terça-feira, 30 de junho de 2009

Ele chegou


Um evento condizente com o peso da contratação de Kaká. Assim, o Santiago Bernabéu abriu suas portas para receber o jogador que queria há pelo menos duas temporadas. E é de se esperar que a resposta em campo seja tão grandiosa quanto.

É possível imaginar um Real Madrid novamente imponente porque trabalha com mais equilíbrio em relação à outra gestão de Florentino Pérez. Manuel Pellegrini é um técnico competente, mas sem tanta grife, e os merengues ainda devem acertar com Albiol e outros dois ou três reforços que tornem o time equilibrado, exatamente o que não tinha o Real de Zidane, Beckham, Figo, Ronaldo, Raúl e Owen no ataque, com Pavón no miolo de zaga.

Kaká também é um jogador aglutinador, inteligente, bem apessoado. Evitará qualquer atrito com Cristiano Ronaldo e é em campo que se mostrará tão grande quanto o português. Seu estilo vertical e imparável deve fazer enorme barulho no espaçado futebol espanhol. Difícil duvidar, diante da euforia dos madridistas presentes ao Bernabéu.

segunda-feira, 29 de junho de 2009

10 pecados do Luxa


Vanderlei Luxemburgo detém uma reputação assustadora, construída com títulos e um certo marketing, que desperta paixão e ódio. A ponto de a principal revista do país cravar "os golpes do Luxa para ganhar o Brasileiro" na capa e dias depois ver o Palmeiras só conquistar a quarta posição graças à incompetência do Flamengo.

Não dá para dizer que sua volta ao Palestra Itália tenha sido boa.

1-) Achar que ia se livrar de Valdívia e ganhar o Campeonato Brasileiro com Evandro e Diego Souza brilhando. Apostar em um elenco rodado, que quase perdeu a vaga na Libertadores. Elder Granja, Leandro, Jéci, Roque Júnior, Martinez e Alex Mineiro foram alguns dos fracassos

2-) Não perdia no Palestra Itália e poucas vezes era batido em clássicos, o que não se repetiu nesta passagem pelo Palmeiras

3-) A clínica de recuperação do professor Luxa não apresentou frutos. Denílson, Léo Lima, Lenny e o mesmo Roque Júnior foram fiascos absolutos

4-) Taticamente, se mostrou limitado em muitos momentos, como nos duelos táticos perdidos repetidas vezes para Muricy ou no massacre sofrido contra o Flamengo no Maracanã. Não soube escalar jogadores como Willians, Diego Souza, Marquinhos e Evandro em suas melhores posições e inventou Martinez, o zagueiro help

5-) O Luxa que descobria talentos como Ricardinho e Vampeta já era. Jumar, Fabinho Capixaba, Jéfferson, Thiago Cunha e Jorge Preá foram alguns. Ponto positivo para Sandro Silva

6-) A força já não é mais a mesma e Luxemburgo achou que fosse forte o suficiente para peitar Keirrison em público. Fez isso mais de uma vez e se deu mal

7-) Desvalorizado. É assim que deixa o Palestra Itália, contestado pela Traffic, que o queria longe do clube há tempos. Seu poder aglutinador, que convencia quase todos, deixou de ser o de outros tempos

8-) Se disse mais pacífico, mas arranjou diversos entreveros com jornalistas, árbitros, dirigente e torcedores organizados

9-) Fez exigência de primeira linha para jogar a Libertadores, como voos particulares para o elenco, mandou pagarem altíssimo por Mozart, Obina e Edmílson, mas se mostrou de novo despreparado na competição que ainda não ganhou. Sua equipe cometeu erros primários em momentos inaceitáveis nos jogos contra o mediano Nacional de Montevidéu

10-) Foi o tempo que atraía grandes jogadores para as equipes que dirigia. Alex e Zé Roberto eram dois dos desejos de Luxemburgo, cujo prestígio só foi capaz de comover Edmílson e Diego Souza

Desperdício


Fernandão, Ricardinho, Felipe, Roger, Araújo e Rafael Sobis. Estão chegando Thiago Neves, de só 24 anos (!), e o consagrado Juninho Pernambucano. Por lá também está Abel Braga.

No futebol brasileiro, cairiam tão bem....

Festa junina


Foram sete jogos no mês em que Dunga mais teve o elenco considerado ideal à disposição. O resultado foram sete vitórias e uma evolução técnica e tática que não se pode questionar. Vitórias conquistadas com superação, como contra os Estados Unidos e o Egito, com paciência, como contra o Paraguai e a África do Sul, ou com total brilhantismo, como contra Itália e Paraguai. O mês de junho tornou um time cheio de problemas e sem inspiração, hoje, forte o suficiente para enfrentar qualquer adversário em igualdade de forças.

É claro que há problemas. A lateral esquerda segue sem dono e o teste com Fábio Aurélio é urgente. Faltam mais alternativas táticas, mais armas de banco, saber prescindir de Gilberto Silva em momentos das partidas, já que hoje ele é inquestionável. É preciso também um substituto para Juan, que não atinge sua plenitude física, e para isso será ótima a incorporação de Thiago Silva ao Milan.

O ponto é que hoje o Brasil tem uma forma de jogar e já se adapta melhor aos adversários que jogam mais fechados e consegue se defender com mais segurança, a despeito do apagão contra o Egito. Kaká é o dono do time, que tem Felipe Melo seguro centralizando as ações no meio e Ramires cada dia mais pronto, cada dia mais jogador de seleção, o que parece não ser André Santos e o que nunca foi Kléber. Lúcio é um leão e Robinho deve ser mais constante, mas que bom que há Luís Fabiano, 16 gols em 19 jogos com Dunga.

