sábado, 12 de junho de 2010

França: encaixotada pelo Uruguai e por suas próprias fraquezas


Para nós que reclamamos quando um time brasileiro atua entrincheirado, com três zagueiros e dois volantes, fica a lição de que não é só por aqui que isso ocorre. Sem a posse de bola, Oscar Tabarez planejou um Uruguai com três zagueiros (Victorino, Lugano e Godín) para vigiar apenas Anelka, com os dois alas (Maxi e Alvaro Pereira) acompanhando Govou e Ribéry e dois volantes (Diego Pérez e Arévalo) para encaixar a marcação no sonolento Gourcuff.

O jeito para a França se livrar disso? Nada do que deveria acontecer. Sagna e Evra não se mandaram muito, Diaby não se deslocou até a frente, Ribéry e Govou não se soltaram das pontas para encostar mais em Anelka. Sinais de uma equipe, como se esperava, bastante desarticulada, sem mecânica de jogo, sem muitas alternativas e até mesmo fria.

O Uruguai, sobretudo diante de um adversário com tantos problemas, como já se anunciava desde as Eliminatórias, não precisava ser tão medroso e estender seu jejum de vitórias mundialistas que já chega a duas décadas. Há talento brotando nos gramados celestes, como o volante Gargano, prescindido por dois brucutus, o técnico ala Fucile e principalmente Cavani e Lodeiro – tolamente expulso, diga-se. Com essa postura, é difícil imaginar que ambos possam ir longe na África do Sul.

RESUMO
Melhor em campo: Maxi Pereira
Melhor da França: Patrice Evra
O leão: Maxi Pereira
O preguiça: Govou
A imagem do jogo: Henry pedindo toque de mão uruguaio dentro da área

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