Segundo conta a história, os dinossauros são os seres que habitaram a Terra do período Jurássico ao Cretácico, há mais de 200 milhões de anos atrás. Entre as suas características peculiares, destacam-se a bravura e a longevidade, capaz de lhes manterem em atividade por muitos e muitos anos.
Ainda que possa parecer obscuro e duvidoso, há quem defenda que os dinossauros, possivelmente já extintos, tenham reencarnado na alma de jogadores de futebol. De acordo com a teoria, os atletas se utilizaram da longevidade propiciada pelos animais e assim fizeram de suas carreiras uma trajetória fantástica, quase uma história sem fim. Mas como tudo um dia termina - até os dinossauros - estes monstros sagrados da bola deram adeus neste fim de semana.
- Tiranoscholl -
Na manhã de sábado, Mehmet Scholl, alemão de origem turca com um refinamento técnico todo sul-americano, foi o primeiro a dizer adeus neste fim de semana triste para os fãs da bola. Scholl teve para si uma Allianz Arena toda apaixonada por ele que, durante quinze temporadas, encantou os bávaros com um estilo de jogo que aliava muita habilidade a um futebol de extrema leveza.
Colaborou de maneira direta para que o Bayern conquistasse a Bundesliga por oito oportunidades. A Copa da Alemanha, venceu outras cinco e, em 2001, a Liga dos Campeões. Ainda houve tempo para uma Copa Uefa, em 1996, mesmo ano em que, pelo Nationalelf, conquistou a Eurocopa.
Scholl parte do futebol em um momento em que as dificuldades físicas, marcas de sua carreira, já superavam os enormes atributos técnicos. Ainda que seja uma época de fortes perspectivas para o futebol dentro da Alemanha, não parece surgir um meio-campista de toque refinado quanto este cerebral camisa 7 do Bayern de Munique. Camisa aliás, que poucos souberam honrar tanto quanto ele, um sujeito capaz de atravessar gerações com uma qualidade bem peculiar.
- Peruzzidátilo –
Angelo Peruzzi perdeu duas Copas do Mundo (94 e 98) e uma Eurocopa (2000) por lesão. E acredite: ele é um sortudo! Não que sua enorme capacidade debaixo das traves tenha caído do céu, mas Peruzzi, de tantas façanhas por Lazio e especialmente Juventus, foi um dos maiores arqueiros que a Itália já viu. E rivalizar com Buffon e Dino Zoff não é uma tarefa das mais simplórias.
É normal ficar impressionado com a segurança que Peruzzi transmitiu como goleiro. Com apenas 1,81m de altura, o italiano ainda deixou sempre a sensação de que tinha uns quilos a mais. Se tinha ou não, só a balança pode confirmar. O fato é que, mesmo já com os 37 anos atuais, o arqueiro que acaba de deixar a Lazio e o futebol era dos mais seguros na Série A.
Ainda que tenha perdido duas Copas do Mundo, Peruzzi foi o reserva imediato de Buffon na Copa 2006. Segundo confidenciou De Rossi, meia da Roma, o experiente goleiro foi um dos segredos no sucesso italiano. Sucesso aliás que marcou a carreira pautada por um título de Liga dos Campeões, outro de Copa da Uefa, outro de Mundial Interclubes, além de três scudetti.
- Costactosaurus –
Alessandro Costacurta desafiou os limites da bola ao se manter em ação até os 41 anos de idade. Tido sempre como um zagueiro de aplicação, profissionalismo e desarme acima da média, foi um gigante em um país que, tradicionamente, produz defensores de primeira linha em grande escala. Talvez por isso, não se faça presente em alguns selecionados históricos que se possa fazer, o que obviamente não diminui a carreira de um dos principais centrais da história do Milan.
Parte importante no sistema defensivo do Milan do fim dos anos 80 e início da década de 90, Costacurta formou com Baresi, Tassoti e Maldini a linha defensiva que reformulou o sistema de marcação do futebol italiano. Já nos dias atuais, com importância secundária para o time titular, se manteve firme como homem de confiança de Carlo Ancelotti.
Com a camisa rossonera, foram sete títulos de Série A e quatro Liga dos Campeões (ainda pode vencer a quinta). Na extensa galeria ainda constam cinco vitórias na Supercopa Italiana, outras quatro na européia, além de uma Copa Itália e dois Mundiais Interclubes. Sensacional!
Ainda que possa parecer obscuro e duvidoso, há quem defenda que os dinossauros, possivelmente já extintos, tenham reencarnado na alma de jogadores de futebol. De acordo com a teoria, os atletas se utilizaram da longevidade propiciada pelos animais e assim fizeram de suas carreiras uma trajetória fantástica, quase uma história sem fim. Mas como tudo um dia termina - até os dinossauros - estes monstros sagrados da bola deram adeus neste fim de semana.