Que vive sem as sombras de Ronaldo e Ronaldinho, como queria ele e a CBF desde a última Copa.

domingo, 28 de junho de 2009

Semanário legal

Algumas matérias interessantes. Confiram!

NO OLHEIROS

Ricardo Gomes e a missão de aproveitar os jovens do São Paulo
http://www.olheiros.net/artigo.aspx?id=1313

Especial: 10 grandes volantes recentes revelados pelo Grêmio
http://www.olheiros.net/artigo.aspx?id=1316

NO TERRA

Entrevista exclusiva com Roberto Brum
http://esportes.terra.com.br/futebol/brasileiro/2009/interna/0,,OI3833845-EI13759,00-Criador+da+Baba+de+camelo+Brum+quer+cozinhar+com+Ana+Maria.html

http://esportes.terra.com.br/futebol/brasileiro/2009/interna/0,,OI3833835-EI13759,00-Pastor+do+Santos+Brum+recupera+drogado+e+quer+paz+a+FCosta.html

Em clássicos com o Fla, quem é melhor: Obina ou Adriano?
http://esportes.terra.com.br/futebol/brasileiro/2009/interna/0,,OI3845115-EI13759,00-Em+classicos+desempenho+de+Adriano+e+inferior+ao+de+Obina.html

Santo André e Barueri, brilhando na Série A
http://esportes.terra.com.br/futebol/brasileiro/2009/interna/0,,OI3846075-EI13759,00-Cotados+ao+rebaixamento+Barueri+e+Santo+Andre+se+destacam.html

Thiago Neves: custo alto, produção baixa
http://esportes.terra.com.br/futebol/brasileiro/2009/interna/0,,OI3840174-EI13759,00-Flu+pagou+cerca+de+R+mil+para+cada+gol+de+Thiago+Neves.html

Palmeiras e Grêmio protagonizam gols em fim de partidas do Brasileiro
http://esportes.terra.com.br/futebol/brasileiro/2009/interna/0,,OI3839607-EI13759,00-Sem+gols+no+fim+Palmeiras+brigaria+na+rabeira.html

O grande início do Atlético-MG no Brasileiro
http://esportes.terra.com.br/futebol/brasileiro/2009/interna/0,,OI3837596-EI13759,00-Roth+lidera+melhor+campanha+do+AtleticoMG+em+anos.html

Cruzeiro x Grêmio: prévia
http://esportes.terra.com.br/futebol/libertadores/2009/interna/0,,OI3841219-EI12949,00-Duelo+de+estilos+e+numeros+marca+semi+entre+Cruzeiro+e+Gremio.html

Inter carrega maior jejum de gols do Brasil no ano
http://esportes.terra.com.br/futebol/brasileiro/2009/interna/0,,OI3845799-EI13759,00-Melhor+ataque+do+Brasil+Inter+tambem+tem+maior+jejum.html

Faltou da última semana: exclusiva com Evair, 10 anos da Libertadores de 99
http://esportes.terra.com.br/futebol/libertadores/2009/interna/0,,OI3825313-EI12949,00-Evair+tem+grandes+lembrancas+de+e+duvida+de+novo+titulo.html

sábado, 27 de junho de 2009

Luxemburgo, Muricy, Keirrison, Traffic: Palmeiras...


Desde que Muricy Ramalho deixou o São Paulo há uma semana, o Palmeiras caça um pretexto para colocá-lo no lugar de Vanderlei Luxemburgo. A situação é sintomática para tirar de Vanderlei o posto de melhor treinador do Brasil. Em três anos e meio, ele só conquistou três Paulistas, mas recebeu, de santistas e palmeirenses, cerca de R$ 21 milhões em salários, além de sua onerosa comissão técnica. No mesmo período, Muricy foi tri brasileiro, recebendo pouco mais que a metade.

O Palmeiras ameaçou cortou gastos da comissão técnica, mas não foi o suficiente para tirar Luxemburgo. Em entrevista ao Terra Esportes TV, na sexta, o preparador físico Antônio Mello se irritou com o assunto. "Ganhamos menos que a comissão do Corinthians, do São Paulo e do Inter", disse, mas não é verdade.

As críticas de Luxemburgo a Keirrison foi o pretexto alegado, e mal explicado, para a saída de Vanderlei, que precisava ser imediata. Na quarta, o Inter decide a Copa do Brasil e não precisaria de muito para sacar Tite e ir atrás de...Muricy. É questão de tempo para ver o tricampeão brasileiro no Palestra Itália e só uma opção por seis meses de descanso pode tirá-lo do clube.

Lá, Muricy não contará com Keirrison, que como Henrique, só durou um semestre no clube. Como se apontava, a Traffic poderia se tornar um mau negócio para o Palmeiras. E hoje, os grandes jogadores do time, como Diego Souza, Cleiton Xavier e Armero, são de investidores. Financeiramente, o K9 foi uma boa, e ainda marcou 25 gols, mas deixará um buraco enorme no ataque palmeirense. E com o dinheiro que ganhou com ele, os palmeirenses não trarão alguém tão bom. E esse é o raciocínio a ser feito para um clube de futebol.

É por isso que, em poucas horas, o Palmeiras perdeu Keirrison e ainda abdicou de Luxemburgo. O segundo semestre promete ser complicado no Palestra Itália.

sexta-feira, 26 de junho de 2009

O time que Adílson poderia escalar...

Gustavo, Leonardo Silva, Léo Fortunato e Thiago Heleno; Fabrício e Gerson Magrão; Sorín e Fernandinho; Soares.

