quinta-feira, 31 de maio de 2007

Origens


Há quem diga que perder faz bem. Traz lições, aumenta a confiança em alguns casos, dá uma sede maior de vitória. E ficar de fora de duas Copas do Mundo, ao que parece, fez bem para a Colombia. Se a tese carece de maior estudo para ser comprovada ou não, o Deportivo Cúcuta, ao menos, parece ser cada dia mais um argumento forte de que o país combina com jogo ofensivo.

Com um futebol arrojado, corajoso e de velocidade, o time que venceu o Boca Juniors por 3 a 1 nesta quinta-feira, está longe de ser um Once Caldas, campeão continental é verdade, mas incapaz de criar fãs pelo mundo afora. Mais que isso, não fez bem ao futebol colombiano.

Mesmo que seja superado pelo Boca Juniors em La Bombonera, a herança do Cúcuta parece grande. Blas Pérez, vice-artilheiro da Libertadores com oito gols, é um atacante muito interessante. Este que vos escreve, aliás, já falava dele há algum tempo em texto publicado pela Trivela. Há poucos dias, Pérez ainda fez um golaço contra o Nacional, pelas quartas-de-final Diante do Boca, uma belíssima jornada mais uma vez do atacante já negociado com o Hércules da Espanha (merecia coisa melhor).

Vale também ressaltar o arrojo de Jorge Luis Bernal. Primeiro, por lançar o meia Córdoba ainda na primeira etapa e mudar completamente o panorama da partida. Depois, por surpreender e já na reta final, lançar mão de Pajoy, outro atacante, quando o normal seria recuar o time. Ousadia premiada. E o futebol colombiano grande mais uma vez.

3 comentários:

Arthur Virgílio disse...

O Blas Pérez é o do Dodô da Colombia. O panamenho só faz golaço. O Cúcuta marca forte com Rincon, mas tem a ousadia de Asprilla.

Anônimo disse...

E o link do Blog do Carlão? Hehe! Valeu, cara!

Gerson Sicca disse...

O Cúcuta é um time muito bom, com um meio que toca bem a bola, um matador de extrema categoria e uma defesa com velocidade suficiente para conter o ataque adversário e ainda permitir o contra-ataque quando rouba a bola, pois joga fácil.
Só que, se não me engano, há muitos estrangeiros no time. Não sei qtos poderiam ser apontados como fruto de uma nova geração do futebol colombiano.
Abraço