quinta-feira, 10 de junho de 2010

Chegar ao quinto jogo? Só vencendo o Grupo A


Só duas vezes na história das Copas o México terminou entre os oito melhores. Se você foi perspicaz, logo sacou que foi em 1970 e 86, as duas vezes em que recebeu o Mundial. Por isso, entre os mexicanos, a cisma de que é preciso disputar o quinto jogo na África do Sul. Ou seja, romper a barreira das oitavas que persiste há quatro mundiais: 1994 (perdeu para a Bulgária), 98 (para a Alemanha), 2002 (para os EUA) e 2006 (para a Argentina).

O sorteio da Copa, ainda em dezembro, deixou algo bastante claro para os mexicanos: jogar as quartas de final provavelmente só seria possível com o primeiro lugar do Grupo A. Sim, porque apesar dos tropeços nas Eliminatórias e das dúvidas em torno de uma ideologia de jogo, a Argentina de Maradona deve fazer ao menos sete pontos enfrentando Nigéria, Grécia e Coreia do Sul. Reviver o filme de Leipzig, há quatro anos, com o golaço de Maxi Rodríguez (foto), é tudo que os mexicanos menos querem.

Estrear com três pontos sobre a anfitriã África do Sul, há 12 jogos sem perder desde a volta de Parreira, é a demonstração de força que o México tem que dar. Apesar da Eliminatória instável, o time parece bem encaixado após os 28 jogos que Javier Aguirre pode fazer desde junho de 2009. Sob o comando do melhor técnico mexicano, La Tri venceu 18 e empatou seis. Com autoridade, acuou a Itália há uma semana em amistoso disputado na Bélgica.

O grande dilema de Aguirre é optar pela juventude de Giovani dos Santos, Vela e 'Chicarito' Hernández, o tridente que brilhou contra a Azzurra, ou ceder à pressão de Franco e aos apelos por Blanco. Encontrar a resposta certa é o que fará o México chegar, ou não, ao quinto jogo, e aí ouvir a velha frase: jogamos como nunca, perdemos como sempre.

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