Faltam "o goleiro e o ponta-esquerda". Mas todos os outros estão machucados. O que valoriza ainda mais o trabalho de Adílson.

quinta-feira, 25 de junho de 2009

Por que o Cruzeiro dominou


Foram cinco finalizações certas do Cruzeiro, contra quatro do Grêmio. O que pode dar a ideia de que o grande jogo do Mineirão foi equilibrado. Maxi López e Alex Mineiro tiveram duas boas chances de matar e complicar a vida cruzeirense em BH. Agora, o jogo esteve sempre ao feitio dos anfitriões.

Adílson Batista impôs mudanças surpreendentes, como o posicionamento de Fabinho, em seu segundo jogo com o Cruzeiro. Ora como vértice defensivo no losango do meio-campo, ora ajudando no trabalho dos zagueiros. Também optou por Marquinhos Paraná na lateral esquerda, mantendo Jancarlos no banco e Jonathan na direita. O camisa 2, aliás, tem jogado demais - foi quem mais finalizou a gol na partida.

Outra surpresa foi ver Kléber mais distante da área, abrindo à esquerda e propondo um duelo individual com Thiego. Mas foi em um rápido deslocamento pelo outro lado, o direito, que o Gladiador deixou a bola na cabeça de Wellington Paulista, que permitiu o cochilo de Léo. Como Túlio, que saiu atrás e viu Wagner finalizar. E em outra hesitação, o terceiro gol, de Fabinho.

Em relação ao controle do jogo, o tempo quase todo foi cruzeirense, com exceção dos 20 minutos finais. A bola girava sempre no campo de ataque, nos pés do Cruzeiro, que também botou a mão na vaga, a despeito do precioso gol de Souza, um dia depois de ganhar três anos de contrato.

quarta-feira, 24 de junho de 2009

10 anos da Arena da Baixada


O estádio projetado para ser o mais moderno do Brasil completa exatos 10 anos nesta quarta-feira. A Arena da Baixada, construída no lugar do Joaquim Américo, de fato conseguiu se colocar como referência no futebol brasileiro e até receberá jogos da Copa de 2014, ainda que Curitiba por pouco não tenha ficado de fora da escolha da Fifa.

É indiscutível que o Atlético-PR mudou também nesse período. Houve a conquista do título brasileiro, além de um vice, e um total de três participações na Copa Libertadores, em que o clube ainda foi vice também em 2005. A estrutura rubro-negra como um todo também cresceu, o programa de sócio-torcedor é um sucesso e o estádio tem bom público.

Mas a sensação é de que o Furacão não atingiu todos os objetivos e as façanhas esportivas não solidificaram uma sequência de boas equipes. O Atlético segue sendo um clube com dificuldades de planejar seu futebol, que vende os jogadores errados nas horas erradas, que mal aproveita suas categorias de base e que tem diretores que pensam ser mais do que realmente são. Nesse sentido, a distância de Mário Celso Petraglia tende a ser positiva.


Foto: Gazeta do Povo

terça-feira, 23 de junho de 2009

Empresário não é fonte


Há alguns dias, Wagner Ribeiro afirmou que Lulinha estava negociado com o Benfica. Curiosamente, o mesmo Wagner que há alguns meses disse que Lulinha estava negociado com o Werder Bremen, da Alemanha. Pois hoje circula a notícia de que agente confirma que André Santos conversa com a Roma para se transferir à Europa.

Jornalisticamente, é conveniente duvidar de qualquer declaração de empresários. Pois, do ponto de vista do negócio, é bastante interessante ter o nome de seu cliente na mídia. Afinal, se André interessa à Roma, quem sabe outros clubes não passam a se interessar também.

Um questionamento bastante procedente no momento em que a janela de transferências está escancarada e a produção de notícias é em série.

segunda-feira, 22 de junho de 2009

Cristian ou Gilberto Silva?


O ótimo volume de jogo apresentado pelo Brasil, que venceu seis partidas consecutivas, passa a sensação de que tudo funciona perfeitamente bem no scratch de Dunga. Como se viu em 2005, esse cenário pode ser perigoso e causar comodismo antes da hora, ainda que isso pareça improvável neste momento. Além da lateral esquerda, que mais dia ou menos dia deve cair no colo de Fábio Aurélio, uma situação a ser revista é a de Gilberto Silva.

Como acontecia com o próprio Giba em 2002, há um volante voando no futebol brasileiro e que merece ser olhado com carinho. Cristian, que deu um pique à la Ramires contra o São Paulo e só parou dentro da rede, vive um momento especial. Fisicamente uma fortaleza, o jogador aprimorou a marcação e se tornou o homem de confiança de Mano Menezes para conter, sempre, o jogador mais criativo do meio-campo adversário.

Na frente, seu bom momento não é diferente. São cinco gols em 2009, marca só abaixo de Chicão, Ronaldo e Jorge Henrique, e três assistências - só Elias e Douglas fizeram mais.

Cristian, ao lado de Elias, é a sustentação do time do Corinthians. Os dois fazem um ótimo papel quando o time adianta a marcação e segura o adversário no campo de defesa. Roubam a bola em velocidade e organizam o jogo, missão nem sempre cumprida por Douglas. Hoje, seria uma boa alternativa ao posto de Gilberto Silva. Você concorda?

Ramires: o quarto elemento


Já estava difícil de definir se Elano era volante à direita, como Felipe Melo é do lado esquerdo, ou meia aberto pela direita, como Robinho se torna muitas vezes, quando vem buscar o jogo pela beirada canhota. Com Ramires em seu lugar, ficou ainda mais complicado afirmar, em números, o sistema tático da seleção - 4-2-3-1 ou 4-3-1-2? Acontece é que o cruzeirense (ainda é) está jogando muito, como foi mais uma vez no banho sobre a Itália deste domingo.

