domingo, 27 de junho de 2010

Alemanha combina jogo objetivo e plasticidade


A quantidade de passes indica que a Inglaterra quis ser protagonista do jogo: foram 357 contra 273 dos alemães. Oras, fica clara a estratégia de Capello: impedir o time de Özil de articular. Mas de que adianta tocar de pé em pé e não incomodar? Os dois times finalizaram praticamente a mesma coisa: 16 chutes ingleses contra 14 alemães.

Não dá para criticar a Alemanha por jogar nos contra-ataques, com beleza e eficiência. Se deve, sim, alvejar o English Team pela falta de profundidade, de iniciativa e de coração. Claro que fica a ressalva quanto à trapalhada da arbitragem. É possível especular o que aconteceria com um trepidante empate inglês, mas não se pode admitir uma Inglaterra tão pouco vibrante. Também nisso, a equipe de Löw foi superior.

Não dá para fechar os olhos para o que fizeram Schweinsteiger, Müller, Özil e Klose. Diante da Inglaterra, ficou evidenciada a "Nova Alemanha", mas também há traços da velha mentalidade linear e personalidade vencedora. O time que não se abate com a pressão, com adversidades e com as trocas de passes dos rivais. Recupera a bola, sai tocando e chega na área. Exatamente tudo o que a Inglaterra não teve novamente.

ALEMANHA (4-2-3-1) x INGLATERRA (4-4-2)
Melhor em campo: Thomas Müller
Melhor da Inglaterra: Lampard
O leão: Schweinsteiger
O preguiça: Rooney
A imagem do jogo: Senhores Larrionda e Espinoza, preciso responder?

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