e especialmente Maradona ficaram marcados na fase de quartas de final da Copa do Mundo. O banho coletivo e tático da Alemanha sobre a Argentina expôs uma diferença gritante no conjunto das duas equipes: alemães marcavam à frente, atacavam e defendiam com quase todos os jogadores e chegavam na área para finalizar sempre em triangulações e jogadas combinadas. Os argentinos, como bem observou Joachim Löw, eram um time dividido: cinco para defender, cinco para atacar. Um rascunho de time. Não dá para crucificar Messi.
É ingênuo demais imaginar que uma atuação tão superior de um time sobre outro, com jogadores tecnicamente equivalentes, não tenha interferência de um treinador, para o bem ou para o mal. Maradona, como Dunga, soube caminhar bem na administração do grupo fora de campo, criou um ambiente favorável entre os jogadores e trouxe o povo para o lado da seleção. Transformar grandes jogadores em um grande time não é tão simples quanto isso. Isso, nem El Pibe e nem seus auxiliares conseguiram.
Outro exemplo importante onde se nota a interferência de um treinador está entre os ganenses. Não deve ser por acaso que todas as melhores campanhas africanas na história das Copas (Marrocos-86, Camarões-90, Senegal-02 e Gana-10) tinham um técnico estrageiro à frente. O sérvio Milovan Rajevac fez os Estrelas Negras atuarem de uma forma coletivamente muito sólida, com variações importantes e preservando algumas características próprias daquele continente. Gana foi superior ao Uruguai e só não chegou à semifinal por essas maravilhas que nos fazem ser apaixonados pelo futebol.
O próprio crescimento de paraguaios e uruguaios nos últimos anos é fruto de trabalhos dedicados. As duas seleções têm poucos diferenciais técnicos, especialmente os rojiblancos, mas seus jogadores, unidos, jamais vendem barato uma derrota. O Uruguai segue na Copa graças à organização que tem em campo, à leitura de jogo quase sempre muito correta e a uma estrela inegável. Mesmo quando esteve contra as cordas, a Celeste mostrou sua grandeza. Um time só não pode é ficar refém de sua camisa, como fez a Argentina ao entregar seus talentos a Maradona.
Por fim, um trabalho acima de qualquer treinador é o da Espanha. Das mais jovens seleções de base ao time adulto, passando pela concepção de jogo de vários clubes do país, há uma mentalidade muito clara. As participações de Luis Aragonés e Vicente del Bosque, não exatamente grandes estrategistas, se resumem muito mais à escolha dos jogadores e ao posicionamento deles em campo. O que torna ainda mais encantador o futebol jogado sob o ritmo de Xavi e Iniesta.
ESPANHA (4-2-3-1) x PARAGUAI (4-4-2)
Melhor em campo: Iniesta
Melhor do Paraguai: Villar
O leão: David Villa
O preguiça: Cardozo
A imagem do jogo: A bola batendo três vezes na trave antes do gol espanhol
ALEMANHA (4-2-3-1) x ARGENTINA (4-1-3-2)
Melhor em campo: Schweinsteiger
Melhor da Argentina: Di María
O leão: Lahm
O preguiça: Heinze
A imagem do jogo: Maradona, conformado e desolado, dando adeus à Copa
URUGUAI (4-4-2) x GANA (4-2-3-1)
Melhor em campo: Forlán
Melhor de Gana: Kevin-Prince Boateng
O leão: Cavani
O preguiça: Asamoah Gyan
A imagem do jogo: Luis Suárez, do inferno ao céu, após o pênalti perdido por Asamoah Gyan
É ingênuo demais imaginar que uma atuação tão superior de um time sobre outro, com jogadores tecnicamente equivalentes, não tenha interferência de um treinador, para o bem ou para o mal. Maradona, como Dunga, soube caminhar bem na administração do grupo fora de campo, criou um ambiente favorável entre os jogadores e trouxe o povo para o lado da seleção. Transformar grandes jogadores em um grande time não é tão simples quanto isso. Isso, nem El Pibe e nem seus auxiliares conseguiram.
Outro exemplo importante onde se nota a interferência de um treinador está entre os ganenses. Não deve ser por acaso que todas as melhores campanhas africanas na história das Copas (Marrocos-86, Camarões-90, Senegal-02 e Gana-10) tinham um técnico estrageiro à frente. O sérvio Milovan Rajevac fez os Estrelas Negras atuarem de uma forma coletivamente muito sólida, com variações importantes e preservando algumas características próprias daquele continente. Gana foi superior ao Uruguai e só não chegou à semifinal por essas maravilhas que nos fazem ser apaixonados pelo futebol.
O próprio crescimento de paraguaios e uruguaios nos últimos anos é fruto de trabalhos dedicados. As duas seleções têm poucos diferenciais técnicos, especialmente os rojiblancos, mas seus jogadores, unidos, jamais vendem barato uma derrota. O Uruguai segue na Copa graças à organização que tem em campo, à leitura de jogo quase sempre muito correta e a uma estrela inegável. Mesmo quando esteve contra as cordas, a Celeste mostrou sua grandeza. Um time só não pode é ficar refém de sua camisa, como fez a Argentina ao entregar seus talentos a Maradona.
Por fim, um trabalho acima de qualquer treinador é o da Espanha. Das mais jovens seleções de base ao time adulto, passando pela concepção de jogo de vários clubes do país, há uma mentalidade muito clara. As participações de Luis Aragonés e Vicente del Bosque, não exatamente grandes estrategistas, se resumem muito mais à escolha dos jogadores e ao posicionamento deles em campo. O que torna ainda mais encantador o futebol jogado sob o ritmo de Xavi e Iniesta.
ESPANHA (4-2-3-1) x PARAGUAI (4-4-2)
Melhor em campo: Iniesta
Melhor do Paraguai: Villar
O leão: David Villa
O preguiça: Cardozo
A imagem do jogo: A bola batendo três vezes na trave antes do gol espanhol
ALEMANHA (4-2-3-1) x ARGENTINA (4-1-3-2)
Melhor em campo: Schweinsteiger
Melhor da Argentina: Di María
O leão: Lahm
O preguiça: Heinze
A imagem do jogo: Maradona, conformado e desolado, dando adeus à Copa
URUGUAI (4-4-2) x GANA (4-2-3-1)
Melhor em campo: Forlán
Melhor de Gana: Kevin-Prince Boateng
O leão: Cavani
O preguiça: Asamoah Gyan
A imagem do jogo: Luis Suárez, do inferno ao céu, após o pênalti perdido por Asamoah Gyan
Um comentário:
Opa, blz?Muito bom o seu blog.Esta afi mde fazer parceria eu ADD o seu blog e vc ADD o meu nos seu links de blogs?
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