Ainda que a evolução do time de Dunga seja inquestionável, o fato é que a entrada de Ramires nos últimos dois jogos contribuiu bastante para isso. Ramires marca como volante e tem um feeling impressionante para chegar na área adversária e finalizar. Com 8min, acertou a trave, e estava presente no lance dos três gols contra os italianos. Indiretamente, veja os lances, ele contribui para todos os três. Até na comemoração, como mostra a foto, ele se junta aos atacantes.

Nesse momento, certamente os irmãos Perrella se arrependem de terem vendido Ramires por tão pouco para o Benfica, visto o potencial do ainda jovem jogador. Logo eles que fazem grandes negócios....

Além do reforço encarnado, o Brasil também cresce porque Luís Fabiano não para de fazer gols, porque Lúcio vive momento especial mais uma vez, André Santos entrou mais ou menos, mas melhor que Kléber, e porque Felipe Melo se solta. E o time como um todo se encorpou. Hoje, a seleção pode jogar com qualquer um em alto nível. E terá a chance de provar isso, na virtual decisão que se encaminha contra a Espanha.

Semanário

Conteúdo mais quente nessa semana, em razão dos dias com jogos decisivos

Com Willians, eficiência de Keirrison cresce quase 500%
http://esportes.terra.com.br/futebol/libertadores/2009/interna/0,,OI3825707-EI12949,00-Com+Willians+eficiencia+de+Keirrison+cresce+quase.html

Cleiton Xavier participa de 37% dos gols do Palmeiras
http://esportes.terra.com.br/futebol/libertadores/2009/interna/0,,OI3825825-EI12949,00-Cleiton+Xavier+participa+de+dos+gols+do+Palmeiras.html

Decisões:

São Paulo x Cruzeiro

Entrevista com Geovanni, carrasco do São Paulo em 2000
http://esportes.terra.com.br/futebol/libertadores/2009/interna/0,,OI3830170-EI12949,00-Carrasco+saopaulino+de+preve+Cruzeiro+na+semifinal.html

http://esportes.terra.com.br/futebol/libertadores/2009/interna/0,,OI3830204-EI12949,00-Geovanni+ajuda+a+manter+time+no+mapa+da+liga+inglesa.html

Apresentação: os traumas das duas equipes
http://esportes.terra.com.br/futebol/libertadores/2009/interna/0,,OI3830351-EI12949,00-Por+semifinal+Sao+Paulo+e+Cruzeiro+desafiam+traumas.html

Corinthians x Internacional
Taison e Dentinho: decisivos na Copa do Brasil
http://esportes.terra.com.br/futebol/copadobrasil/interna/0,,OI3825849-EI1950,00-Taison+e+Dentinho+empurram+Inter+e+Corinthians+para+final.html

Gráfico dos finalistas
http://www.terra.com.br/esportes/infograficos/corinthians-x-internacional

No Olheiros:

Também sobre Dentinho e Taison
http://www.olheiros.net/artigo.aspx?id=1299

sábado, 20 de junho de 2009

A Era Muricy


A voz embargada de Muricy Ramalho na entrevista coletiva concedida neste sábado não é diferente da de quinta-feira, dia da eliminação diante do Cruzeiro. O próprio treinador admitiu que estava ciente da chance de deixar o clube, após 262 partidas no comando nesta sua segunda passagem de aproximados 42 meses. A necessidade de oxigenar o ambiente custou mesmo o cargo de Muricy.

Os três títulos brasileiros e os 64% de aproveitamento dizem muito a respeito da competência do treinador, que venceu 139, empatou 67 e perdeu 46. Para ele, pesaram mesmo as quatro derrotas consecutivas para rivais brasileiros em Libertadores, bem como as seis eliminações em 16 jogos de mata-mata.

Muricy Ramalho é o técnico do treinamento, das mudanças táticas precisas, de moldar o time de acordo com o adversário e usar, ao máximo, os jogadores que tem, nas mais diferentes posições. Com ele, Belletti, Elder Granja, Jorge Wagner e Zé Luís viraram laterais, ou alas. Richarlyson virou volante, zagueiro, lateral-esquerdo. Dagoberto foi ala, meia. Hernanes, era meia e virou volante. Fernandão era centroavante e virou meia. Souza era meia e virou ala, volante. Leandro, atacante, jogou de tudo. E por aí vai. Como ele mesmo diz: "isso é trabalho, meu filho".

E Muricy é um dos maiores trabalhadores do futebol brasileiro. Dos que mais conhecem, dos que menos sabem perder - e foram só 46 derrotas em 262 jogos. Daí as respostas rípidas em coletivas, às vezes vistas como grosseria, outras vezes como folclóricas. Mais do que nunca, Muricy Ramalho precisa de descanso: comandar um clube grande paulista é exaustante e sua voz embargada já diz muito do estresse que ele carregava.

Que volte, em 2010, para montar outro grande projeto, em um clube que lhe dê o mesmo respaldo que o São Paulo - ou Juvenal - lhe deram nesses três anos e meio. A Era Muricy no Morumbi chegou no seu final.

sexta-feira, 19 de junho de 2009

Domínio completo


Foram 17 finalizações do Cruzeiro contra só cinco do São Paulo, no jogo que representou a quarta queda consecutiva dos são-paulinos e de Muricy Ramalho contra um brasileiro na Libertadores. O domínio dos números ainda fica evidente em outros quesitos: 50 desarmes contra 33, e só 27 passes errados, contra 40 do time da casa.

O que os números não dizem é que o domínio tático - com a marcação completamente encaixada e definida -, psicológico, com o controle da bola e dos nervos, e físico, também foi todo do Cruzeiro, que se sentiu em casa e não deixou a sina de perder fora do Mineirão - são oito derrotas seguidas em jogos do Brasileiro - influenciar. Mesmo com desfalques importantes, como Fernandinho, Fabrício, Ramires e Thiago Ribeiro, para não falar de reservas.

