quinta-feira, 24 de maio de 2007

Carletto


A enorme turma que adora odiar Carlo Ancelotti pode se render. Com Ambrosini e tudo,o italiano foi um dos principais responsáveis pelo título europeu, que aliás, parece ser sinônimo de Milan. Mesmo com dificuldades em termos de elenco, sobretudo atacantes, mesmo com muitas lesões, mesmo com vários veteranos, Ancelotti traçou uma estratégia de jogo e confiou nela até o final.

Protegeu uma defesa que, mesmo competente, era muito lenta. Assim, usou e abusou do talento de Kaká, melhor da competição, e confiou a Seedorf a alcunha de seu fiel auxiliar. E o holandês jogou demais. Contra Bayern de Munique, é que Ancelotti conseguiu o encaixe perfeito do time que tanto hesitou nas fases anteriores e atropelaria o incrível Manchester United.

Com um meio-campo sólido e espaço para Kaká e Seedorf, o Milan foi soberbo. Inzaghi, sujeito dos mais predestinados no futebol atual, agradeceu a preferência do treinador com dois gols de centroavante. E Ancelotti, com seu segundo título europeu, soube aproveitaro que tinha de melhor em mãos e, à sua visão particular do esporte, venceu. E é um vencedor, por mais incrível que possa parecer.

3 comentários:

Maurício disse...

Seedorf esteve sumido, e o Kaká apareceu pouco tb...mas aquele drible dele no primeiro tempo valeu o ingresso.

E o que dizer do Inzaghi? Ele devia parar de tentar fazer gol, porque só faz gol sem querer hahaha

abraço poio

André Rocha disse...

Os méritos do Ancelotti são intransferíveis. Por mais que a gente brinque, a entrada do Ambrosini foi providencial. Liberou Pirlo para armar um pouco mais à frente e Kaká e Seedorf puderam ficar mais próximo do gol adversário. E a escolha de Inzaghi foi iluminada. Para completar sua noite de sorte, Benitez foi profundamente infeliz ao tirar Mascherano e demorar a colocar Crouch. Facilitou o trabalho de Carlo...Abraço!

Anônimo disse...

O Ancelotti é o famoso "teimoso que dá certo". Teima com algumas coisas que ninguém entende, mas, normalmente, acaba provando que tinha razão.

Em defesa dele, um argumento: o Ambrosini só foi titular desse time porque as opções para o ataque inexistiam no elenco milanista. Toda vez que ele teve dois atacantes de qualidade na equipe, ele os utilizou. Até quando eram Crespo e Shevchenko, indo contra muitos que consideravam que o uso de dois centro-avantes em somente uma equipe não costuma dar certo (eu incluso).

E, até nessa Liga dos Campeões, mesmo sem duas boas opções para o ataque, ele tentou. Só mudou o esquema quando viu que não havia jeito.

Apesar de todos os méritos, ele continua não sendo dos técnicos de minha predileção.

Abraços!