GRUPO E: Paraguai 5 pts - Eslováquia 4 pts - Nova Zelândia 3 pts - Itália 2 pts
PARAGUAI
Sistemas táticos: 4-4-2 / 4-3-3 / 4-3-3
Nota do time: 7,0
Nota do treinador: Gerardo Martino - 8,0
Melhor jogador: Vera
Melhor jogo: Paraguai 2 x 0 Eslovênia
Também foram bem: Alcaraz, Morel Rodríguez, Riveros e Barrios
Decepção: Cardozo
O que deve melhorar: Regularidade nas partidas
Até onde vai: quartas
A vitória segura e contundente sobre a Eslováquia trouxe um grande entusiasmo acerca do Paraguai, promissor desde as Eliminatórias. O ótimo Juan Pablo Varsky, do argentino La Nación, chegou a colocar a seleção sul-americana entre as melhores do planeta. De fato, os paraguaios vêm em grande forma e parecem maduros o suficiente para uma grande campanha. A ressalva a ser feita foi a fraca e desinteressada partida de encerramento contra a Nova Zelândia, mas ainda assim a equipe guarani promete ser outra no mata-mata. Tem talento em todas as suas linhas, jogadores experimentados e um treinador dos mais competentes da América Latina.
ESLOVÁQUIA
Sistemas táticos: 4-1-3-2 / 4-1-3-2 / 4-2-3-1
Nota do time: 6,5
Nota do treinador: Vladimir Weiss - 6,5
Melhor jogador: Vittek
Melhor jogo: Eslováquia 3 x 2 Itália
Também foram bem: Skrtel, Hamsik e Jendrisek
Decepção: Weiss
O que deve melhorar: Manter o nível da terceira apresentação
Até onde vai: oitavas
O surpreendente empate arrancado pelos neozelandeses na estreia escondeu a boa atuação que a Eslováquia já havia realizado. Pois o time se reergueu, Vladimir Weiss fez ajustes importantes, Hamsik enfim brilhou e os três pontos diantes da Itália foram justos, coroarando um elenco com algumas virtudes. Entre elas, a compactação defensiva e a capacidade que todos os meio-campistas têm em fazer múltiplas funções. Os eslovacos ainda possuem Vittek, um dos artilheiros do Mundial da África do Sul.
NOVA ZELÂNDIA
Sistemas táticos: 3-4-3 / 3-4-3 / 3-4-3
Nota do time: 7,5
Nota do treinador: Ricki Herbert - 8
Melhor jogador: Lochhead
Melhor jogo: Nova Zelândia 1 x 1 Itália
Também foram bem: Smith, Elliot e Smeltz
Decepção: Paston
Deixar a Copa do Mundo sem nenhuma derrota era a quase perspectiva mais animadora para a Nova Zelândia, cujo futebol é realmente semi-amador - havia um bancário entre os 23 convocados de Ricki Herbert. Os méritos do treinador são principalmente em fazer os jogadores acreditarem no impossível e, ao contrário de outros times bastante limitados, não ter exagerado no defensivismo. Os neozelandeses tiveram bons momentos, como a pressão sobre a Eslováquia nos últimos minutos, e toda a partida contra a Itália. Se o objetivo da Fifa era desenvolver o futebol da Oceania jogando a Austrália para a Ásia, pode se dizer que ele foi cumprido.
ITÁLIA
Sistemas táticos: 4-2-3-1 / 4-4-2 / 4-3-3
Nota do time: 3,0
Nota do treinador: Marcello Lippi - 2,0
Melhor jogador: De Rossi
Melhor jogo: Paraguai 1 x 1 Itália
Também foram bem: Montolivo e Quagliarella
Decepção: Gilardino
As convicções contestadas de Marcello Lippi foram definitivamente por água abaixo no Ellis Park. A derrota contra a Eslováquia, em especial o primeiro tempo lamentável, serviu para reforçar problemas crônicos do futebol italiano, como a dificuldade em se renovar e encontrar talento surgindo. Nos últimos dois anos, entre buscar algo novo ou tentar utilizar ao máximo a base de 2006, Lippi optou pelo conservadorismo.
Mesmo abdicando de Fabio Grosso e Luca Toni, insistiu em Cannavaro, Camoranesi e Iaquinta até onde foi possível. Morreu abraçado com operários como Pepe e Di Natale e se frustrou com Criscito e Marchisio, suas esperanças por sangue novo na áfrica do Sul. Em nenhum momento, os italianos se mostraram suficientemente organizados para vencer com tática e técnica. Com uma atuação heroica de Quagliarella no segundo tempo diante da Eslováquia, por pouco ainda assim a Azzurra não buscou a vaga nas oitavas. Seria a vitória da camisa, de quem nunca pode se esperar que resolva as coisas sozinha.