De tão categórica, a vitória do Cruzeiro dá, sim, a sensação de que as coisas precisam mudar no São Paulo. Nem sempre isso passa pela queda do treinador, mas sim da mentalidade de jogo, de contratações e da montagem do elenco. O time da casa carecia de criação, de fluência ofensiva, e foi justamente engolido pela equipe de Adílson Batista.

quinta-feira, 18 de junho de 2009

Como se joga uma partida decisiva


O goleiro que assume a responsabilidade e faz grandes defesas, como fez Felipe. A defesa que atua com mais atenção e permite o mínimo de oportunidades ao adversário, como no lance da primeira etapa em que William consegue desviar a bola e impedir a finalização de Alecsandro com o gol aberto. O ataque que é competente para converter as poucas oportunidades que vão aparecer, como foram letais Ronaldo e Jorge Henrique.

Nesses pequenos detalhes é que o Corinthians abriu distância suficiente para jogar de uma forma muito confortável dentro do Beira-Rio. O gol de Enílton pelo Sport, nos instantes finais do jogo de ida na decisão de 2008, certamente deixou lições para Mano e os jogadores, que novamente se empenharam para não permitir essa vantagem aos colorados.

O Inter também fez uma grande partida. Manteve posse de bola ofensiva durante vários momentos da partida, criou na folga que Marcelo Cordeiro tinha para descer pela esquerda, na inteligência de Andrezinho para passar a bola e na virtuosidade de Taison, dono de uma partidaça no Pacaembu. Mas que não converteu a bela chance que teve. E é aí que entra a diferença do jogo decisivo.

O Corinthians criou oportunidades em volume parecido, mas conseguiu a diferença nos pequenos detalhes. Marcelo Oliveira foi uma opção feliz no ataque e razoável na defesa, Elias e Cristian venceram o duelo no meio-campo e Douglas, marcado por sua inconstância, foi melhor que Sandro, seu oponente, e auxiliou a criação na frente. Uma atuação de manual de mata-mata, no Pacaembu, na final à gaúcha de Mano Menezes e Tite.

Como não se joga uma partida decisiva


Não é justo dizer que o Nacional é um time fraco, que jogaria a Série B do futebol brasileiro, como falou o professor Belluzzo. Os jogos de mata-mata têm suas características próprias e, com o empate que trouxe do Brasil, os uruguaios não iriam mesmo se arriscar para o jogo. Faltou foi competência e maturidade, nas duas partidas, para o Palmeiras selar sua classificação às semifinais depois de oito anos.

No Centenário, o Palmeiras teve oportunidades suficientes para construir, pelo menos, a vitória por 1 a 0 no primeiro tempo. Na volta do intervalo, o time se mostrou nervoso, preocupado demais com a arbitragem e a catimba dos uruguaios, sem gente para organizar melhor o jogo e jogadas pelas beiradas do campo. Em uma das poucas vezes que isso aconteceu, a bola saiu da esquerda para a cabeça de Obina, que não fez.

A classificação que põe um time uruguaio nas semifinais depois de 21 anos também evidenciou a imaturidade do jovem time do Palmeiras, que cochilou no jogo em casa e permitiu um gol do Nacional. Situações como essa não são permitidas em uma decisão de mata-mata.

terça-feira, 16 de junho de 2009

Derrubando mitos


Teve muita gente dizendo pelo Brasil que o Egito fez o jogo de sua vida contra nossa Seleção. Quem acompanhou as últimas Copas Africanas de Nações sabe que não é verdade e que os egípcios formam, sim, um time talentoso, técnico. A ponto de colocar na roda a equipe de Dunga, que parecia encorpada na primeira etapa, em alguns momentos da segunda.

Essa foi apenas uma das verdades absolutas que caíram na abertura da Copa das Confederações, quando outra vez ficou clara a mudança de estilo, definitivamente, da seleção sob o comando de Dunga. Pouco toque de bola, cadência de jogo e jogadas de ultrapassagem. Muita emoção na defesa, contra-ataques e a pelota indo de área para área em todo instante.

Outra verdade que cai é a de que não há interferência externa na arbitragem, algo mais que evidente no pênalti assinalado, com correção, a favor do Brasil. Howard Webb recebeu uma dica para colocar a bola no cal e permitir que Kaká desse a vitória aos brasileiros. Melhor seria a Fifa regularizar isso de uma vez.

Também fica evidente a cada jogo que Ramires vai conquistando um espaço precioso com Dunga, que parece perder a paciência com Kléber na lateral esquerda. O único mito que continua de pé é o de Luís Fabiano: 11 gols nos últimos 11 jogos com a camisa amarela da seleção que cresce, sim, nos últimos meses.

Semanário curtíssimo

Semana com quatro dias a menos e muito trabalho a mais. Enfim, não tente entender, mas são poucos textos.

Ainda agradeço, com enorme atraso, a citação honrosa no blog do competente Vitor Birner.
http://blogdobirner.net/2009/06/09/perguntas-simples/

NO OLHEIROS

Elenco que vai para Copa das Confederações é cheia de nomes com passagens pelas seleções de base; veja
http://www.olheiros.net/artigo.aspx?id=1279

sábado, 13 de junho de 2009

Pode botar a culpa no calendário


É duro ver frustrado um grande sonho. É o caso do Coritiba, que dormiu pensando em ganhar a Copa do Brasil e acordou na lanterna do Campeonato Brasileiro depois de ser eliminado pelo Internacional. Coisas que só acontecem em um calendário maluco como o do futebol do Brasil.

