domingo, 27 de setembro de 2009

Se vier, título do Palmeiras será justo


O Palmeiras abriu seis pontos sobre o vice-líder São Paulo, que precisará vencer o clássico com o Corinthians para conseguir ver o rival de perto. Tudo isso após uma rodada que se anunciava problemática ao time de Muricy Ramalho, com os são-paulinos em campo neutro contra o Santo André e uma peleja dura no Mineirão contra o Cruzeiro. Três dias depois, outro jogo complicado, mas os palmeirenses suaram sangue e “coparam” seis pontos.

Há algumas características na campanha palmeirense que indicam merecimento no Brasileiro, especialmente por parte da direção do presidente Belluzzo, do faz-tudo Gilberto Cipullo e de Toninho Cecílio, tripé essencial.

O comando palmeirense merece elogios desde que conduziu com serenidade a transição Luxemburgo-Muricy. Primeiro foi perfeito ao compreender que Luxa não é mais o treinador que sobrava, característica muito mais adequada a Muricy Ramalho, que estava livre no mercado. Em seguida, foi perfeito e duro ao segurar todos os titulares, exceto Keirrison, em tempos de janela de transferências, dobrando os investidores e bancando as permanências de Pierre e Diego Souza.

Não fosse suficiente, o Palmeiras fez o que todos tentavam há pelo quatro anos: repatriar Vagner Love. É provável que o esforço financeiro tenha sido grande, mas os dirigentes foram perfeitos em abdicar de Mozart, que tinha alto salário e nada oferecia. Love recompensou com um gol contra o Cruzeiro que, provavelmente, nenhum outro atacante do elenco palmeirense faria.

A sorte recompensou o esforço e a competência do Palmeiras novamente contra o Atlético-PR. O clube trabalhou bem nos bastidores e bancou Danilo em campo contra seu clube de origem. Se ele não estivesse em campo, o time teria jogado sem seus dois zagueiros titulares, já que Maurício Ramos se machucou de início. Depois, Danilo ainda fez o gol da vitória e, no fim, salvou outra bola em cima linha.

sábado, 26 de setembro de 2009

Pergunta do sábado: qual o maior cabeceador do Brasileiro?


Washington, Fred, Kléber, Ronaldo, Adriano, Nilmar, Diego Tardelli e, mais recentemente, Vagner Love. O Brasileiro de 2009 tinha tudo para ser recheado de grandes artilheiros, mas cada qual teve seus problemas para ficar abaixo do que se podia supor. Nesse cenário, também não há nenhum grande cabeceador da estirpe de Leivinha, Baltazar, Jardel ou mesmo Sandor Kocsis. Após 25 rodadas, o fundamento é dominado por dois, de certa forma, azarões.

Até aqui, o colorado Alecsandro e o rubro-negro Fabiano são os jogadores com mais gols de cabeça: cinco para cada um. Surpresa ainda mais é ver o ex-tricolor no topo da lista: primeiro por ser um meia, segundo por ter chegado com o Brasileiro em andamento e, terceiro, por defender um time que é o vice-lanterna. Belo campeonato o dele.

Em seguida, o argentino Maxi López e Paulo Henrique Ganso, do Santos. Realizando reforço muscular desde janeiro, o camisa 11 santista ganhou 6 kg de massa muscular e corpo para brigar com os zagueiros pelo alto. O resultado é a impressionante posição entre os que mais fazem gols de cabeça.

Confira os principais goleadores do ranking:

Alecsandro (Internacional) - 5
Fabiano (Sport) - 5
Maxi López (Grêmio) - 4
Paulo Henrique (Santos) - 4
Adriano (Flamengo) - 3
Diego Tardelli (Atlético-MG) - 3
Rafael Marques (Grêmio) - 3
Rafael Santos (Grêmio) - 3
Rodrigo Souto (Santos) - 3
Uelliton (Vitória) - 3
Washington (São Paulo) - 3
Wellington Paulista (Cruzeiro) - 3

O fim da Revista Trivela, o renascimento da Revista Placar e as reportagens


O anunciado fim da Revista Trivela após pouco mais de três anos com publicações mensais foi uma punhalada dura nos fãs do jornalismo condensado, das matérias profundas e nas grandes entrevistas. A publicação trouxe um ângulo que havia se perdido nas edições do gênero no Brasil, até então restrito à Placar. O fato é que a Trivela movimentou o mercado, que viu surgir a editorialmente confusa Fut! e a interessante e por vezes prolixa Four Four Two em páginas brasileiras.

Hoje, a Trivela sai de linha e volta suas cargas para o site, que ganhará novas cores e desenhos em breve. Enquanto a publicação da Espn não chega ao mercado, os fãs do bom jornalismo podem ver uma Revista Placar cada vez mais atraente, muito em parte pela chegada do ótimo e sério Ricardo Perrone.

Até os últimos tempos, a Placar havia ganho uma cara previsível, restrita a personagens e capas com apelo meramente popular. A publicação da Editora Abril ganhou textos investigativos, mais críticos e instigantes, como as reportagens sobre a dívida de Romário, os evangélicos da seleção brasileira e os jogadores com privilégios, três belas matérias de setembro.

De certa forma, um legado que também pode ser atribuído para a Trivela, que ainda assim deixará grandes saudades a todos.

quinta-feira, 24 de setembro de 2009

Última chamada para Gil


08 de outubro de 2008. Botafogo e Vitória no Engenhão. Gil entrou no lugar de Zé Carlos aos 34min do primeiro tempo, saiu para dar lugar a Zé Carlos aos 17min da etapa final. Foi seu último jogo profissional. Afastado por Ney Franco, voltou ao Internacional, em que tinha contrato até agosto de 2010 e vencimentos mensais de R$ 90 mil. Ficou afastado do elenco profissional desde então e se envolveu em confusão policial pelas ruas de Porto Alegre.

O período de inscrição na Série A está fechando e o Flamengo resolveu dar uma chance de jogo para Gil, agora com 29 anos. O atacante, que um dia Antônio Roque Citadini disse ser “muito melhor que Kaká”, vivia encostado no Beira-Rio. Ganhou um contrato de produtividade na Gávea para tentar a volta por cima na carreira absolutamente decadente.

