segunda-feira, 22 de junho de 2009

Ramires: o quarto elemento


Já estava difícil de definir se Elano era volante à direita, como Felipe Melo é do lado esquerdo, ou meia aberto pela direita, como Robinho se torna muitas vezes, quando vem buscar o jogo pela beirada canhota. Com Ramires em seu lugar, ficou ainda mais complicado afirmar, em números, o sistema tático da seleção - 4-2-3-1 ou 4-3-1-2? Acontece é que o cruzeirense (ainda é) está jogando muito, como foi mais uma vez no banho sobre a Itália deste domingo.

Ainda que a evolução do time de Dunga seja inquestionável, o fato é que a entrada de Ramires nos últimos dois jogos contribuiu bastante para isso. Ramires marca como volante e tem um feeling impressionante para chegar na área adversária e finalizar. Com 8min, acertou a trave, e estava presente no lance dos três gols contra os italianos. Indiretamente, veja os lances, ele contribui para todos os três. Até na comemoração, como mostra a foto, ele se junta aos atacantes.

Nesse momento, certamente os irmãos Perrella se arrependem de terem vendido Ramires por tão pouco para o Benfica, visto o potencial do ainda jovem jogador. Logo eles que fazem grandes negócios....

Além do reforço encarnado, o Brasil também cresce porque Luís Fabiano não para de fazer gols, porque Lúcio vive momento especial mais uma vez, André Santos entrou mais ou menos, mas melhor que Kléber, e porque Felipe Melo se solta. E o time como um todo se encorpou. Hoje, a seleção pode jogar com qualquer um em alto nível. E terá a chance de provar isso, na virtual decisão que se encaminha contra a Espanha.

3 comentários:

André Rocha disse...

Para mim, SEMPRE foi essencialmente um 4-2-3-1 sujeito a variações de acordo com o adversário. A dificuldade na análise é porque Elano, e agora Ramires, voltam com o lateral adversário pelo lado direito e Robinho não costuma fazer do outro lado. Ontem, com o atacante do Manchester City voltando para acompanhar Zambrotta, o esquema ficou mais redondo.

Mas seria interessante se um repórter perguntasse isso diretamente ao Dunga.

No mais, análise perfeita, como de costume, Dassler!

Abraço!

Anônimo disse...

Dassler. Concordo com o que disse sobre a saída do Ramires. Mas veja só. O Sáo Paulo teimou em nao vender o Hernanes por 15 milhóes e hoje dificilmente pega 10.
É uma aposta que o Sáo Paulo perdeu, pelo menos por eqto. E os irmáos Perrella, vendedores que sáo, náo quiseram pagar pra ver.

João Goncalves

Blog do Carlão - Futebol é nossa área disse...

É, Benfica é pouco para o Ramires.

Se bem que até Ronaldo e Ronaldinho passaram por clubes menores quando chegaram à Europa, só para ficar em dois exemplos.