Seja por não manter o foco em duas competições importantes ou por resolver poupar titulares no início do Brasileiro, o fato é que a situação do Coritiba não é exatamente nova. O exemplo mais vivo na memória é o de Renato Gaúcho dizem que “ia brincar no Brasileiro” enquanto disputava a Libertadores. Só mesmo na 10ª rodada é que o Fluminense venceu e coube a René Simões livrar o time do rebaixamento.

Em 2005, o Atlético-PR, envolvido com a Copa Libertadores, e o Figueirense, com a Copa do Brasil, tiveram inícios delicadíssimos e só foram se reabilitar mais adiante. É também o caso do Palmeiras, de 2006. Nenhum desses foi rebaixado, o que já é um alento para o Coritiba, por enquanto o lanterna na Série A.


Foto: Coxanautas

quinta-feira, 11 de junho de 2009

O que ainda falta ao Brasil de Dunga


É incontestável a melhora da seleção brasileira e o acerto de Dunga em escolhas como Júlio César, Felipe Melo e Luís Fabiano, por exemplo. Os resultados apareceram e, pela primeira vez nas Eliminatórias, duas vitórias consecutivas aconteceram e contra adversários complicados.

Isso, por si só, não quer dizer que tudo está lindo. Na medida em que o time encorpa e Dunga consegue respirar mais tranquilo no cargo, é a hora de fazer ajustes e dar mais qualidade para a equipe, que sente dificuldade em trocar passes contra defesas fechadas e ainda se afoba em muitos momentos, como até o gol de Robinho contra o Paraguai. Gilberto Silva e Elano parecem ser elementos dispensáveis para o time titular, embora tenham seu valor reconhecido.

Felipe Melo está pronto para ser o primeiro homem no meio e merece um companheiro mais técnico, que saiba rolar a bola com tranquilidade, inverter o jogo da seleção e arrematar de longe. Ibson, Hernanes, Elias, Renato (Sevilla) e Anderson são jogadores dessa linhagem. Para a vaga de Elano, um nome mais agudo, como Ramires - ou até Daniel Alves, soaria interessante e não iria expor a defesa.

O Brasil está bem, está mais encorpado. Mas não pode parar na evolução de seu futebol.

quarta-feira, 10 de junho de 2009

Bayern holandês


O Bayern precisava de uma chacoalhada e não havia um grande treinador alemão disponível para isso. Louis Van Gaal, depois do ótimo trabalho no AZ Alkmaar, também precisava de um clube de ponta para trabalhar. O casamento pareceu mesmo interessante, mas é bom os bávaros ficarem atentos a um detalhe importante.

Edson Braffheid, reforço para a lateral-esquerda, é o primeiro nome holandês a desembarcar em Munique com o treinador, que já tem confirmados Mario Gómez, Olic e Timoshchuk como contratados para a próxima temporada. A chegada do bom Braffheid não foi o primeiro gesto favorecendo a Holanda que tomou Van Gaal.

Zé Roberto, seis anos de clube, queria um contrato de duas temporadas para ficar, mas o Bayern preferiu conceder essa estabilidade para Mark Van Bommel, holandês. Zé só recebeu um ano de vínculo como oferta e não quis ficar. Entre ele e Van Bommel, o Bayern optou pelo segundo. Sneijder e Van der Vaart, diga-se de passagem, são nomes na lista de reforços pretendidos pelo Bayern.

Quando deixou o Barcelona, em 2000, Van Gaal tinha Hesp, Reiziger, Ronald de Boer, Cocu, Kluivert, Bogarde, Frank de Boer e Zenden, além de Litmanen, quase um holandês. Pelo jeito, o treinador parece disposto a repetir a tendência no futebol alemão.

Segura o Pato


São seis jogos pela seleção principal com Alexandre Pato, lembrado em nove das 22 convocações de Dunga. Em nenhuma dessas partidas, Pato jogou mais que 45 minutos. Em sua estreia, contra a Suécia, o único gol. Contra Paraguai, na noite desta quarta-feira, o menino do Beira-Rio deve ser o titular no comando do ataque, em uma correta decisão do corpo técnico - se for assim, claro.

Contra um adversário mais fechado, vale se usar do maior repertório técnico de um atacante com mais talento, mais improvisos, que não depende tanto do corpo, como Luís Fabiano, ou da velocidade, como Nilmar. Também é justo dar a chance a Pato pelo maior tempo de convivência no grupo, embora a seleção não seja um exército, refém de qualquer hierarquia.

A alternativa a Alexandre Pato, curiosamente, é outra cria do Internacional, como se sabe. Nilmar, lembrado por Dunga pela segunda vez, é cinco anos mais velho. Já assumiu publicamente que tripudiava de Pato quando os dois dividiam os alojamentos do Colorado. O gurizinho de Pato Branco lavava as cuecas do de Bandeirantes, ambas no Paraná.

Nesta quarta, um deles terá a missão de fazer os gols que vêm sendo feitos por Luís Fabiano. Não será fácil: a média do Fabuloso nos últimos 10 jogos com a verde e amarela é de um gol por partida.

segunda-feira, 8 de junho de 2009

Retranquite


O Grêmio de Tite era o da organização defensiva e principalmente das retomadas de bola no campo de ataque. No Corinthians e no Palmeiras, o treinador tirou ambos do fundo do poço e colocou em situação confortável, vencendo sempre por placares magros, em sua maioria por 1 a 0. O Internacional, quarto bom trabalho de Tite, tem potencial para um futebol mais ousado.

Retranca não é o rótulo justo para o Inter de Tite, que, claro, fez 93 gols em 36 jogos na temporada. Correto é dizer que é a equipe da segurança, em que o lateral-direito é um zagueiro e o esquerdo só avança "na boa". Nos jogos longe do Beira-Rio, contra grandes adversários, vem faltando mais coragem para um time tão poderoso tecnicamente. Como no empate em 1 a 1 com o Cruzeiro, neste domingo, no Mineirão.