Gil foi grande jogador do Corinthians nas temporadas 2002, 2003 e 2004. O esquema de jogo adotado por Parreira e Geninho, especialmente, lhe era muito favorável. No 4-3-3, deslocado pela ponta esquerda, cansou de girar sobre os marcadores e dar assistências precisas a partir da beirada do campo. Enfileirou muitos laterais direitos, ainda que fazer gol jamais tenha sido corrigido.

Desde então, administrou muito mal a própria carreira. Enciumado com Tevez no Corinthians, foi para o Japão. De lá, rápida passagem pelo Cruzeiro e pelo Gimnàstic Tarragona, candidato fácil ao rebaixamento no Campeonato Espanhol. Fracassou em seguida também no Inter e no Botafogo. Perdeu o arranque, a força física e também a ambição. Jogou a carreira no lixo.

Com um contrato de produtividade, não é ruim ao Flamengo apostar em Gil – certamente o sucesso de Petkovic serviu de inspiração. É uma opção de jogo que Andrade não tem e que poderá passar a ter. Para Gil, é quase uma última chamada.

O novo Pierre


Souza pintou entre os titulares do Palmeiras para, simplesmente, enfrentar o Colo-Colo, em Santiago, no decisivo jogo da última Libertadores. Até então, só havia atuado em jogos dos reservas no Campeonato Paulista. Destaque na vitória sobre o Cruzeiro, ontem, que deu quatro pontos de vantagem aos palmeirenses, o jovem jogador não para de fazer grandes partidas e dar mostras de personalidade vencedora.

Contra o Cruzeiro, foram nove desarmes, 11 bolas afastadas da área e ainda quatro jogadas rechaçadas com faltas. Os números valeram a Souza a liderança da partida nos três quesitos. Mais incrível ainda foi vê-lo atuando na marcação pessoal a Guerrón após indicação de Muricy. E o equatoriano foi neutralizado na ponta direita. O volante também brilhou no gol da vitória: é ele quem tira a bola de Diego Renan e entrega a Cleiton Xavier, que põe Love de cara pro gol.

Entre as várias críticas – muitas justas, outras nem tanto – feitas a Vanderlei Luxemburgo, a descoberta de Souza é um elogio que se deve fazer ao treinador. Ele chegou aos profissionais com 21 anos, idade em que geralmente um jogador nessas condições já está fora dos planos. A maturidade de Souza é, inclusive, uma prova de como pode se queimar um garoto da base ao lançá-lo com 17 ou 18 anos.

Com seus desarmes, faltas e chutões, Souza foi o grande destaque do Palmeiras em um segundo tempo à la Muricy. Fechado atrás, por vezes pressionado, por muitas outras controlando bem a pressão. Assim, abriu fundamental vantagem de quatro pontos, em rodada que, na prévia, se anunciava promissora para o São Paulo.

O Palmeiras, por pouco, não vendeu Pierre. Algumas rodadas depois, o perdeu por toda a temporada. Souza parece um substituto à altura: tem carisma, rouba bolas, força física e determinação impressionantes e uma condição técnica que lhe permitem uma evolução no futuro. Se Belluzzo quiser vender Pierre amanhã, o substituto já está no Palestra Itália.

- Matéria legal sobre Souza no Terra

quarta-feira, 23 de setembro de 2009

O enigma Apodi


Para muita gente, inclusive o blogueiro, Apodi foi o melhor lateral direito do primeiro turno no Campeonato Brasileiro. Ele atuava como meia externo ofensivo na penúltima linha do 3-3-3-1 de Paulo Cesar Carpegiani. Com Vagner Mancini, que adotou o 4-2-2-2 variando ao 4-2-3-1, Apodi voltou a ser lateral. E com isso, a criar sérios problemas defensivos para o Leão da Barra.

Há pouco, o Vitória acaba de perder por 4 a 1 para o River Plate do Uruguai, na Copa Sul-Americana. Três dos gols foram fruto da falha de posicionamento de Apodi, que desta vez ainda tinha Magal para cobrí-lo, já que Mancini foi mais fechado, no 4-3-2-1. Não é novidade para o jogador, que tem um excepcional preparo físico e boa condição técnica - mas concepção tática nula. Contra o Palmeiras, dois gols saíram às suas costas. E assim continuará sendo enquanto Apodi seja escalado como lateral.

Para entender melhor o problema-Apodi, é interessante lembrar da origem do lateral.no futebol Os times atuavam no passado com um zagueiro cercado por dois laterais, dois centro-médios e cinco homens na frente, dois deles voltando como meias. Depois, os dois meias recuaram ainda mais e um centro-médio foi puxado para a linha defensiva - daí a origem do termo quarto-zagueiro. Era o 4-3-3, em que os laterais primeiro marcavam e depois atacavam.

Apodi e muitos e muitos laterais brasileiros só atacam. Casos de Marcelo, do Real Madrid, André Santos, do Fenerbahçe, e Adriano Correia, do Sevilla, por exemplo, que têm sérias limitações para marcar.

Fosse mais inteligente, Apodi seria remédio para o time de Vagner Mancini. Como está, é um veneno. E a Copa Sul-Americana, que permitiu uma disputa internacional ao Vitória depois de mais de uma década, já é quase passado no Barradão.

segunda-feira, 21 de setembro de 2009

Uma surra atrás da outra


O Atlético de Madrid chegou em crise ao Camp Nou e voltou para a capital com um caminhão de gols na bagagem. O encontro entre barcelonistas e colchoneros, aliás, em um passado recente, é quase sempre sinônimo de derrota humilhante para o Atlético. Nos últimos sete jogos pelo Campeonato Espanhol, o Barça venceu quatro por pelo menos três de diferença, empatou uma e perdeu duas. A história se repetiu.

Mais incrível que a goleada do Barcelona e as humilhações recentes do Atlético apenas a naturalidade com que o placar foi construído pelos catalães. As chegadas providenciais de Maxwell e Chygrynskiy permitiram a Guardiola dar descanso a Puyol e Abidal, mas o Barça teve segurança.

Seguiu com seu jogo de posse na casa dos 60% e rodou a bola na frente da área rival até encontrar os espaços, que surgiram no contra-ataque com passe de Busquets a 1min para Ibrahimovic, aos 18min de Xavi para Messi e aos 41min de Messi para Keita - antes do malinense, Daniel Alves fez o terceiro.

No total, 5 a 2 para o Barcelona 100%. Não perca a conta, Atlético.