GRUPO F: Holanda 9 pts - Japão 6 pts - Dinamarca 3 pts - Camarões 0 pt
HOLANDA
Sistemas táticos: 4-2-3-1 / 4-2-3-1 / 4-2-3-1
Nota do time: 8,0
Nota do treinador: Bert Van Marwijk
Melhor jogador: Sneijder
Melhor jogo: Holanda 2 x 0 Dinamarca
Também foram bem: Van der Wiel, Kuyt, Van Persie e Elia
Decepção: Ninguém
O que deve melhorar: Jogar com mais intensidade
Até onde vai: quartas
Chamar essa Holanda de pragmática é fechar os olhos para o talento de jogadores brilhantes como Sneijder e Van Persie, mas de fato a Holanda somou nove pontos sem jogar um grande futebol. Cá entre nós, parece tê-lo reservado para as oitavas. Até aqui, fica na memória os últimos 20 minutos contra a Dinamarca, o início do segundo tempo contra o Japão e alguns lances diante de Camarões. Com Robben chegando ao time titular para o mata-ata e a adrenalina lá em cima, se espera que a Oranje jogue com toda sua intensidade. Mesmo assim, sem forçar, já não perde há 21 partidas.
JAPÃO
Sistemas táticos: 4-3-3 / 4-1-4-1 / 4-1-4-1
Nota do time: 8,0
Nota do treinador: Takeshi Okada - 8,0
Melhor jogador: Honda
Melhor jogo: Japão 3 x 1 Dinamarca
Também foram bem: Endo, Okubo e Matsui
Decepção: Nakamura
O que deve melhorar: Não exagerar no defensivismo
Até onde vai: oitavas
Uma partida para a história do futebol japonês. Daqui 100 anos, sabe-se lá como no cenário internacional, o Japão se lembrará do que realizou nesta quinta-feira diante da Dinamarca. Foi a mistura da melhor compactação defensiva, arma maior para dar trabalho à Holanda, sem perder o gosto pelo ataque. Foi a combinação da disciplina oriental com o talento do qual o esporte não abdica. O surgimento de um jogador como Honda dá sinais de que os Samurais cada vez mais entendem melhor como se forma um craque, como se trabalha dentro e fora de campo e como se conseguem grandes vitórias nos aspectos coletivo e individual. Passar das oitavas é uma perspectiva mínima, mas o trabalho de qualquer forma já foi feito. Muito bem feito.
DINAMARCA
Sistemas táticos: 4-1-4-1 / 4-2-3-1 / 4-2-3-1
Nota do time: 4,5
Nota do treinador: Morten Olsen - 4,0
Melhor jogador: Kjaer
Melhor jogo: Dinamarca 2 x 1 Camarões
Também foram bem: Agger e Rommedahl
Decepção: Sorensen
É maldade dizer que a Dinamarca de 2010 é o time de 1998 sem os irmãos Laudrup e Schmeichel, mas de fato impressionou a dificuldade que a seleção nórdica teve em formar mais jogadores nos últimos anos. Claro, não inclua aí a ótima dupla Kjaer-Agger, o que de melhor o país apresentou na África do Sul. Mas a linha de três meias formada por Rommedahl, Tomasson e Jorgensen, por vezes ainda com Gronkjaer, é de desesperar. Todos já deixaram o cenário internacional há alguns anos e a única novidade do meio para a frente é o atabalhoado Bendtner. A falta de talento se refletiu em campo e a eliminação da emperrada Dinamáquina foi justíssima.
CAMARÕES
Sistemas táticos: 4-3-3 / 4-3-1-2 / 4-3-1-2
Nota do time: 2,0
Nota do treinador: Paul Le Guen - 3,0
Melhor jogador: Samuel Eto'o
Melhor jogo: Dinamarca 2 x 1 Camarões
Também foram bem: Souleymanou e Enoh
Decepção: Assou-Ekotto
Para entender mais do fracasso da Nigéria, basta também uma olhada para Camarões. Outra seleção que absorveu alguns aspectos táticos importantes, mas esqueceu do seu talento e atua sem conjunto e união. Paul Le Guen, de grande passagem pelo Lyon, deu novos sinais de decadência na carreira. Primeiro na arrumação da equipe, sem criação no meio e com Eto'o mau posicionado em campo. Depois, ao perder a mão do vestiário e ter dificuldades enormes em controlar as reivindicações dos jogadores. A África precisa repensar seus conceitos e a forma mais nítida de encontrar os problemas é olhar para a participação camaronesa no Mundial.