Lauro e Kléber foram expulsos aos 19min da primeira etapa e Tite preferiu colocar Michel Alves, goleiro, no lugar do centroavante Alecsandro. A mexida do treinador deu o campo e a bola ao Cruzeiro, que acuou o adversário ao longo de quase todo o jogo. Sorte é que com Wagner fisicamente mal e sem Ramires e Kléber, faltou qualidade aos cruzeirenses, que cruzaram mais de 25 bolas para a área do Inter.

Em 2009, foram sete jogos contra clubes de Série A longe do Beira-Rio. Em só dois, o Inter fez mais que um gol: 2 a 1 no Gre-Nal de Erechim, 3 a 0 sobre o combalido Náutico, nos Aflitos. Quase sempre, jogou atrás, como no Pacaembu, contra os reservas do Corinthians. Isso deixa evidente que Tite precisa soltar mais sua equipe para o ataque.

Semanário atrasado e Zé Roberto


Na última quarta-feira, o blogueiro teve um grande orgulho ao conversar, pessoalmente, por cerca de 40 minutos, com Zé Roberto. Ex-Bayern de Munique e Leverkusen, são 10 anos no futebol alemão, além de duas Copas do Mundo com a Seleção Brasileira.

O resultado está nos dois links abaixo:

http://esportes.terra.com.br/futebol/europeu/2008/interna/0,,OI3808368-EI11621,00-Ze+Roberto+admite+frustracoes+com+Selecao+e+carinho+pelo+Santos.html

No Olheiros:

As categorias de base do Liverpool ganham um providencial "reforço" espanhol
http://www.olheiros.net/artigo.aspx?id=1265

sexta-feira, 5 de junho de 2009

Quanto custa um Kaká?


Segundo foi apurado pelo blog, a cúpula rossonera apenas aguarda as eleições italianas, neste fim de semana, para anunciar o que já está fechado e poderia afetar a popularidade de Silvio Berlusconi. Os prováveis 65 milhões de euros do Real Madrid e de Florentino Pérez devem levar Kaká para o Santiago Bernabéu.

Diz-se que o Milan tem dívidas a serem sanadas e que a venda de Kaká cairia como uma luva para tal. A questão é saber o quanto custaria, para os milanistas, encontrar um jogador como ele. E isso não se resume às quatro linhas, mas sim ao que representa a personalidade do brasileiro no vestiário. No coração da torcida. Na imagem do clube.

Leonardo, que agora virou treinador do Milan, constantemente diz que o clube faz sacrifícios financeiros – em clube, entenda Berlusconi – para manter sua reputação internacional, e por isso trouxe jogadores como Rivaldo e Rui Costa, mesmo quando não era essencial. Hoje, perder Kaká é um péssimo negócio para os rossoneri.

Como diz a faixa exibida pela torcida em seu “fico” em janeiro e a negativa para o Manchester City, Kaká não tem preço.

quinta-feira, 4 de junho de 2009

Dois ou três zagueiros, Autuori?


No Rio Grande do Sul, as críticas ao sistema tático do Grêmio são correntes, a despeito dos ótimos resultados ao longo da temporada e mesmo em 2008. Paulo Autuori, recém-chegado na Azenha, fala abertamente sobre a intenção de atuar com uma linha de quatro defensores em médio prazo. Mas será mesmo o ideal?

Tal alteração provocaria uma mudança drástica na forma de o tricolor atuar. O posicionamento dos três zagueiros influi diretamente na mecânica de jogo de todos os outros componentes da equipe. Alas virariam laterais, volantes precisariam se preocupar mais com a cobertura nos dois lados do campo e o próprio trabalho dos meias não seria igual.

Há muitos clubes que se acostumam a jogar com três zagueiros e a transição de volta não é fácil. O São Paulo é o exemplo mais clássico e, Leão, Autuori e mesmo Muricy tentaram voltar ao 4-4-2, sem sucesso. As críticas à forma do Grêmio jogar são demasiadas e jamais se esperou uma equipe vistosa, ainda que os gremistas saibam atuar dominando o território ofensivo e buscando espaços para finalizar.

Como provado mais uma vez, na vitória por 3 a 0 sobre o Náutico desta quinta-feira, o sistema tático gremista funciona como um reloginho. Mudar isso no meio da temporada não é simples e um homem experiente como Autuori sabe disso.

quarta-feira, 3 de junho de 2009

Cotia = Desperdício



O primeiro jogo de Marlos no São Paulo causou suspiros aos órfãos de Danilo. O centroavante Washington até veio a público dizer que o meia revelado pelo Coritiba é um jogador diferente de tudo que Muricy Ramalho tem no elenco, mas não é verdade.

Principal nome dos são-paulinos na Copa São Paulo de 2007, Sérgio Mota é um tapa na cara dos que dizem que não há mais meia talentoso no futebol, mas jamais recebeu uma boa chance de Muricy, que o mandou de volta para os juniores em 2008 e ainda arranjou um empréstimo para o Toledo.

A contratação do mediano beque Jean, da Ponte Preta, relega novamente o zagueiro Aislan, contemporâneo de Sérgio Mota e atrás de um espaço no São Paulo. Denis, a revelação do gol, é outro que veio do Moisés Lucarelli, e chega a ser gritante como, em 15 anos, as categorias de base do clube não conseguiram produzir um só camisa 1 confiável.

Muricy diz para quem quiser ouvir que não gosta da geração de Sérgio Mota e Aislan, a mesma que revelou Breno. Aposta tudo em Oscar, Wellington e Henrique, grandes nomes dos atuais juniores. Juvenal Juvêncio diz que, em 2010, o São Paulo terá um time cheio de garotos da base. É esperar pra ver.