Os últimos sete jogos entre Barcelona e Atlético de Madrid:
2009/10 - Barcelona 5 x 2 Atlético
2008/09 - Barcelona 6 x 1 Atlético
2008/09 - Atlético 4 x 3 Barcelona
2007/08 - Barcelona 3 x 0 Atlético
2007/08 - Atlético 4 x 2 Barcelona
2006/07 - Barcelona 1 x 1 Atlético
2006/07 - Atlético 0 x 6 Barcelona


Link: Os gols na Espn

domingo, 20 de setembro de 2009

No duelo dos lados esquerdos, melhor para o United de Giggs


United e City se encontraram em Manchester pela ocasião de número 153 e fizeram um jogo inesquecível, com vitória dos Red Devils por 4 a 3. Foram sete jogos no 4-3 do clássico: todos, sem exceção, feitos a partir dos lados esquerdos do ataque de Citizens e Devils, essencialmente pelas grandes atuações de Craig Bellamy e Ryan Giggs, dois galeses. E entre um e outro, melhor para Giggs. Um mito que não envelhece nunca.

Giggs jogou tanto que deu assistência até com a mão. Cobrou belo lateral para Evra passar pelo fundo e Rooney abrir a contagem. Depois, é Tevez quem se aproveita de vacilo de Foster e, da ponta esquerda, passa para Barry igualar. O segundo tempo então foi todo de Giggs, que pôs com a mão na cabeça de Fletcher, mas viu o compatriota Bellamy descer pela esquerda, cortar O'Shea e enfiar na gaveta.

Então, mais de Giggs. Primeiro, em jogada pessoal, ele cortou dois e bateu bem a gol. Depois, sempre partindo da ponta esquerda, duas bolas com a mão na cabeça de Berbatov, que desperdiçou, em dia infeliz. O camisa 11 mancuniano não desistiu. Sofreu falta de Micah Richards e colocou, de novo, para Fletcher igualar. Em seguida, o troco de Bellamy, que disparou pela esquerda em vacilo imperdoável de Rio Ferdinand e igualou na casa dos 45min.

Tudo parecia perdido para o United, que desperdiçaria a chance de dar ao rival, o ex-primo pobre, a primeira derrota na Premier League. Foi então que Giggs tirou seu último coelho da cartola: bola respingada e quando todos esperariam um balão qualquer ou chutão, ele encontrou Michael Owen - na esquerda! - para fechar o caixão: 4 a 3. Dia histórico em Old Traffor para qualquer fã de futebol.

Aliás, para ver os gols, o show de Giggs e os sete lances pela ponta esquerda, fica o link da Espn:

O reforço do Chelsea


Defesa com Petr Cech, Bosingwa, Ricardo Carvalho, Terry e Ashley Cole. No meio-campo, Essien mais preso, Ballack e Malouda nas laterais do losango e Lampard encostando em Anelka e Drogba. O time titular do Chelsea, que eventualmente tem Deco, possui exatamente os mesmos jogadores da temporada passada. O reforço que dá aos Blues a perspectiva de uma grande temporada não entra em campo, mas tem sido fundamental: Carlo Ancelotti.

O vitorioso treinador deixou o Milan e chegou ao Stamford Bridge sem grande alarde, mas seu trabalho já é facilmente notado. Contra o Tottenham, neste domingo, contundente vitória sobre o Tottenham, por 3 a 0, deixou o Chelsea com seis vitórias após seis jogos pela Premier League - na Liga dos Campeões, vitória na estreia e, na Supercopa Inglesa, vitória sobre o Manchester United nos pênaltis.

O principal mérito de Ancelotti tem sido fazer os jogadores do Chelsea, tidos como problemáticos no visível boicote e a Felipão, a comprar suas ideias. Ballack virou homem de confiança do chefe italiano, Drogba e Ashley Cole estão em grande forma e até o indolente Anelka parece vibrar mais nesse início de temporada.

Contra o Tottenham, Essien foi um leão na marcação a quem quer que chegasse perto da área dos Blues, que enfim tem Terry e Carvalho em plenas condições físicas. O meio, com Ballack, Malouda e Lampard, cria e é seguro, com boas ultrapassagens dos laterais. No Stamford Bridge, nenhuma chance para os Spurs: a temporada na Inglaterra começa pintada com o azul do Chelsea - de Ancelotti.

sexta-feira, 18 de setembro de 2009

Sai Magrão, entra Andrezinho


Em 2008, Tite e Magrão tiveram alguns atritos porque o jogador queria a titularidade absoluta, que só se consolidou de verdade nesse ano. Hoje, vender o volante para o futebol emirense parece um grande negócio. Andrezinho, o reserva imediato, tem muito mais a oferecer para o time. Nesse ano, só Lauro, em todo o elenco colorado, jogou mais que ele.

Não é por acaso que o Internacional corre para renovar e ampliar o contrato de Andrezinho, que fez 51 jogos na temporada e marcou 14 gols. No Brasileiro, o meia entregou cinco passes precisos para gol, números inferiores apenas aos do lateral Kléber. Com ele em campo no losango do meio-campo, Tite ganha em criatividade e imprevisibilidade. Principalmente, dá fluidez ao lado direito do ataque colorado, normalmente muito morto.

Quando surgiu no Flamengo, atuando por seleção sub-20, Andrezinho era um atacante preguiçoso e com jeito de marrento. Depois de alguns anos no futebol coreano, voltou ao Brasil para jogar no Inter, bem indicado por Abel Braga, se firmou. É um meia inteligente, de passes precisos e ótimo senso tático. Hoje, fazer um dinheiro com Magrão é grande negócio. O reserva é melhor que o titular.

Tentando entender a cabeça de Mourinho


O segundo tempo interista contra o Barcelona foi excessivamente cauteloso, como muito já se disse nas análises pós-jogo. A ponto de a posse de bola da Internazionale ser de 33% contra 67% do Barça, com 23 minutos dos italianos contra 44 minutos dos espanhóis, segundo dados da Uefa. Mas o que se passou na cabeça de Mourinho na estreia dos dois times pela fase de grupos da Liga dos Campeões?

Imagino que Mourinho, em certo ponto do jogo, tenha detectado que não era possível medir forças com o Barcelona de Guardiola. A verdade é que a partida entre os dois times valia muito mais no campo psicológico que para o futuro na competição, onde interistas e barcelonistas certamente vão avançar. Se guardar atrás e garantir um ponto era mais negócio para a Inter, que ainda teve um par de chances em contra-ataques.

