quinta-feira, 24 de junho de 2010

Jogador de seleção


Prova de que a Copa do Mundo é um torneio peculiar é o sucesso até aqui de jogadores praticamente irrelevantes no cenário de clubes. Giovani dos Santos, Donovan, Altidore, Asamoah Gyan, Klose e Podolski fazem parte desse grupo que geralmente só aparece bem de dois em dois anos, ou no caso de alguns até de quatro em quatro.

Difícil é encontrar explicação para esse fenômeno, mas se presume que tudo seja uma questão de ambiente. No vestiário, na concentração, nos treinos e em campo, tais jogadores se sentem mais à vontade. Possivelmente recebem um certo mimo. São melhores acomodados taticamente. Se sentem motivados a carregar a reputação do próprio país adiante. Eis algumas das explicações - subjetivas, é verdade.

Giovani dos Santos é um iniciante nesse cenário. O mexicano, sempre comparado a Ronaldinho Gaúcho pela semelhança física e pelo estilo de jogo, foi um fiasco em todas as equipes que jogou. Foi prejudicado pelos ambientes, é verdade. Pegou clubes em queda, treinadores que provavelmente não apostaram nele. Na chegada à África do Sul, se transformou. É o único jogador mexicano realmente inventivo, capaz de sair da jogada previsível. É o que tem feito com o México. Agora resta saber se alguma equipe europeia de bom porte aceitará apostar nele outra vez.

Caso consolidado de jogador de Copa é Landon Donovan. Uma rápida passagem pelo Bayer Leverkusen, recentemente um pulinho no Everton, mas nunca se viu aquele monstro que veste a camisa ianque e encanta pela terceira Copa seguida. Na Ásia, menino, levou os Estados Unidos às quartas. Maduro na Alemanha, fez boa participação, mas a equipe não ajudava. Hoje, o dono da equipe, brilha com intensidade na África do Sul. Como afirmou Feilhaber em entrevista pós-jogo, é dele que os companheiros esperam o gol decisivo. Exatamente o que ele fez.

Um comentário:

André Renato disse...

Fala, cara!

O caso do Donovan é muito estranho, dá vontade de perguntar pra ele se não sente falta de fazer carreira na Europa, não é possível que, com 28 anos, ele esteja contente no LA Galaxy.

Mas a passagem dele pelo Everton eu achei muito boa, jogadores como Pienaar e Bilyaletdinov cresceram bastante de produção, além do time como um todo. Pena que esses empréstimos acabem antes do fim da temporada...


Abraços!
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