- Tiranoscholl -
Na manhã de sábado, Mehmet Scholl, alemão de origem turca com um refinamento técnico todo sul-americano, foi o primeiro a dizer adeus neste fim de semana triste para os fãs da bola. Scholl teve para si uma Allianz Arena toda apaixonada por ele que, durante quinze temporadas, encantou os bávaros com um estilo de jogo que aliava muita habilidade a um futebol de extrema leveza.
Colaborou de maneira direta para que o Bayern conquistasse a Bundesliga por oito oportunidades. A Copa da Alemanha, venceu outras cinco e, em 2001, a Liga dos Campeões. Ainda houve tempo para uma Copa Uefa, em 1996, mesmo ano em que, pelo Nationalelf, conquistou a Eurocopa.
Scholl parte do futebol em um momento em que as dificuldades físicas, marcas de sua carreira, já superavam os enormes atributos técnicos. Ainda que seja uma época de fortes perspectivas para o futebol dentro da Alemanha, não parece surgir um meio-campista de toque refinado quanto este cerebral camisa 7 do Bayern de Munique. Camisa aliás, que poucos souberam honrar tanto quanto ele, um sujeito capaz de atravessar gerações com uma qualidade bem peculiar.
- Peruzzidátilo –
Angelo Peruzzi perdeu duas Copas do Mundo (94 e 98) e uma Eurocopa (2000) por lesão. E acredite: ele é um sortudo! Não que sua enorme capacidade debaixo das traves tenha caído do céu, mas Peruzzi, de tantas façanhas por Lazio e especialmente Juventus, foi um dos maiores arqueiros que a Itália já viu. E rivalizar com Buffon e Dino Zoff não é uma tarefa das mais simplórias.
É normal ficar impressionado com a segurança que Peruzzi transmitiu como goleiro. Com apenas 1,81m de altura, o italiano ainda deixou sempre a sensação de que tinha uns quilos a mais. Se tinha ou não, só a balança pode confirmar. O fato é que, mesmo já com os 37 anos atuais, o arqueiro que acaba de deixar a Lazio e o futebol era dos mais seguros na Série A.
Ainda que tenha perdido duas Copas do Mundo, Peruzzi foi o reserva imediato de Buffon na Copa 2006. Segundo confidenciou De Rossi, meia da Roma, o experiente goleiro foi um dos segredos no sucesso italiano. Sucesso aliás que marcou a carreira pautada por um título de Liga dos Campeões, outro de Copa da Uefa, outro de Mundial Interclubes, além de três scudetti.
- Costactosaurus –
Alessandro Costacurta desafiou os limites da bola ao se manter em ação até os 41 anos de idade. Tido sempre como um zagueiro de aplicação, profissionalismo e desarme acima da média, foi um gigante em um país que, tradicionamente, produz defensores de primeira linha em grande escala. Talvez por isso, não se faça presente em alguns selecionados históricos que se possa fazer, o que obviamente não diminui a carreira de um dos principais centrais da história do Milan.
Parte importante no sistema defensivo do Milan do fim dos anos 80 e início da década de 90, Costacurta formou com Baresi, Tassoti e Maldini a linha defensiva que reformulou o sistema de marcação do futebol italiano. Já nos dias atuais, com importância secundária para o time titular, se manteve firme como homem de confiança de Carlo Ancelotti.
Com a camisa rossonera, foram sete títulos de Série A e quatro Liga dos Campeões (ainda pode vencer a quinta). Na extensa galeria ainda constam cinco vitórias na Supercopa Italiana, outras quatro na européia, além de uma Copa Itália e dois Mundiais Interclubes. Sensacional!
6 comentários:
Chefinho, mandou muito, pra variar :)
A despedida de Costacurta me deixa triste. É o sinal do fim de uma geração espetacular de Baresi, Donadoni e até Ancelotti. Só falta o Maldini! O bom para o clube é que estes símbolos do clube permanecem por lá colaborando. Valeu, Dassler!
hehehe curti os nomes...e o texto tb neh, logico...vo coloca eles nos meus classic players do winning eleven!
abraço
Muito bem observado...
Tem o romariossauro tb, mas esse ainda queremos ver desfilando por ae.
Abraço!
Muito bom texto Dassler. 3 grandes jogadores, que deixarão saudades em seus clubes e uma lacuna, que a princípio, parece incerta se vai poder ser tampada ou não. Mas deixarão saudades sem dúvida. Esses são daqueles típicos jogadores, que poderiam ser imortais, para que nós possamos ver cada vez mais. Abraço.
Aí... mito maneiro seu estilo de escrita... falando de futebol de um jeito diferente... já não é a primeira vez que vejo e acredito que não será a última.
Boa sorte e sucesso!
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