Mourinho não é e nunca foi um técnico retranqueiro. Quando dirigia o Porto, venceu a Liga dos Campeões eliminando times mais fortes com mais volume de jogo. Na Inglaterra, foi o primeiro treinador de clubes de ponta, nos últimos anos, a adotar o 4-3-3, que tinha Robben, Drogba e Duff e foi bicampeão inglês com o Chelsea.

O momento contra o Barcelona era de se fechar, guardar um ponto e esperar um enfrentamento decisivo, em que a Inter estará mais pronta. É o que pensa o blogueiro sobre o que pode pensar o Special One. Uma estratégia correta.

quarta-feira, 16 de setembro de 2009

Os maiores artilheiros da Liga dos Campeões


O início da fase de grupos da Liga dos Campeões 2009/10 teve Grafite com um hat-trick como seu maior destaque na vitória do Wolfsburg por 3 a 1 sobre o CSKA Moscou. Além disso, destaque especial para dois velhos de guerra na competição: Raúl e Pippo Inzaghi.

Raúl fez contra o Zurich e chegou a 65 gols marcados na Liga dos Campeões - números mais que absolutos. Pippo Inzaghi, que fez dois na importante vitória do Milan no Vélodrome, contra o Olympique Marseille, caminha para superar o mito Alfredo Di Stéfano e se posicionar entre os cinco maiores goleadores da história da competição. Curiosamente, a média de gols do italiano é superior ao do espanhol, que tem bem mais partidas na LC - 0,63 gol por jogo contra 0,52 gol por jogo.

Cabe lembrar que a Liga dos Campeões em seu formato mais recente possui bem mais partidas que em outros tempos, o que tende a favorecer os atacantes dos últimos 10 ou 15 anos. Di Stéfano, por exemplo, pentacampeão com o Real entre 1955 e 1960, disputou 58 jogos - e marcou 49 vezes. Esses números fazem dele, com 0,84 gol por jogo, o segundo principal goleador, em média, entre os 10 artilheiros do torneio. À frente, apenas o companheiro de Real Madrid, Ferenc Puskas - que marcou 36 vezes em 41 jogos, conquistando o tri entre 58 e 60.

Os 10 maiores artilheiros da Liga dos Campeões são:

1-) Raúl - 65 gols em 126 jogos
2-) Van Nistelrooy - 60 gols em 80 jogos
3-) Andriy Shevchenko - 56 gols em 105 jogos
4-) Thierry Henry - 51 gols em 109 jogos
5-) Alfredo Di Stéfano - 49 gols em 58 jogos
6-) Filippo Inzaghi - 48 gols em 76 jogos
7-) Eusébio - 46 gols em 64 jogos
8-) Alessandro Del Piero - 44 gols em 90 jogos
9-) Fernando Morientes - 39 gols em 101 jogos
10-) Ferenc Puskas - 36 gols em 41 jogos

terça-feira, 15 de setembro de 2009

Quem ganha a Liga dos Campeões?


Abaixo, os meus candidatos.
E para não ficar em cima do muro, pela ordem: Barcelona, Real Madrid, Chelsea, Inter, Manchester e Liverpool.

Indico ainda três ótimos previews, mais completos:

- Quattro Tratti
- Opinião FC

- Trivela

MANCHESTER UNITED

Campeão em 2008 e vice em 2009, o Manchester United já não tem mais a histórica invencibilidade de 25 jogos e nem Cristiano Ronaldo, mas ainda assim é um candidato fortíssimo. Contra CSKA Moscou e Wolfsburg, que não vêm bem em suas ligas, e Besiktas, Alex Ferguson deve ganhar tempo suficiente para fazer sua equipe encontrar maneiras de fugir da dependência natural que tinha do astro português. Dar mais confiança à dupla Rooney-Berbatov é imperativo para manter o Manchester entre os favoritos.

Time-base: Van der Sar; Rafael (O’Shea), Ferdinand, Vidic e Evra; Valencia, Carrick, Scholes (Fletcher) e Nani; Berbatov (Giggs) e Rooney.

REAL MADRID

As últimas temporadas europeias foram péssimas para o Real Madrid, mas não se pode esquecer que trata-se do time de maior tradição no continente. Nove vezes campeão da Liga dos Campeões, o Madrid gastou como ninguém para trazer Kaká e Cristiano Ronaldo, astros de duas das três últimas edições do torneio que quer conquistar a qualquer custo. A chance de conquistar o 10º título europeu dentro do Santiago Bernabéu move ainda mais o forte time merengue, que ainda possui um treinador, Manuel Pellegrini, que levou o Villarreal à semifinal e quartas de final da competição.

Time-base: Casillas; Arbeloa, Albiol, Pepe e Marcelo; Lassana Diarra e Xabi Alonso; Cristiano Ronaldo, Kaká e Benzema; Raúl.

CHELSEA

Poucos treinadores dos que disputam a Liga dos Campeões conhecem tão bem a competição quanto Carlo Ancelotti. O principal reforço do Chelsea para a temporada foi no banco de reservas e os resultados de início do italiano em Stamford Bridge o credenciam a um lugar entre os candidatos. Ainda é necessário ver como os Blues irão se portar diante de pesos pesados e se o elenco, semifinalista com Guus Hiddink na última temporada, terá gana e união suficientes para conquistar o objeto de desejo de 10 em cada 10 torcedores do clube.

Time-base: Cech; Bosingwa, Ricardo Carvalho, Terry e Ashley Cole; Essien; Ballack e Lampard; Deco; Anelka e Drogba.

LIVERPOOL

Desde que chegou ao Liverpool, apenas em uma temporada o técnico Rafa Benítez não colocou a equipe entre as oito melhores. As mudanças em relação ao último time, bastante pequenas, fazem crer que os Reds e sua mística copeira novamente darão trabalho na Liga dos Campeões, ainda que o Campeonato Inglês em muitos momentos seja tratado como prioridade. O sucesso europeu está intimamente ligado à forma física de Torres e Gerrard, que quando estão juntos em campo podem enfrentar e bater qualquer rival do continente.

Time-base: Reina; Glen Johnson, Skrtel, Carragher e Fábio Aurélio; Mascherano e Lucas; Kuyt, Gerrard e Riera; Torres.

