sábado, 12 de junho de 2010

México, prejudicado por Aguirre; África do Sul na procura pela bola


A obsessão pela bola dos times de Carlos Alberto Parreira foi tão grande, em momentos da história recente, que se tornou algo repetidamente chato, sempre citado por nós da imprensa em geral. Então chega a ser gritante quando o adversário, um México mais aceso, embora desarticulado, é que fique com a posse, adiante suas linhas e passe a criar alternativas.

O pecado do México foi oferecer um contragolpe de manual aos sul-africanos. Bola roubada rapidamente, passe perfeito do bom volante Dikgacoi e Tshabalala, depois de correr atrás de Aguilar por 45 minutos, deu o troco. Disparou até a grande área e soltou um belíssimo petardo. Justiça feita a ele particularmente, já que era o único dos Bafana Bafana a incomodar no ataque.

Aguirre, então, reviu escolhas infelizes de seu onze inicial: principalmente, deixar Guardado e Javier Hernández de fora. Do 4-3-3 engessado e sem articulação, o México se voltou a duas linhas bem encaixadas, com Giovani dos Santos, melhor em campo, à direita, e o próprio Guardado à esquerda.

De lá, o mexicano do La Coruña brilhou em sua especialidade, encontrando Rafa Márquez solto. Não deixe de notar a participação de Hernández, impedindo o quarto-zagueiro sul-africano de se aproximar de Márquez. Fica a lição para o México, que atuou bem, mas poderia ter feito mais diante de um adversário, no fim das contas, bastante limitado.

RESUMO
Melhor em campo: Giovani dos Santos
Melhor da África do Sul: Tshabalala
O leão: Dikgacoi
O preguiça: Pienaar
A imagem do jogo: a bola na trave de Modise

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