terça-feira, 29 de junho de 2010

Do jeito que Dunga gosta


Mais que qualquer outra partida na Copa, a vitória sobre o Chile tem a cara do velho e competitivo time de Dunga. Como em nenhum outro confronto, os brasileiros jogaram fechadinhos, mas sem correr grandes riscos em 90 minutos, principalmente pela boa saída de bola e por uma sutil alteração tática.

Sem Felipe Melo e Elano, os substitutos Ramires e Daniel Alves atuaram mais próximos de Gilberto Silva, o que configurou um até então esquecido 4-3-1-2. Mais protegido e na sua, Gilberto Silva teve um grande jogo. Juan e Lúcio, novamente, realizaram partidas exemplares. Mesmo com o corredor aberto devido ao sistema, Maicon, assediado por Beausejour e Mark González, guardou posição. O sistema defensivo foi perfeito.

Fechado atrás, o Brasil só poderia encontrar seus gols da maneira mais convencional: nada de posse de bola, como na primeira fase. Marcou duas vezes em contra-ataque - agora, chegou a 43 dos 127 gols nos últimos quatro anos em contragolpes. Também fez o 17º em jogadas aéreas de bola parada. Maicon, com a assistência para Juan, se tornou o líder desse ranking, com 11 passes para gol na Era Dunga.

O Brasil, definitivamente, arranca para a final da Copa.

BRASIL (4-3-1-2) x CHILE (4-2-3-1)
Melhor em campo: Juan
Melhor do Chile: Alexis Sánchez
O leão: Gilberto Silva
O preguiça: Suazo
A imagem do jogo: Desespero de Bielsa no segundo gol brasileiro

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