BARCELONA

Só um titular deixou o supercampeão Barcelona da temporada passada. E para o lugar dele, Samuel Eto’o, chegou alguém do quilate de Zlatan Ibrahimovic, sedento por um grande desempenho em partidas europeias. A atmosfera no Camp Nou segue bastante positiva e Guardiola, que tem bom controle de vestiário, ainda ganhou mais opções de banco, como Maxwell e Chygrynskiy. Em outras palavras, dificilmente o Barça não chegará, ao menos, entre os quatro melhores.

Time-base: Valdés; Daniel Alves, Puyol, Piqué e Abidal; Touré; Xavi e Iniesta; Messi, Ibrahimovic e Henry.

INTERNAZIONALE

O torcedor neroazzurro está cansado de passar vexame na Liga dos Campeões e, em sua segunda temporada, Jose Mourinho certamente dispõe de um time muito mais pronto para enfrentar os maiores do continente, a despeito da perda de Ibrahimovic. Eto’o é um atacante para os grandes momentos e os outros novos titulares, sem exceção, estão acostumados com um ambiente de decisão, como é o caso de Motta, reforço cirúrgico. Se não der azar nos cruzamentos do mata-mata, a Internazionale vai chegar.

Time-base: Júlio César; Maicon, Samuel, Lúcio e Chivu; Stankovic; Zanetti e Motta; Sneijder; Eto’o e Diego Milito.

segunda-feira, 14 de setembro de 2009

Empurrado pelo mercado



Aparentemente, há três vagas para a Libertadores quase certas para Inter, Palmeiras e São Paulo. A última em aberto pode ser do Goiás, mas Grêmio e até Santos e Cruzeiro ainda sonham. Para tentar ficar com essa posição ou mesmo encostar na briga pelo título, o Atlético-MG fez aquisições interessantes ao limitado elenco de Celso Roth.

No jogo contra o Atlético-PR, duas delas já apareceram bem. Rentería fez de cabeça em cruzamento torto de Carlos Alberto, enquanto o ótimo volante Correia lançou de longe para Diego Tardelli, pela segunda partida seguida, dar a vitória ao Galo.

Há ainda outros bons nomes, como o goleiro Carini, o lateral Coelho e o meia Ricardinho, que quase sempre jogou em primeiro nível enquanto esteve no futebol brasileiro. Também chegaram os zagueiros Jorge Luiz e Benítez e o centroavante Pedro Oldoni, mais modestos.

Líder do Brasileiro em oito rodadas, o Atlético-MG faz bem em investir para brigar pela Libertadores. Se os reforços, todos vindos do exterior, se adaptarem rapidamente à Série A, Roth tem time forte nas mãos.

Inter sem defesa


No jogo de número 60 que disputou em 2009, o Internacional foi três vezes vazado pelo Cruzeiro e chegou a 58 gols sofridos em toda a temporada. Os problemas defensivos do time que marcou 137 vezes no mesmo ano, como ninguém no Brasil, é que lhe privam de liderar o Campeonato Brasileiro. Foi o que prejudicou de novo os colorados contra os cruzeirenses no Beira-Rio.

O Inter, que tem um lateral-zagueiro e três volantes no meio, foi capaz de permitir vários contra-ataques ao rápido Cruzeiro, que foi rato em quase todo o jogo de gato e rato deste domingo. A desatenção também é outro ponto e apareceu duas vezes: com Guiñazu, que cometeu pênalti tolo em Thiago Ribeiro. No fim, de novo Guiñazu cochilou, e Thiago fez o da vitória que mantém o time de Adílson vivo.

No dia em que poderia tomar a liderança do Brasileiro, o Inter foi inseguro demais. Por ora, na praticamente indiscutível corrida a três pela taça, um pescoço de vantagem para Palmeiras e São Paulo - as melhores defesas da Série A. O desafio de Tite, desta vez, ao contrário de quase sempre em sua carreira, é arrumar a zaga.

- Matéria sobre Adílson Batista e a sina de ganhar do Inter
http://esportes.terra.com.br/futebol/brasileiro/2009/interna/0,,OI3974391-EI13759,00-Adilson+encarna+GreNal+e+vira+carrasco+do+Inter+na+Serie+A.html

sexta-feira, 11 de setembro de 2009

Luxemburgo dá uma de jornalista


A busca de Vanderlei Luxemburgo pelo poder não para. Há alguns dias, o atual treinador do Santos se reuniu com diretores e jornalistas importantes do grupo A Tribuna, responsável pelos principais meios de comunicação da Baixada Santista. Na conversa, Luxemburgo tratou de criticar a cobertura que, em geral, é dada pelos órgãos de imprensa que cobrem o clube no dia a dia.

Luxemburgo, avesso a qualquer tipo de contestação ao seu trabalho, agora quer interferir e "pautar" os jornalistas que cobrem o Santos. Não por acaso, já "controla" a mídia da região, onde o oba-oba por ele é enorme. Quer ser jornalista, Luxa? Essa que faltava...

E o Anderson?


Em junho de 2008, a seleção brasileira vivia seu momento mais delicado nas Eliminatórias, derrotada pelo Paraguai em Assunção por 2 a 0. A esperança de um meio-campo melhor era Anderson, que vive um momento sabático na carreira. Cortado por lesão da Copa das Confederações, deu lugar a Kléberson, que se lesionou no amistoso seguinte e deu lugar a Lucas. Agora, o colorado Sandro é que parece ganhar moral com Dunga. Mas e o Anderson?

No Manchester United, os dias do ex-gremista estão contados. Até aqui, Anderson só disputou 31 minutos contra o Burnley em toda a temporada e vem treinando com o time B. Na Supercopa Inglesa, discutiu com Alex Ferguson por ficar na reserva. Para a Liga dos Campeões, acabou sendo inscrito na segunda lista.

Tido como jogador talentoso e de ótima condição tática, Anderson está em baixa. Em um momento em que poderia conquistar a titularidade em Old Trafford e se firmar como selecionável de Dunga, tudo virou ao contrário. Vê-lo na Copa do Mundo será um milagre.

terça-feira, 8 de setembro de 2009

Juan, o zagueiro de vidro


Quase ninguém ousa contestar a titularidade de Juan na seleção brasileira, mas o fato é que deve se perguntar até quando ele terá tantas lesões musculares. Nas duas últimas edições do Campeonato Italiano, o zagueiro da Roma atuou em apenas 30 dos 78 jogos. Convocado por Dunga para enfrentar Argentina e Chile, foi preterido por Luisão. Com Lúcio suspenso, Miranda é quem deve jogar quarta, contra os chilenos, no Pituaçu. Mas e Juan?

