domingo, 4 de outubro de 2009

Lopes, o salvador


Antonio Lopes é um treinador experiente e bastante razoável, mas sua contratação não parecia uma boa medida para salvar o Atlético-PR. Desde que deixou o Corinthians em 2006, foram quatro trabalhos por clubes diferentes no Brasileiro e um aproveitamento fraquíssimo, de 33%. Daí se imaginar que apostar nele era pegar um atalho para a Série B. Lopes, então, arregaçou as mangas e faz trabalho de primeiro nível em seu retorno à Arena da Baixada.

O time que venceu o Corinthians e 29 mil torcedores no Pacaembu vai muito bem com o experiente treinador. Foi o décimo jogo pelo Brasileiro, com seis vitórias e um empate, suficiente para sair da zona do rebaixamento e elevar o aproveitamento que era terrível, com 31%. Hoje, são oito pontos a mais que o Náutico, o 17º da tabela.

O crescimento vem com uma zaga bem arrumada, com Manoel, zagueiro destaque da última Copa São Paulo, jogando o fino da bola, normalmente com Nei a seu lado em uma linha de três atrás. Outra aposta de sucesso foi em Wesley, curinga do time, um dos principais dribladores da Série A e homem de confiança. A dupla Valencia-Rafael Miranda também é firme e linear, enquanto até mesmo Paulo Baier e Marcinho parecem comprometidos, marca maior do time.

Exigir de Lopes um time que brigue muito acima da zona de rebaixamento não é possível. O Atlético-PR de hoje, montado com jovens e pouco dinheiro, não tem capacidade de vencer os adversários na superação técnica e nem se sente seguro para dominar uma partida. Mas vende derrotas, como a última diante do Palmeiras e também contra o Atlético-MG, por um preço caríssimo, e arranca resultados expressivos, como bater o Corinthians no Pacaembu.

Antonio Lopes, artífice da reação, está renovado. Faz trabalho para salvar o Atlético-PR de um rebaixamento anunciado.

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