O São Paulo tem uma estrutura maravilhosa em Cotia, mas precisa aprender a utilizá-la melhor.

Bi-rebaixados


A queda do Betis escancarou anos e anos de planejamento ruim do clube sevillista, em que as coisas normalmente não funcionam de maneira inteligente e serena, como do lado rojiblanco da cidade. O rebaixamento dos béticos ainda traz uma triste marca para três jogadores em especial.

Sergio García, que esteve até com a seleção espanhola na última Eurocopa, foi rebaixado em La Liga pelo segundo ano consecutivo. Ele estava no Zaragoza que caiu há um ano, justamente, ao lado do brasileiro Ricardo Oliveira. O ex-Portuguesa até fez seis gols desde sua chegada, em janeiro, mas não evitou a queda. Em 2002, também caiu com a Lusa, no Brasileiro.

Outro a somar mais um rebaixamento para sua carreira foi Edú, que havia caído com o Celta de Vigo, em 2004, e logo depois partiu para o Betis. Cinco anos depois, o atacante conheceu mais uma queda.

Na queda do Corinthians para a segunda divisão, em 2007, três jogadores acumularam o terceiro rebaixamento na Série A: Felipe, Finazzi e Vampeta.

terça-feira, 2 de junho de 2009

A diferença entre os bancos de Inter e Corinthians


Corinthians e Internacional pouparam seus titulares na rodada do último fim de semana, pelo Brasileiro. Mano Menezes e Tite, aliás, repetiram o que vêm fazendo em razão das finais da Copa do Brasil, competição em que ambos têm tudo para se encontrar na final. O desempenho dos reservas dos dois clubes diz muito a respeito das diferenças entre colorados e alvinegros.

O Inter tem, por exemplo, um reserva como Alecsandro, 10 gols em 2009, números inferiores apenas aos de Taison e Nilmar. Na zaga, um nome do peso de Sorondo e um jovem cheio de personalidade, como Danny Morais. Marcelo Cordeiro, um lateral talentoso, Glaydson, um volante regular, e Andrezinho, titular número 12. Ainda há Giuliano, titular da seleção sub-20, ótimo jogador. Resultado? 4 vitórias em 4 jogos.

O Corinthians, por sua vez, mostra sérios problemas quando Mano opta pelos reservas. Saci não tem a menor vocação para a lateral e deixa avenidas às suas costas, enquanto Diogo é inócuo na direita. Jean repete a insegurança dos tempos de São Paulo e os meio-campistas são todos jogadores em busca de espaço na carreira, como Moradei, Jucilei, Marcinho e Lulinha. Morais, a única opção confiável, se lesionou e pode deixar o Parque São Jorge, pois seu contrato acaba em junho. Para o comando do ataque, Souza, dois gols em 2009, ambos de pênalti. Resultado? 2 derrotas em 2 jogos sem os titulares.

Time por time, Inter e Corinthians possuem certa equivalência, o que torna essa virtual decisão de Copa do Brasil algo improvável para previsões. Mas, se Mano e Tite precisarem do banco de reservas, já se sabe quem deve levar vantagem.

segunda-feira, 1 de junho de 2009

O que esperar de LEONARDO no MILAN, ANCELOTTI no CHELSEA e PELLEGRINI no REAL MADRID


Apenas um dia depois do fim oficial das competições nacionais na Europa, três dos principais clubes do continente confirmaram seus novos treinadores. Possivelmente, apenas a Juventus, entre os gigantes, deve se mexer ainda nesse sentido e o nome aguardado é Antonio Conte. Sinal de desespero para os desempregados há mais tempo, como Luiz Felipe Scolari, Roberto Mancini , Roberto Donadoni e Frank Rijkaard.

Lembrando que ainda estão livres comandantes como Jurgen Klinsmann, Juande Ramos e Claudio Ranieri. Abaixo, a expectativa em torno de cada um dos três nomes confirmados:

Leonardo - Milan

Será a primeira oportunidade do tetracampeão como treinador, ainda que ele nunca tivesse se declarado interessado nessa carreira, mesmo que com uma formação necessária para tal. Leonardo conhece o ambiente rossonero e tem trânsito no elenco do Milan, bem como em sua direção, mas tudo dependerá do que tiver em mãos para trabalhar. É natural uma comissão técnica com a participação efetiva de Tassotti, ainda que Léo seja suficientemente inteligente para se adaptar à função, como já fez Guardiola - indiscutivelmente, a inspiração para o brasileiro.

Carlo Ancelotti - Chelsea

Outro negócio já encaminhado há alguns dias, o acerto entre Ancelotti e os Blues é a nova tentativa de Abramovich conquistar a Europa. O elenco do Chelsea, porém, carece de sangue novo, de jogadores motivados em torno de um objetivo. Carletto não é exatamente um motivador de primeira linha, como se viu nos últimos anos de Milan, mas possui conhecimentos estratégicos acima da média. Com um bom mercado e uma adaptação aos métodos comuns na Inglaterra, pode vingar.

Manuel Pellegrini - Real Madrid

Interessante contratação, ainda que tenha alguma ligação com a de Bernd Schuster há dois anos. É notório que o chileno parece mais competente que o alemão e ainda terá um Florentino Pérez disposto a sacrifícios financeiros no mercado. Pellegrini, aliás, é o nome ideal para compor uma equipe equilibrada e um ambiente comprometido, bastante diferente do que se viu na gestão anterior de Pérez. O Real tem tudo para se reerguer nas mãos do novo comandante, o problema é que o Barcelona extraterrestre pode ser um parâmetro perigoso.