Juan tem 30 anos e é referência de Dunga, com justiça. Esteve em 20 das 24 convocações do treinador, mas não consegue jogar. Machucado, não foi chamado para enfrentar Peru e Equador, início de 2009. Na lista seguinte, apareceu, e enfrentou Uruguai e Paraguai. Na sequência, com o mesmo elenco, na Copa das Confederações, jogou contra o Egito, na estreia, e foi poupado do jogo seguinte, contra os Estados Unidos. Voltou contra a Itália, mas “estourou” com 24 minutos de partida. Desde então, não atua.

Em recente entrevista concedida para este blogueiro, no Terra, Juan disse fazer trabalhos específicos para se curar, de vez, e jogar com regularidade na Roma e na seleção brasileira. Ainda bem, para o Brasil, que tem ótimas reposições, como Luisão, Thiago Silva, Miranda e Alex, porque hoje a presença de Juan na Copa é uma incógnita.

Corrida a três

Pela primeira vez, os potenciais candidatos ao título brasileiro se posicionam entre os três à frente na classificação do Brasileiro. Para você saber mais sobre Palmeiras, Internacional e São Paulo, indico o gráfico feito pelo blogueiro, em conjunto com o departamento de arte do Terra, onde há números dos mais diversos e curiosos sobre os três líderes.

Qual time faz mais gols de bola áerea?
Qual o melhor passador? Qual time vence mais fora de casa? Qual o goleiro mais regular?

Veja essas e outras respostas no link:

domingo, 6 de setembro de 2009

Saudades de Pekerman


A noite de Rosário foi toda brasileira. Foi a terceira vitória de Dunga em quatro jogos contra a Argentina (3-0, 3-0, 0-0 e 3-1), a segunda vez na história brasileira com quatro vitórias consecutivas nas Eliminatórias, a invencibilidade ampliada para 18 jogos e a primeira derrota dos argentinos em seus domínios desde 96. A cereja no bolo pintado em verde e amarelo foi a classificação assegurada para a Copa do Mundo da África do Sul.

No Gigante de Arroyito, no entanto, o que chamou mais a atenção foi a fragilidade do time de Diego Maradona. Se Dunga não é, ou não era treinador, o que dizer de Dieguito? A Argentina se mostrou um time sem ideias, sem armação pelo meio, sem jogadas pelas faixas do campo e sem o menor poder de fogo diante da ótima marcação brasileira, a despeito de ter atacantes da estirpe de Tevez, Messi, Aguero e Diego Milito. Sem padrão tático e dependente de inspirações individuais, como no gol do fraco Dátolo.

Na defesa, a Argentina é tão ou mais vulnerável. A cada bola alçada por Elano, um tormento. No gol de Luisão, há dois marcadores em Luís Fabiano, e o beque brasileiro aparece livre para marcar. Em seguida, quase o Fabuloso, de 19 gols com Dunga, é quem escora livre. Com bola rolando, os problemas aumentam, porque só Mascherano marca no meio. Heinze, uma negação no ataque, é capaz de deixar uma avenida em suas costas para Kaká, em noite de melhor do mundo, achar espaço no terceiro gol.

Os erros com Alfio Basile e com Maradona só aumentam as saudades de Pekerman ou mesmo de Bielsa, que montaram equipes com altíssimo padrão de jogo e que fizeram bonito, com seus erros e hesitações em momentos agudos dos últimos dois Mundiais. Há três anos, a Argentina era capaz de dar espetáculo e ser competitiva, rodava a bola e achava espaços em qualquer defesa.

Os resultados de sábado, como a vitória do Equador sobre a Colômbia e a do Peru sobre o Uruguai, ajudaram a Argentina, que também por isso deve chegar até a Copa do Mundo. O que fazer daí em diante? Uma grande interrogação para os argentinos.

sábado, 5 de setembro de 2009

O segundo fracasso de Queiroz


Liedson estreou com Portugal e manteve a fama de grande cabeceador. Entrou no intervalo, no lugar de Tiago, e salvou os lusos da derrota a três minutos do fim. Mesmo assim, a situação portuguesa é bastante crítica no Grupo 1 das Eliminatórias, o que foi agravado pela vitória sueca sobre a Hungria, com gol salvador de Ibrahimovic aos 49min do segundo tempo.

Hoje, Portugal tem 10 pontos, contra 13 da Hungria e 12 da Suécia. Enfrenta os húngaros em duas das três rodadas que restam, o que permite saltar à frente na tabela. O problema é mesmo o time sueco, que visita Malta, Dinamarca e fecha sua participação, em casa, contra Malta. Daí o gol de Ibrahimovic, em Budapeste, ter sido fundamental para a tragédia lusa. Os dinamarqueses lideram a chave absolutos.

Em Copenhague, Portugal teve uma produção ofensiva muito boa, envolvendo os dinamarqueses e mantendo a bola no campo de ataque durante pelo menos dois terços do jogo. Deco e Cristiano Ronaldo não jogaram com toda técnica que têm e o time de Carlos Queiroz viveu, sobretudo, da força dos laterais Bosingwa e Duda. Uma vitória seria o resultado natural, mas os portugueses foram tensos e apressados em momentos importantes.

Em 18 Copas do Mundo, Portugal só esteve presente em quatro: 1966, 1986, 2002 e 2006. Hoje, a tendência é que dê adeus a 2010. Se acontecer, o principal culpado será Carlos Queiroz, de bons trabalhos na base portuguesa e como auxiliar de Alex Ferguson no Manchester United, mas de fiasco com o Real Madrid de galácticos. A passagem pelo selecionado português principal deve ser o segundo.

Para ver a classificação das Eliminatórias, clique AQUI

sexta-feira, 4 de setembro de 2009

Adivinha quem a Argentina jamais venceu no Gigante de Arroyito?