PARAGUAI
Sistemas táticos: 4-4-2 / 4-3-3 / 4-3-3
Nota do time: 7,0
Nota do treinador: Gerardo Martino - 8,0
Melhor jogador: Vera
Melhor jogo: Paraguai 2 x 0 Eslovênia
Também foram bem: Alcaraz, Morel Rodríguez, Riveros e Barrios
Decepção: Cardozo
O que deve melhorar: Regularidade nas partidas
Até onde vai: quartas
A vitória segura e contundente sobre a Eslováquia trouxe um grande entusiasmo acerca do Paraguai, promissor desde as Eliminatórias. O ótimo Juan Pablo Varsky, do argentino La Nación, chegou a colocar a seleção sul-americana entre as melhores do planeta. De fato, os paraguaios vêm em grande forma e parecem maduros o suficiente para uma grande campanha. A ressalva a ser feita foi a fraca e desinteressada partida de encerramento contra a Nova Zelândia, mas ainda assim a equipe guarani promete ser outra no mata-mata. Tem talento em todas as suas linhas, jogadores experimentados e um treinador dos mais competentes da América Latina.
ESLOVÁQUIA
Sistemas táticos: 4-1-3-2 / 4-1-3-2 / 4-2-3-1
Nota do time: 6,5
Nota do treinador: Vladimir Weiss - 6,5
Melhor jogador: Vittek
Melhor jogo: Eslováquia 3 x 2 Itália
Também foram bem: Skrtel, Hamsik e Jendrisek
Decepção: Weiss
O que deve melhorar: Manter o nível da terceira apresentação
Até onde vai: oitavas
O surpreendente empate arrancado pelos neozelandeses na estreia escondeu a boa atuação que a Eslováquia já havia realizado. Pois o time se reergueu, Vladimir Weiss fez ajustes importantes, Hamsik enfim brilhou e os três pontos diantes da Itália foram justos, coroarando um elenco com algumas virtudes. Entre elas, a compactação defensiva e a capacidade que todos os meio-campistas têm em fazer múltiplas funções. Os eslovacos ainda possuem Vittek, um dos artilheiros do Mundial da África do Sul.
NOVA ZELÂNDIA
Sistemas táticos: 3-4-3 / 3-4-3 / 3-4-3
Nota do time: 7,5
Nota do treinador: Ricki Herbert - 8
Melhor jogador: Lochhead
Melhor jogo: Nova Zelândia 1 x 1 Itália
Também foram bem: Smith, Elliot e Smeltz
Decepção: Paston
Deixar a Copa do Mundo sem nenhuma derrota era a quase perspectiva mais animadora para a Nova Zelândia, cujo futebol é realmente semi-amador - havia um bancário entre os 23 convocados de Ricki Herbert. Os méritos do treinador são principalmente em fazer os jogadores acreditarem no impossível e, ao contrário de outros times bastante limitados, não ter exagerado no defensivismo. Os neozelandeses tiveram bons momentos, como a pressão sobre a Eslováquia nos últimos minutos, e toda a partida contra a Itália. Se o objetivo da Fifa era desenvolver o futebol da Oceania jogando a Austrália para a Ásia, pode se dizer que ele foi cumprido.
ITÁLIA
Sistemas táticos: 4-2-3-1 / 4-4-2 / 4-3-3
Nota do time: 3,0
Nota do treinador: Marcello Lippi - 2,0
Melhor jogador: De Rossi
Melhor jogo: Paraguai 1 x 1 Itália
Também foram bem: Montolivo e Quagliarella
Decepção: Gilardino
As convicções contestadas de Marcello Lippi foram definitivamente por água abaixo no Ellis Park. A derrota contra a Eslováquia, em especial o primeiro tempo lamentável, serviu para reforçar problemas crônicos do futebol italiano, como a dificuldade em se renovar e encontrar talento surgindo. Nos últimos dois anos, entre buscar algo novo ou tentar utilizar ao máximo a base de 2006, Lippi optou pelo conservadorismo.
Mesmo abdicando de Fabio Grosso e Luca Toni, insistiu em Cannavaro, Camoranesi e Iaquinta até onde foi possível. Morreu abraçado com operários como Pepe e Di Natale e se frustrou com Criscito e Marchisio, suas esperanças por sangue novo na áfrica do Sul. Em nenhum momento, os italianos se mostraram suficientemente organizados para vencer com tática e técnica. Com uma atuação heroica de Quagliarella no segundo tempo diante da Eslováquia, por pouco ainda assim a Azzurra não buscou a vaga nas oitavas. Seria a vitória da camisa, de quem nunca pode se esperar que resolva as coisas sozinha.