Até hoje, são 10 jogos da Argentina no Gigante de Arroyito em todos os tempos. O estádio do Rosario Central, palco do confronto entre brasileiros e argentinos neste sábado, garante um aproveitamento formidável aos hermanos. Agora, adivinhe quem a albiceleste jamais venceu jogando por lá? Sim, os brasileiros. Em todos os tempos, são oito vitórias argentinas, um empate e uma derrota – os dois últimos, contra o Brasil.

A primeira vez foi em 1975, na primeira fase da Copa América, e o Brasil venceu por 1 a 0. Três anos depois haveria o reencontro, marcado para sempre como a violenta Batalha de Rosário. Não houve gols e por lá, com 6 a 0 sobre o Peru, a Argentina carimbou o passaporte para a decisão.

A quatro rodadas do fim das Eliminatórias, a tendência aponta para uma Argentina mais favorita contra o Brasil de Dunga, que ostenta invencibilidade de 17 jogos e deve ir com Elano entre os titulares. O favoritismo, leve é verdade, dos argentinos, é justificada pela pressão nos ombros de Maradona, que precisa vencer e terá Paraguai e Uruguai, fora de casa, nas três rodadas finais.

Os jogos da Argentina no Gigante de Arroyito:

27/11/1968 – Dittborn Cup
Argentina 4 x 0 Chile

09/07/1971 – Amistoso
Argentina 1 x 0 Paraguai

10/08/1975 – Copa América
Argentina 11 x 0 Venezuela

16/08/1975 – Copa América
Argentina 0 x 1 Brasil

14/06/1978 – Copa do Mundo
Argentina 2 x 0 Polônia

18/06/1978 – Copa do Mundo
Argentina 0 x 0 Brasil

21/06/1978 – Copa do Mundo
Argentina 6 x 0 Peru

12/05/1982 – Amistoso
Argentina 1 x 0 Romênia

19/02/1991 – Amistoso
Argentina 2 x 0 Hungria

14/06/1995 – Amistoso
Argentina 2 x 1 Paraguai

quinta-feira, 3 de setembro de 2009

A mentira e os problemas do Mundial Sub-20


Em 2007, William, Alexandre Pato e Renato Augusto se tornaram desfalques decisivos para Corinthians, Inter e Flamengo, respectivamente, servindo ao time brasileiro que deu vexame e caiu nas oitavas de final do Mundial disputado no Canadá. Dois anos depois e, desta vez, sem qualquer jogador estrangeiro, além de ser disputado praticamente todo em outubro, o torneio virou um problema ainda maior para os clubes brasileiros.

Com justiça, clubes reclamam de ceder titulares importantíssimos, como são Paulo Henrique Ganso para o Santos, Giuliano e Sandro para o Inter, ou mesmo Tolói, Ciro e Alex Teixeira, por exemplo. Por outro lado, a competição é fundamental no desenvolvimento desses jogadores, em dar a eles experiência internacional e vivência com a amarelinha.

A questão é que o Mundial Sub-20, sem respaldo no calendário da Fifa, deixou de ser amador há muito tempo. Meninos, como eram Elber em 1991 e Adriano Gerlin em 1993, já são fundamentais em seus times. Hoje até Neymar, que deveria disputar o Mundial Sub-17, já é realidade no Santos. A Fifa precisa seriamente repensar o modelo de suas competições de base, o que também é aplicado aos Jogos Olímpicos que contou com brigas de Diego com o Werder Bremen e Messi com o Barcelona, por exemplo, para poderem atuar.

É mentira, no entanto, que a geração atual é mais fraca. Acontece que o que sobrou para o treinador Rogério Lourenço é a raspa do tacho. Ou Alexandre Pato, Breno, Rafael, Sidnei e Rafael Carioca, por exemplo, são jogadores de baixo nível?

A distância “estratégica”


A única partida em que Mano Menezes escalou seus 11 melhores titulares, no Campeonato Brasileiro, foi contra o Palmeiras. Durou menos de meia hora, com a lesão de Ronaldo e a entrada de Moradei, que desfigurou a equipe derrotada por 3 a 0. Entre jogos com atletas poupados pela Copa do Brasil e o enxame de lesões que aconteceram desde então, os corintianos vão fazendo milagre em um torneio amplamente competitivo, à frente, por exemplo, de Cruzeiro, Grêmio e Flamengo. Foi assim contra o Santos de Vanderlei Luxemburgo, ontem, no Pacaembu.

A equipe que bateu os santistas por 2 a 1 e como ela jogou nem de longe será a da Libertadores ou mesmo a da reta final do Brasileiro. Mas a arrumação foi bem feita, com uma defesa protegida por três homens e Moradei à frente, com Balbuena saindo bem no combate pela direita e Chicão na sobra. Pelos dois lados, mesmo sem entrosamento, o time fez seu jogo por pelo menos metade da etapa inicial, em que o Santos de Luxemburgo, pouco inspirado, só olhou, se defendeu, e tentou esfriar a partida – o que se intensificou com o gol ocasional de Eli Sabiá.

A vantagem santista mostrou que o time corintiano em campo não era realmente o ideal. A bola passou a queimar no pé, faltaram ideias e principalmente alguém para passar tranqüilidade. Mais ou menos como Corinthians, o time de Mano superou o momento de instabilidade e buscou uma justa virada, ainda que meio arremedada por um time por ora longe do que será.

Essa previsão de crescimento, com as voltas de William e Ronaldo, os acréscimos de Defederico e Marcelo Mattos, é que pode fazer o Corinthians colar no grupo que deve brigar pelo título, entre Palmeiras, Internacional e São Paulo. Hoje, a distância é de cinco pontos, e deve chegar a oito com uma vitória palmeirense sobre o Barueri. “Estrategicamente”, ela pode ser tirada.

terça-feira, 1 de setembro de 2009

Os negociados com o exterior

A janela já era e foram 38 jogadores que a Série A perdeu para o exterior. Abaixo, todas as transferências.

Um material mais bonitinho está nas três matérias do Terra, nos links abaixo:

Saiba os clubes mais prejudicados
http://esportes.terra.com.br/futebol/brasileiro/2009/interna/0,,OI3951822-EI13759,00-Saiba+os+clubes+mais+prejudicados+pela+janela+de+transferencias.html

No entra e sai da janela, Brasil resgata bons valores do exterior
http://esportes.terra.com.br/futebol/brasileiro/2009/interna/0,,OI3952148-EI13759,00-No+entraesai+da+janela+Brasil+resgata+bons+valores+no+exterior.html

Grêmio enrola os credores
http://esportes.terra.com.br/futebol/brasileiro/2009/interna/0,,OI3952391-EI13759,00-Por+Libertadores+Gremio+enrola+credores+e+escapa+ileso.html

A lista:

Atlético-MG
Leandro Almeida (Dínamo de Kiev) e Kléber (Marítimo)

Atlético-PR
Gustavo (Vitória de Guimarães) e Rafael Santos (Bologna)

Barueri
Pedrão (Al Shabab)

Botafogo
Maicosuel (Hoffenheim)

Corinthians
André Santos (Fenerbahce), Cristian (Fenerbahce), Lulinha (Estoril) e Douglas (Al Wasl)

Coritiba
Leandro Silva (Benfica), Adriano (Rio Ave) e Felipe (Standard Liège-BEL)

Cruzeiro
Ramires (Benfica), Wanderley (Marítimo), Anderson* (Lyon), Wagner (Lokomotiv Moscou) e Gérson Magrão (Dínamo de Kiev)

Flamengo
Ibson* (Spartak Moscou) e Emerson (Al Ain)

Fluminense
Romeu (Larissa-GRE) e Thiago Neves* (Al Hilal)

Goiás
Felipe Menezes (Benfica)

Grêmio
Orteman (Peñarol)

Internacional
Rosinei (América-MEX) e Nilmar (Villarreal)

Náutico
Gilmar (Guingamp-FRA), Edson (Korona Kielce-POL) e Daniel González (Colo-Colo)

Palmeiras
Keirrison (Barcelona) e Mozart (Livorno)

Santo André
Diego (Leixões-POR) e Antônio Flávio (AIK Stockholm-SUE)

Santos
Molina (Seognam Ilhwa-COR) e Tiago Luís (União Leiria-POR)

São Paulo
Eduardo Costa (Monaco)

Sport
Weldon (Benfica)

Vitória
Neto Baiano (JEF United-JAP) e Victor Ramos (Standard Liège-BEL)

* Saíram por fim de empréstimo

E quem chegou?

Atlético-MG
Coelho (Bologna-ITA), Rentería (Porto), Correa (Dínamo de Kiev) e Pedro Benítez (Tigres-MEX)

Barueri
Vinícius Reche (Angers-FRA)

Botafogo
Jefferson (Konyaspor-TUR) e Michael (Dínamo de Kiev)

Corinthians
Edu (Valencia), Marcelo Mattos (Panathinaikos), Defederico (Huracán), Balbuena (Libertad) e Paulo André (Le Mans)

Coritiba
Thiago Gentil (Aris Thessaloniki-GRE)

Cruzeiro
Gilberto (Tottenham), Luizão (Bunyodkor-UZB), Caçapa (Newcastle), Guerrón (Getafe), Leandro Lima (Porto) e Patric (Benfica)

Flamengo
David (Panathinaikos) e Maldonado (Fenerbahce)

Fluminense
Paulo César (Toulouse), Ezequiel González (Rosario Central), Urrutia (LDU) e Adeílson (Nice)

Goiás
Fernandão (Al Gharafa)

Grêmio
Lúcio (Hertha Berlin), Renato (Al Ittihad) e Fábio Rochemback (Sporting)

Internacional
Edu (Betis)

Palmeiras
Robert (América-MEX) e Vagner Love (CSKA Moscou)

Santos
George Lucas (Celta) e Emerson (Milan)

São Paulo
Adrian González (San Lorenzo) e Saavedra (Palestino)

Sport
Fininho (Lokomotiv) e Arce (Oriente Petrolero)

O que esperar de DEFEDERICO no CORINTHIANS



Um esforço financeiro sobrenatural para os padrões do futebol brasileiro – mais de 4 milhões de euros por 80% dos direitos econômicos – trouxe Matías Defederico, 20 anos, ao Corinthians. O valor investido no argentino diz muito sobre as expectativas da direção corintiana no jogador, completamente respaldado por Mano Menezes.

Isso não quer dizer que espera-se que Defederico dê a Libertadores ao Corinthians, o que é muito importante. No entanto, o estilo voluntarioso, técnico e participativo do jogador promete ser bastante útil aos anseios corintianos na competição. Jovem e entusiasmado por jogar o principal torneio sul-americano, e ao lado de Ronaldo, ele fez esforços para jogar no Parque São Jorge, o que ajuda a prever um futuro feliz para ele no Brasil.

Defederico não é o novo Messi, mas tem características muito semelhantes para atuar em qualquer das três posições na linha de meias do 4-2-3-1 corintiano. No Huracán, vice campeão do último Clausura, era o mediapunta, ao lado de Javier Pastore, vendido ao Palermo, em um 4-3-2-1. A tendência inicial é que ele assuma o lugar de Douglas, mas a chegada de um meia atacante de ofício, de certa forma iminente, deve torná-lo adversário de Dentinho e Jorge Henrique pelas duas faixas do ataque. Seja onde for, parece reforço bem interessante.

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Matérias no Terra sobre a chegada de Defederico

Herdeiro da 10, Defederico ameaça Dentinho e Jorge Henrique

O que esperar de VAGNER LOVE no PALMEIRAS


Demorou, mas o substituto de Keirrison chegou. E Vagner Love, hoje, pode ser ainda mais útil. Ótimo finalizador com os dois pés e com a cabeça, tem características que lhe permitem atuar com qualquer parceiro. Seja um mais de área, como Obina e Ortigoza, seja um mais leve, como Willians e Marquinhos.

Um esforço enorme do Palmeiras, que por si só não vendeu ninguém, foi feito para trazê-lo de volta ao Brasil, mas deve ser recompensado. Com Love, o time de Muricy Ramalho para a ter um diferencial que não tinha e, ao lado de Diego Souza e Cleiton Xavier, um potencial ofensivo que nenhum outro rival na briga pelo título parece ter. Hoje, os palmeirenses, com o técnico tricampeão no banco e liderando há oito rodadas, é quem têm mais força para voltar a vencer o Brasileiro.

Há, ainda, o importante componente de que Love é identificado ao clube e vice-versa, a despeito da polêmica quase vinda ao Corinthians há quatro anos. Carismático, ele oferece um potencial de marketing interessante ao emergente departamento do Palmeiras, que precisará gerar receitas para pagar o alto salário do atacante. A primeira vista, um custo que valerá a pena.