GRUPO F: Holanda 9 pts - Japão 6 pts - Dinamarca 3 pts - Camarões 0 pt
HOLANDA
Sistemas táticos: 4-2-3-1 / 4-2-3-1 / 4-2-3-1
Nota do time: 8,0
Nota do treinador: Bert Van Marwijk
Melhor jogador: Sneijder
Melhor jogo: Holanda 2 x 0 Dinamarca
Também foram bem: Van der Wiel, Kuyt, Van Persie e Elia
Decepção: Ninguém
O que deve melhorar: Jogar com mais intensidade
Até onde vai: quartas
Chamar essa Holanda de pragmática é fechar os olhos para o talento de jogadores brilhantes como Sneijder e Van Persie, mas de fato a Holanda somou nove pontos sem jogar um grande futebol. Cá entre nós, parece tê-lo reservado para as oitavas. Até aqui, fica na memória os últimos 20 minutos contra a Dinamarca, o início do segundo tempo contra o Japão e alguns lances diante de Camarões. Com Robben chegando ao time titular para o mata-ata e a adrenalina lá em cima, se espera que a Oranje jogue com toda sua intensidade. Mesmo assim, sem forçar, já não perde há 21 partidas.
JAPÃO
Sistemas táticos: 4-3-3 / 4-1-4-1 / 4-1-4-1
Nota do time: 8,0
Nota do treinador: Takeshi Okada - 8,0
Melhor jogador: Honda
Melhor jogo: Japão 3 x 1 Dinamarca
Também foram bem: Endo, Okubo e Matsui
Decepção: Nakamura
O que deve melhorar: Não exagerar no defensivismo
Até onde vai: oitavas
Uma partida para a história do futebol japonês. Daqui 100 anos, sabe-se lá como no cenário internacional, o Japão se lembrará do que realizou nesta quinta-feira diante da Dinamarca. Foi a mistura da melhor compactação defensiva, arma maior para dar trabalho à Holanda, sem perder o gosto pelo ataque. Foi a combinação da disciplina oriental com o talento do qual o esporte não abdica. O surgimento de um jogador como Honda dá sinais de que os Samurais cada vez mais entendem melhor como se forma um craque, como se trabalha dentro e fora de campo e como se conseguem grandes vitórias nos aspectos coletivo e individual. Passar das oitavas é uma perspectiva mínima, mas o trabalho de qualquer forma já foi feito. Muito bem feito.
DINAMARCA
Sistemas táticos: 4-1-4-1 / 4-2-3-1 / 4-2-3-1
Nota do time: 4,5
Nota do treinador: Morten Olsen - 4,0
Melhor jogador: Kjaer
Melhor jogo: Dinamarca 2 x 1 Camarões
Também foram bem: Agger e Rommedahl
Decepção: Sorensen
É maldade dizer que a Dinamarca de 2010 é o time de 1998 sem os irmãos Laudrup e Schmeichel, mas de fato impressionou a dificuldade que a seleção nórdica teve em formar mais jogadores nos últimos anos. Claro, não inclua aí a ótima dupla Kjaer-Agger, o que de melhor o país apresentou na África do Sul. Mas a linha de três meias formada por Rommedahl, Tomasson e Jorgensen, por vezes ainda com Gronkjaer, é de desesperar. Todos já deixaram o cenário internacional há alguns anos e a única novidade do meio para a frente é o atabalhoado Bendtner. A falta de talento se refletiu em campo e a eliminação da emperrada Dinamáquina foi justíssima.
CAMARÕES
Sistemas táticos: 4-3-3 / 4-3-1-2 / 4-3-1-2
Nota do time: 2,0
Nota do treinador: Paul Le Guen - 3,0
Melhor jogador: Samuel Eto'o
Melhor jogo: Dinamarca 2 x 1 Camarões
Também foram bem: Souleymanou e Enoh
Decepção: Assou-Ekotto
Para entender mais do fracasso da Nigéria, basta também uma olhada para Camarões. Outra seleção que absorveu alguns aspectos táticos importantes, mas esqueceu do seu talento e atua sem conjunto e união. Paul Le Guen, de grande passagem pelo Lyon, deu novos sinais de decadência na carreira. Primeiro na arrumação da equipe, sem criação no meio e com Eto'o mau posicionado em campo. Depois, ao perder a mão do vestiário e ter dificuldades enormes em controlar as reivindicações dos jogadores. A África precisa repensar seus conceitos e a forma mais nítida de encontrar os problemas é olhar para a participação camaronesa no Mundial.
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